Simplificando muito (Barthes me deixaria de castigo por essa!)
Semiologia é o estudo dos sistemas de signo. Nada a ver com astrologia, mas com sinais interpretáveis, onde língua e fala representam papel fundamental - não necessariamente em sua forma oral ou escrita, mas também (entre outras coisas) em linguagem corporal e dress codes.
Dress code é aquilo que faz você atravessar a rua pra falar com um cara que está com a camisa da sua banda preferida e, de preferência, difícil de achar. É o que você nota na garota toda patricinha, mas com um detalhe que você reconhece como sendo pertencente a um grupo mais específico. É saber onde alguém trabalha ou o que a pessoa ouve, só de ver suas roupas. Porque moda, vocês sabem, também é cultura - quando o ser humano começou a se vestir com animais, você já podia determinar a força física do sujeito pelas peles que ele usava - e tanto seus enfeites, chamando atenção, como a roupa como prova de sua força e virilidade, eram fatores determinantes de atração.
Até hoje é assim, e nem falo de atração sexual - falo mais é de identificação mesmo. Se você tem uma maneira peculiar de se vestir e esbarra com alguém parecido, duvido que você não olhe tentando achar pontos de identificação naquela pessoa.
É que hoje esse papo me veio à mente quando vi na rua um sujeito que seria caracterizado como "comum" - calça cargo, tênis, mochila, nenhum piercing nem tatuagem aparente, cabelos curtos.. nenhum traço exótico que o diferenciasse da multidão de gente no ponto de ônibus, exceto por UM detalhe que me chamou atenção - principalmente porque o resto do visual do cara destoava completamente do estereótipo que se espera de alguém com uma camisa do Manowar.
* * *
if i feel happy i want to stay outsii-i-de/ till i feel glad to leave my problems
(meu deus, que referência hermética old school! Fernanda? Alguém? Bueller?)
Não sei por que gosto tanto de dar satisfação das minhas pequenas vitórias do dia-a-dia no meu blog. O fato é que eu gosto, e ninguém vai me impedir de mencionar que hoje fiz as primeiras panquecas da minha vida, e ficaram até que gostosinhas (embora ainda tenham que melhorar muito). "Ah, mas fazer panqueca é fácil, como assim você não sabia?", ora, a primeira vez sempre dá um certo nervoso. Mas deu tudo certo. Próximo passo: variar os recheios.
Pra quem não sabe, vamos lá:
- Um copo de farinha de trigo
- Um copo de leite
- Um ovo
- Uma colher de manteiga
- Uma pitada boa de sal
Bater no liquidificador. Untar a frigideira (alta) com pouco óleo ou manteiga. Recomenda-se usar uma concha de feijão como medida para a massa a ser frita por vez. Minha maior preocupação era virar a panqueca para fritar o outro lado, mas ela descola sozinha, rebola alegremente frigideira adentro, e ninguém tinha me avisado disso (se eu soubesse, já teria feito há tempos). Essa receita faz umas quatro panquecas grossas ou seis finas - cinco na média. Vai na fé. Eu fui. E pronto. Ficam deliciosas se recheadas com geléia de laranja, feito crepe.
* * *
Piratas do Tietê, ops, Caribe
Depois dos Ursos Caipiras (só eu gostei desse filme? Gente, tem o Brian Setzer tocando uma guitarra de oncinha!), hoje vi outro brinquedo da Disney em versão live-action: "Piratas do Caribe", um filme previsível, com erros de continuidade grosseiros e inverossimilhanças ofensivas (a maldição que os piratas carregam é o de menos, mas fazer pouco das leis da física é imperdoável), alguns cenários claramente cenográficos, protagonista com biquinho permanente, mas que mesmo assim pode ser chamado de um bom filme. Incrível, não? Mas "Piratas do Caribe" não só entretém como empolga o espectador. Até que vale o preço do ingresso (o de 4a feira antes das 17:00, que é mais barato, mas vale).
Nenhum comentário:
Postar um comentário