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quinta-feira, dezembro 24, 2009

Natal é...

...Natal é época de dar alegria para as pessoas!



Eu disse ALEGRIA!!!

Feliz Natal pra quem é de Natal, feliz Chanukah pra querm é de Chanukah, e feliz aniversário pra quem nasceu nessa época do ano e ganha só um presente...

quarta-feira, dezembro 23, 2009

Backstreet's back, alright!

Muito estudo, projeto, trabalho e o início de algo tão bom que... bem, foram mais de dois meses sem dar as caras por aqui. Mas agora é oficial: Lounge está de volta. E a vida é boa. É bela. E tá quente pra caramba nessa cidade.

2009 tá acabando. Facebook bombou com máfia, bichinhos virtuais e restaurantes. 'The Wrestler' não ganhou o Oscar, vi o Kiss tocando ao vivo, voltei para a Poplist, virei fã de 'Freaks and Geeks', dancei muito lindy hop, forró, bolero e samba de gafieira, descobri o bambolê e, na metade do segundo tempo, conheci O CARA e arrumei O EMPREGO. Tudo no mesmo dia. Faz parte de saber exatamente o que você quer da vida - e eu sei que é isso o que eu quero. E muitas coisas legais vêm acontecendo ultimamente.

Então, amigos, fiquem com Animal, o melhor baterista do mundo:



E como só um pouco de Animal não é suficiente, mais uma rodada de Animal pra galëre:



É muita testosterona, minha gente!

* * *

Pra terminar, um pouco de inspiração visual multicor procês:

http://www.fuelyourcreativity.com/inspiration-in-spectrum-the-fyc-edition/

Beijocas e bom natal pra quem é de natal. Vou ali fazer uns cheesecakes (nham! nham! nham!) e já volto!

terça-feira, outubro 20, 2009

Separados no nascimento...

...ou melhor, na caracterização:

Miranda num filme inglês

Mas não é? Toda vez que eu vejo o Philip Seymour Hoffman no material de divulgação de 'Pirate Radio' (no original, 'The Boat that Rocked' - a tradução do título do inglês pro inglês até que foi bem adequada...), acho que é o Miranda:

sexta-feira, outubro 16, 2009

Atendemos aqui, hein?

Gente, quem chegou aqui por acaso (provavelmente pela foto no Hooping.org), queria avisar que atendemos aqui, ó:

http://verbeat.org/blogs/lounge/

:)

segunda-feira, outubro 12, 2009

O arroz como tradição oral

Na vida, aprendemos centenas de lições eternizadas em livros, verdade, mas perpetuadas principalmente pela tradição oral: afinal, naqueles poucos anos de vida antes de aprendermos a ler, ouvimos histórias suficientes para formar nossos repertórios de medos, de ética, de bom comportamento. Da loira do banheiro à única forma realmente eficaz de cometer suicídio (manga com leite, ué! Não sabia?), as tradições orais estão aí para nos orientar sempre pelo bom caminho, seja em forma de lendas urbanas, trechos da Bíblia ou clássicos da literatura infanto-juvenil.

* * *

Estava viajando nisso hoje, enquanto fazia um arroz gostoso e soltinho, que obviamente não aprendi em nenhum livro de receitas, mas seguindo a tradição oral familiar. Algumas particularidades que tornam um arroz diferente do outro, arroz perfeito é tradição oral - e ai de quem pular uma etapa, botar mais água ou esquecer de lavar ou refogar! As consequências serão terríveis! Sempre lembro de algum amigo dizendo que não sabe fazer arroz decentemente. Este, decerto, não seguiu à risca as orientações da mãe!

...e não, não acho digno da minha parte perpetuar a narrativa do arroz perfeito aqui, num BLOG. Suas mães, tias e avós certamente sabem muito melhor do que eu como contar a melhor maneira de fazer um arroz perfeito - receita provavelmente acompanhada de alguma história deliciosa de como seu avô foi conquistado pelo estômago ou da primeira panela de sua vida. Perpetuem a tradição. Aprendam com alguém de confiança e ensinem a seus filhos quando eles saírem de casa - é uma lição tão inesquecível quanto, sei lá, aquela em que não adianta fugir do seu destino ou aquela outra que diz que não se deve roubar rabanetes alheios. Acredite.

segunda-feira, setembro 28, 2009

Aos 45min do 2º tempo, saiu o melhor disco de rock da década

A primeira década do século XXI se aproxima do fim. Difícil uma banda de rock não reciclar algo que já foi feito antes. E mesmo quando se trata de algo novo, quase original, falta consistência, tesão, atitude - no sentido de "ei, isso é rock'n'roll. Como assim vocês não se divertiram fazendo esse disco?"

Precisou que uns tiozões tivessem a coragem de fazer o disco que nenhuma das bandas cujos integrantes têm, de idade, pelo menos dez anos a menos do que eles têm de carreira. Mas é oficial: o Disco de Rock desta década acaba de vazar na internet e se chama 'Sonic Boom'.

Sim, eu adoro o Kiss. Não, eles não são minha banda favorita. Minha comoção é mesmo por 'Sonic Boom' ser O Disco de Rock Perfeito, redondinho, canalha, safado e picareta, como todo bom disco de rock deveria ser.

Não que 'Sonic Boom' comece fraco. 'Modern Day Delilah' é um hard rock sarapa, típico de uma banda com quase 40 anos de estrada. Boa música, mas não emociona, você pensa 'ahn, ok, os caras estão velhos. Dá um desconto'. 'Russian Roulette' dá uma sensação parecida, mas você percebe que aí tem. A coisa começa a esquentar. Então entra 'Never Enough'.


(alguém aí me avisa se tirarem o áudio desse vídeo? grata!)

Bicho, FODEU A MARIOLA. 'Never Enough' é, definitivamente, um hit. É a nova 'Plaster Caster'. Que riffs! Que refrão! Que conjunto da obra! Sim, parece algo que você já ouviu anteriormente: é bom que se lembre, 'Sonic Boom' é um disco do Kiss, e OBVIAMENTE soa como Kiss. Sabiamente, a nova turma de Gene e Paul não tem a menor intenção de reinventar a roda ou fazer algo novo. Subverter? Fazer um disco sem guitarras? Experimentar? Inovar? Pra quê? Esses caras reinam absolutos no que fazem, caramba! Nesse disco, o Kiss faz o que sabe fazer melhor: músicas como 'Yes I know (nobody's perfect)':



Bateria. Riff de guitarra. O riff te cativa, a base entra, o baixo te pega de jeito e Gene te manda tirar a roupa porque ninguém é perfeito mesmo. MEU DEUS. Quando foi a última vez que isso aconteceu num disco de rock? Cadê a safadeza crua e direta? O que eu tou vendo é um bando de moleque cheio de vergonha na cara, parece que estão devendo algo a alguém. Todo mundo muito bem comportado. Aí vem o Kiss e faz isso, sem um pingo de vergonha na cara. E emenda com 'Stand'.


(ME ABANA!!!!!! tou passando mal de emoção!!)

Ok, mais um hit. Não. 'Stand' é *O* hit. Uma linda mensagem de amor e amizade (estarei sempre do seu lado, você sempre terá um amigo), um dueto Gene Simmons e Paul Stanley, um refrão singalong com gritinhos ("when you NEED me!"), mudanças na melodia no meio da música para preparar para os 3min da música.

Chegou nos 3:00?

Sim.

Eles fizeram isso. Eles tiveram a audácia de fazer isso. O dedilhadinho. As três vozes pianinho. A volta à la 'God Gave rock'n'roll to you', a narração frenética de Gene. Can you feel it? Fiquei arrepiada aqui, nunca vi ninguém com menos de 40 anos fazer um negócio desses. O disco podia até terminar, depois dessa - mas não! Não! Mais uma rodada de hits pra galëre!!

Depois de 'Stand', 'Hot and Cold' parece até ser menos genial...



...mas não!! Não! Ela é um rock'n'roll básico e sem firulas que te prepara para o PETARDO seguinte! E eu duvido que você não fique com o refrão de 'All for the glory' por dias na cabeça:



E eu aqui pensando 'Chega, Gene Simmons! Tá bom, Paul Stanley! Já podem tirar de dentro!!!!!!!', mas nããããããoooooo!!! 'Danger us' ESTUPRA na sequência, é seguida por 'I'm an animal' (e você lá, meio sem acreditar que eles realmente estão fazendo isso, é muita coragem! Muita audácia) e então vem 'When Lightning Strikes' com seu cowbell VIOLENTO durante os primeiros 50 segundos da música:



COWBELL VIOLENTO, MINHA GENTE!!!

Então DEPOIS de 'Say yeah' você descansa, pede uma água, acende um cigarro (pra quem é de cigarro) e reflete sobre o que acabou de acontecer. Coloca novamente o disco pra rodar (eu sou velha, po. Na minha época, disco ainda rodava) e se arrepia novamente com a prova de que o Kiss ainda reina absoluto - numa época em que álbuns são lançados, você ouve quatro ou cinco músicas compulsivamente e ignora as outras, é inacreditável e inadmissível que ninguém tenha feito um disco tão cheio de HITS PERFEITOS do início ao fim - e daí que é picaretagem pura? E daí que 'Sonic Boom' tem todos os grandes clichês do rock'n'roll? Isso só faz ser mais perfeito, mais redondo, mais representativo do gênero. E lá vou eu pra mais uma rodada de 'Sonic Boom'. O melhor disco de rock da década.

terça-feira, setembro 15, 2009

I love coffee, I love tea...

A cafeína é um poderoso estimulante, a produtividade aumenta, as horas acordado também, mas a longo prazo se entupir de café pode ser altamente nocivo à saúde. Afinal, todos precisamos repor as energias, sono de qualidade e umas canecas de chá de camomila no final do dia, pra relaxar depois das doses cavalares de chá verde durante o expediente.

A galera do SpringWise já sacou isso e dedicou dois posts recentes aos drinks capazes de fazer a mais elétrica das criaturas dormir como um anjinho. E nem é papo para vaca dormir: a Slow Cow (cuja vaquinha dá uma provocada de leve no RedBull), por exemplo, tem L-Teanina, um aminoácido encontrado - pasmem! - no chá verde. A alegria e felicidade do ser humano é completa com os já conhecidos camomila, maracujá, valeriana, tília, lúpulus (que pertence à família das canabináceas, veja você!) e uns suplementinhos aí. A ideia da vaca lenta é relaxar sem dar sono, à base de fitoterápicos bem poderosos. Issaí. Sem receita.

É o mesmo princípio da Mary Jane's, uma soda não apenas relaxante, mas antidepressiva: seu componente ativo é a kava-kava. E a kava-kava é, sem exagero, uma espécie de prozac tarja-branca. Mais uma dose de açúcar mascavo e maracujá e voilà - seus problemas de ansiedade acabaram.

Valeu, SpringWise.

E, galera, slow down.

* * *

Claro, façam o que eu digo, não o que eu faço. Eu passo o dia tomando umas canecas de chá e café e fico assim:



E olha que as Puppini Sisters ainda fizeram uma versão tão bonitinha de 'Java Jive', provavelmente pra tentar glamourizar o vício...



...mas o lance é o CORNHOLIO mesmo. E ainda estão dizendo que, se você exagera na dose, pode ver e ouvir coisas.

Agora tudo se explica...

domingo, setembro 06, 2009

sexta-feira, setembro 04, 2009

E se High School Musical tivesse roteiro de Larry Clark?

O resultado seria 'O Despertar da Primavera', que está em cartaz no Teatro Villa Lobos, aqui no Rio de Janeiro.

Uma pena que, pelos assuntos cabulosíssimos abordados na peça, 'O Despertar da Primavera' não seja indicado para a mesma faixa etária do público-alvo de 'High School Musical'. O pessoal que curte ver aquelas meninas quicando precisa, um dia, ter contato com o texto de Frank Wedekind (nessa adaptação, uma espécie de High School Musical, aliás, já que retrata um grupo de adolescentes já na época dos exames finais, entre canções e coreografias). Mas se passa na Alemanha, em 1891 - quando a peça foi escrita. E trata de uns assuntos que até eu fiquei meio tensa.

Sim, adolescentes são cheios de hormônios em qualquer época ou local. Mas os alemães do século retrasado precisavam lidar com pais muito mais repressores do que os de hoje em dia. Melchior, o protagonista, lê Goethe e se assume ateu numa sociedade bem religiosa (provavelmente luterana, não fica claro), mas, fora isso, e aí reside a diferença entre 'O Despertar da Primavera' e o musical de adolescentes dos anos 2000, os alemães do século retrasado são retratados fazendo tudo o que os jovens de hoje ainda fazem, porque adolescente é cheio de hormônio em qualquer época ou local: eles trepam, fumam, bebem absinto, se suicidam, engravidam, abortam, se masturbam, se assumem gays, cabulam aula, são abusados de várias formas pelos pais (numa sequência deveras perturbadora pra um musical) e falam palavrão - todas as coisas que a Disney jamais colocaria num filme. Lembrei daquele filme do Larry Clark, só que os jovens daquela época eram muito mais bem vestidos.

Aliás, que figurino. Que produção. Os musicais da Franquia Möeller & Botelho já viraram sinônimo de 'São corny, ok, faz parte do negócio dos musicais, mas por isso mesmo são sucesso garantido. E tem a produção esmerada'. Pra você ter uma ideia, não conhecia a história e ainda perdi o começo da peça. Deixa eu me situar: nomes em alemão. Check. Figurinos remetem ao final do século retrasado. Check. Vocês não me enganam, estudei arte na escola, na faculdade e trabalhei com produção de arte pra tv: o olho pra reconhecer épocas (retratadas *e* de produção, já que cabelos e biotipos mudam) fica cada vez mais treinado - mas isso só é possível quando a ambientação realmente remete à época. 'O Despertar'... passou nesse quesito com louvor.

O combo 'cenografia + iluminação' é outro capítulo à parte: um mínimo de elementos e um máximo de informações passadas e ambientações perfeitas. A arquitetura e acústica do Villa Lobos favorecem, mas... cenógrafo, iluminador e equipe estão de parabéns.

Já as letras das músicas... ok, vamos dar todos os descontos possíveis: é um texto alemão do século retrasado sobre sexo, drogas, rock'n'roll e rebeldia adolescente, ou seja lá o que isso queria dizer na época, adaptado para um musical da Broadway e, por fim, traduzido para o português numa adaptação dos mesmos caras que fizeram o musical sobre Burt Bacharach. Descontos dados, corram para o teatro, corram.

* * *

A mocinha da peça tem dezetantos anos e, por causa de sua criação religiosa no século retrasado, não sabe como são feitos os bebês. Curiosamente, a geração atual de adolescentes web-safe, com acesso à informação e diálogo muito mais aberto com os pais, continua não sabendo (o pessoal continua engravidando antes de arrumar emprego, até onde sei). E, aparentemente, os adolescentes descerebrados retratados em filmes, séries e livros de hoje em dia parecem saber menos ainda - e não dá nem pra culpar a criação repressora e a sociedade disciplinar de antigamente...

* * *


Quem estiver no Rio de Janeiro, assista. Quando a peça estiver na sua cidade, também. Tem informações detalhadas no site - que, aliás, faz o dever de casa bem direitinho também, com link para vídeos no Youtube, Twitter e o site de Möeller e Botelho, excelente fonte de informações sobre esta e outras produções da dupla.

* * *

O passeio ontem foi registrado pelo Victor Pencak e pelo Bruno Pimentel, da Agência Frog, responsáveis pela excursão nerd, aqui.

segunda-feira, agosto 31, 2009

Pra quem estava com saudades...

My my my I I I WOOOO! My my my my Sharona!!

(rola um delay em alguns momentos, mas não compromete)

terça-feira, agosto 25, 2009

Dúvida sobre narrativa. Alguém?

Afinal, toda narrativa dramática pressupõe necessariamente um final? Essa 'narrativa do eu', documentação online de processos permanentes de subjetivação, de devires, de épocas históricas, feita diariamente por centenas de pessoas em diferentes plataformas digitais, não poderia ser considerada uma narrativa dramática cross-media? Afinal, estamos sendo assistidos por espectadores que interagem com essas narrativas, e todas elas complementam a informação principal (que, obviamente, é a vida real/offline). Ou toda narrativa precisa necessariamente ter um final estabelecido, o que invalidaria o conceito de 'narrativa' pra esses tipos de registros?

Alguém? Bueller? Alguém?

sexta-feira, agosto 21, 2009

Profecia sobre o fim do diploma de jornalista...

...e sobre todas essas formas colaborativas de produção de informação que a gente tem hoje:

"Com a assimilação indiscriminada dos fatos cresce também a assimilação indiscriminada dos leitores, que se vêem instantaneamente elevados à categoria de colaboradores. Mas há um elemento dialético nesse fenômeno: o declínio da dimensão literária na imprensa burguesa revela-se a fórmula de sua renovação na imprensa soviética. Na medida em que essa dimensão ganha em extensão o que perde em profundidade, a distinção convencional entre o autor e o público, que a imprensa burguesa preserva artificialmente, começa a desaparecer na imprensa soviética. Nela, o leitor está sempre pronto, igualmente, a escrever, descrever e prescrever. Como especialista - se não numa área de saber, pelo menos no cargo em que exerce suas funções -, ele tem acesso à condição de autor. O próprio mundo do trabalho toma a palavra. A capacidade de descrever esse mundo passa a fazer parte das qualificações exigidas para a execução do trabalho. O direito de exercer a profissão literária não mais se funda numa formação especializada, e sim numa formação politécnica, e com isso transforma-se em direito de todos".

Não tenho nada com isso. Quem escreveu o trecho acima foi Walter Benjamin, em 'O autor como produtor', de 1934. 1934. Mil novecentos e trinta e quatro.

E me espanta que essa discussão hoje ainda soe como novidade.

terça-feira, agosto 18, 2009

Sem juízo

Passei uns dias longe do blog, o que faz bem às vezes. Arranquei um siso no sábado, preciso de repouso mas tenho que trabalhar. Então, durante o tempo em que não estou em função do trabalho, aproveito pra ficar na horizontal com uma compressa gelada na bochecha, estudando pra prova dia 9. Faz total sentido, acho.

Foi curioso. Eu, histérica com mil e um problemas, entro no consultório e dou de cara com o Stephen Fry. Como se não bastasse todo o esforço mental para ignorar que estavam arrancando um dente (só mental, porque a anestesia foi ótima, o dente estava bem posicionado e eu nem senti), a cadeira tremia. Sim, a cadeira fazia massagem nas minhas costas pra eu relaxar (no começo, confesso que fiquei um pouco tensa), enquanto o Stephen Fry passava os apetrechos pro Dr. William, e os dois fazendo piadas sobre sutura.

Humor inglês vibrations. Mas como a vida tem sido meio drama britânico dos anos 90 retratando proletariado, parte esquete do Monty Python, parte filme com o Peter Sellers, não há novidade alguma nisso aí.

* * *

Não, não fiz videozinho 'Lia After Dentist'. Perdi mais uma chance de virar webcelebrity, mas eu tava bem e voltei andando pra casa. Uma pena. 'Is this reeeeal liiiiife?'

terça-feira, agosto 11, 2009

Cavalinhos

cavalinhos

I would choose the darkest horse
That's the horse I'd ride
The stables would be shadowy
and we'd start the race behind...




(música mais linda do ano. juro. tem mais Bishop Allen aqui)

segunda-feira, agosto 10, 2009

À Deriva

E por falar em longa para o mercado internacional, 'À Deriva', de Heitor Dhalia, é lindo. Seu filme anterior, 'O Cheiro do Ralo', era esquisitão, baseado numa história de Lourenço Mutarelli, e não me surpreende que F. tenha dito outro dia que Dhalia não consegue mais verba para filmar. 'O Cheiro do Ralo' não é o filme mais comercial do mundo. A bem da verdade 'À Deriva' também não é.

Mas 'À Deriva' é uma história universal, que poderia se passar no Guarujá, em Cabo Frio, Búzios ou na Côte D'Azur. Durante as férias na casa de praia, a jovem Filipa (a excelente Laura Neiva) vê o casamento de seus pais ruir, ao mesmo tempo em que tem que lidar com todos aqueles dramas adolescentes: a descoberta de sua sexualidade e a descoberta de que o mundo adulto é feito de aparências e hipocrisias. E, apesar da praia, dos adolescentes e de Cauã Raymond, 'À Deriva' está longe de ser um filme leve e ensolarado: a separação de Mathias (Vincent Cassel) e Clarice (Deborah Bloch, perfeita no papel de mulher de francês) é tensa e dramática, ajudada pela trilha espetacular. O espectador é jogado no auge de uma história de falta de comunicação com pelo menos uns quinze anos de ruído entre as partes, e acompanha de perto suas consequências. Como quem não sabe se comunicar não sabe mesmo, os pais de Filipa estão ocupados demais de seus próprios problemas para perceberem que sua filha cresceu. E Filipa, ocupada demais com sua adolescência para entender o que realmente está em jogo.



Não se deixem enganar pelo trailer, que mostra apenas um draminha passado na praia. A tensão do filme só não é mais agoniante porque as belíssimas paisagens aliviam a claustrofobia interna em que se meteram os personagens. É tudo tão lindo e arejado que até contrabalança a sensação de sufoco que a história do filme te leva a sentir.

Aliás, palmas para a produção de arte: sem que se mencione o ano em que a trama se passa, cada mínimo detalhe remete ao começo dos anos 80 - sem exageros e afetações, como realmente era na época, e com sua verossimilhança reforçada pela película 16mm em que o filme foi rodado e pelo filtro meio amarelado. Ok, a produção de elenco pecou um pouco por botar umas duas barriguinhas saradas no filme - mas não compromete. Garanto.

Garanto e recomendo. Veja enquanto ainda está em cartaz. E cante 'Be My Baby' para a pessoa ao seu lado, ainda que você não o (a) conheça. Fará bem.

* * *
Continuem participando da promo do post aí embaixo: o livro 'Uma paixão por cultura' é ótimo e eu realmente quero saber qual foi o filme cabeça que você tem vergonha de admitir que não viu (ou não gostou). Me sinto muito sozinha não gostando (ou não entendendo) '2001'. Sua vez de contar.

sábado, agosto 08, 2009

Uma paixão por cultura

E por falar em literatura, há tempos não pegava um livro tão gostoso nas mãos: dei um tempo de Borges e teorias de comunicação, roteiro, inteligências coletivas e multimídia e caí dentro de 'Uma paixão por cultura', de Carlos Eduardo Paletta Guedes, um romancezinho simpático escrito num estilo tão fluido que não me tomou mais que uma tarde pra devorar.

Paixao_por_cultura_Layout 1

O livro fala de Fábio, advogado que leva um pé na bunda da namorada porque não tem cultura, conhece uma gatinha fã de música clássica, filmes-cabeça e artes plásticas e corre atrás do tempo perdido para impressionar a menina. O autor aproveita para fazer mais que um simples name dropping de referências pop: fornece um guia de música clássica, filmes-cabeça e cânones da literatura para o leitor incauto que precisa corrigir algumas falhas de caráter (como assistir a 'A Felicidade não se compra', de Frank Capra. Já viu? É perfeito). Como se Nick Hornby, além de fazer as listas de cinco mais, te desse o background dos artistas que menciona.

Como produtora cultural diplomada, achei curioso ler sobre apreciação estética e subjetividade do gosto num romance fofo. Como roteirista e escritora com problemas sérios de autocrítica (por isso você nunca leu nada que eu já fiz), li 'Uma paixão por cultura' imaginando um longa divertido, com potencial para o mercado internacional e a Maria Flor no papel de Thaís.

PROMOÇÃO!!

Lounge tem um exemplar de 'Uma paixão por cultura' pra você. Quer? Então responde aí nos comentários: que filme cabeça você tem vergonha de admitir que não viu (ou não gostou), e por que? Até terça-feira, dia 11 de agosto. A resposta que mais me divertir leva (sim, o critério é subjetivo. É arte. Heh).

* * *
O meu é '2001 - uma odisséia no espaço'. Vi. Estava até gostando. Aí dormi. Vi de novo. Dormi de novo. Vi mais uma vez. Dormi mais uma vez. Desisti.

terça-feira, agosto 04, 2009

Revistas online! Oba!

Foi no site de 'A Outra Vida de Catherine Millet' que eu descobri o Issuu.com, uma grande biblioteca de livros e revistas online, da qual não consigo mais sair.

Confesso, listar "Get a high rank on Google" como um dos motivos para usar o serviço para uploadear coisas me assustou. Lembrei do Sou+Web de sábado (que acompanhei via streaming de vídeo e de twitter): SEO é 'Search Engine Optimization', não 'Google Optimization'. Do mesmo jeito que SEM (Marketing em mecanismos de busca) não deve se restringir ao Google - gente, olha a busca do Yahoo bombando e a do Bing crescendo.

Ainda não entendi como o Issuu vai sobreviver, já que não tem anúncios e a publicação é gratuita, e muito menos como as revistas que se autopublicam no Issuu vão sobreviver, já que os anúncios não têm hiperlinks e a interatividade do site se resume a um esquema bacaninha de virar as páginas. Mas beleza, vou continuar frequentando o Issuu pra folhear as revistinhas e ter uma prévia dos livros antes de ler. Achei umas coisas bem interessantes de moda, dança e tecnologia. A ideia é boa. Torço pra que vingue.

domingo, agosto 02, 2009

Tentativa de interpretação de sonhos

Dormi bem e confortável essa noite depois de uma maratona de filmes ('Ligeiramente Grávidos' e o lindo 'À Deriva', calma que vem resenha em breve!) e daqueles programas surreais da tv da madrugada. Jesus, o que é a Gaby Serafim?? Parece que tomou meio quilo de anfetaminas.



Ela é praticamente o João Kléber!

* * *
Aquele programa que é um grande comercial de um chat público por telefone também é muito estranho. Alguém realmente participa daquilo, meu deus?

Acontece que as horas de sono duraram menos do que meu organismo precisa, e no cochilo necessário da tarde, sonhei que ia à Feira de São Cristóvão. Na fila (que estava enoooorme), eu comia um mini-crepe de Nutella e tomava o melhor chocolate do mundo, que vinha com uns krisps de chocolate boiando. Fiquei na pilha de tentar: sonho não se ignora, né? Talvez seja meu inconsciente tentando me dizer algo. Melhor ficar atenta a essas mensagens.

* * *
Nunca mais assistir a Gaby Serafim surtando na madrugada? Escrever urgentemente um projeto de programa pra tv? Alguém vendeu o Quiz Show pra Rede TV, não vendeu? Voltar urgentemente à feira de São Cristóvão?

Na dúvida, mais uma rodada de Gaby Serafim pra galëre.

Catherine M. e a literatura adulta

- Conhece alguém que escreva sobre sexo?
- Eu, ué.
- Tá a fim de ler 'A Outra Vida de Catherine M.'?
- Manda! Livro nunca é demais.

* * *

"Pandora engoliu em seco. A rigidez do corpo dele contra o seu era quase insuportável de tão boa... Nunca se sentira tão feminina antes.
Não demorou e experimentou, com uma intensidade espantosa, todas as curvas de seu corpo, os seios, as nádegas, as coxas, sendo acariciadas por ele. A penugem do peito moreno roçava seus mamilos intumescidos, dando-lhe arrepios.

(...)

Desceu mais um pouco e passou a explorá-la nas partes íntimas. Pandora gemeu ao sentir que ele a penetrava com um dos dedos e a massageava por dentro. Recostou a cabeça no ombro largo, entregando-se. As sensações eram inacreditáveis".


Catherine Millet escreve livros adultos, definitivamente adultos, mas essa putaria toda aí em cima foi, na verdade, extraída da pepita de ouro literária 'O Príncipe do Deserto', de autoria de Iris Johansen, publicada pela milenar coleção de romances Sabrina. Não espere ler sobre sexo em 'A Outra Vida de Catherine M.', cuja autora fala, no máximo, em fornicação. Para ler sobre movimentos sensuais e membros rígidos pressionados contra coxas roliças, favor se dirigir à banca de jornal mais próxima.

Por consideração a Catherine Millet, torço para que, apesar do tom autobiográfico de seu segundo romance em primeira pessoa, 'A Outra Vida de Catherine M.' seja tão ficção quanto os melhores livros em primeira pessoa de Paul Auster: a mulher é louca.

Veja bem: relacionamentos abertos existem aos montes, e até dão certo - porque são um acordo entre ambas as partes, que têm plena noção de que querem a mesma coisa. Catherine tem um relacionamento aberto e duradouro com Jacques, que dá certo desde que ela era uma garota aspirante a crítica de arte. Então, onde está o conflito - que faz com que você se interesse pelo livro a ponto de devorá-lo de uma só vez?

O conflito está dentro dela, que se rasga de ciúmes pelo homem, mesmo que seu discurso seja o de 'vamos levar um relacionamento aberto e sem neuras'. Em 'A outra vida', ela confessa todas as neuras e as crises de ciúme doentias por levar esse relacionamento aberto com o sujeito. São 197 páginas de paranóia, ciúmes e conflito. Veja bem.

Peraí, Catherine: ou você aceita e fica cool com isso, ou procura um relacionamento que não te machuque tanto. Isso aí é masoquismo. A maneira como você relata as paranóias e as crises que chegam a produzir sensacões físicas é digna da recomendação de um psiquatra.

* * *

De fato, o 'estilo sóbrio e elegante' descrito na orelha percorre as 197 páginas de pura necessidade de publicar um segundo livro. Dessas 197 páginas, imagine que umas 64 tenham algo a dizer - as outras 133 são descritivas demais, narrativas demais, Catherine te enrola horas em vez de chegar direto ao ponto.

Confesso, ler as aventuras de Pandora e Phillip, aquele que chega sem camisa em cima de um cavalo selvagem, escritas por uma dona que já está em seu vigésimo livro ruim, pode não ser mais elegante - mas diverte, tem reviravoltas e um vocabulário que eu jamais cogitaria ler. Gosto de ser surpreendida por arte.

Mas e Cat-cat? Perdi meu tempo lendo?

Não. Lembra de 'Inconscientes', comédia genial que fazia troça dos estudos psicanalíticos sobre histeria e, ao mesmo tempo, era uma ode à referida linha de estudos? 'A Outra vida de Catherine Millet' nem chega a ser uma ode sobre alguma coisa, mas consigo encaixar direitinho o livro na seção de psicanálise. Imagino professores do segundo período de psicologia pedindo que os alunos leiam e analisem a personagem. Depois, que eles leiam e analisem a autora, que publicou 197 páginas escrevendo mais do que contando uma história.

Também me senti inspirada por Catherine, o que sempre é bom. Quando um autor te inspira a fazer sua própria arte, o a tua vontade de criação, é porque a obra não foi em vão: ela teve um motivo, um propósito.

Obrigada, Cath-M. Agora eu acredito que sei escrever.

Não acredito que sua intenção tenha sido essa. Mas isso é a subjetividade da arte: é o espectador interpreta como lhe convém, baseado em suas experiências pessoais e em todo o seu histórico de vida, seu processo de subjetivação.

É isso, galera. Agora não tenho mais desculpas. Meu primeiro livro vem aí.

* * *

Literatura adulta por literatura adulta, leiam a coluna de Verônica Volúpia no Bolsa de Mulher! Membros rígidos e mamilos intumescidos em profusão! He, he.

quinta-feira, julho 30, 2009

Think pink!!!

Rapazes: a Monica Belucci em 'Aprendiz de feiticeiro' está um assombro. Agora vão ali rapidinho falar de futebol enquanto eu falo de coisas cor-de-rosa e maquiagem por aqui. ;)

* * *
Lá no >meu trabalho, a gente comemora a Quinta Rosa. Vou resumir pra vocês: o Movimento Rosa não é um flashmob de adoradores da Elle Woods. Ter uma atitude rosa é simplesmente ver a vida com mais leveza, ser gentil, dizer uma palavra de carinho, fazer uma boa ação. O rosa simboliza isso tudo, por ser uma cor associada à feminilidade (e esses conceitos, convenhamos, são bem femininos). Eu acho o máximo. Sério.

Pra esse mês, além da já clássica parceria com os restaurantes (recomendo fortemente o Jasmim Manga, o Puebla Café, o Farfalle e o Fogo Carioca, um lugar pequeno, aconchegante e especializado em flambados no coração do pólo gastronômico do Lido), fizemos uns cartões virtuais totalmente Kawaii, porque a gente quer chegar direto no coração das meninas que adoram fofuras. Yup, eu que brifei os unicórnios

A minha Quinta Rosa poderia ter passado em rosa-bebê, não fosse a encomenda que chegou aqui em casa e me pegou de surpresa (porque veio muito rápido, gente!): O KIT VIP DA EYEKO. Agora, além de rosa, minha quinta está perfumada e cheia de glamour. Sente só:

Kit Vip da Eyeko

Eyeko é maquiagem kawaii. Delineador de glitter, esmalte rosa pink, iluminadores, bolsinha prateada e todas as fofuras a que temos direito. Tudo bem que eles têm uma linha de maquiagem mangá que absolutamente não é a minha onda (já passei da idade), mas os iluminadores, glosses, corretivos e cremes são tudo de bom. E daí que vem tudo da Inglaterra? Alguns preços, convertidos pra reais, são meio absurdos. Mas o kit vip (na promoção! corram, ladies), por exemplo, saiu inteiro ao preço de um corretivo da L'Óréal. De um único blush da linha nova da Contém 1g.

Esmalte da Eyeko Gloss da Eyeko Delineador da Eyeko

Minha encomenda levou só 10 dias corridos pra chegar - e pro Brasil não tem frete!

A cada dia respeito mais a Camila Irala - a dica da Eyeko foi dela. Aliás, Camila, cada pele é uma pele, né? Embora eu seja super branca, adoro pagar de saudável - e, em mim, o Tinted Cream ficou ESPETACULAR. Favoritei e recomendo.

* * *

Minha atitude rosa é me sentir linda, absoluta, glamourosa, cheia de glitter e, tá, falando sério: confiante.

terça-feira, julho 28, 2009

Leite com nescau

Bom dia:



De passo em passo pra virar webcelebrity, migrar pra tv a cabo e ir parar em horário nobre de tv aberta, eu chego lá.

:p

quinta-feira, julho 23, 2009

Ache o erro:

Recebi na Poplist, no Twitter e o povo tava vendo lá no trabalho. Sente a manchete:

Prostituta de 65 anos é presa por suspeita de matar lutadores anões no México

O resumo:

Anões que faziam apresentações de luta livre morreram em junho.
Conhecida como 'A Tia', prostituta negou responsabilidade pelas mortes.


Agora, leiam a matéria.

E a foto do enterro dos anões (isso aí mesmo que você leu), chupinhada da SkyNews, aqui embaixo:

SAO1239215799134

Eu sei, merecia um comentário, uns parágrafos indignados sobre como o mundo está perdido e a humanidade não tem nenhuma possibilidade de salvação. Podia até mesmo falar sobre o estado do jornalismo no mundo.

Mas só consigo murmurar 'O horror, leitores. O horror'.

domingo, julho 12, 2009

Paris (pra comemorar la prise de la Bastille na terça)

Pra comemorar o 14 juillet, um filminho que vi semana passada: 'Paris', de Cédric Klapisch, é sobre pessoas - e, ao mesmo tempo, sobre nada. Porque a Paris de exportação pode ser glamourosa, mas a Paris de verdade tem feira na rua, imigrantes, empregos de merda, pessoas mal-humoradas que andam bufando pelas ruas e os lindos prédios antigos que compõem a cidade, na verdade, têm instalações internas que precisam urgentemente de reformas - e 'Paris', o filme, mesmo quando mostra glamour, mostra o lado tosco: veja bem, Cédric Klapisch tirou o charme até mesmo de Juliette Binoche, aqui na pele de Élise, quarentona mal comida, com um emprego que paga mal e enche o saco, 3 crianças a tiracolo, que descobre que seu irmão pode morrer do coração em breve.

paris

Pierre, o tal irmão, é interpretado por Romain Duris, que eu não sabia que era tão bom até descobrir que foi ele que deu vida a Jean-Baptiste Poquelin, o Moliére, no filme sobre o escritor e dramaturgo francês. Pois é, precisei do imdb pra descobrir isso, tão bom é o cara, que se transforma completamente a cada personagem. O sujeito esteve também em 'Bonecas Russas', 'Albergue Espanhol' e 'Chacun cherche son chat', todos de Cédric Klapisch, e eu nem sabia, o que adiciona mais um ponto de normalidade à 'glamourosa' França: lá, como aqui, também tem panelinha na indústria cinematográfica.

E por falar em panelinha, temos Fabrice Luchini (que esteve com Romain Duris em 'Moliére') num personagem genial: apesar da sinopse de 'Paris' versar sobre a condição cardíaca de Pierre e sua irmã cuidadosa, o filme é de Roland Verneuil, professor de história um tanto problemático, que garante as pequenas doses de um humor que se manifesta na platéia em forma de risada nervosa.

Klapisch não é nenhum Altman, mas a maneira como as vidas dos personagens se entrecruzam é bem bonita - tendo, claro, Paris como coadjuvante. Em vez de personagens isolados, temos uma estrutura de novela - o núcleo feirante, o núcleo das modelos, o núcleo imigrante, o núcleo da padaria, o apartamento de solteira da universitária, a família do professor de história, o mendigo. É tanta gente que nem dá pra se envolver com todo mundo, só pra observar da janela - como Pierre, o ex-dançarino que pode morrer do coração a qualquer momento.

Mas, ei, só observar pode ser uma experiência interessante, às vezes (desde que a vida não seja só isso).

Você atribui vidas às pessoas, você imagina os passados das coisas e cria histórias - e criar histórias pode até ser produtivo, acredite.

'Paris' é um exercício de observação, que pode ser reproduzido em qualquer cidade do mundo.

Faz aí que eu faço aqui.

* * *

Aliás e a propósito, como anda o seu francês? Quando você aprendeu sobre a Queda da Bastilha, não tinha wikipedia e hiperlinks bacanas - agora tem. O-ba. Entenda como foi a tomada da Bastilha pelo povo aqui.

* * *

Leu tudo? Agora treine seu francês básico com a ajuda de Joe Dassin:


(Lounge dedica essa canção a G. Z., que também é do vélo)

quinta-feira, julho 09, 2009

A vida é boa. E confortável.

Eu danço, né? Cês sabem. O que me dá mais opções de lazer do que meus amigos, porque tanto posso ir pra um karaokê indie como para um boteco pé-sujo (mentira. não gosto de boteco pé-sujo) como para um bailão de dança numa mesma noite (desde que a noite terminasse por volta de meianoite. claro). E não me absteria de um karaokê comum, porque também curto uma farofa musical. O problema todo é que você precisa sempre de um casaco, porque o programa pode ser outdoors; uma câmera, porque nunca se sabe o que você vai ver por lá; sapatos de dança, não importa o programa.

Só que outro dia eu saí de casa às nove da manhã e fiquei até uma da madruga (já na prorrogação. a pessoa apaga cedo). E os pés chegaram maltratados. E eu não vou dar 600 pilas no Foot Spa Ultimate da Polishop, ou pelo menos não enquanto 600 pilas forem uma parte muito significativa do meu salário.

(uau, o Foot Spa Ultimate é da Remington! Lembra, gente, das máquinas de escrever??)

Pois. Agora imagina chegar cansada e dar de cara com um novo par de chinelos MEGA confortáveis? Bonitinhos e confortáveis?

Ipanema by Oskar Metsavaht
(obrigada, OM/Ipanema! E Liv! He, he)

Além de ecofriendly, reza a lenda que a sandália é um hit na Colette francesa. Quando eu digo que a vida é boa...

* * *

Ipanema by Oskar Metsavaht

Lounge deseja um final de semana confortável pra vocês. Sempre.

Believe it or not, I haven't seen '2001: a space odyssey'

Actually, I swear I've tried to watch it. But I fell asleep. 3 times.

I've tried to 3 times. No, not again.

terça-feira, julho 07, 2009

Nem Jesus salva

Ou: livestream do meu QUASE suicídio na noite do dia 05 de julho do ano de dois mil e nove (retirado do meu Twitter).

--> Chegou o momento de abrir a latinha de Guaraná Jesus, "sonho cor-de-rosa". Desejem-me sorte. Que eu sobreviva. Obrigada.

Vladimir Cunha tentou me impedir, disse que o guaraná Jesus havia sido fabricado com propósitos puramente decorativos. Não botei fé e abri a latinha do sonho cor de rosa.

--> O cheiro é forte. (2 min. depois)

Guaraná Jesus faz mal
Fede.

--> Não tem gosto de nada reconhecível na natureza. (3 min. depois)

--> Lembra vagamente xarope de groselha. Mas, na real, groselha também não tem gosto de nada reconhecível na natureza. (5 min. depois)

A cor é intrigante: é um rosa-claro cristalino, lindo. Tão lindo e tão bizarramente doce que isso só pode ser tomado por unicórnios, lá no mundo de fantasia deles. Não por humanos, certamente.

--> A sensação de que o guaraná Jesus GRUDOU NOS DENTES é forte. Caraleos. Me fodi, ainda tem uma garrafa fechada na geladeira. (8 min. depois)

--> Lavagem estomacal JÁ. (10 min. depois)

Marcelo Almeida levantou a teoria de que 'o nome do guaraná foi escolhido em pesquisa com consumidores. 35% falaram Jesus! qdo beberam. Os outros 65% puta que pariu!'. Só pode, MA, só pode.

Guaraná From Hell
Isso não é de deus, não!

--> Tou com medo de desovar o resto da lata pelo ralo e nascer um ALLIGATOR na minha cozinha.(15 min. depois)

Mas é preferível nascer um alligator na minha cozinha do que no meu estômago.

No final, eu já estava me sentindo naquelas coberturas live de suicídio, em que um mané liga o gás e a webcam e fecha as janelas. Parei na metade da lata. Coincidência ou não, 31 minutos depois do primeiro gole, bateu a inevitável dor de barriga. Morri. Agora é escovar os dentes, bochechar com listerine e beber bastante água. Pior que trouxe uma garrafa de 1l, além da latinha - pensarei em drinks coloridos com bastante limão, quem sabe isso não fica razoavelmente decente?

* * *

Vladimir Cunha, Eduardo EGS, Kiti Soares, Teca Pessoa, Denis Klein, Andrea Augusto, Paulo Halm, Marcelo Almeida, h_sophia, Cristiano Dias, Leo Macario - obrigada pelas palavras de APOIO. Por ora, as únicas palavras que levo comigo são as do corvo: NEVERMORE!

NEVERMORE!!!!

segunda-feira, julho 06, 2009

Bailão rockabilly

Slim Jim Phantom - Estrela da Lapa - 02jul09

Quem não gosta de rockabilly, bom sujeito não é.

Olha o Slim Jim Phantom lá no fundo, olha.

Estrela da Lapa, dia 02-jul-2009.

domingo, julho 05, 2009

Inah e Irene

Inah tem 94 anos bem vividos, 11 filhos (todos vivos e sempre em torno da mãe), vários netos, duas bisnetas já nascidas e mais dois a caminho. Inah teve uma vida humilde e sem luxos na pequena Bom Jardim (e criou 11, cara. Isso é admirável), o que não a impede de ser uma das senhoras mais elegantes que já vi na vida: minha avó tem porte de Jackie Kennedy Onassis, dedinho levantado quando pega a xícara, fala macia e calma com um leve sotaque português herdado da família. Comemoramos aniversário juntas, e a soma da idade dela sempre dá a soma da minha - o que sempre tratamos como novidade, embora seja uma questão de matemática que nos acompanha há 31 anos (ou seja, desde que nasci). Lúcida, ativa e dona de uma ótima memória, caiu outro dia, quebrou o fêmur e já voltou a andar. Só que aí caiu de novo, e já está na fisioterapia pra voltar a ir a missa com seus próprios pés.

Irene, baixinha invocada, 95 anos recém-completos, teve cinco filhas (uma delas já falecida), uma penca de netos, outra penca de bisnetos. A mais velha das irmãs e irmãos, saiu lá de Januária pra morar no Rio de Janeiro (e, depois, em Niterói), reza a lenda que aprontava, fingia desmaios para segurar o marido em casa, come doces, bolos, canjica (aniversário no dia de São João dá nisso, né?) e até uns 85 anos cozinhava um carré divino - e está aí, inteiraça, pequenininha, andando com sua bengala e agradecendo a deus todo dia por ter saúde, memória e netos e bisnetos carinhosos à sua volta. Mãe da minha avó Socorro, avó da minha mãe Angela, aguarda ansiosamente um tataraneto que, até mesmo pela diferença de idade entre eu e os outros bisnetos, é tarefa minha. Do jeito que as coisas andam pro meu lado, vai demorar. Mas boto a maior fé que vovó Irene estará viva pra ver.

Já perdi amigos aos trinta e poucos, já vi mortes de conhecidos ao 50 e aos 12, um avô morreu quando eu tinha 10 e o outro quando eu tinha uns 25, e pela ordem natural das coisas eu devia estar preparada para perder minhas avós a qualquer hora nos próximos anos. Afinal, isso é fato. É certo. VAI acontecer, e não é mau agouro da minha parte: faz parte do ciclo da vida, somos seres humanos e não costumamos passar dos 100 anos de idade. Morrer na tranquilidade depois de uma vida longa e de ter criado tanta gente boa que criou tanta gente boa que vai criar tanta gente boa devia ser motivo de comemoração e felicidade, não devia? Mas, então, por que raios a ideia de perder minhas velhinhas queridas e cheirosas a qualquer hora me deixa tão triste e agoniada?

Essa criação judaico-cristã ainda acaba comigo, viu?

Se a gente não aprende a lidar com a morte, que é a única coisa CERTA nessa vida, vai aprender o que, afinal...?

segunda-feira, junho 29, 2009

Desperta, Juanito!

Sabe aquela minha bata mexicana que eu adoro usar quando quero tirar uma onda de latina, hispânica e dramática?

...

Tá, você não sabe.

Enfim. A queridíssima Gabu, Gabut, Haroo ou como você queira chamar a queridíssima Gabu, numa joint venture com a Adriana, resolveu importar uns vestidos mexicanos coloridésimos, bordados e a uns preços bem honestos.

A mina de ouro fica em Mexdress.blogspot.com. Já encomendei o meu pretinho nada básico pra despertar a Thalia que existe em mim:



* * *

Ah, ok, o garotinho juvenil veio aqui e achou esse papo de vestidinho a maior mulherzice, hã? Pois tem mexicanices pra ti também, Pacheco, porque Lounge ama os rapazes (mais até do que as moças, viu?): Mexicovers é um blog com o melhor do cancioneiro pop, romântico e rock'n'roll da terra do h1n1, tudo liberado para download. Muito Agustin Lara, Los Locos del Ritmo e Esquivel pra vocês!

* * *

E o troféu de Melhor Drink do Ano vai para o Puebla Café, na Cobal do Humaitá, que me surpreendeu em apenas uma semana com uma caipirinha de morango com pimenta rosa, outra de morango, limão e tabasco e um drink usando a base do mojito (rum e água com gás), mas usando lima, capim-limão e maracujá.

* * *

E nunca o slogan deste blog ("A vida é boa") foi tão verdade. Cada dia mais. Amo vocês, de coração.

sábado, junho 27, 2009

Michael Jackson morreu, mas fiquei com pena foi do Bonner

Todo mundo viu as imagens aéreas do hospital de Los Angeles. Todo mundo viu a retrospectiva da carreira de Michael Jackson, desde quando era um molequinho de cabelo black power cantando com os irmãos até o anúncio da turnê insana de 50 shows que começaria agora. Todo mundo leu no twitter 367 piadinhas sensacionais e todas diferentes umas da outras no espaço de tempo entre a notícia da entrada de Jacko no hospital até a confirmação de sua morte. Todos os djs do mundo andaram botando músicas de MJ nos seus setlists (só na festinha que fui 6a, ouvi umas seis músicas).

O que pouca gente viu foi William Bonner visivelmente transtornado (adiante até os 8 minutos e 22 segundos):



E teve o post completo de Lisa Marie Presley em seu blog no MySpace, né? Onde cai a ficha de que a filha do Rei do Rock era ex-mulher do Rei do Pop, e considerando as circunstâncias de ambas as mortes e a insistência da mulher em dizer que queria salvar Michael, tentou salvar Michael de todos os jeitos e insistiu em querer salvar Michael até a barra pesar pra ela, só tenho uma coisa a dizer: Lisa, Freud te explica.

* * *



Last but not least, o Instant Michael Jackson virou um clássico com mais ou menos meia hora de vida na internet. Obrigada, Fred. AW!

quinta-feira, junho 25, 2009

My life would make a great musical movie

My friends have bands. I ballroom dance frequently. I'm a karaoke singer (haha). I write about music. If it was not a musical, you bet my life would have an awesome soundtrack.

segunda-feira, junho 22, 2009

Grandes xavecos da história do cinema pt 01



Elvis Presley e Ann-Margret fazendo a dança do acasalamento em 'Viva Las Vegas'.

Rapazes, aprendam: assim se conquista uma dama. Reparem como Ann-Margret fica possuída com os encantos do jovem de Tupelo, Mississipi.

quinta-feira, junho 11, 2009

Namoro, casamento e afins

A julgar pelas minhas companhias mais recentes/atuais, meu sonho da família própria ainda deve demorar mais um pouquinho - o ceticismo da casa dos 30 me impede de acreditar naqueles romances cinematográficos que, em duas semanas, terminam no altar (ou com a intenção disso).

De qualquer forma, casamento tem sido a palavra recorrente na família, de várias partes da família, inclusive, nos últimos tempos. Já tou ficando expert em casamentos alheios.

Como não espero ser surpreendida pelo futuro pai dos meus filhos tão cedo, fica a dica para as mocinhas casadoiras de agora: os melhores bem-casados que já comi EVER são da Dauira, de Niterói. Telefones: 21-2722-7330, 21-9999-1506 e 21-2710-9540. E olha que eu nem conheço a Dauira, mas achei de bom tom recomendar aqui: cuidadosamente embalados para não amassar, fofinhos, macios e recheio cremoso. Delicinha.

Noivas, fica a dica.

(em tempos de combo Dia dos Namorados / Santo Antônio no dia seguinte, nada mais apropriado)

* * *

Agora, se você, amiga, já tiver superado a fase do 'amigo especial' - mas ainda precisa de uns ajustes até pensar em casamento - vale assistir a esses vídeos que ensinam como reconhecer o problema do seu garoto e, na sequência, como adestrar o moço direitinho. Afinal, se oferecer pra ajudar a lavar a louça, arrumar a cama enquanto você prepara o café da manhã e esquecer da mãe dele quando estiver contigo são coisas quase tão fundamentais como te amar.

(rapazes não estão livres de rir desses vídeos. sério. diversão garantida para toda a família)

domingo, junho 07, 2009

Wilson Simonal Facts

Só me interessei por conhecer a obra de Wilson Simonal há uns seis anos atrás. Pusta cantor - porque Chico Buarque é o rei da mulherada, Roberto é o Rei e não se fala mais nisso, mas todos eles parecem meio fanhos perto de Wilson Simonal. E, das grandes vozes da música brasileira, ninguém foi tão popular quanto ele. Pra não falar da onda gostosa das suas músicas. Swing era seu nome do meio. SÉRIO.

Simonal era o Paul Stanley brasileiro: 40 mil pessoas no Maracanãzinho NA MÃO do cara. Sabe a hora do open mic pra galera? A platéia cantava, ele saía do palco pra tomar um cafezinho, voltava e o povo lá, curtindo a presença dele até quando não estava presente. O sujeito tinha a manha. E claro que eu só fui saber disso depois que vi "Simonal - Ninguém sabe o duro que dei", assim como várias outras lendas que cercavam o sujeito (como a que envolve um quase-cargo de jogador na seleção de 70).

O trabalho de documentário de Claudio Manoel, Micael Langer e Calvito Leal é primoroso - afinal, não estamos falando de qualquer um: estamos falando de um sujeito que chegou a ser o cantor mais popular do Brasil e, de uma hora pra outra, numa história extremamente mal contada, sumiu dos palcos e da mídia. Assim. Puf. E o documentário vai lá e investiga: o que rolou, exatamente, para apagarem a maior voz brasileira dos anos 60/70 do mapa musical? Era verdade mesmo? Por que ninguém defendeu? E eu não vou te contar aqui a história toda: quero que você veja esse videozinho e levante correndo pra ir ao cinema enquanto "Simonal - Ninguém sabe o duro que dei" não sai de cartaz:



Se você não aproveitar nada da aula de documentário nem da aula de carisma do objeto da investigação, volta aqui e me dá um pescotapa.

Beijos e boa semana,
L.

sexta-feira, maio 29, 2009

Tudo palhaço? Mesmo?

Essa matéria do Luxury Spot é bem sintomática: a gente reclama deles. A gente fica mal por causa deles. A gente até fala mal prazamiga. Mas, se olhar por aí (e não sou eu que vou dar o link), tem uma galera que conta histórias escabrosíssimas que os tais palhaços rapazes aprontaram. É mais ou menos o mesmo princípio do Reclame Aqui - lá vai você alertar os outros pra que não caiam no conto do vigário.

O que eu adorei nessa matéria não foram nem as histórias, escabrosíssimas. E sim o reconhecimento de que grande parte envolve um certo grau de... ahem... probleminha da parte das mulheres. Porque quem trepa com um cara que mal conhece sabe que está sujeita a roubadas, ou pelo menos devia saber. Porque álcool compromete seriamente parte do critério de uns e da noção de outros, então se uma das partes está bebum, você devia saber o que vem por aí. Porque surtos psicóticos existem e ninguém está livre, mas sair com um cara três vezes dá tempo suficiente pra saber que ele não tem noção ou que mora com a mãe, ou tem uma ex namorada que não superou, ou que foi parar no tribunal duas vezes por agressão física, não trabalha, cheira, é suicida ou o que quer que seja que incomode a moça. E continua saindo. E namora. E passa dois, seis meses, três anos com o cara. Então tá, né?

Tudo bem, normal, às vezes a gente faz isso por carência, por falta de roupa pra passar ou de casa pra varrer. E pode demorar um encontro ou seis meses, mas fatalmente as coisas não saem como o previsto e a gente pode até passar dias chorando, sabe? Mas reclamar de algo que não seja nossa própria insistência em procurar ou aceitar situações bizarras, culpando o caboclo? Sei. E depois eles é que são palhaços.



Lia ultimamente não tem tido motivo algum pra reclamar! A vida é boa e a cozinha está um brinco!


(tou escrevendo um post sobre o documentário fodão sobre Wilson Simonal, mas como o fim de semana será passado quase inteiramente offline, assistam a "Ninguém sabe o duro que dei" ASAP mesmo que vocês não gostem da música de Simonal, porque o filme é uma aula de documentário. E voltem depois. Tou aqui. Beijos, L.)

segunda-feira, maio 25, 2009

Orgulho nerd? Eu morro de vergonha

Enquanto vocês fazem teste pra saber seu quociente de nerdice e gastam tweets com a matéria sobre orgulho nerd no Fantástico, em 93 ou 94 (veja bem, 93 ou 94!) saía uma matéria na Revista General proclamando que ser nerd era cool. Botando Ayrton Senna, ainda vivo, e Kurt Cobain, também ainda vivo, na mesma categoria que Jerry Lewis - afinal, pra entender de mecânica e velocidade e virar um gênio das pistas era necessário ser nerd, da mesma maneira que um garoto magrelo, franzino, meio depressivo e que só arrumou mulher depois que montou banda, esse sim tinha que ser nerd de carteirinha. E nesse mesmo ano de 93 ou 94, Lia e suas amigas adolescentes encaravam a grande questão da humanidade: existe ou não existe mulher nerd? E existia, era a Ana Elisa, que mesmo na época pré-internet sabia TUDO, eu disse TUDO que aconteceria nos próximos episódios de 'Arquivo X' e 'Lois & Clark'. Orgulho eu tenho é dela, não da maioria dos nerds de hoje em dia.

E daí que dez anos depois, eu escrevi aquele texto. Aquele do qual me arrependo um pouco, não porque ache que nerds não mandam bem, mas porque hoje eu tou mais velha e já não acho tão legal ficar escrevendo em termos tão... como dizer... de forma tão direta. Enfim. E também me arrependo de dizer que nerds mandam bem e ter incentivado uma legião de nerds país afora a sentirem orgulho disso. É pra ter, se você acha o equilíbrio entre ser nerd e ter uma vida. Do contrário, é pra ter vergonha. Eu tou com vergonha da classe, sério.

...porque, sim, é pra ter orgulho de estudar mundos e sacar tudo de história medieval e ter lido todos os livros e saber falar élfico, klingon e wookie. É pra ter orgulho de ser inteligente, claro. Mas de que adianta tudo isso se você não pega sol, um pouquinho que seja, ou correndo ou andando de bicicleta, porque acha que é perda de tempo (podia estar fazendo algo mais produtivo, lendo um livro...)? Um pouquinho de sol, que seja, é até saudável, sabia? De que adianta ser inteligente se você tem cara de doente? Aliás, de que adianta entender klingon ou élfico na vida real? o_O

...e de que adianta ter orgulho de saber programar em linguagens diferentes e virar noite rodando programa se tu se alimenta de pizza com coca-cola e suas artérias estão a perigo? Sim, a conta bancária aumenta na proporção, mas a possibilidade de ter um infarto ou um piripaco de estresse antes dos 40 também.

...de que adianta ser um cara culto e educado e não ter uma vida pras pessoas saberem que você é culto e educado? Eu hein. Get a life.

...de que adianta ter orgulho de ser nerd, se você não fez nada com isso? Conheço uns nerds que podem se orgulhar disso, que transformaram suas paixões em algo produtivo e ainda conseguem ter uma vida real, mas e esses caras que se orgulham de uma nerdice estereotipada, como ficam? Eu tenho orgulho de ter aprendido a dançar depois de décadas como a gordinha desajeitada da turma, sabia? Minha nerdice me levou a escrever, a pesquisar, a tentar entender coisas, e hoje eu tou linda, saudável, responsável, cuido do meu corpo tanto quanto dos neurônios (tá bom, os neurônios têm mais destaque mesmo), tenho assunto tanto com nerds fãs de Star Wars como com não-nerds dançarinos de salsa e não morro de orgulho de não ir à praia com mais frequência. Pelo contrário, morro é de vergonha.

Vê lá se você não está vivendo um estereótipo nerd, cara. Dá pra ser inteligente, culto e geek sem necessariamente ter uma risada de personagem do Jerry Lewis ou ostentar uma aparência de doente ou de psicopata. Fica a dica: achar o equilíbrio é fundamental.

Aliás e a propósito, fiz o teste no site do Fantástico. E apesar do sabre laser, dos óculos, da coleção completa do Mochileiro da Galáxia e do Lobo, das toneladas de revistinhas de sudoku e de não conseguir ir à praia pra bundear na areia há muito tempo, fiz míseros 20 pontos. Será que não sou nerd e não sabia? Será que estou curada?

Obrigada, senhor, por me fazer uma mulher normal.

Meus top artistas escutados de todos os tempos

Em tempos de Last.Fm entregando dados de usuários para a RIAA, a gente fica aqui sem saber se cancela a conta por lá, já que também não dá mais pra ouvir as rádios (usuários terceiromundistas, se quiserem, precisam pagar. EUA e UK, não), ou se mantém a conta pra ver que bicho vai dar e pra fazer coisas bacaninhas como essa, uma espécie de tagcloud de tudo o que você andou ouvindo ultimamente:

O que andei ouvindo por aí

Clicando, aumenta.

Boa semana. Lov u all.

domingo, maio 17, 2009

A Loira do Banheiro não é brother

Falei tanto de carros rosa-choque com estampa de onça no twitter que agora eu, que já era um poço de estrogênio, as ancas largas dignas das melhores reprodutoras da espécie e o furor uterino em pessoa, começo nova etapa da minha vida num escritório tão cor-de-rosa quanto a minha casa.


Tá, não, não é bem assim.

Feliz? Estou. Motivada? Demais. Glitter, vestidinhos, sapatilhas, laços e onças? Tá liberado. E eu conheço BEM o mercado-alvo (embora, pessoalmente, eu seja completamente nicho, mas vamo que vamo).

Conheço tão bem o gênero que se você não sabia o que as moças vão fazer juntas no banheiro, fica sabendo no texto que escrevi na Revista Paradoxo, em primeiríssima mão. Porque eu GARANTO que a teoria da Loira do Banheiro faz muito mais sentido do que a já batida 'jogar ping-pong', ou ainda a hipótese levantada pelo esquete da TV Pirata:



Não, não. É medo de encontrar a Loira do Banheiro, já disse. A Loira do Banheiro não é brother.

* * *



* * *
E quando puderem, visitem o Bolsa de Mulher. Tem umas coisas bem legais por lá.

quinta-feira, maio 14, 2009

Mais um comercial freak japonês

Eu já havia prometido que não deixaria este blog às moscas. Assunto, tem. Vontade de falar, nem sempre. Tempo para desenvolver textos mais complexos, raramente. Então fiquem com esse comercial japonês que vi lá no Japan Probe:



Sim, gelatina ZERO CALORIAS, algo muito apropriado para crianças. Isso aí, galera. Superação, sempre.

segunda-feira, maio 04, 2009

Pra entender 'Fanboys' tem que ter Star Wars no coração

Depois de ouvir de várias fontes, todas infames, que hoje é o Star Wars Day ("May the 4th be with you" - AI! SOCORRO!), resolvi comemorar a coincidência publicando esse post que estava escrito desde ontem de manhã. Para ler ouvindo 'Spring 1999', do Hill Valleys. Você ainda tem a demo? Eu guardo a minha até hoje.

* * *
Chapada de antiinflamatório e relaxante muscular, resta à pessoa abrir mão da social de sábado em prol das pernas que tanto se sentem bem dançando e pedalando, que hoje estão inutilizadas. Então deitei e resolvi ver um filminho, sabendo que não passaria dos primeiros vinte minutos: já passava de meia noite, o ser humano estava quentinho enrolado no edredom de onça e a única luz acesa era a do monitor.

Quem me conhece bem (família e amigos muito, muito, muito chegados) sabe que essa é a CNTP para que a reação 'fechar pálpebras / dormir profundamente' ocorra com muita facilidade. Muita mesmo. É necessário que me cutuquem e perguntem de dez em dez minutos se estou acordada. Normalmente, não estou.

Mas 'Fanboys', mais uma dica da Poplist (aliás, agora reconsidero minha proposta de ter um HD de apenas 40gb pra fazer backups constantes - estou pensando seriamente em ampliar o espaço para arquivos, porque tá ficando difícil!), me deixou acordada do começo ao fim. É filme pra gente como eu, entendam.

Os personagens são os típicos garotões adultos que se recusam a crescer e ficam jogando videogame na garagem, trabalhando numa locadora/loja de quadrinhos e nerdices em geral. Um deles arrumou um emprego de camisa social, mas ainda tem Star Wars no coração. E um deles tem um câncer terminal.

O ano é 1998, e talvez Linus não esteja vivo até a data da pré-estréia do Episódio 1, então os garotões decidem pegar uma van e partir numa road trip até o Rancho Skywalker, determinados a ver o primeiro screening do filme.

Sente o trailer:



Como se diz 'vou morrer virgem' em Klingon?

As piadas, as milhares de referências a Star Wars por frame, as zoadas dicumforça a trekkies maletas ("Khaaaaaaaaaaan!!!)", tudo isso já seria suficiente pra me arrancar alguns risos nerDosos e me impedir de sentir o efeito da mistura de Tandrilax com Dorflex. Mas as cameo appearances ALTOS NERDS de Seth Rogen, Carrie Fisher, Danny Trejo (o meu, o seu, o nosso Machete!), Billy Dee Williams (pra quem não ligou o nome à pessoa, Lando Calrissian!), William Shatner, Kevin Smith e Jason Mewes, Ray Park (Darth Maul!) e mais uma penca de gente menos conhecida, mas não menos figurinha fácil em a) filmes do Kevin Smith ou b) a galera do Seth Rogen foram suficientes pra curtir ainda mais o filme.

(uma pena que o Harry Knowles não é o próprio, he he)

'Fanboys' não é pra qualquer um. Tem que entender, tem que ter ido às pré-estréias, tem que ter vergonha de admitir em público que a prequel só se redime do fiasco no episódio 3. Tem que ter visto as animações do Evan Mather muitos anos antes de existir Youtube no mundo:


Godzilla Versus Disco Lando

Tem que ter Star Wars no coração:

Carnaval no escritório

sábado, maio 02, 2009

Esses japoneses ainda me surpreendem - Go to DMC!

Eu já tinha lido sobre o filme, visto o trailer e ficado na vontade de ver 'Detroit Metal City', o filme japonês em que Gene Simmons aparece e... bem... cês sabem que eu curto um pessoal de rosto pintado...

Annix, querida, passou o link - e contei com a ajudinha luxuosa da minha mãe, a mais torrent freak do universo, karma 10 em comunidades se participasse delas, pra legendar o filme (originalmente em japonês). Tive uma experiência aterradora, digna de todos os links toscos e vídeos constrangedoramente ruins que tenho visto ultimamente. E não são poucos.



O plot: Soichi Negishi sai de cidadezinha no campo para realizar seus sonhos em Tokyo - ter um apartamento 'trendy', frequentar lugares 'trendy' e viver de sua música indie-folk-franjinha-e-calça-skinny. Só que ele vira vocalista de um grupo de death metal (a Detroit Metal City do título) - é um trabalho, né? - e vive em crise com isso, porque o que ele queria mesmo era falar de coisas bonitas. Mais ou menos como artistas que foram parar em direção de arte para publicidade, escritores criativos que viraram jornalistas ou assessores de imprensa... acho que você conhece bem essa história.

Só que o filme ultrapassa todos os limites de tosqueira e caricatura. F. comparou bem ("Esse é o filme que deveria ter sido do Massacration"), enquanto eu só conseguia pensar em 'Super Xuxa Contra o Baixo Astral', quando a banda se reunia com a empresária. As caretas do protagonista se justificam, talvez, porque o filme é inspirado num mangá que, ao que parece, é bem famoso por aquelas bandas, tem até OVA - o diretor Toshio Lee deve ter se empenhado em traduzir o clima dos desenhos para a tela. Sei lá. O tosco level é BEM alto, a interpretação dos atores é nível Zorra Total, mas é possível gostar de 'Detroit Metal City', sim. Principalmente quando Gene Simmons entra em cena.



É só não levar a sério.

Mas quem disse que tudo precisa ser levado a sério?

Aí o filme é divertidão e rende boas risadas. E as músicas são legais, de verdade. Veja, de preferência com aquele seu amigo que entende seu senso de humor meio doentio e seu gosto musical atípico. Lazer certo.

E GO TO DMC!

quarta-feira, abril 29, 2009

Ops!

Gente, que vergonha, quase cinco dias abandonando Lounge. Que horror.

Mas não tem rolado muito tempo para desenvolver textos mais elaborados. Você tem me acompanhado no Twitter? Sempre tem algo legal pra ver.

Mas se você quiser conteúdo exclusivo (he, he; he he), tem aqui - tu certamente não viu esse comercial tosco no twitter de ninguém:


Pucho
Enviado por takatosh2

quarta-feira, abril 22, 2009

Deus não dá asa a cobra, mas dá pra pombo

Porque minha tv é uma 14'', daquelas com videocassete embutido (que não funciona mais, aviso), e uma maior do que isso não cabe na minha sala - o que me desqualifica para ser a proprietária de um Nintendo Wii e impede, felizmente, que eu procrastine ainda mais minhas atividades no lar pra passar minhas manhãs, madrugadas e noites (tardes não que eu trabalho, ô) emulando maracas no fofésimo Samba de Amigo:



Isso é kawaii.

domingo, abril 19, 2009

Sobre o não-fim da imprensa

Tava comentando com o Americano sobre essa questão do fim da imprensa. Quer dizer, o fim das rotativas e fotolitos, imprensa no sentido de indústria do noticiário impresso, óbvio. Há um certo alarmismo na questão, mesmo que ultimamente a gente veja a cada dia um jornal acabando, migrando 100% para a internet ou diminuindo drasticamente sua tiragem.

O que acontece é que, de um lado, é muito mais sensato cortar gastos; e, embora a receita de uma publicação online não seja comparável à receita de publicações impressas, o prejuízo por uma ação fail é bem menor. Lucro, ultimamente, é algo tão incerto que tem-se optado por perder menos. Ponto pro online.

* * *

O Bluebus deu a nota do jornal de Ann Arbor, cidadezinha que, assim como outras três, ficará sem um jornal diário: o jornal local será impresso apenas duas vezes na semana. O assustador é que a editora é a mesma das revistas Wired e Vogue. É uma editora grande, afinal. Você não se sente alarmado pela possibilidade de um dia não poder mais folhear sua revista preferida? Eu me sinto - mas acredito que vou sempre poder folhear alguma coisa.

* * *

O New York Times, por exemplo, está mal das pernas - mas é incansável na busca por um formato ideal, ou na integração entre dois formatos, ou em modelos de sustentabilidade que garantam sua sobrevivência. Hoje ele existe na versão impressa e na online e, como vocês mesmos podem notar clicando na matéria original mencionada pelo Bluebus, restringe boa parte do conteúdo da online para assinantes, o que pode gerar um probleminha: parte das receitas do jornal online não vem de assinantes, mas de anúncios (entre eles, os conhecidos anúncios do Google). O que o NYT fez para continuar atraindo visitantes? Virou um grande portal de notícias, não necessariamente produzidas pela empresa. Na verdade, o nosso JB impresso já faz isso: você nunca reparou que a revista Programa tem conteúdo das revistas da Editora Peixes?

* * *

Mas peraí, a revista SET foi descontinuada. E agora?

* * *

Nós, leitores, lamentamos profundamente o fim da revista, mas é verdade que não comprávamos mais a edição impressa: quem quer saber de todas as novidades do mundo cinematográfico vai no Ain't it Cool News, FilmJunk, Omelete e tantos outros sites que informam sobre as produções que estamos esperando no exato momento em que os contratos são assinados. Para as biografias completas, tracklisting das trilhas sonoras e tudo o mais, temos o IMDB em nossos favoritos. A verdade é que "They didn't see the internet coming", máxima que vale, aliás, pra outras indústrias (TODO MUNDO aqui acompanhou o processo do PirateBay, não?). O site da SET poderia ser uma fonte sensacional de notícias em primeiríssima mão, compiladas de trocentos outros sites confiáveis (e outros nem tanto, mas tenho certeza de que eles saberiam filtrar notícias de boatos), com um espaço para as matérias editoriais sensacionais - que poderiam ser, por que não, abertas apenas para assinantes ou mediante código da revista impressa. Um meio complementaria o outro, e a versão online também poderia gerar receita (olha o modelo que o NYT está tentando aí, gente). Mas não deu. Alguém já viu o site da SET? Como gerar receita com aquilo ali?

(agora quem falou foi a planner de uma das maiores agências digitais do país)

* * *

E voltamos para o papo com Fernando. Várias revistas e jornais estão morrendo, verdade. E muitas migrando para o online, que ainda é bem incerto e ninguém sabe muito bem como fazer (o que abre espaço para um campo de experimentação razoavelmente barata, o que pode ser assunto para outro post); Mas eu bato na mesma tecla, sempre: existe um gap tecnológico monstruoso no mundo inteiro que impede que se decrete o fim do papel (ou do disco, ou de qualquer outra mídia física, até mesmo do cinema como o conhecemos, exibido em telas enormes), e que torna o '100% online' meio tiro no pé, a menos que 100% da audiência esteja lá. Todo mundo tem acesso à internet, se quiser - mas muitas vezes, não do seu próprio computador; todo mundo tem celular: pré-pago. Quantas pessoas você conhece que têm um leitor móvel de feeds ou de pdf? Quantas dessas pessoas fazem parte da multidão que passa horas diárias dentro de um ônibus ou trem, indo e voltando para o trabalho, e estão a anos-luz de distância da paranóia de imediatismo de informação que só atinge quem ganha mais de R$ 2000,00 por mês e, aliás, nem todo mundo - vide meu pai, que nem celular tem, pra não cair na armadilha de ser mais workaholic do que já é. Se você não é editor de meio de comunicação nem operador de bolsa de valores, não tem a MENOR necessidade de acompanhar nada em tempo real. Você provavelmente tem um site ou blog, mas olha em volta, quanta gente não tem. Essas pessoas não fazem a menor questão de informação em primeira mão, nem têm condições de ter um celular com pacote de transmissão de dados pela internet, mas precisam ler o jornal de R$0,60 de todo dia, ou o livro de R$10 comprado na banca. Sem alarmismo, galera. A imprensa não vai acabar.

* * *

Então vamos fechar esse post: eu, com a promessa de escrever algo parecido relacionado às indústrias da música e dos filmes (que eu acompanho de bem perto há uns dez anos, desde o imbroglio Napster - adiantou alguma coisa processar 'a internet', aliás? Alguém aí não aprendeu nada?), e vocês com o compromisso de repassar essa tirinha do Malvados pra qualquer um que decrete a morte da imprensa - no sentido de impresso, tal qual a conhecemos.

quinta-feira, abril 16, 2009

Vida Fodona (Amélie-Pollyanna Style)

A felicidade reside numas coisas muito bestas mesmo, né não?

Almoçar na outra extremidade do bairro enorme e descobrir um restaurante de comida mineira (reparar que você está vestida como as toalhas de mesa, com essa camisa quadriculada, reparar no olhar do estranho na sua diagonal e rir da situação conta pontos);

E a mente viaja em pessoas e situações;

Achar um pacotaço de bala juquinha de tutti frutti no mercadinho ali perto, pronto pra fazer um agrado pros seus colegas de trabalho - aqueles de quem você lembra matinalmente, antes de sair de casa, quando agradece pelo seu emprego ótimo e pela chefe fodona que você tem;

E a mente continua viajando sem fronteiras em pessoas e situações gostosas;

Uma sorveteria Itália cruza seu caminho, e você volta tomando uma bola de sorvete de torta alemã com doce de leite, que vale cada um dos quatro reais e oitenta centavos. Cada um MESMO;

Você pensa em quem não deve por causa do sorvete, e ainda assim é uma sensação boa;

Pegar um solzinho na volta, aquele sol que só não é insuportável pelo bloco de nuvens que faz uma espécie de filtro na frente - e por causa das nuvens, ele chega suave e dando uma aparência saudável às suas bochechas;

Quem sabe você não encontra o amigo querido que trabalha ali perto? Então você dá a volta pela parte antiga do bairro, aquelas ruazinhas estreitas cheias de bares e restaurantes em construções tombadas, de tão antigas, e descobre prédios arruinados e um sebo de livros e discos com café e restaurante, que você não veria se não desviasse tanto do seu caminho;

Tudo isso sem uma câmera pra registrar, porque câmeras registram imagens, e não sensações. Se pudesse, vocês estariam sorrindo lendo isso. Podem apostar.

Porque a vida é boa quando a gente se sente cheio dela, sabe?

* * *

O que me lembra do mote da comunidade Vida Fodona, criada pelo queridíssimo Alexandre Matias, na época em que você tinha no máximo dois graus de separação com qualquer um que estivesse no Orkut: Se você curte reclamar da vida, saia já daqui.

Ou volte mais vezes, pra aprender como é que se faz gostoso.
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