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segunda-feira, outubro 11, 2004
* * *
Desânimo, cansaço, mau humor e a mente a mil me deixaram ontem de molho em casa: melhor coisa que podia ter feito, ontem passou 'O Poderoso Chefão' na tevê, e eu confesso que nunca tinha visto.
Curiosamente, abro um livro no intervalo e passo pela citação "Do you spend time with your family? Good. Because a man that doesn't spend time with his family can never be a real man." - (two points if you know who said that and when).
Puta coincidência. Eu poderia interpretar isso como um sinal e virar uma mafiosa na Sicília logo de uma vez.
sexta-feira, outubro 08, 2004
quinta-feira, outubro 07, 2004
Piada do dia: eu não sou indie!
Mas é sério. Eu nem tenho o "Crooked Rain, Crooked Rain", do Pavement.
(a claque bate pedindo risos)
Pois, já que eu NÃO SOU INDIE, atenção! NÃO SOU INDIE, tá na hora de corrigir essa falha de caráter com o 'Crooked Rain, Crooked Rain' DUPLO que a Matador lança no final de outubro. São 49 faixas de puro Pavement!! Ah, sonho de consumo - quem será que vai lançar a edição brasileira por 30 mangos?
* * *
Café e cigarros
Jim Jarmusch tem aquela coisa meio Woody Allen, Quentin Tarantino, os caras fazem 'cinema de autor' - se você gosta de três filmes do cara, difícil não gostar dos outros, eles repetem elementos, criam identidades, ou se apropriam de maneira a tornar seus filmes pessoais e intransferíveis. Confesso, gosto desse tipo de coisa.
Pois. Já tinha visto o curta do Roberto Benigni com o Steven Wright e o clássico 'Somewhere in California', com Tom Waits e Iggy Pop. Já sabia da existência de mais um curta da série 'Coffee & Cigarettes' (com os gêmeos irmãos do Spike Lee). Eis que Jim Jarmusch resolve filmar mais alguns e lançá-los, todos juntos, como um longa. E como gostei de 'Down By Law', 'Estranhos no paraíso' e 'Dead Man', não teve erro, 'Coffee & Cigarettes' me acertou em cheio.
Nos esquetes/curtas, atores e músicos interpretam a si mesmos, mas quase sempre em alguma situação inusitada - Tom Waits é médico, Jack White construiu um tesla coil e disserta com Meg 'cara de bebê gigante' White sobre a terra ser um condutor de energia, Alfred Molina descobre que é primo do chuchuzinho do Steve Coogan, RZA (do Wu-Tang Clan) estuda medicina alternativa, Bill Murray virou garçom de lanchonete e por aí vai. Até aí, não estou contando nenhuma novidade, tudo isso tem no site do filme, e a graça é ver a maneira blasé como os personagens encaram esses absurdos; bem, até aí, o filme também não tem nenhuma novidade - três dos filmes já passaram há anos por aqui (mas ei! sempre vale a pena rever filmes bons), Jim Jarmusch é auto-referencial (mas transforma a auto-referência em boa piada), a trilha sonora também não tem nenhuma novidade (mas é excelente, com pelo menos duas versões de 'Louie Louie', Richard Berry, Iggy Pop, Stooges, Tom Waits, um Skatalites perdido, um Funkadelic ali e um Mahler pra fechar o bom filme).
Mas ei, quem quer saber de novidades?
Eu, pelo menos, já cansei de novidades faz tempo. Pois se você, amigo leitor, também cansou de novidades que não dizem nada de novo, corra pra ver este filme repetitivo, auto-referencial, com trechos que você, como eu, provavelmente já viu há dez anos atrás num Cine Art UFF desses por aí. Viu, gostou, e estava louco pra ver de novo - coisas boas não têm erro.
* * *
E o Quico?
ISSO é útil?
Mas é sério. Eu nem tenho o "Crooked Rain, Crooked Rain", do Pavement.
(a claque bate pedindo risos)
Pois, já que eu NÃO SOU INDIE, atenção! NÃO SOU INDIE, tá na hora de corrigir essa falha de caráter com o 'Crooked Rain, Crooked Rain' DUPLO que a Matador lança no final de outubro. São 49 faixas de puro Pavement!! Ah, sonho de consumo - quem será que vai lançar a edição brasileira por 30 mangos?
* * *
Café e cigarros
Jim Jarmusch tem aquela coisa meio Woody Allen, Quentin Tarantino, os caras fazem 'cinema de autor' - se você gosta de três filmes do cara, difícil não gostar dos outros, eles repetem elementos, criam identidades, ou se apropriam de maneira a tornar seus filmes pessoais e intransferíveis. Confesso, gosto desse tipo de coisa.
Pois. Já tinha visto o curta do Roberto Benigni com o Steven Wright e o clássico 'Somewhere in California', com Tom Waits e Iggy Pop. Já sabia da existência de mais um curta da série 'Coffee & Cigarettes' (com os gêmeos irmãos do Spike Lee). Eis que Jim Jarmusch resolve filmar mais alguns e lançá-los, todos juntos, como um longa. E como gostei de 'Down By Law', 'Estranhos no paraíso' e 'Dead Man', não teve erro, 'Coffee & Cigarettes' me acertou em cheio.
Nos esquetes/curtas, atores e músicos interpretam a si mesmos, mas quase sempre em alguma situação inusitada - Tom Waits é médico, Jack White construiu um tesla coil e disserta com Meg 'cara de bebê gigante' White sobre a terra ser um condutor de energia, Alfred Molina descobre que é primo do chuchuzinho do Steve Coogan, RZA (do Wu-Tang Clan) estuda medicina alternativa, Bill Murray virou garçom de lanchonete e por aí vai. Até aí, não estou contando nenhuma novidade, tudo isso tem no site do filme, e a graça é ver a maneira blasé como os personagens encaram esses absurdos; bem, até aí, o filme também não tem nenhuma novidade - três dos filmes já passaram há anos por aqui (mas ei! sempre vale a pena rever filmes bons), Jim Jarmusch é auto-referencial (mas transforma a auto-referência em boa piada), a trilha sonora também não tem nenhuma novidade (mas é excelente, com pelo menos duas versões de 'Louie Louie', Richard Berry, Iggy Pop, Stooges, Tom Waits, um Skatalites perdido, um Funkadelic ali e um Mahler pra fechar o bom filme).
Mas ei, quem quer saber de novidades?
Eu, pelo menos, já cansei de novidades faz tempo. Pois se você, amigo leitor, também cansou de novidades que não dizem nada de novo, corra pra ver este filme repetitivo, auto-referencial, com trechos que você, como eu, provavelmente já viu há dez anos atrás num Cine Art UFF desses por aí. Viu, gostou, e estava louco pra ver de novo - coisas boas não têm erro.
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E o Quico?
ISSO é útil?
terça-feira, outubro 05, 2004
Pourra, meu umbigo tá com uma espinha dentro da orelha que tá doendo horrores.
* * *
Fiquei tão animada com a notícia da desistência do coisa-ruim das eleições em Niterói (pra não falar que, embora eu more no Rio há uns bons três anos, carioca merece mesmo o prefeito que tem, puta merda, vai votar mal assim lá na casa do c***) que nem mencionei a sensacional perseguição no trânsito às sete e vinte da matina, eu mereço mesmo começar o dia encarando motorista de ônibus (a quem interessar possa, linha 175) insanamente obcecado e com sede de vingança (o colega de outra linha bateu no pára-brisa traseiro e saiu fora como se nada tivesse acontecido).
E lá foi o maturista do 175 (pra quem não conhece, o 175 ficou famoso por causa da música do Gabriel O Pensador, mas por aqui é famoso por suas rodas mal encostarem no chão de tanto que os motoristas VOAM ao volante) passando sem parar por pontos, atrás do motorista zé-merdeiro - assim, meu amigo, tu consegue DUAS advertências, uma por andar com o pára-brisa quebrado e outra por infringir ALGUMAS leis de trânsito.
A perseguição só terminou ali na altura da Antero de Quental, quando o nosso intrépido piloto (que, claro, reclamava o tempo inteiro!!) não apenas NÃO entrou na Bartolomeu Mitre (é preciso conhecer um pouco da geografia da Zona Sul do Rio de Janeiro pra entender a piada) como só aí se deu conta de que fez merda atrás de merda em Ipanema e no Leblon inteiros atrás de um maluco que parou no ponto final que era logo ali, na General Osório.
Pelo menos cheguei no trabalho meia hora mais cedo -- o sujeito voou mesmo.
* * *
Fiquei tão animada com a notícia da desistência do coisa-ruim das eleições em Niterói (pra não falar que, embora eu more no Rio há uns bons três anos, carioca merece mesmo o prefeito que tem, puta merda, vai votar mal assim lá na casa do c***) que nem mencionei a sensacional perseguição no trânsito às sete e vinte da matina, eu mereço mesmo começar o dia encarando motorista de ônibus (a quem interessar possa, linha 175) insanamente obcecado e com sede de vingança (o colega de outra linha bateu no pára-brisa traseiro e saiu fora como se nada tivesse acontecido).
E lá foi o maturista do 175 (pra quem não conhece, o 175 ficou famoso por causa da música do Gabriel O Pensador, mas por aqui é famoso por suas rodas mal encostarem no chão de tanto que os motoristas VOAM ao volante) passando sem parar por pontos, atrás do motorista zé-merdeiro - assim, meu amigo, tu consegue DUAS advertências, uma por andar com o pára-brisa quebrado e outra por infringir ALGUMAS leis de trânsito.
A perseguição só terminou ali na altura da Antero de Quental, quando o nosso intrépido piloto (que, claro, reclamava o tempo inteiro!!) não apenas NÃO entrou na Bartolomeu Mitre (é preciso conhecer um pouco da geografia da Zona Sul do Rio de Janeiro pra entender a piada) como só aí se deu conta de que fez merda atrás de merda em Ipanema e no Leblon inteiros atrás de um maluco que parou no ponto final que era logo ali, na General Osório.
Pelo menos cheguei no trabalho meia hora mais cedo -- o sujeito voou mesmo.
Até que ele não é burro não..
Moreira Franco desiste de disputar a prefeitura de Niterói. Falta alguém me explicar que raios é uma filigrana jurídica. Galera do Direito, Maíra, Yael, meu irmão Pedro, alguém?
* * *
Meu umbigo está se roendo de preocupação. Coisa besta. Vai ver, né nada.
Moreira Franco desiste de disputar a prefeitura de Niterói. Falta alguém me explicar que raios é uma filigrana jurídica. Galera do Direito, Maíra, Yael, meu irmão Pedro, alguém?
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Meu umbigo está se roendo de preocupação. Coisa besta. Vai ver, né nada.
Mais filmes bacanas
O Abraço Partido, vi hoje, passa no Espaço Unibanco e eu recomendo que você, amigo cidadão carioca que não reservou ingresso para Coffee & cigarettes, veja, passa mais ou menos no mesmo horário. No Rio, entra em cartaz dia 29. Nas outras cidades, não sei, mas deve entrar, já que os argentinos escolheram "O Abraço Partido" para representar o país como candidato ao Oscar de filme estrangeiro. Tem um quê de Woody Allen com Emir Kusturica, mas está tarde, acordarei daqui a poucas horas, então amanhã depois do filme do Jarmusch (até que enfim! até que enfim!) dissertarei com mais calma, embora ninguém tenha pedido minha opinião (ae, Lia, vampará de fazer drama, vamos?)
* * *
De resto, o de sempre. Dia regado a Cramps, Reverend Horton Heat e Björk. O de sempre.
O Abraço Partido, vi hoje, passa no Espaço Unibanco e eu recomendo que você, amigo cidadão carioca que não reservou ingresso para Coffee & cigarettes, veja, passa mais ou menos no mesmo horário. No Rio, entra em cartaz dia 29. Nas outras cidades, não sei, mas deve entrar, já que os argentinos escolheram "O Abraço Partido" para representar o país como candidato ao Oscar de filme estrangeiro. Tem um quê de Woody Allen com Emir Kusturica, mas está tarde, acordarei daqui a poucas horas, então amanhã depois do filme do Jarmusch (até que enfim! até que enfim!) dissertarei com mais calma, embora ninguém tenha pedido minha opinião (ae, Lia, vampará de fazer drama, vamos?)
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De resto, o de sempre. Dia regado a Cramps, Reverend Horton Heat e Björk. O de sempre.
sábado, outubro 02, 2004
..só pra não deixar isso aqui às moscas, já que não devo ter tempo nem saco pra escrever no blog durante o fim de semana (sabe como é, visitar família, rever amigas de infância, exercer meu dever cívico..).
* * *
Não que não tenha tido assunto durante a semana, mas não achei que valesse a pena jogar aqui - mesmo tendo visto mais um filme genial, sobre o qual certamente há muitas coisas interessantes a serem ditas, como a quase ausência de mulheres na sessão (seria por que a única personagem feminina do filme fala pouco e apanha? Mas só o Clint Eastwood, perfeito aos 36 anos, deveria ser suficiente pra levar as moças em peso ao cinema!) ou o papel da música como claque (o tema arrepiante sempre entra depois de algum gracejo - e, claro, antes da ação).
* * *
Acontece que não tenho mais paciência para dissertar sobre temas, por mais interessantes que sejam - e o que teve de coisas que só interessam a mim mesma não tá no gibi.
* * *
Aí a gente entra no papo das mulheres em crise aos 20-e-muitos-,-30-anos, que resolvem escrever como forma de terapia, "exorcizar demônios" ou o que quer que motive as pessoas a escreverem sobre si mesmas - o problema é que elas não apenas publicam como sempre tem mané que lê e adora a forma coloquial como as pessoas falam de si mesmas, aí acha que pode sair escrevendo (porque afinal qualquer mulher em crise consegue escrever coisas 'do fundo da alma', não é mesmo?) e - surpresa - escreve sobre si mesmo, ainda que disfarçado de um ou outro personagem pitoresco - e nessa nada evolui.
(propaganda sutil: leia Arnaldo Branco esculachando Fernanda Young. Leia Arnaldo Branco esculachando Fernanda Young)
* * *
E, bicho, acabei de fechar mais um livro do Jorge Luis Borges e abrir um do James Joyce, saca? Não dá mais pra achar que literatura-de-blog é legal. Não consigo acreditar que as pessoas realmente gostem de ler coisas que só dizem respeito a quem escreve ("meu umbigo tem flunfa", "meu umbigo é saltado pra fora", "meu umbigo trancou a faculdade", "meu umbigo está em crise existencial", "meus amigos abandonaram meu umbigo"), por isso ainda me esforço pra fazer recomendações de coisas que podem interessar, como filmes, livros ou discos.
* * *
Porra, bem lembrado, tenho me esforçado pouco:
- Vou deixar pra recomendar o cd do Canastra ("Traz a pessoa amada em 3 dias") quando o próximo número do Tarja Preta, jornal/revista/zine batuta do Matias Maxx (aquele moleque que se metia no meio de qualquer show em 98 pra tirar fotos, e batia com o carro em algum poste parado toda semana, na mesma época, e de repente virou caléga do Manu Chao). Na verdade, recomendo o cd desde já (e, de quebra, o Tarja Preta), mas como deve sair uma resenhazinha minha do disco no próximo número, vou manter o suspense por aqui.
- Enquanto isso, fiquem com o Nervoso, que já passou pelo Beach Lizards, Acabou La Tequila, Matanza e Autoramas. Nervoso (que combina cada vez menos com seu nome artístico), agora em carreira solo, acaba de lançar o gostosíssimo "Saudade das minhas lembranças", um longplay recheado de róques românticos para enlouquecer mocinhas em programas de auditório - se programas de auditório tocassem música boa, é claro. Quase um Tom Waits com sotaque carioca, quase um Lupicínio Rodrigues, se este fosse chegado numa guitara distorcida.
* * *
Você queria jabá? Você TEM jabá: os dois discos podem ser encontrados com o Rodrigo Lariú, em shows ou no site do Midsummer Madness, aquele zine bacana que virou selo e hoje distribui umas coisas muito interessantes - te garanto que mesmo que você torça o nariz pro termo 'indie' (o mais associado ao Midsummer Madness, por motivos óbvios), vale muito a pena vasculhar o catálogo do selo do Lariú, que até pouco tempo atrás tinha até disco do Sapatos Bicolores - tudo, é claro, por aquele precinho camarada que só os discos independentes fazem pra você.
* * *
Não que não tenha tido assunto durante a semana, mas não achei que valesse a pena jogar aqui - mesmo tendo visto mais um filme genial, sobre o qual certamente há muitas coisas interessantes a serem ditas, como a quase ausência de mulheres na sessão (seria por que a única personagem feminina do filme fala pouco e apanha? Mas só o Clint Eastwood, perfeito aos 36 anos, deveria ser suficiente pra levar as moças em peso ao cinema!) ou o papel da música como claque (o tema arrepiante sempre entra depois de algum gracejo - e, claro, antes da ação).
Eu cavo pra você, chuchu!
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Acontece que não tenho mais paciência para dissertar sobre temas, por mais interessantes que sejam - e o que teve de coisas que só interessam a mim mesma não tá no gibi.
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Aí a gente entra no papo das mulheres em crise aos 20-e-muitos-,-30-anos, que resolvem escrever como forma de terapia, "exorcizar demônios" ou o que quer que motive as pessoas a escreverem sobre si mesmas - o problema é que elas não apenas publicam como sempre tem mané que lê e adora a forma coloquial como as pessoas falam de si mesmas, aí acha que pode sair escrevendo (porque afinal qualquer mulher em crise consegue escrever coisas 'do fundo da alma', não é mesmo?) e - surpresa - escreve sobre si mesmo, ainda que disfarçado de um ou outro personagem pitoresco - e nessa nada evolui.
(propaganda sutil: leia Arnaldo Branco esculachando Fernanda Young. Leia Arnaldo Branco esculachando Fernanda Young)
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E, bicho, acabei de fechar mais um livro do Jorge Luis Borges e abrir um do James Joyce, saca? Não dá mais pra achar que literatura-de-blog é legal. Não consigo acreditar que as pessoas realmente gostem de ler coisas que só dizem respeito a quem escreve ("meu umbigo tem flunfa", "meu umbigo é saltado pra fora", "meu umbigo trancou a faculdade", "meu umbigo está em crise existencial", "meus amigos abandonaram meu umbigo"), por isso ainda me esforço pra fazer recomendações de coisas que podem interessar, como filmes, livros ou discos.
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Porra, bem lembrado, tenho me esforçado pouco:
- Vou deixar pra recomendar o cd do Canastra ("Traz a pessoa amada em 3 dias") quando o próximo número do Tarja Preta, jornal/revista/zine batuta do Matias Maxx (aquele moleque que se metia no meio de qualquer show em 98 pra tirar fotos, e batia com o carro em algum poste parado toda semana, na mesma época, e de repente virou caléga do Manu Chao). Na verdade, recomendo o cd desde já (e, de quebra, o Tarja Preta), mas como deve sair uma resenhazinha minha do disco no próximo número, vou manter o suspense por aqui.
- Enquanto isso, fiquem com o Nervoso, que já passou pelo Beach Lizards, Acabou La Tequila, Matanza e Autoramas. Nervoso (que combina cada vez menos com seu nome artístico), agora em carreira solo, acaba de lançar o gostosíssimo "Saudade das minhas lembranças", um longplay recheado de róques românticos para enlouquecer mocinhas em programas de auditório - se programas de auditório tocassem música boa, é claro. Quase um Tom Waits com sotaque carioca, quase um Lupicínio Rodrigues, se este fosse chegado numa guitara distorcida.
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Você queria jabá? Você TEM jabá: os dois discos podem ser encontrados com o Rodrigo Lariú, em shows ou no site do Midsummer Madness, aquele zine bacana que virou selo e hoje distribui umas coisas muito interessantes - te garanto que mesmo que você torça o nariz pro termo 'indie' (o mais associado ao Midsummer Madness, por motivos óbvios), vale muito a pena vasculhar o catálogo do selo do Lariú, que até pouco tempo atrás tinha até disco do Sapatos Bicolores - tudo, é claro, por aquele precinho camarada que só os discos independentes fazem pra você.
terça-feira, setembro 28, 2004
É o fim dos anos 70, é o fim do século (ainda Festival do Rio BR)
Não há o que comentar sobre o filme de hoje. Simples assim. Tão simples quanto tocar 'The K.K.K. Took My Baby Away'. Assim.
Não há o que comentar sobre o filme de hoje. Simples assim. Tão simples quanto tocar 'The K.K.K. Took My Baby Away'. Assim.
Mais trabalho. Mais festival de cinema. Mais shows bons. Dormir que é bom, necas
O filme que consegui ver domingo, "Investigação sobre o mundo invisível", é um documentário paradão sobre as crenças dos islandeses em toda sorte de seres imaginários - eu disse crença? Bem, eles afirmam VER coisas. Deve ser realmente alucinante viver num país frio pra dedéu, onde a natureza permanece intocada e onde as crenças não foram abaladas pelo pensamento católico ocidental - até eu veria gnomos numa situação dessas. Pensando bem, não estou longe disso. O mais surreal são os depoimentos de autoridades políticas afirmando que não vêem elfos mas respeitam suas moradias na hora de construir estradas e o do pesquisador de fractais chamado Ananda (!!!), que fala de ciência como se fosse um guru new age. Freak pacas.
Gostaria de ter visto outros, mas lá fui eu enfiar a cara nas 300 páginas de resumos da Semana de Extensão de uma conhecida universidade federal, que merecia um spam daqueles de "erros de português", "respostas bisonhas em vestibulares", de tantos absurdos que nego escreve.
À noite, pra descansar a vista, showzim do Canastra e exposição emocionante de zines, com cada coisa do arco da velha levada pelo Lariú. É que eu passei por isso, tive zine impresso, troquei zines pelo correio, e me surpreendi com coisas lin-das como uma edição da Panacea ainda em xerox, fininha (a que eu tenho em xerox já estava gorda e cheia de anúncios, prenúncio da revista que eles virariam logo).
Sobre o Canastra, aguardem a próxima edição do zine Tarja Preta. E vão aos shows, pô. Você mora no Rio? Essa terça tem Canastra no Sérgio Porto, e é uma bela chance de quem perdeu o show de domingo conferir como a banda é foda.
* * *
E o filme de hoje foi "De-Lovely", biografia musicada de Cole Porter, e tudo parece pequeno depois dessas duas horas e meia.
Você conhece Cole Porter, certo? Já ouviu suas melodias e leu suas letras, não é? Não, a 'cover do U2' não vale, é pra ouvir com cantores de jazz ou atores de musicais (embora eu admita que meu primeiro contato com ele foi mesmo o 'Red Hot & Blue', aquele tributinho fantástico que leva de Tom Waits a Les Negresses Vertes, passando por David Byrne e Iggy Pop). E aí, ouviu? Soulseek. Google. Vai lá, eu espero você voltar.
* * *
O filme é um romance musical sobre um compositor foda de musicais e a grande mulher por trás dele. A história fica menos clichê quando o compositor é ninguém menos que o sujeito que escreveu "All of you", "Let's Do It", "Night and Day" e várias das músicas mais lindas da história da música popular norte-americana. Menos clichê ainda quando o romance tem algo de não convencional. Mais foda ainda quando gente como Robbie Williams, Elvis Costello e Diana Krall, a insípida da Alanis Morissette - que só precisava mesmo de uma música boa no repertório pra ganhar algum respeito, ela ficou excelente no filme, sério - e um irreconhecível Mick Hucknall emprestam suas vozes às músicas do mestre. Pra tornar tudo mais perfeito, Kevin Kline e Ashley Judd estão sensacionais (tou sentindo cheiro de 'Academy Award Nominated' aí), também soltam suas vozes e fazem muito bonito.
É claro que se você não é um entusiasta de musicais e de todo esse universo cinema-espetáculo-tudo-é-fake e não tem nenhuma ligação emocional-neurótica com a música de Cole Porter, periga achar o filme muito mais ou menos, então nem recomendo. Mas eu vou ver de novo quando entrar em circuito, e de novo, de novo, até encher o saco e parar de chorar.
O filme que consegui ver domingo, "Investigação sobre o mundo invisível", é um documentário paradão sobre as crenças dos islandeses em toda sorte de seres imaginários - eu disse crença? Bem, eles afirmam VER coisas. Deve ser realmente alucinante viver num país frio pra dedéu, onde a natureza permanece intocada e onde as crenças não foram abaladas pelo pensamento católico ocidental - até eu veria gnomos numa situação dessas. Pensando bem, não estou longe disso. O mais surreal são os depoimentos de autoridades políticas afirmando que não vêem elfos mas respeitam suas moradias na hora de construir estradas e o do pesquisador de fractais chamado Ananda (!!!), que fala de ciência como se fosse um guru new age. Freak pacas.
Gostaria de ter visto outros, mas lá fui eu enfiar a cara nas 300 páginas de resumos da Semana de Extensão de uma conhecida universidade federal, que merecia um spam daqueles de "erros de português", "respostas bisonhas em vestibulares", de tantos absurdos que nego escreve.
À noite, pra descansar a vista, showzim do Canastra e exposição emocionante de zines, com cada coisa do arco da velha levada pelo Lariú. É que eu passei por isso, tive zine impresso, troquei zines pelo correio, e me surpreendi com coisas lin-das como uma edição da Panacea ainda em xerox, fininha (a que eu tenho em xerox já estava gorda e cheia de anúncios, prenúncio da revista que eles virariam logo).
Sobre o Canastra, aguardem a próxima edição do zine Tarja Preta. E vão aos shows, pô. Você mora no Rio? Essa terça tem Canastra no Sérgio Porto, e é uma bela chance de quem perdeu o show de domingo conferir como a banda é foda.
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E o filme de hoje foi "De-Lovely", biografia musicada de Cole Porter, e tudo parece pequeno depois dessas duas horas e meia.
Você conhece Cole Porter, certo? Já ouviu suas melodias e leu suas letras, não é? Não, a 'cover do U2' não vale, é pra ouvir com cantores de jazz ou atores de musicais (embora eu admita que meu primeiro contato com ele foi mesmo o 'Red Hot & Blue', aquele tributinho fantástico que leva de Tom Waits a Les Negresses Vertes, passando por David Byrne e Iggy Pop). E aí, ouviu? Soulseek. Google. Vai lá, eu espero você voltar.
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O filme é um romance musical sobre um compositor foda de musicais e a grande mulher por trás dele. A história fica menos clichê quando o compositor é ninguém menos que o sujeito que escreveu "All of you", "Let's Do It", "Night and Day" e várias das músicas mais lindas da história da música popular norte-americana. Menos clichê ainda quando o romance tem algo de não convencional. Mais foda ainda quando gente como Robbie Williams, Elvis Costello e Diana Krall, a insípida da Alanis Morissette - que só precisava mesmo de uma música boa no repertório pra ganhar algum respeito, ela ficou excelente no filme, sério - e um irreconhecível Mick Hucknall emprestam suas vozes às músicas do mestre. Pra tornar tudo mais perfeito, Kevin Kline e Ashley Judd estão sensacionais (tou sentindo cheiro de 'Academy Award Nominated' aí), também soltam suas vozes e fazem muito bonito.
É claro que se você não é um entusiasta de musicais e de todo esse universo cinema-espetáculo-tudo-é-fake e não tem nenhuma ligação emocional-neurótica com a música de Cole Porter, periga achar o filme muito mais ou menos, então nem recomendo. Mas eu vou ver de novo quando entrar em circuito, e de novo, de novo, até encher o saco e parar de chorar.
sábado, setembro 25, 2004
Replicantes, oncinhas amigas, róque farofa anos 80 e doses cavalares de cafeína pra agüentar o tranco de oito horas ininterruptas de trabalho, algumas horas de ônibus e pouquíssimas horas de sono. De pitoresco, uma cena muito bizarra no caminho para o Teatro Odisséia, envolvendo um travesti, uma microssaia e um falo gigante pra fora, com Renata e Naná de testemunhas. Nada muito traumatizante, acho.
Então hoje, no meu primeiro dia de Festival do Rio BR, fui ver 'Haack - the king of techno', que de techno bate-estaca não tem nada, puta subtítulo pra pegar moderninhos que acham que o mundo começou quando a cena rave nasceu; imagine Bruce Haack como o vô do Kraftwerk. Mais ou menos isso aí.
Pra quem não conhece, Bruce Haack era um freak que já no comecinho dos anos 60 fazia música com sintetizadores - ou 'música eletrônica', como preferir. O maluco construía uns computadores que liberavam os samples ativados por palmas, theremins humanos com a ajuda de eletrodos, e fazia música para crianças - parece que em 2003 rolou um tributo a ele em prol das crianças autistas, com gente como Money Mark e Mouse on Mars tocando.
Nos anos 70 e 80, já no fim da vida, o cara surtou de vez. Morreu em 1988. Mas deixou as músicas eletrônicas mais bizarras e mais experimentais pra gente curtir e achar inovadoras até hoje.
O filme passou ontem e hoje. Não deve entrar em circuito. Mas as músicas de Bruce Haack podem ser encontradas, com alguma dificuldade - no Soulseek tem o 'Electric Lucifer', no site pessoal dele tinha as mp3 dos discos infantis. Vale a pena tentar achar. Conheci o som do cara numa coletânea da QDK Media e viciei.
* * *
É claro que a maratona de ontem não podia dar muito certo: espirros molhados, gripe, febre e trabalhos atrasados. Já vi que hoje vai ser dia de casaquinho de lhama, Banzai e sopinha, porque amanhã tem mais trabalho, mais filme e mais shows legais.
* * *
Aqui em casa os discos ainda têm lado A e lado B. Pois foi com o lado A do 'Space Oddity', do Bowie (o lado A vai da faixa-título até 'Janine', passando pela lindíssima 'Letter to Hermione') que protagonizei uma cena patética de descontrole emocional. Vai ser bonito assim no inferno, disco!
(e eu vou até lá, se necessário, para continuar ouvindo - creio, inclusive, já estar bem perto)
Então hoje, no meu primeiro dia de Festival do Rio BR, fui ver 'Haack - the king of techno', que de techno bate-estaca não tem nada, puta subtítulo pra pegar moderninhos que acham que o mundo começou quando a cena rave nasceu; imagine Bruce Haack como o vô do Kraftwerk. Mais ou menos isso aí.
Pra quem não conhece, Bruce Haack era um freak que já no comecinho dos anos 60 fazia música com sintetizadores - ou 'música eletrônica', como preferir. O maluco construía uns computadores que liberavam os samples ativados por palmas, theremins humanos com a ajuda de eletrodos, e fazia música para crianças - parece que em 2003 rolou um tributo a ele em prol das crianças autistas, com gente como Money Mark e Mouse on Mars tocando.
Nos anos 70 e 80, já no fim da vida, o cara surtou de vez. Morreu em 1988. Mas deixou as músicas eletrônicas mais bizarras e mais experimentais pra gente curtir e achar inovadoras até hoje.
O filme passou ontem e hoje. Não deve entrar em circuito. Mas as músicas de Bruce Haack podem ser encontradas, com alguma dificuldade - no Soulseek tem o 'Electric Lucifer', no site pessoal dele tinha as mp3 dos discos infantis. Vale a pena tentar achar. Conheci o som do cara numa coletânea da QDK Media e viciei.
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É claro que a maratona de ontem não podia dar muito certo: espirros molhados, gripe, febre e trabalhos atrasados. Já vi que hoje vai ser dia de casaquinho de lhama, Banzai e sopinha, porque amanhã tem mais trabalho, mais filme e mais shows legais.
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Aqui em casa os discos ainda têm lado A e lado B. Pois foi com o lado A do 'Space Oddity', do Bowie (o lado A vai da faixa-título até 'Janine', passando pela lindíssima 'Letter to Hermione') que protagonizei uma cena patética de descontrole emocional. Vai ser bonito assim no inferno, disco!
(e eu vou até lá, se necessário, para continuar ouvindo - creio, inclusive, já estar bem perto)
quinta-feira, setembro 23, 2004
Eu podia desejar a todos uma Feliz Primavera..
..mas é que minha cabecinha doente, nesta data, só consegue pensar nisso:
On the twenty-third day of the month of September
in an early year of a decade not too long before our own,
the human race suddenly encountered a deadly
threat to its very existence.
And this terrifying enemy surfaced,
as such enemies often do,
in the seemingly most innocent and unlikely of places.
E aí entram Crystal, Chiffon e Ronnette cantando 'Little shop! Little shop-a-horrors!', e o resto espero que vocês já saibam - a planta cresce, o dentista cobre a namorada de porrada, a planta se alimenta de sangue e carne humana e cresce mais, Seymour não sabe o que fazer, e este é um dos filmes da minha vida, claro.
* * *
E por falar em filme, já garanti meu ingresso de Coffee & Cigarettes, do Jim Jarmusch, que vai passar no Festival do Rio (tou há um ano falando desse filme, não dava pra não ver). Também já garanti o documentário dos Ramones, o documentário do Bruce Haack, o filme do Cole Porter e o dos Seres Imaginários. Não peguei nem o do Emir Kusturica nem os de ficção e do Sergio Leone da Cinemateca porque não estão liberados pra venda (as sessões de meia noite, este ano, estão impraticáveis pra mim).
* * *
Ok, LINDA NOTÍCIA de primavera
A dica foi do Sandro, sr. Beat Acelerado, Cavídeo, pizza de estrogonofe e outros lances divertidos afins: há música nova do Pixies na área. O petardo chama-se "Ain't that pretty at all", e é cover de um distinto chamado Warren Zevon, de quem eu nunca tinha ouvido falar até então, mas nada que o Soulseek não resolva. A música, na versão da minha banda do coração? FODAPRACARALHO. Podia tranqüilamente constar do Trompe Le Monde. É pra começar bem a primavera, que arregaça com trabalhos non-stop, festival de cinema, Brian Wilson em SP e muito mais..
..mas é que minha cabecinha doente, nesta data, só consegue pensar nisso:
On the twenty-third day of the month of September
in an early year of a decade not too long before our own,
the human race suddenly encountered a deadly
threat to its very existence.
And this terrifying enemy surfaced,
as such enemies often do,
in the seemingly most innocent and unlikely of places.
E aí entram Crystal, Chiffon e Ronnette cantando 'Little shop! Little shop-a-horrors!', e o resto espero que vocês já saibam - a planta cresce, o dentista cobre a namorada de porrada, a planta se alimenta de sangue e carne humana e cresce mais, Seymour não sabe o que fazer, e este é um dos filmes da minha vida, claro.
* * *
E por falar em filme, já garanti meu ingresso de Coffee & Cigarettes, do Jim Jarmusch, que vai passar no Festival do Rio (tou há um ano falando desse filme, não dava pra não ver). Também já garanti o documentário dos Ramones, o documentário do Bruce Haack, o filme do Cole Porter e o dos Seres Imaginários. Não peguei nem o do Emir Kusturica nem os de ficção e do Sergio Leone da Cinemateca porque não estão liberados pra venda (as sessões de meia noite, este ano, estão impraticáveis pra mim).
* * *
Ok, LINDA NOTÍCIA de primavera
A dica foi do Sandro, sr. Beat Acelerado, Cavídeo, pizza de estrogonofe e outros lances divertidos afins: há música nova do Pixies na área. O petardo chama-se "Ain't that pretty at all", e é cover de um distinto chamado Warren Zevon, de quem eu nunca tinha ouvido falar até então, mas nada que o Soulseek não resolva. A música, na versão da minha banda do coração? FODAPRACARALHO. Podia tranqüilamente constar do Trompe Le Monde. É pra começar bem a primavera, que arregaça com trabalhos non-stop, festival de cinema, Brian Wilson em SP e muito mais..
quarta-feira, setembro 22, 2004
Bicho, tou virando Arauto das Más Notícias, né?
Mas, bem, o que eu posso fazer se não pára de morrer gente? Desta vez foi o Grande Gênio do Bom Cinema de Lazer, Russ Meyer, aos 82 anos muito bem vividos, ao que consta.
Ora, como assim você, amigo irmão fã de hotrods e chicks peitudas nunca viu nada do Mestre, que dirigiu pérolas como os clássicos 'Faster Pussycat! Kill1 Kill!', 'Mondo Topless' e 'Supervixens'?
Esse curtiu e foi em paz.
Mas, bem, o que eu posso fazer se não pára de morrer gente? Desta vez foi o Grande Gênio do Bom Cinema de Lazer, Russ Meyer, aos 82 anos muito bem vividos, ao que consta.
Ora, como assim você, amigo irmão fã de hotrods e chicks peitudas nunca viu nada do Mestre, que dirigiu pérolas como os clássicos 'Faster Pussycat! Kill1 Kill!', 'Mondo Topless' e 'Supervixens'?
Esse curtiu e foi em paz.
segunda-feira, setembro 20, 2004
Porra
33 anos é muito cedo pra uma doença fatal.
E meu humor foi pro saco mais uma vez. Aliás, quarta vez em um ano, pelo mesmo motivo. Desse jeito vou acabar aprendendo a encarar morte como algo natural; que todo aquele mito em cima de um homem morto e com cara de sofredor está entranhado demais na minha criação para ser esquecido, mas ainda pode ser deturpado de alguma forma saudável, como, sei lá, arte; que sofrer ou orar por alguém que não existe (existiu, mas não existe mais, só em lembranças, certo?) é um absurdo; que o corpo falha, o de uns mais cedo, o de outros mais tarde.
Enquanto isso, essa semana começa o festival de cinema, agora sem a mais remota possibilidade de encontrar o Gigio na bilheteria.
33 anos é muito cedo pra uma doença fatal.
E meu humor foi pro saco mais uma vez. Aliás, quarta vez em um ano, pelo mesmo motivo. Desse jeito vou acabar aprendendo a encarar morte como algo natural; que todo aquele mito em cima de um homem morto e com cara de sofredor está entranhado demais na minha criação para ser esquecido, mas ainda pode ser deturpado de alguma forma saudável, como, sei lá, arte; que sofrer ou orar por alguém que não existe (existiu, mas não existe mais, só em lembranças, certo?) é um absurdo; que o corpo falha, o de uns mais cedo, o de outros mais tarde.
Enquanto isso, essa semana começa o festival de cinema, agora sem a mais remota possibilidade de encontrar o Gigio na bilheteria.
domingo, setembro 19, 2004
Mantra
Eu não aprendo.
Eu não aprendo.
Eu não aprendo.
Há de chegar o dia em que aprenderei.
Mas por enquanto, eu não aprendo.
* * *
PLACE YOUR BETS NOW!!!
Depois de mais um sábado típico daqueles em que, do nada, surgem uns trabalhos cascudos pra ontem, e já prevendo que o domingo haveria de ser de recolhimento e disposição para encarar atentamente 200 páginas de resumos, pensei: quer saber? sábado à noite é isso aí mesmo: três programinhas curtinhos na tevê a cabo, Jorge Luis Borges enquanto o Soulseek não acabava de baixar 'El Baile Aleman', o disco do Señor Coconut só de versões mambo e cha cha cha de Kraftwerk (boa dica de um bom amigo) e cama.
Consegui finalmente ver 'Stripperella' e nem curti. Apesar de Stan Lee ser o tal, seus desenhos animados atuais são meio bomba - e não tem como esperar muito de uma personagem inspirada na Pamela Anderson.
Em compensação, veja bem, rachei o bico de rir de um quadro daquela porcaria daquele Mad TV, sacaneando 'Queer Eye For The Straight Guy', onde os Fab Five (bee, o Carson e o Kyan estavam sensacionais!) visitavam Michael Jackson. E eu já curto umas piadas em cima do Michael Jackson, que seria uma piada ambulante se não fosse tão doente. Dessa vez os caras da Mad Tv acertaram a mão. Ou será que passar o dia todo trancada em casa enfurnada em trabalho deixa as pessoas mais suscetíveis a se divertirem com qualquer merda? Vai saber.
Já Banzai, nem preciso mais comentar, a foto do sr. Sacaninha abaixo fala por si mesma:
Aliás, pra quem não tem Multishow e nunca viu o programa, aqui você pode baixar alguns dos quadros para assistir, e ver algumas fotos também. PLACE YOUR BETS NOW!!!
(na verdade é um site de asiáticos preocupados com a imagem que os ocidentais fazem deles na mídia, mas ei! alguém leva Banzai a sério??)
Eu não aprendo.
Eu não aprendo.
Eu não aprendo.
Há de chegar o dia em que aprenderei.
Mas por enquanto, eu não aprendo.
* * *
PLACE YOUR BETS NOW!!!
Depois de mais um sábado típico daqueles em que, do nada, surgem uns trabalhos cascudos pra ontem, e já prevendo que o domingo haveria de ser de recolhimento e disposição para encarar atentamente 200 páginas de resumos, pensei: quer saber? sábado à noite é isso aí mesmo: três programinhas curtinhos na tevê a cabo, Jorge Luis Borges enquanto o Soulseek não acabava de baixar 'El Baile Aleman', o disco do Señor Coconut só de versões mambo e cha cha cha de Kraftwerk (boa dica de um bom amigo) e cama.
Consegui finalmente ver 'Stripperella' e nem curti. Apesar de Stan Lee ser o tal, seus desenhos animados atuais são meio bomba - e não tem como esperar muito de uma personagem inspirada na Pamela Anderson.
Em compensação, veja bem, rachei o bico de rir de um quadro daquela porcaria daquele Mad TV, sacaneando 'Queer Eye For The Straight Guy', onde os Fab Five (bee, o Carson e o Kyan estavam sensacionais!) visitavam Michael Jackson. E eu já curto umas piadas em cima do Michael Jackson, que seria uma piada ambulante se não fosse tão doente. Dessa vez os caras da Mad Tv acertaram a mão. Ou será que passar o dia todo trancada em casa enfurnada em trabalho deixa as pessoas mais suscetíveis a se divertirem com qualquer merda? Vai saber.
Já Banzai, nem preciso mais comentar, a foto do sr. Sacaninha abaixo fala por si mesma:
Aliás, pra quem não tem Multishow e nunca viu o programa, aqui você pode baixar alguns dos quadros para assistir, e ver algumas fotos também. PLACE YOUR BETS NOW!!!
(na verdade é um site de asiáticos preocupados com a imagem que os ocidentais fazem deles na mídia, mas ei! alguém leva Banzai a sério??)
sábado, setembro 18, 2004
Paga pau
No site Alucináticos tá rolando um tributo bacana ao Little Quail And The Mad Birds. O link não está muito bem resolvido, depois que você ouve as faixas não tem como voltar para a página inicial do tributo (que por enquanto está em 'Paga Pau aqui!' na página inicial, mas deve logo passar para os arquivos) - mas ainda assim vale bem a pena clicar no link quantas vezes for preciso para abrir a janelinha do tributo e ouvir as versões que bandas como Super Stereo Surf, Capotones, The Feitos e até o Diego Medina junto com o Kassin fizeram do trio brasiliense formado por Zé Ovo, Bacalhau e Gabriel Thomaz, o Rei do Iê Iê Iê, que, ao lado de outro Bacalhau e da minha comadre Simone, tem sacudido o Rio de Janeiro com o conjunto Autoramas.
Aproveitem a rara oportunidade de ouvir esta coleção de sucessos, pois os discos do Little Quail já estão esgotados há tempos (menos o EP póstumo, que você pode encontrar com o Gabriel, é só seguir o link).
* * *
O Messias
O Paraguai é o paraíso/ lá tem tudo o que eu preciso
Vou comprar meu contrabando/ amanhã já tou voltando
Há uns dois anos atrás, lembro de ter saído com amigos e estava todo mundo deslumbrado com a tal da Sônia Rocha, aquela que "canta" Belo Lééééoooo.. Leonaaaaardo com sua voz peculiar e batidinhas de bolero que ninguém mais é capaz de reproduzir.
Pois estes pobres mortais desconhecem a fina arte de José Cláudio.
Quando Sônia Rocha nem sonhava em ser cantora, José Cláudio lançou o já esgotado e raríssimo "Vida de Viajante". Há uns cinco anos atrás, tive meu primeiro contato com a obra do mestre da falta de timing, da interpretação musical de quem está à beira da morte e das fabulosas letras nas quais vale qualquer coisa pra conseguir rima e vale estender qualquer sílaba até formar a métrica.
Até recentemente, a única prova que eu tinha da existência de José Cláudio era uma fitinha gravada de um cd pirata que apareceu do nada por aqui, e pela impossibilidade de ouvir fitas em casa, José Cláudio permanece cultuado por um seleto grupo de meia dúzia de cariocas e outros tantos catarinas e gaúchos que tiveram contato mais próximo com O Homem.
O cd "Vida de Viajante" e seus tecladinhos picaretas continua perdido no mundo, mas você já pode matar sua curiosidade e ouvir a demo 'voz, violão e ventilador' aqui.
(bem, você também pode não ouvir nada se não quiser)
No site Alucináticos tá rolando um tributo bacana ao Little Quail And The Mad Birds. O link não está muito bem resolvido, depois que você ouve as faixas não tem como voltar para a página inicial do tributo (que por enquanto está em 'Paga Pau aqui!' na página inicial, mas deve logo passar para os arquivos) - mas ainda assim vale bem a pena clicar no link quantas vezes for preciso para abrir a janelinha do tributo e ouvir as versões que bandas como Super Stereo Surf, Capotones, The Feitos e até o Diego Medina junto com o Kassin fizeram do trio brasiliense formado por Zé Ovo, Bacalhau e Gabriel Thomaz, o Rei do Iê Iê Iê, que, ao lado de outro Bacalhau e da minha comadre Simone, tem sacudido o Rio de Janeiro com o conjunto Autoramas.
Aproveitem a rara oportunidade de ouvir esta coleção de sucessos, pois os discos do Little Quail já estão esgotados há tempos (menos o EP póstumo, que você pode encontrar com o Gabriel, é só seguir o link).
* * *
O Messias
O Paraguai é o paraíso/ lá tem tudo o que eu preciso
Vou comprar meu contrabando/ amanhã já tou voltando
Há uns dois anos atrás, lembro de ter saído com amigos e estava todo mundo deslumbrado com a tal da Sônia Rocha, aquela que "canta" Belo Lééééoooo.. Leonaaaaardo com sua voz peculiar e batidinhas de bolero que ninguém mais é capaz de reproduzir.
Pois estes pobres mortais desconhecem a fina arte de José Cláudio.
Quando Sônia Rocha nem sonhava em ser cantora, José Cláudio lançou o já esgotado e raríssimo "Vida de Viajante". Há uns cinco anos atrás, tive meu primeiro contato com a obra do mestre da falta de timing, da interpretação musical de quem está à beira da morte e das fabulosas letras nas quais vale qualquer coisa pra conseguir rima e vale estender qualquer sílaba até formar a métrica.
Até recentemente, a única prova que eu tinha da existência de José Cláudio era uma fitinha gravada de um cd pirata que apareceu do nada por aqui, e pela impossibilidade de ouvir fitas em casa, José Cláudio permanece cultuado por um seleto grupo de meia dúzia de cariocas e outros tantos catarinas e gaúchos que tiveram contato mais próximo com O Homem.
O cd "Vida de Viajante" e seus tecladinhos picaretas continua perdido no mundo, mas você já pode matar sua curiosidade e ouvir a demo 'voz, violão e ventilador' aqui.
(bem, você também pode não ouvir nada se não quiser)
quinta-feira, setembro 16, 2004
Resta um
Depois de Joey e Dee Dee, agora foi Johnny Ramone. Grande perda.
* * *
Ainda sobre 'A Vila'
Por que eu gosto do Cocadaboa.
Depois de Joey e Dee Dee, agora foi Johnny Ramone. Grande perda.
* * *
Ainda sobre 'A Vila'
Por que eu gosto do Cocadaboa.
terça-feira, setembro 14, 2004
Tantas diferenças de opinião provocam brigas entre os meninos? Todos eles garantem que não. "Somos todos palhaços, brincalhões. O único que é mais contido é o Matheus", diz Oscar. "Mas a gente se dá muito bem, estamos sempre um na casa do outro, vamos ao cinema, almoçamos juntos", fala Filipe.
Matheus é diferente também no que se refere à vaidade - os companheiros de grupo são metrossexuais assumidos. "Não tenho tempo para fazer ginástica e vou ficando com barriga de chopp mesmo", diz ele. Já Filipe cumpre uma extensa lista de cuidados: só sai de casa se todos os itens da roupa estiverem bem combinadinhos, nunca usa peças largas, corta o cabelo todo mês, faz a barba todo dia, passa manteiga de cacau nos lábios, malha em academia e ainda joga bola e pratica boxe para manter a forma. Mas ninguém supera André. "Passo hidratante no corpo, depilo o peito e o abdome, faço limpeza de pele, uso perfumes variados e faço as unhas às vezes", conta ele, cuja nécessaire compete em tamanho com a da namorada, a Karin do Rouge.
Da AOL sobre aquela merda do Br'oz.
* * *
SEM RECLAMAÇÕES
"Deus não castiga ninguém sem ter avisado antes".
Orígenes, citado por Jorge Luis Borges em 'O Livro dos Sonhos'.
Matheus é diferente também no que se refere à vaidade - os companheiros de grupo são metrossexuais assumidos. "Não tenho tempo para fazer ginástica e vou ficando com barriga de chopp mesmo", diz ele. Já Filipe cumpre uma extensa lista de cuidados: só sai de casa se todos os itens da roupa estiverem bem combinadinhos, nunca usa peças largas, corta o cabelo todo mês, faz a barba todo dia, passa manteiga de cacau nos lábios, malha em academia e ainda joga bola e pratica boxe para manter a forma. Mas ninguém supera André. "Passo hidratante no corpo, depilo o peito e o abdome, faço limpeza de pele, uso perfumes variados e faço as unhas às vezes", conta ele, cuja nécessaire compete em tamanho com a da namorada, a Karin do Rouge.
Da AOL sobre aquela merda do Br'oz.
* * *
SEM RECLAMAÇÕES
"Deus não castiga ninguém sem ter avisado antes".
Orígenes, citado por Jorge Luis Borges em 'O Livro dos Sonhos'.
segunda-feira, setembro 13, 2004
A Vila
Quem avisa amigo é.
Conheço o Oswaldo há uns seis ou sete anos e não ouvi seus conselhos.
Dei mole.
Era melhor ter visto o filme do padre Marcelo. Putamerda, que filme ruim e previsível esse "A Vila". Bem, podia ser pior, o tal monstro do bosque podia ser despropositadamente real como o de "Sinais", que tinha tudo pra ser um bom filme não fosse o final de merda. E ainda tem esse marketing de "não conte o fim do filme". Ora, pra que? É tão óbvio. "Traídos pelo desejo" ("The Crying Game", do Neil Jordan, era bem melhor nesse quesito (é claro que *todo mundo* lembra da história do "não conte o final", não? Bem, se você não lembra não sou eu que vou te lembrar).
Quem avisa amigo é.
Conheço o Oswaldo há uns seis ou sete anos e não ouvi seus conselhos.
Dei mole.
Era melhor ter visto o filme do padre Marcelo. Putamerda, que filme ruim e previsível esse "A Vila". Bem, podia ser pior, o tal monstro do bosque podia ser despropositadamente real como o de "Sinais", que tinha tudo pra ser um bom filme não fosse o final de merda. E ainda tem esse marketing de "não conte o fim do filme". Ora, pra que? É tão óbvio. "Traídos pelo desejo" ("The Crying Game", do Neil Jordan, era bem melhor nesse quesito (é claro que *todo mundo* lembra da história do "não conte o final", não? Bem, se você não lembra não sou eu que vou te lembrar).
domingo, setembro 12, 2004
Tá que minha vizinhança tem um gosto musical meio estranho - às quintas e domingos sou obrigada a ouvir duas horas de culto a Jeová com uma música infernal cuja letra diz "Jesus te ama, Jesus te chama, ôi vem agora pecador que está lá fora", nos fins de semana tem festinhas adolescentes com muita Ivete Sangalo e alguma Tati Quebra-Barraco - na boa, adoro um "rap Brasil tosqueira", mas eu gosto mesmo é de letras bizarras e/ou improváveis, não desta senhorita fazendo meu ouvido de penico -, raramente tem alguma festa anos 80, vizinhos impondo Beto Guedes em pleno domingo de manhã e, em tempos de conversão de gás, muitas, muitas furadeiras.
Chega a ser música para meus ouvidos, então, esse som que ouço lá de longe enquanto espero a reprise de Banzai!, já que perdi a das 23:30, que começou como um jazzinho safado à la Coltrane e, curioso e bom demais ouvir isso a essa hora da madrugada, agora parece alguma música cigana da Iugoslávia, bem dessas de trilha sonora do Emir Kusturica - aliás, gitans, tsiganes e fãs de bons filmes, www.kustu.com é um site bem obrigatório.
Chega a ser música para meus ouvidos, então, esse som que ouço lá de longe enquanto espero a reprise de Banzai!, já que perdi a das 23:30, que começou como um jazzinho safado à la Coltrane e, curioso e bom demais ouvir isso a essa hora da madrugada, agora parece alguma música cigana da Iugoslávia, bem dessas de trilha sonora do Emir Kusturica - aliás, gitans, tsiganes e fãs de bons filmes, www.kustu.com é um site bem obrigatório.
sexta-feira, setembro 10, 2004
Coisinha mais cafona da tia!!!
Sério, o que isso aqui tem de fofo, tem de brega. Mas é tão cuti-cuti que você não sabe se dá vontade de morder ou de chutar!!
Sério, o que isso aqui tem de fofo, tem de brega. Mas é tão cuti-cuti que você não sabe se dá vontade de morder ou de chutar!!
quinta-feira, setembro 09, 2004
Porque as crises, choramingos e papos sérios eu deixo para o meu travesseiro
É sabido que um dos grandes (opa!) atrativos da mulher brasileira é nosso (sim, pô, eu sou uma) derrière. Umas poupanças maiores que as outras, umas mais durinhas e outras mais molengas, mas a maioria de nós foi agraciada com glúteos arredondados e empinados de fazer inveja a holandesas, norte-americanas, inglesas e chinesas - se a afirmação acima é verdade ou apenas estereótipo criado para atrair turista, não sei - sei do meu caso, em particular, já vi minha avó materna e minha mãe de costas, e percebo a generosidade divina no quesito genética. Embora branquela e de cabelos artificialmente clareados, é no rebolado ao caminhar e na lordose que não nego minhas raízes.
Sei também que ter internet bund.. quer dizer, banda larga contribui horrores para o sedentarismo da população, ou pelo menos da população aqui de casa - e é por isso que, prevendo meu futuro aparentemente inevitável (o queeee? euzinha? virar freak de academia? no cu, pardal!), vibrei ao tomar conhecimento deste artefato caseiro sensacional - maior e reforçado nas laterais, este não quebra jamais!
(ih, rimou)
Na verdade, acho que o lance foi desenhado para pessoas realmente obesas, mas nós mulheres-pêra também podemos tirar proveito destas invenções, não?
* * *
E por falar em mulheres, este site é lindo.
* * *
Filmes da semana:
- Narradores de Javé
- Documentário sobre John Huston (cara, apaixonei!)
- As Sete Faces do Dr. Lao
- Todas as cores do amor (obrigada, moça, demorei mas tou indo agora)
Depois desenvolvo algo sobre cada um - ou não.
* * *
Ora.. foda-se.
(nada não, apenas pensando alto)
É sabido que um dos grandes (opa!) atrativos da mulher brasileira é nosso (sim, pô, eu sou uma) derrière. Umas poupanças maiores que as outras, umas mais durinhas e outras mais molengas, mas a maioria de nós foi agraciada com glúteos arredondados e empinados de fazer inveja a holandesas, norte-americanas, inglesas e chinesas - se a afirmação acima é verdade ou apenas estereótipo criado para atrair turista, não sei - sei do meu caso, em particular, já vi minha avó materna e minha mãe de costas, e percebo a generosidade divina no quesito genética. Embora branquela e de cabelos artificialmente clareados, é no rebolado ao caminhar e na lordose que não nego minhas raízes.
Sei também que ter internet bund.. quer dizer, banda larga contribui horrores para o sedentarismo da população, ou pelo menos da população aqui de casa - e é por isso que, prevendo meu futuro aparentemente inevitável (o queeee? euzinha? virar freak de academia? no cu, pardal!), vibrei ao tomar conhecimento deste artefato caseiro sensacional - maior e reforçado nas laterais, este não quebra jamais!
(ih, rimou)
Na verdade, acho que o lance foi desenhado para pessoas realmente obesas, mas nós mulheres-pêra também podemos tirar proveito destas invenções, não?
* * *
E por falar em mulheres, este site é lindo.
* * *
Filmes da semana:
- Narradores de Javé
- Documentário sobre John Huston (cara, apaixonei!)
- As Sete Faces do Dr. Lao
- Todas as cores do amor (obrigada, moça, demorei mas tou indo agora)
Depois desenvolvo algo sobre cada um - ou não.
* * *
Ora.. foda-se.
(nada não, apenas pensando alto)
segunda-feira, setembro 06, 2004
A Boa
Hoje inaugura, no CCBB, a mostra Nelson Rodrigues e o Cinema: Traduções-Traições, e fica em cartaz até dia 19.
Mas o legal MESMO é tentar achar as sessões no dia 8 e no dia 17 (hoje tem também, mas é só para convidados) que passam o curta "Roberto Rodrigues", que narra o assassinato do irmão de Nelson Rodrigues.
Em 1929, a jornalista Sílvia Tibau não gostou de ver seu nome no jornal "A Crítica", de Mário Rodrigues, envolvido em fofocas. Saiu de arma em punho até a redação do jornal para matar o velho homem de imprensa. Na sua ausência, servia qualquer um dos filhos - e sobrou para o jovem Roberto, um puta ilustrador.
Vale lembrar que Mário Rodrigues, além de pai de Nelson Rodrigues e Roberto Rodrigues, ainda era pai de Mário Rodrigues Filho. Aquele mesmo, que deu nome ao Maracanã.
Pois então.
O curta, de 1987, narra os acontecimentos intercalados com animações dos desenhos de Roberto Rodrigues. E, aos nove anos, o diretor me fez acreditar que eu tinha ajudado na produção do filme, vê se pode.
Foi assim que papai criou um monstro.
Um monstro e um curta-metragem que vocês têm que ver :p
Hoje inaugura, no CCBB, a mostra Nelson Rodrigues e o Cinema: Traduções-Traições, e fica em cartaz até dia 19.
Mas o legal MESMO é tentar achar as sessões no dia 8 e no dia 17 (hoje tem também, mas é só para convidados) que passam o curta "Roberto Rodrigues", que narra o assassinato do irmão de Nelson Rodrigues.
Em 1929, a jornalista Sílvia Tibau não gostou de ver seu nome no jornal "A Crítica", de Mário Rodrigues, envolvido em fofocas. Saiu de arma em punho até a redação do jornal para matar o velho homem de imprensa. Na sua ausência, servia qualquer um dos filhos - e sobrou para o jovem Roberto, um puta ilustrador.
Vale lembrar que Mário Rodrigues, além de pai de Nelson Rodrigues e Roberto Rodrigues, ainda era pai de Mário Rodrigues Filho. Aquele mesmo, que deu nome ao Maracanã.
Pois então.
O curta, de 1987, narra os acontecimentos intercalados com animações dos desenhos de Roberto Rodrigues. E, aos nove anos, o diretor me fez acreditar que eu tinha ajudado na produção do filme, vê se pode.
Foi assim que papai criou um monstro.
Um monstro e um curta-metragem que vocês têm que ver :p
sábado, setembro 04, 2004
..e depois do Pixies, era o que faltava:
Separem os baldes e lençóis!
Brian Wilson estará no Brasil em novembro, para o Tim Festival!
..é bom que os Cramps em Goiânia sejam apenas boato, senão decretarei falência ainda este ano.
* * *
Otto, o Profeta
Quando lembro que daqui a poucos minutos começa o melhor longa de animação dos últimos, sei lá, cincou ou seis anos, no Cartoon Network; que hoje estréia Stripperella (aquele mesmo, da Pamela anderson animada pelo Stan Lee) e logo depois ainda tem Banzai! no Multishow; que passei a manhã limpando a casa para torná-la confortável para mim mesma..
..então lembro dos versos proferidos por Otto em seu disco "Samba pra Burro":
"Acabo de comprar uma tv a cabo
Acabo de entrar na solidão a cabo
Acabo de cair no 1º a cabo
Acabo me tornando usuário
Do 12 pro 57 é um assalto
Do 12 pro 57 é um assalto
É 171, 171, 171"
E acabo achando Otto um gênio (na verdade, eu já respeitava o cara pela lenda que andou rolando por aí, de que num VMB desses ele saiu gritando pelos corredores "Zumbi do Mato é do caralho!!").
E quem puder, veja "O Gigante de Ferro". Deve reprisar. Filmaço.
Separem os baldes e lençóis!
Brian Wilson estará no Brasil em novembro, para o Tim Festival!
..é bom que os Cramps em Goiânia sejam apenas boato, senão decretarei falência ainda este ano.
* * *
Otto, o Profeta
Quando lembro que daqui a poucos minutos começa o melhor longa de animação dos últimos, sei lá, cincou ou seis anos, no Cartoon Network; que hoje estréia Stripperella (aquele mesmo, da Pamela anderson animada pelo Stan Lee) e logo depois ainda tem Banzai! no Multishow; que passei a manhã limpando a casa para torná-la confortável para mim mesma..
..então lembro dos versos proferidos por Otto em seu disco "Samba pra Burro":
"Acabo de comprar uma tv a cabo
Acabo de entrar na solidão a cabo
Acabo de cair no 1º a cabo
Acabo me tornando usuário
Do 12 pro 57 é um assalto
Do 12 pro 57 é um assalto
É 171, 171, 171"
E acabo achando Otto um gênio (na verdade, eu já respeitava o cara pela lenda que andou rolando por aí, de que num VMB desses ele saiu gritando pelos corredores "Zumbi do Mato é do caralho!!").
E quem puder, veja "O Gigante de Ferro". Deve reprisar. Filmaço.
quinta-feira, setembro 02, 2004
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personality tests by similarminds.com
* * *
Hum, uau.
quarta-feira, setembro 01, 2004
"Oh, I could hide 'neath the wings
Of the bluebird as she sings.
The six o'clock alarm would never ring.
But it rings and I rise,
Wipe the sleep out of my eyes.
My shavin' razor's cold and it stings"
Não que eu faça barba, não faço, aliás. Mas toda vez que ouço "Daydream Believer", dos Monkees, tenho crises de choro inexplicáveis. Deve ser algo na melodia e, talvez, na letra sobre o sujeito diz que é feliz mas quer mesmo é dormir o dia inteiro.
* * *
Cheer up, Sleepy Jean. Hoje começa a temporada nova de Monk no ex-USA, agora Universal Channel.
Of the bluebird as she sings.
The six o'clock alarm would never ring.
But it rings and I rise,
Wipe the sleep out of my eyes.
My shavin' razor's cold and it stings"
Não que eu faça barba, não faço, aliás. Mas toda vez que ouço "Daydream Believer", dos Monkees, tenho crises de choro inexplicáveis. Deve ser algo na melodia e, talvez, na letra sobre o sujeito diz que é feliz mas quer mesmo é dormir o dia inteiro.
* * *
Cheer up, Sleepy Jean. Hoje começa a temporada nova de Monk no ex-USA, agora Universal Channel.
terça-feira, agosto 31, 2004
Poesia pura
"Ele foi bem escondido só que todo mundo viu
ele entrando na farmácia pra tomar Benzetacil
Putaquepariu
Foi tomar Benzetacil"
* * *
Amigos, não tentem fazer isso em casa
Imbuída do genuíno espírito olímpico pregado por Pierre de Coubertin, lá fui, com a graça de uma deusa grega, praticar exercícios aproveitando a bela academia ao ar livre que é a orla da Zona Sul do Rio de Janeiro. E tome pedalada, pedalada, tal qual uma música do Marcos Valle, e um dia era Roberto Carlos na fase soul, no outro era o Nirvana com Kurt Cobain agonizando com seu "In Utero", discaço, várias lembranças de adolescência, eu e Bel e as camisas com a letra de "Dumb", e mais pedaladas, mais pedaladas, e o ventinho no rosto, e os rostos conhecidos domingo à tarde, desvia do pessoal do cooper, e o ventinho, ah, o ventinho de segunda à tardinha, ao sol poente, e a lua das 18:35 do final de inverno como uma bola laranja gigante subindo pela pedra do Leme, e o banho quase frio pra refrescar em casa depois de tantos kilômetros pedalados..
..resultado: uma baita dor nas costas que já dura quase 24 horas, e não parece diminuir.
É, definitivamente, esse papo de que esporte faz bem é balela.
* * *
No trabalho não tem jeito, mas em casa sou obrigada a sair da frente do computador e ficar na horizontal, espalhada pelos cinco travesseiros. Aproveitei os momentos forçados de repouso para colocar algumas leituras em dia - e, cacete, que livro FRACO tá sendo esse tal "Neuromancer", do William Gibson, hein?
Vamos ver se melhora.
É, porque a coluna da velha decrépita aqui não tem mais jeito.
* * *
Kevin Smith novo
Nossa, "Clerks" já vai fazer dez anos. Estou me sentindo velha MESMO.
A boa notícia é que Kevin Smith está trabalhando na seqüência de "Clerks". Espero ansiosa. A mesma nota da Reuters diz que Smith está escrevendo uma adaptação da série "Besouro Verde" para as telonas. Fantástico. Aguardarei ansiosa também.
* * *
Por ora, fiquem com a descrição dos brownies feita por Jorge Luis Borges:
"São homenzinhos serviçais de cor parda, da qual tiraram seu nome. Costumam visitar as granjas da Escócia e, durante o sono da família, copaboram nas tarefas domésticas. Um dos contos de Grimm relata um fato análogo.
O ilustre escritor Robret Louis Stevenson aformou que havia adestrado seus brownies no ofício literário. Quando sonhava, estes lhe sugeriam temas fantásticos; por exemplo, a estranha transformação do Dr. Jekyll no diabólico Sr. Hyde, e aquele episódio de Olalla no qual um jovem, de uma antiga casa espanhola, morde a mão de sua irmã."
(retirado de "O Livro dos Seres Imaginários", obrigatório para fãs de fantasia, escritores e curiosos)
"Ele foi bem escondido só que todo mundo viu
ele entrando na farmácia pra tomar Benzetacil
Putaquepariu
Foi tomar Benzetacil"
* * *
Amigos, não tentem fazer isso em casa
Imbuída do genuíno espírito olímpico pregado por Pierre de Coubertin, lá fui, com a graça de uma deusa grega, praticar exercícios aproveitando a bela academia ao ar livre que é a orla da Zona Sul do Rio de Janeiro. E tome pedalada, pedalada, tal qual uma música do Marcos Valle, e um dia era Roberto Carlos na fase soul, no outro era o Nirvana com Kurt Cobain agonizando com seu "In Utero", discaço, várias lembranças de adolescência, eu e Bel e as camisas com a letra de "Dumb", e mais pedaladas, mais pedaladas, e o ventinho no rosto, e os rostos conhecidos domingo à tarde, desvia do pessoal do cooper, e o ventinho, ah, o ventinho de segunda à tardinha, ao sol poente, e a lua das 18:35 do final de inverno como uma bola laranja gigante subindo pela pedra do Leme, e o banho quase frio pra refrescar em casa depois de tantos kilômetros pedalados..
..resultado: uma baita dor nas costas que já dura quase 24 horas, e não parece diminuir.
É, definitivamente, esse papo de que esporte faz bem é balela.
* * *
No trabalho não tem jeito, mas em casa sou obrigada a sair da frente do computador e ficar na horizontal, espalhada pelos cinco travesseiros. Aproveitei os momentos forçados de repouso para colocar algumas leituras em dia - e, cacete, que livro FRACO tá sendo esse tal "Neuromancer", do William Gibson, hein?
Vamos ver se melhora.
É, porque a coluna da velha decrépita aqui não tem mais jeito.
* * *
Kevin Smith novo
Nossa, "Clerks" já vai fazer dez anos. Estou me sentindo velha MESMO.
A boa notícia é que Kevin Smith está trabalhando na seqüência de "Clerks". Espero ansiosa. A mesma nota da Reuters diz que Smith está escrevendo uma adaptação da série "Besouro Verde" para as telonas. Fantástico. Aguardarei ansiosa também.
* * *
Por ora, fiquem com a descrição dos brownies feita por Jorge Luis Borges:
"São homenzinhos serviçais de cor parda, da qual tiraram seu nome. Costumam visitar as granjas da Escócia e, durante o sono da família, copaboram nas tarefas domésticas. Um dos contos de Grimm relata um fato análogo.
O ilustre escritor Robret Louis Stevenson aformou que havia adestrado seus brownies no ofício literário. Quando sonhava, estes lhe sugeriam temas fantásticos; por exemplo, a estranha transformação do Dr. Jekyll no diabólico Sr. Hyde, e aquele episódio de Olalla no qual um jovem, de uma antiga casa espanhola, morde a mão de sua irmã."
(retirado de "O Livro dos Seres Imaginários", obrigatório para fãs de fantasia, escritores e curiosos)
segunda-feira, agosto 30, 2004
Elektronik Supersonik
I is more stronger than Darth Vader, oh baby, I is your dictator
Vídeo tosco, música ruim, visual freak. Ah, como eu adoro essas coisas!
I is more stronger than Darth Vader, oh baby, I is your dictator
Vídeo tosco, música ruim, visual freak. Ah, como eu adoro essas coisas!
sábado, agosto 28, 2004
Graaaaande Mateus Reis!
Pois é, a Superinteressante resolveu lançar mais uma revista-satélite, desta vez sobre ciência! Legal, já que a própria super não fala disso há muito tempo.
Não li, mas o Mateus leu e avisa que rola um conto do Douglas Adams inédito por aqui, contando o que acontece ANTES da destruição da Terra, que como todos sabem, rola logo no começo do primeiro livro da série do Mochileiro das Galáxias.
Pra quem já está careca de ouvir falar de Douglas Adams e do 'Guia do Mochileiro das Galáxias' mas nunca teve a oportunidade de ler, esta pode ser um boa introdução antes de comprar os livros - que estão sendo relançados pela Ed. Sextante.
O nome da revista é Sapiens. Tá nas bancas.
* * *
Já que vocês não vão ver mesmo..
"A Mulher Vespa" é sensacional.
O filme, de 1960, começa com o sr. Zinthrop, um estudioso de abelhas e vespas, mostrando sua mais nova descoberta - a partir da geléia real de vespas, é possível retardar o envelhecimento. Corta para uma reunião de negócios em uma empresa de cosméticos cuja presidente, Janice Starlin, tem a idéia fixa de fazer um tratamento rejuvenescedor para continuar sendo a garota-propaganda dos produtos da companhia.
Janice Starlin, então, faz o tratamento com extrato de vespa, fica satisfeitíssima com os resultados e acaba tomando doses bem altas do medicamento sem a orientação do pesquisador responsável.
Roger Corman conduz o filme com boas doses de suspense e investigações, até que escracha logo de uma vez - um dia a moça começa a ouvir zumbidos e - ta-raaaaaam! - vira uma vespa peludona assassina e sai matando geral, mordendo jugulares, vejam vocês!
Vale mencionar que a cópia (provavelmente a única existente por essas bandas) é dublada, que o curta do Ivan Cardoso não passou e que eu não estava sozinha na sala: havia mais seis pessoas. Entre elas, o Ruy. Claro.
Pois é, a Superinteressante resolveu lançar mais uma revista-satélite, desta vez sobre ciência! Legal, já que a própria super não fala disso há muito tempo.
Não li, mas o Mateus leu e avisa que rola um conto do Douglas Adams inédito por aqui, contando o que acontece ANTES da destruição da Terra, que como todos sabem, rola logo no começo do primeiro livro da série do Mochileiro das Galáxias.
Pra quem já está careca de ouvir falar de Douglas Adams e do 'Guia do Mochileiro das Galáxias' mas nunca teve a oportunidade de ler, esta pode ser um boa introdução antes de comprar os livros - que estão sendo relançados pela Ed. Sextante.
O nome da revista é Sapiens. Tá nas bancas.
* * *
Já que vocês não vão ver mesmo..
"A Mulher Vespa" é sensacional.
O filme, de 1960, começa com o sr. Zinthrop, um estudioso de abelhas e vespas, mostrando sua mais nova descoberta - a partir da geléia real de vespas, é possível retardar o envelhecimento. Corta para uma reunião de negócios em uma empresa de cosméticos cuja presidente, Janice Starlin, tem a idéia fixa de fazer um tratamento rejuvenescedor para continuar sendo a garota-propaganda dos produtos da companhia.
Janice Starlin, então, faz o tratamento com extrato de vespa, fica satisfeitíssima com os resultados e acaba tomando doses bem altas do medicamento sem a orientação do pesquisador responsável.
Roger Corman conduz o filme com boas doses de suspense e investigações, até que escracha logo de uma vez - um dia a moça começa a ouvir zumbidos e - ta-raaaaaam! - vira uma vespa peludona assassina e sai matando geral, mordendo jugulares, vejam vocês!
Vale mencionar que a cópia (provavelmente a única existente por essas bandas) é dublada, que o curta do Ivan Cardoso não passou e que eu não estava sozinha na sala: havia mais seis pessoas. Entre elas, o Ruy. Claro.
sexta-feira, agosto 27, 2004
Tinha escrito um texto enorme sobre o fim de "Sex & the City" para publicar aqui, mas desisti. Muito pessoal. Muito lugar-comum. Mau-humorado, deprimente e desnecessário, não gostei. Está guardado, como tantos outros escritos, esperando o veículo certo para publicação ou a faxina geral no hd. Mas vocês podem ver as homenagens que Patrão 01 e Patrão 02 fizeram, melhor do que qualquer texto. Vão lá.
* * *
Não tirei os comentários, foi problema no Falou & Disse mesmo. Quem tiver uma necessidade insana de comentar algo, pode fazê-lo por e-mail ou icq. Não, não darei meu número de icq. Quem não tiver, use e-mail, ora pipocas. Que idéia.
* * *
Algumas partes da bicicleta se soltaram depois do tombo, a saber: correia, lanterninha traseira e um pedaço do pedal esquerdo. Preciso levá-la para consertar, mas agora nem dá: às 18:30 tem "A Mulher Vespa", do Roger Corman, na Cinemateca do MAM. Quatro reais, dois com carteirinha, curta do Ivan Cardoso antes, e eu sei que ninguém vai, primeiro pela propaganda em cima da hora, segundo porque não creio que muita gente goste dessas coisas. Sempre foi assim. Em uma das agendas velhas, a de 1991 (eu tinha treze anos), achei um pôster do Bela Lugosi. Certas coisas não mudam nunca.
Acho, inclusive, que a Cinemateca do MAM deveria ser mais freqüentada - mas se eu mesma, que já trabalhei lá, sou uma freqüentadora vergonhosamente bissexta, imagino o resto do mundo.
* * *
Sobre o tombo, ninguém perguntou mas os hematomas estão começando a clarear. E dá-lhe pomada de arnica.
Sabe aquele tremor de terra na Zona Sul do Rio quinta-feira passada à tarde? Fui eu, caindo; a verdade é que eu deveria ter caído mais vezes durante minha fase de crescimento vertical. Não dói, do chão não passa, e agora penso em quanta coisa perdi por medo de me machucar.
Criança intelectual é foda.
* * *
Momento querido diário: hoje experimentei tirar fotos com 'máquinas' pinhole, aquelas feitas com uma lata, um furinho e papel fotográfico, lá no trabalho. Desde pequenininha sou familiarizada com este processo, mas só na teoria. Na prática, um problema com o revelador (foi minha primeira incursão num laboratório fotográfico também) fez com que nenhuma foto saísse - mas a experiência de cronometrar tempo de exposição e montar o laboratório satisfez em parte minha curiosidade. Curti.
* * *
Links do dia:
- Urban Collective.com, cortesia do Gabrig.
- Receitas para microondas, conseguidas com o auxílio do Google e que certamente me deixarão com uma sensação de bem alimentada enquanto o gás não volta.
- Museu de aspiradores de pó - será que já não coloquei isso aqui?
- The Meteors, essa banda é boa demais.
* * *
Não tirei os comentários, foi problema no Falou & Disse mesmo. Quem tiver uma necessidade insana de comentar algo, pode fazê-lo por e-mail ou icq. Não, não darei meu número de icq. Quem não tiver, use e-mail, ora pipocas. Que idéia.
* * *
Algumas partes da bicicleta se soltaram depois do tombo, a saber: correia, lanterninha traseira e um pedaço do pedal esquerdo. Preciso levá-la para consertar, mas agora nem dá: às 18:30 tem "A Mulher Vespa", do Roger Corman, na Cinemateca do MAM. Quatro reais, dois com carteirinha, curta do Ivan Cardoso antes, e eu sei que ninguém vai, primeiro pela propaganda em cima da hora, segundo porque não creio que muita gente goste dessas coisas. Sempre foi assim. Em uma das agendas velhas, a de 1991 (eu tinha treze anos), achei um pôster do Bela Lugosi. Certas coisas não mudam nunca.
Acho, inclusive, que a Cinemateca do MAM deveria ser mais freqüentada - mas se eu mesma, que já trabalhei lá, sou uma freqüentadora vergonhosamente bissexta, imagino o resto do mundo.
* * *
Sobre o tombo, ninguém perguntou mas os hematomas estão começando a clarear. E dá-lhe pomada de arnica.
Sabe aquele tremor de terra na Zona Sul do Rio quinta-feira passada à tarde? Fui eu, caindo; a verdade é que eu deveria ter caído mais vezes durante minha fase de crescimento vertical. Não dói, do chão não passa, e agora penso em quanta coisa perdi por medo de me machucar.
Criança intelectual é foda.
* * *
Momento querido diário: hoje experimentei tirar fotos com 'máquinas' pinhole, aquelas feitas com uma lata, um furinho e papel fotográfico, lá no trabalho. Desde pequenininha sou familiarizada com este processo, mas só na teoria. Na prática, um problema com o revelador (foi minha primeira incursão num laboratório fotográfico também) fez com que nenhuma foto saísse - mas a experiência de cronometrar tempo de exposição e montar o laboratório satisfez em parte minha curiosidade. Curti.
* * *
Links do dia:
- Urban Collective.com, cortesia do Gabrig.
- Receitas para microondas, conseguidas com o auxílio do Google e que certamente me deixarão com uma sensação de bem alimentada enquanto o gás não volta.
- Museu de aspiradores de pó - será que já não coloquei isso aqui?
- The Meteors, essa banda é boa demais.
quarta-feira, agosto 25, 2004
segunda-feira, agosto 23, 2004
Finalmente corrigindo falha de caráter: lendo Borges, "O Livro dos Seres Imaginários".
* * *
Nota mental - temas para desenvolver:
- Dançar sobre a cova de "Sex & the city", série bacaninha mas que já vai tarde;
- Woody Allen novo, o de sempre;
- Exumação: 'agendas' dos 10 aos 16 anos. Céus. Por que a Maria Mariana ficou rica e eu não?
* * *
Nota mental - temas para desenvolver:
- Dançar sobre a cova de "Sex & the city", série bacaninha mas que já vai tarde;
- Woody Allen novo, o de sempre;
- Exumação: 'agendas' dos 10 aos 16 anos. Céus. Por que a Maria Mariana ficou rica e eu não?
sábado, agosto 21, 2004
Processo Criativo no Roque Atual
Conjunto Musical 1 - Nova York, final dos anos 90
- Oi, cara!
- Oi, cara!
- Você tem um visual legal, cara, vamos montar uma banda?
- Vamos!
- Ok, vou chamar uns amigos e nessa terça-feira a gente ensaia.
- Eu não tenho músicas próprias.
- Nem eu, mas a gente começa levando umas covers e tá tudo certo.
(...)
- Bora levar uma cover aí. O que vocês sabem tocar?
- Iggy Pop, "Lust For Life".
- Todo mundo de acordo?
- Yeaaaaahhh!!
- Então é 1, 2, 3, 4 e..
(...)
- Pô, cara.
- Que foi?
- Você disse que sabia tocar "Lust For Life".
- Tá um pouco diferente, né?
- Pode crer.
- A gente pode transformar esse arranjo novo de "Lust For Life" numa música própria, ué.
- Boa!
- Como vai ser o refrão?
- "Last niiiiiite sheeeee saiiiid".
- Que porra é essa?
- É que ontem eu tava conversando com minha garota..
- Deixa assim.
- Mas será que não vai ficar muito parecido com a do Iggy Pop?
- Vai nada!
- Belê. Agora que já temos uma música própria, vamos tentar de novo.
- Pô, cara.
- Que foi?
- Enquanto Iggy Pop, isso tá uma merda.
- Ah, qualé, tá parecido.
- Mas dá pra fazer outra música em cima disso aí.
- Tem letra?
- Tem uma frase que escrevi outro dia no metrô, "New York City Goes".
- Cool, man.
- É. Curti. Profundo.
- Já temos outra música própria e nenhuma cover.
- Belê.
- Bora tentar tocar "Lust For Life" de novo..
Conjunto Musical 2 - algum lugar da Inglaterra
- Pô, cara.
- Que foi?
- Você disse que sabia tocar "Girls And Boys".
- Tá um pouco diferente, né?
- Pode crer.
- A gente pode transformar esse arranjo novo de "Girls and Boys" numa música própria, ué.
- Boa!
- Como vai ser a letra?
- Tem uma frase bonita que eu escrevi quando estava no metrô, "I know I won't be leaving here with you".
- Boa!
- Ricochete.
- Hein?
- Sei lá, tava vendo o desenho do coelho e fiquei com isso na cabeça.
- Belê. Anota e encaixa aí.
- Mas será que não vai ficar muito parecido com a do Blur?
- Vai nada! A gente tentou tocar ela e não conseguiu, lembra?
- Como vai ser o título dessa?
- Sei lá.. "Take me out"?
- Belê. Agora que já temos uma música própria, vamos tentar de novo.
..e a história se repete..
Conjunto Musical 1 - Nova York, final dos anos 90
- Oi, cara!
- Oi, cara!
- Você tem um visual legal, cara, vamos montar uma banda?
- Vamos!
- Ok, vou chamar uns amigos e nessa terça-feira a gente ensaia.
- Eu não tenho músicas próprias.
- Nem eu, mas a gente começa levando umas covers e tá tudo certo.
(...)
- Bora levar uma cover aí. O que vocês sabem tocar?
- Iggy Pop, "Lust For Life".
- Todo mundo de acordo?
- Yeaaaaahhh!!
- Então é 1, 2, 3, 4 e..
(...)
- Pô, cara.
- Que foi?
- Você disse que sabia tocar "Lust For Life".
- Tá um pouco diferente, né?
- Pode crer.
- A gente pode transformar esse arranjo novo de "Lust For Life" numa música própria, ué.
- Boa!
- Como vai ser o refrão?
- "Last niiiiiite sheeeee saiiiid".
- Que porra é essa?
- É que ontem eu tava conversando com minha garota..
- Deixa assim.
- Mas será que não vai ficar muito parecido com a do Iggy Pop?
- Vai nada!
- Belê. Agora que já temos uma música própria, vamos tentar de novo.
- Pô, cara.
- Que foi?
- Enquanto Iggy Pop, isso tá uma merda.
- Ah, qualé, tá parecido.
- Mas dá pra fazer outra música em cima disso aí.
- Tem letra?
- Tem uma frase que escrevi outro dia no metrô, "New York City Goes".
- Cool, man.
- É. Curti. Profundo.
- Já temos outra música própria e nenhuma cover.
- Belê.
- Bora tentar tocar "Lust For Life" de novo..
Conjunto Musical 2 - algum lugar da Inglaterra
- Pô, cara.
- Que foi?
- Você disse que sabia tocar "Girls And Boys".
- Tá um pouco diferente, né?
- Pode crer.
- A gente pode transformar esse arranjo novo de "Girls and Boys" numa música própria, ué.
- Boa!
- Como vai ser a letra?
- Tem uma frase bonita que eu escrevi quando estava no metrô, "I know I won't be leaving here with you".
- Boa!
- Ricochete.
- Hein?
- Sei lá, tava vendo o desenho do coelho e fiquei com isso na cabeça.
- Belê. Anota e encaixa aí.
- Mas será que não vai ficar muito parecido com a do Blur?
- Vai nada! A gente tentou tocar ela e não conseguiu, lembra?
- Como vai ser o título dessa?
- Sei lá.. "Take me out"?
- Belê. Agora que já temos uma música própria, vamos tentar de novo.
..e a história se repete..
quinta-feira, agosto 19, 2004
Henri de Toulouse-Lautrec. Gênio.
* * *
Tá rolando logo ali, no British Museum, uma exposição sobre a história dos buttons, pins, broches e seus significados, tanto o dos broches em geral, como símbolo de identidade, quanto os dos selecionados para a exposição, de várias épocas, movimentos sociais e musicais - cada um deles conta um pedacinho da história da Inglaterra - e, graças à internet, você pode ler vários dos textos sem precisar ir lá. É só clicar ali em Compass tour e passear pela exposição.
Aliás, o tour da exposição deles sobre as múmias é bem recheado de história também - e eu, como ex-aluna aplicada do departamento de artes da UFF, recomendo a visita.
* * *
Tá rolando logo ali, no British Museum, uma exposição sobre a história dos buttons, pins, broches e seus significados, tanto o dos broches em geral, como símbolo de identidade, quanto os dos selecionados para a exposição, de várias épocas, movimentos sociais e musicais - cada um deles conta um pedacinho da história da Inglaterra - e, graças à internet, você pode ler vários dos textos sem precisar ir lá. É só clicar ali em Compass tour e passear pela exposição.
Aliás, o tour da exposição deles sobre as múmias é bem recheado de história também - e eu, como ex-aluna aplicada do departamento de artes da UFF, recomendo a visita.
Jabá do dia
Pedro Paulley
Nunca tive paciência para ver um dia de qualquer edição de Casa dos Artistas, assim, por conta própria - embora, como não tenho mais onde me esconder do mundo na casa da minha mãe, tenha acabado por ver um ou outro capítulo onde artistas e celebridades davam provas da estupidez humana em frente às câmeras.
Continuo sem paciência para ver esta edição, embora acredite que como são artistas iniciantes, o programa tenha um clima menos de freak show e mais desses programas de descobertas de talentos - o que não necessariamente torna Casa dos Artistas um programa bom.
Aliás, nem sabia que tinha começado, e nem sabia que rolava isso de artistas iniciantes - até, é claro, um amigo mandar o link pro site, e a pergunta:
'Você conhece este cara?'
Bem, conheço. Meu amigo conhece também, acompanhamos por meses, quase diariamente, o empenho de um dos caras mais queridos daquela sala de internet em Copacabana para emplacar projetos e arrumar trabalhos em sua área de atuação, enviando currículos, composites e até fazendo a inscrição para a Casa dos Artistas.
Estou convicta: não me dobrarei a Casa dos Artistas, mas estou na torcida para o Pedro Paulley. Então peço a quem não tem mais o que fazer da vida e gosta de ver esse tipo de programa (e votar, claro) dar uma forcinha para o cara, ele merece.
* * *
Link do dia
Sherbet
Sherbet é uma produtora de animação em Londres; no site tem imagens e filminhos em quicktime com as animações dos caras - os stills das produções são fodas, e dão uma amostra das várias técnicas e designs diferentes utilizados nos filmes. Curti. Pra quem gosta de animação é obrigatório.
* * *
Dica culinária do dia
Chá de anis
Você dificilmente irá achar infusão de anis à venda em supermercados ou lojas de produtos naturais - se bater aquela vontade de tomar chá de anis, anis estrelado é bem fácil de achar (em lojas de temperos e ervas), barato (é só ir nessas lojas que vendem temperos a granel, sai muito mais em conta do que na Mundo Verde, por exemplo), e fácil de fazer, mesmo sem a praticidade do saquinho - o anis estrelado são umas flores, não precisa coar nem improvisar infusão, as flores ficam no fundo da caneca.
* * *
Jabá do dia parte II
Cocadaboa
Você já se esborrachou de rir durante a semana com as transmissões paralelas do Cocadaboa, em especial a do resgate da baleia em Niterói e a da abertura das olimpíadas (se você não acompanhou, não perca tempo, cate nos arquivos do site e rache o bico!!).
Agora você pode, como eu, ficar puto com aquelas velhinhas que andam lado a lado na rua, em ritmo de procissão, e não deixam você passar por nada neste mundo - a entidade urbana do Exu Tranca-Rua, claro.
(aproveite e leia o site de cabo a rabo, está cada vez melhor)
Pedro Paulley
Nunca tive paciência para ver um dia de qualquer edição de Casa dos Artistas, assim, por conta própria - embora, como não tenho mais onde me esconder do mundo na casa da minha mãe, tenha acabado por ver um ou outro capítulo onde artistas e celebridades davam provas da estupidez humana em frente às câmeras.
Continuo sem paciência para ver esta edição, embora acredite que como são artistas iniciantes, o programa tenha um clima menos de freak show e mais desses programas de descobertas de talentos - o que não necessariamente torna Casa dos Artistas um programa bom.
Aliás, nem sabia que tinha começado, e nem sabia que rolava isso de artistas iniciantes - até, é claro, um amigo mandar o link pro site, e a pergunta:
'Você conhece este cara?'
Bem, conheço. Meu amigo conhece também, acompanhamos por meses, quase diariamente, o empenho de um dos caras mais queridos daquela sala de internet em Copacabana para emplacar projetos e arrumar trabalhos em sua área de atuação, enviando currículos, composites e até fazendo a inscrição para a Casa dos Artistas.
Estou convicta: não me dobrarei a Casa dos Artistas, mas estou na torcida para o Pedro Paulley. Então peço a quem não tem mais o que fazer da vida e gosta de ver esse tipo de programa (e votar, claro) dar uma forcinha para o cara, ele merece.
* * *
Link do dia
Sherbet
Sherbet é uma produtora de animação em Londres; no site tem imagens e filminhos em quicktime com as animações dos caras - os stills das produções são fodas, e dão uma amostra das várias técnicas e designs diferentes utilizados nos filmes. Curti. Pra quem gosta de animação é obrigatório.
* * *
Dica culinária do dia
Chá de anis
Você dificilmente irá achar infusão de anis à venda em supermercados ou lojas de produtos naturais - se bater aquela vontade de tomar chá de anis, anis estrelado é bem fácil de achar (em lojas de temperos e ervas), barato (é só ir nessas lojas que vendem temperos a granel, sai muito mais em conta do que na Mundo Verde, por exemplo), e fácil de fazer, mesmo sem a praticidade do saquinho - o anis estrelado são umas flores, não precisa coar nem improvisar infusão, as flores ficam no fundo da caneca.
* * *
Jabá do dia parte II
Cocadaboa
Você já se esborrachou de rir durante a semana com as transmissões paralelas do Cocadaboa, em especial a do resgate da baleia em Niterói e a da abertura das olimpíadas (se você não acompanhou, não perca tempo, cate nos arquivos do site e rache o bico!!).
Agora você pode, como eu, ficar puto com aquelas velhinhas que andam lado a lado na rua, em ritmo de procissão, e não deixam você passar por nada neste mundo - a entidade urbana do Exu Tranca-Rua, claro.
(aproveite e leia o site de cabo a rabo, está cada vez melhor)
domingo, agosto 15, 2004
Há anos não visitava aquele bairro boêmio (só tinha parado ali há alguns meses para traçar um cachorro quente antes de um filme ali perto), mas dois shows e um filme me rebocaram para aquele lugar outrora familiar, mas que atualmente me soava muito esquisito.
E foi descer do ônibus, virar a esquina, esperar o sinal vermelho e os carros pararem para eu atravessar seguramente a rua.. e ver uma motoca voar em minha direção, ignorando solenemente o sinal vermelho e freando bruscamente já no meio da faixa, a uns dois metros de distância da garota que se viu voando por cima do aqueduto e estampando algumas manchetes de jornal sinistras.
Foi tudo muito rápido, a moto vinha em alta velocidade costurando pelo meio do trânsito, não lembro se continuei andando ou parei (que diferença fazia? ela teria chegado antes do meu próximo passo para a frente!), sei que o sujeito parou quase me cima de mim, murmurei um "maluco, irresponsável" enquanto continuei atravessando, e ao chegar do outro lado da rua deu uma puta vontade de chorar de nervoso. Se o tal evento valeu a pena? Bicho, o filme do Matias é bizarro - no bom sentido -, valeu a pena ter visto algumas pessoas queridas que não via há tempos, fazer uns contatos legais, ver Romero e ouvir Cramps, embora eu não tenha durado até uma e meia da manhã. Valeu a pena descobrir que estou viva, foi meio que uma segunda chance, "entendeu, né, cretina? você ainda tem algumas coisas úteis para fazer por aqui, e é só por isso que o louco da motoca parou. se você continuar procrastinando e preferindo ver o mundo debaixo das cobertas em vez de fazer algo que preste e viver uma vida de verdade, não vai ter freio que segure - o mundo já está cheio de pessoas inúteis, não precisa de mais uma".
Veremos, então, quanto tempo me resta antes que a seleção natural se encarregue de dizimar os indivíduos que não contribuem em nada para a evolução da espécie, e aí sobre pra mim.
* * *
OlimPiadas do Casseta
Minha memória (cada vez mais lixo, tanto no sentido de não guardar nada importante como no de só guardar o que não presta) me trai ou existiu mesmo uma série de figurinhas das OlimPiadas do Pateta há uns, vejamos, vinte anos atrás?
E foi descer do ônibus, virar a esquina, esperar o sinal vermelho e os carros pararem para eu atravessar seguramente a rua.. e ver uma motoca voar em minha direção, ignorando solenemente o sinal vermelho e freando bruscamente já no meio da faixa, a uns dois metros de distância da garota que se viu voando por cima do aqueduto e estampando algumas manchetes de jornal sinistras.
Foi tudo muito rápido, a moto vinha em alta velocidade costurando pelo meio do trânsito, não lembro se continuei andando ou parei (que diferença fazia? ela teria chegado antes do meu próximo passo para a frente!), sei que o sujeito parou quase me cima de mim, murmurei um "maluco, irresponsável" enquanto continuei atravessando, e ao chegar do outro lado da rua deu uma puta vontade de chorar de nervoso. Se o tal evento valeu a pena? Bicho, o filme do Matias é bizarro - no bom sentido -, valeu a pena ter visto algumas pessoas queridas que não via há tempos, fazer uns contatos legais, ver Romero e ouvir Cramps, embora eu não tenha durado até uma e meia da manhã. Valeu a pena descobrir que estou viva, foi meio que uma segunda chance, "entendeu, né, cretina? você ainda tem algumas coisas úteis para fazer por aqui, e é só por isso que o louco da motoca parou. se você continuar procrastinando e preferindo ver o mundo debaixo das cobertas em vez de fazer algo que preste e viver uma vida de verdade, não vai ter freio que segure - o mundo já está cheio de pessoas inúteis, não precisa de mais uma".
Veremos, então, quanto tempo me resta antes que a seleção natural se encarregue de dizimar os indivíduos que não contribuem em nada para a evolução da espécie, e aí sobre pra mim.
* * *
OlimPiadas do Casseta
Minha memória (cada vez mais lixo, tanto no sentido de não guardar nada importante como no de só guardar o que não presta) me trai ou existiu mesmo uma série de figurinhas das OlimPiadas do Pateta há uns, vejamos, vinte anos atrás?
sexta-feira, agosto 13, 2004
Curioso
Procurando no Google por imagens de bambus para um layout de inspiração tiki, me deparei com essa capa de cd:
O cd ensina "la forma correcta como construír una casa y un puente en guadua, además incluye un video de 5 minutos sobre la realización del puente en guadua que se encuentra en la Facultad de Ciencias Ambientales de la Universidad Tecnológica de Pereira."
A organização responsável por este e outros projetos em conjunto com a Faculdade de Ciências Ambientais da Universidade Tecnológica de Pereira, na Colômbia, é a GTZ, Cooperação Técnica Alemã (Deutsche Gesellschaft für Technische Zusammenarbeit GmbH), "empresa pública de direito privado, criada em 1974, com o objetivo de gerenciar os projetos de cooperação técnica, é responsável pela implementação da contribuição alemã, por delegação do Ministério Federal de Cooperação Econômica e Desenvolvimento (BMZ).
Estão a cargo da GTZ as seguintes contribuições:
• Envio de profissionais de longo e/ou curto prazo, conforme as necessidades do projeto;
• Treinamento de profissionais brasileiros, no Brasil ou no exterior;
• Fornecimento de equipamentos e materiais necessários para a execução do projeto;
• Em casos excepcionais, contribuições financeiras a fundo perdido para experiências piloto pra a criação de novos instrumentos financeiros."
(informação retirada do site da GTZ no Brasil, parece que eles estão presentes em vários países)
A logo oficial deles é, na verdade, em outra cor:
No entanto, a que aparece na capa do cd me lembra demais a de um canal de tv por assinatura já conhecido:
Reparem na semelhança:
Parece que até que chamaram o mesmo designer.
Vai saber..
* * *
Novo sonho de consumo inútil
Kit Shag da Hot Wheels com carrinho, caneca e pôster desenhados pelo Shag. Se tem alguém que ainda não conhece a arte do sujeito, dê uma olhada aqui urgente.
Procurando no Google por imagens de bambus para um layout de inspiração tiki, me deparei com essa capa de cd:
O cd ensina "la forma correcta como construír una casa y un puente en guadua, además incluye un video de 5 minutos sobre la realización del puente en guadua que se encuentra en la Facultad de Ciencias Ambientales de la Universidad Tecnológica de Pereira."
A organização responsável por este e outros projetos em conjunto com a Faculdade de Ciências Ambientais da Universidade Tecnológica de Pereira, na Colômbia, é a GTZ, Cooperação Técnica Alemã (Deutsche Gesellschaft für Technische Zusammenarbeit GmbH), "empresa pública de direito privado, criada em 1974, com o objetivo de gerenciar os projetos de cooperação técnica, é responsável pela implementação da contribuição alemã, por delegação do Ministério Federal de Cooperação Econômica e Desenvolvimento (BMZ).
Estão a cargo da GTZ as seguintes contribuições:
• Envio de profissionais de longo e/ou curto prazo, conforme as necessidades do projeto;
• Treinamento de profissionais brasileiros, no Brasil ou no exterior;
• Fornecimento de equipamentos e materiais necessários para a execução do projeto;
• Em casos excepcionais, contribuições financeiras a fundo perdido para experiências piloto pra a criação de novos instrumentos financeiros."
(informação retirada do site da GTZ no Brasil, parece que eles estão presentes em vários países)
A logo oficial deles é, na verdade, em outra cor:
No entanto, a que aparece na capa do cd me lembra demais a de um canal de tv por assinatura já conhecido:
Reparem na semelhança:
Parece que até que chamaram o mesmo designer.
Vai saber..
* * *
Novo sonho de consumo inútil
Kit Shag da Hot Wheels com carrinho, caneca e pôster desenhados pelo Shag. Se tem alguém que ainda não conhece a arte do sujeito, dê uma olhada aqui urgente.
quinta-feira, agosto 12, 2004
segunda-feira, agosto 09, 2004
Coincidência número 1, passei a viagem de volta toda pensando em pintar os cabelos de laranja. Em casa, no meio de mais de 5.000 mp3, o dj Winamp, em modo randômico, inicia os trabalhos com 'She Don't Use Jelly', do Flaming Lips.
* * *
"I know a girl who reminds me of Cher
She's always changing the color of her hair
She don' use nothing that you buy at a a store
She likes her hair to be real orange
She uses taaaaangerines"
* * *
Coincidência número 2, depois de meses, tomei vergonha na cara e trouxe minhas revistas para casa. Meu pai tem (tinha, é tudo meu, MEU, rá rá!) uma coleção respeitável de Animal (Feio, Forte e Formal), e depois de muito tempo, resolvi encarar de trazer o pacotaço pra casa. Chego lá na portaria exatamente na hora em que a carteira Adriana me traz o pacote de papel pardo, recheado de isopor para não quebrar o compacto de vinil que acabei de ganhar de presente. O que a Animal tem a ver com isso? O sujeito que me mandou o disquinho é um querido que colaborava com a revista (na época eu achava todo aquele papo de psychobilly e putarias anais com serra elétrica meio estranho, mas relendo depois de burra velha, pelo menos a parte de psychobilly eu já aceito numa boa).
* * *
O compacto? "Lancelot Link & The Evolution Revolution", mas ainda não estive com nenhum chimpanzé para apontar uma coincidência número 3 - no entanto, estive com alguns seres humanos - uma humana, em particular, que anda com a vida tão surreal que mais parece um filme do Altman, de tantos personagens que se cruzam por aí.
* * *
Não curto esse papo de 'não existem coincidências, é tudo obra do destino'. Principalmente porque o destino jamais se preocuparia com algo tão irrelevante quanto a cor dos meus cabelos.
* * *
Ouve essa, que foda: segundo este site, The Evolution Revolution eram ninguém menos que os músicos do The Grass Roots (mais conhecidos aqui por "Midnight Confession", musicão que já andou aparecendo em alguma trilha sonora do Tarantino), com outros vocais.
Não, nunca acreditei que eram realmente macacos tocando. Só pra constar.
* * *
Esse tal de "Noite do Oráculo", livro novo do Paul Auster, é bom demais da conta. Já já termino e falo com calma sobre ele aqui.
* * *
"I know a girl who reminds me of Cher
She's always changing the color of her hair
She don' use nothing that you buy at a a store
She likes her hair to be real orange
She uses taaaaangerines"
* * *
Coincidência número 2, depois de meses, tomei vergonha na cara e trouxe minhas revistas para casa. Meu pai tem (tinha, é tudo meu, MEU, rá rá!) uma coleção respeitável de Animal (Feio, Forte e Formal), e depois de muito tempo, resolvi encarar de trazer o pacotaço pra casa. Chego lá na portaria exatamente na hora em que a carteira Adriana me traz o pacote de papel pardo, recheado de isopor para não quebrar o compacto de vinil que acabei de ganhar de presente. O que a Animal tem a ver com isso? O sujeito que me mandou o disquinho é um querido que colaborava com a revista (na época eu achava todo aquele papo de psychobilly e putarias anais com serra elétrica meio estranho, mas relendo depois de burra velha, pelo menos a parte de psychobilly eu já aceito numa boa).
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O compacto? "Lancelot Link & The Evolution Revolution", mas ainda não estive com nenhum chimpanzé para apontar uma coincidência número 3 - no entanto, estive com alguns seres humanos - uma humana, em particular, que anda com a vida tão surreal que mais parece um filme do Altman, de tantos personagens que se cruzam por aí.
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Não curto esse papo de 'não existem coincidências, é tudo obra do destino'. Principalmente porque o destino jamais se preocuparia com algo tão irrelevante quanto a cor dos meus cabelos.
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Ouve essa, que foda: segundo este site, The Evolution Revolution eram ninguém menos que os músicos do The Grass Roots (mais conhecidos aqui por "Midnight Confession", musicão que já andou aparecendo em alguma trilha sonora do Tarantino), com outros vocais.
Não, nunca acreditei que eram realmente macacos tocando. Só pra constar.
* * *
Esse tal de "Noite do Oráculo", livro novo do Paul Auster, é bom demais da conta. Já já termino e falo com calma sobre ele aqui.
sexta-feira, agosto 06, 2004
Recebi hoje, como todo dia, o informativo do Telecine, com os filmes do dia e os destaques do mês, e um filme me chamou a atenção: "O Resgate de Jessica Lynch". O filme conta a história de uma soldado americana regatada no Iraque, e o título, óbvio, remete a "O Resgate do Soldado Ryan", inclusive o título original, "Saving Jessica Lynch", também faz menção ao filme de Steven Spielberg, de 1998.
Mas é claro que esta mente errada que vos escreve prefere lembrar de "O Resgate de Jessica", a história da menina que caiu no poço, passada e repassada um milhão de vezes pelo SBT.
Aliás, pra quem estiver curioso (duvido muito, mas enfim..), esta é Jessica hoje em dia. Diz ela que não lembra de nada do incidente. Pois seu Silvio Santos me fez lembrar muito bem..
Mas é claro que esta mente errada que vos escreve prefere lembrar de "O Resgate de Jessica", a história da menina que caiu no poço, passada e repassada um milhão de vezes pelo SBT.
Aliás, pra quem estiver curioso (duvido muito, mas enfim..), esta é Jessica hoje em dia. Diz ela que não lembra de nada do incidente. Pois seu Silvio Santos me fez lembrar muito bem..
quinta-feira, agosto 05, 2004
quarta-feira, agosto 04, 2004
Da série: "Querido Diário"
Amidalite, pra variar
O domingo tedioso terminou cedo, e a segunda-feira tinha tudo para começar tarde, mas não deu: oito horas da manhã e acordei com um bafo horrível vindo no meu nariz. Olhei em volta, apenas meus travesseiros. Veio o paladar, então, de um puta gosto de rato morto - estranho, não fumo, não bebi. Naquele estado de semi-consciência, dei aquela engolidinha em seco, já sabendo o que me esperaria: a garganta doía demais. Conheço isso, já sei o que vem por aí, corri para o espelho e vi minhas amídalas transformadas em duas grandes bolas de pus podre. Nojento, porém humano. Passaram-se poucas horas entre a enrolação em casa e a visita ao otorrino, que ficou impressionado com o fato da inflamação estar em estágio avançado e não ter dado nem uma dorzinha de garganta de aviso - poucas horas, sim, mas suficientes para dar vômitos, dor no corpo, dor de cabeça, febre e todas aquelas mazelas que fazem a gente quase querer voltar para a casa dos pais, ou, pior, querer casar para ter quem cuide.
Doutor olha meu histórico, uma otite agudíssima em outubro passado e algumas amidalites antes disso, examina, fala em edema, em estado grave, estresse, má alimentação e baixa imunidade, e faz aquela enquete ("tem alergia a medicamento? tem problema com injeção?") ao que prontamente respondo, "ah, doutor, quem tem quatro tatuagens não tem o direito de ter problema com injeção", "ótimo, porque vou te passar uma injeção de antiinflamatório".
Amarelei, implorei pela via oral e assim será por quatro dias, combinado com uma semana de antibiótico. Ganhei também um atestado médico com a recomendação de não fazer esforço e não trabalhar. Ah, segunda-feira!!
* * *
Isso me faz lembrar daquele livro, "Diário de um adolescente hipocondríaco". Disfarça que, durante muito tempo, mesmo eu já tendo passado da adolescência, foi meu livro de cabeceira.
* * *
Minha primeira amidalite grave foi aos oito anos. Lembro-me muito bem, gordinha, de casaquinho de náilon branco, tomando um remédio muito ruim com gosto de côco. Nunca me recomendaram tirar as amídalas, mas naquela época o otorrino quase me operou as adenóides. "Vai sumir quando ela crescer, pode deixar". Sumiu nada, e por causa desta praga, até hoje respiro pela boca, o que faz com que tudo passe pela garganta, ferrando as amídalas e causando esse estrago - como o de segunda-feira, que, claro, ainda não passou 100% - tou com uns gânglios inchados até agora, altas urucubacas.
* * *
Depois do cochilo reparador, que me fez acordar não muito disposta, mas bem mais do que pela manhã, descobri que passaria "As Virgens Suicidas" no AXN. Como que por milagre, foi um dos raros filmes que consegui sentar para ver em casa e não dormir até o final - não que o filme seja isso tudo de bom, a capacidade extraordinária foi minha mesmo. Mas até que "As Virgens Suicidas" também não é ruim - só achei meio novela das oito, saca? Desde o começo você sabe que todas as irmãs Lisbon se matam, então quando chega no último bloco e você percebe que só uma cometeu suicídio até agora, você lembra daquela novela que todo mundo se casa no último capítulo, quando o assassino é descoberto e ainda rola aquela homenagem do diretor; e o AXN não faz por menos, mostrando justamente a cena em que os meninos descobrem os suicídios, como teaser nos intervalos. Sem falar na previsibilidade do título, que parece aquelas traduções portuguesas tipo "O culpado era a mãe" para o filme "Psycho", aqui traduzido como "Psicose", tradução que entrega bem menos - mas como o título original de "As Virgens Suicidas" é "The Virgin Suicides", você fica pensando que toda a criatividade que faltou em Sofia Coppola para criar um título decente sobrou nos tradutores brasileiros para seu segundo filme, "Lost in Translation", aqui perdido na tradução para "Encontros e Desencontros" - filmaço, aliás, que vi há algum tempo, chorei baldes e acho que cheguei a mencionar aqui por causa de "Just Like Honey", clássico do The Jesus & Mary Chain que, no filme, é a torcidinha da faca (aprendi essa com ele).
Mas "As Virgens Suicidas" não é ruim não, só não é isso tudo, merecedor de prêmios e o cacete. Valeu mesmo pra ouvir "Come Sail Away", cantarolar junto numas de "eu conheço isso mas não lembro de onde", reconhecer que na verdade eu conhecia com o Eric Cartman cantando no Chef Aid, e descobrir que a música é do Styx, grupo que eu só conhecia por "Mr. Roboto", uma espécie de freak show em forma de música. Valeu também pra não reconhecer a Kathleen Turner, embarangadíssima como mamãe Lisbon, e pela fotografia, muito foda.
* * *
Por falar em "Psycho", no site do Saul Bass (graaaaaande designer!) tem um lancezinho foda: edite sua própria cena do chuveiro. Diversão garantida para seus momentos de tédio.
Amidalite, pra variar
O domingo tedioso terminou cedo, e a segunda-feira tinha tudo para começar tarde, mas não deu: oito horas da manhã e acordei com um bafo horrível vindo no meu nariz. Olhei em volta, apenas meus travesseiros. Veio o paladar, então, de um puta gosto de rato morto - estranho, não fumo, não bebi. Naquele estado de semi-consciência, dei aquela engolidinha em seco, já sabendo o que me esperaria: a garganta doía demais. Conheço isso, já sei o que vem por aí, corri para o espelho e vi minhas amídalas transformadas em duas grandes bolas de pus podre. Nojento, porém humano. Passaram-se poucas horas entre a enrolação em casa e a visita ao otorrino, que ficou impressionado com o fato da inflamação estar em estágio avançado e não ter dado nem uma dorzinha de garganta de aviso - poucas horas, sim, mas suficientes para dar vômitos, dor no corpo, dor de cabeça, febre e todas aquelas mazelas que fazem a gente quase querer voltar para a casa dos pais, ou, pior, querer casar para ter quem cuide.
Doutor olha meu histórico, uma otite agudíssima em outubro passado e algumas amidalites antes disso, examina, fala em edema, em estado grave, estresse, má alimentação e baixa imunidade, e faz aquela enquete ("tem alergia a medicamento? tem problema com injeção?") ao que prontamente respondo, "ah, doutor, quem tem quatro tatuagens não tem o direito de ter problema com injeção", "ótimo, porque vou te passar uma injeção de antiinflamatório".
Amarelei, implorei pela via oral e assim será por quatro dias, combinado com uma semana de antibiótico. Ganhei também um atestado médico com a recomendação de não fazer esforço e não trabalhar. Ah, segunda-feira!!
* * *
Isso me faz lembrar daquele livro, "Diário de um adolescente hipocondríaco". Disfarça que, durante muito tempo, mesmo eu já tendo passado da adolescência, foi meu livro de cabeceira.
* * *
Minha primeira amidalite grave foi aos oito anos. Lembro-me muito bem, gordinha, de casaquinho de náilon branco, tomando um remédio muito ruim com gosto de côco. Nunca me recomendaram tirar as amídalas, mas naquela época o otorrino quase me operou as adenóides. "Vai sumir quando ela crescer, pode deixar". Sumiu nada, e por causa desta praga, até hoje respiro pela boca, o que faz com que tudo passe pela garganta, ferrando as amídalas e causando esse estrago - como o de segunda-feira, que, claro, ainda não passou 100% - tou com uns gânglios inchados até agora, altas urucubacas.
* * *
Depois do cochilo reparador, que me fez acordar não muito disposta, mas bem mais do que pela manhã, descobri que passaria "As Virgens Suicidas" no AXN. Como que por milagre, foi um dos raros filmes que consegui sentar para ver em casa e não dormir até o final - não que o filme seja isso tudo de bom, a capacidade extraordinária foi minha mesmo. Mas até que "As Virgens Suicidas" também não é ruim - só achei meio novela das oito, saca? Desde o começo você sabe que todas as irmãs Lisbon se matam, então quando chega no último bloco e você percebe que só uma cometeu suicídio até agora, você lembra daquela novela que todo mundo se casa no último capítulo, quando o assassino é descoberto e ainda rola aquela homenagem do diretor; e o AXN não faz por menos, mostrando justamente a cena em que os meninos descobrem os suicídios, como teaser nos intervalos. Sem falar na previsibilidade do título, que parece aquelas traduções portuguesas tipo "O culpado era a mãe" para o filme "Psycho", aqui traduzido como "Psicose", tradução que entrega bem menos - mas como o título original de "As Virgens Suicidas" é "The Virgin Suicides", você fica pensando que toda a criatividade que faltou em Sofia Coppola para criar um título decente sobrou nos tradutores brasileiros para seu segundo filme, "Lost in Translation", aqui perdido na tradução para "Encontros e Desencontros" - filmaço, aliás, que vi há algum tempo, chorei baldes e acho que cheguei a mencionar aqui por causa de "Just Like Honey", clássico do The Jesus & Mary Chain que, no filme, é a torcidinha da faca (aprendi essa com ele).
Mas "As Virgens Suicidas" não é ruim não, só não é isso tudo, merecedor de prêmios e o cacete. Valeu mesmo pra ouvir "Come Sail Away", cantarolar junto numas de "eu conheço isso mas não lembro de onde", reconhecer que na verdade eu conhecia com o Eric Cartman cantando no Chef Aid, e descobrir que a música é do Styx, grupo que eu só conhecia por "Mr. Roboto", uma espécie de freak show em forma de música. Valeu também pra não reconhecer a Kathleen Turner, embarangadíssima como mamãe Lisbon, e pela fotografia, muito foda.
* * *
Por falar em "Psycho", no site do Saul Bass (graaaaaande designer!) tem um lancezinho foda: edite sua própria cena do chuveiro. Diversão garantida para seus momentos de tédio.
segunda-feira, agosto 02, 2004
Sábado à noite
Programa mais surreal da tv a cabo atualmente: BANZAI!!!
No desse sábado, eles chamaram o Shaun Ryder de novo, desta vez para pesar o sujeito em latinhas de Coca-Cola, sentado numa gangorra. Pois o homem do Happy Mondays pesa exatamente 157 latinhas! Mr. Handshake apertou a mão de um moleque durante apenas 8 segundos, e se redimiu passando quase dois minutos apertando a mão de um dos integrantes do Boyzone! E o artilheiro sem uma perna batendo pênalti pro goleiro sem braço? E o cara que comeu 9 gurjões de peixe em um minuto? Cara, esse programa é foda, mas o Shaun Ryder todo sério se sujeitando a essas situações ridículas é o melhor.
* * *
A bola 8 é não apenas a bola de maior valor num jogo de bilhar, como um desses ícones cotadíssimos por amantes da temática rockabilly/psycho - com flames, com pin-ups sentadas em cima, com dadinhos, em forma de câmbio de carro, a bola 8 é puro glamour. Mas o mais legal é que a dita cuja também é um oráculo poderosíssimo (a-ham! cof cof!), agora também em versão online.
Programa mais surreal da tv a cabo atualmente: BANZAI!!!
No desse sábado, eles chamaram o Shaun Ryder de novo, desta vez para pesar o sujeito em latinhas de Coca-Cola, sentado numa gangorra. Pois o homem do Happy Mondays pesa exatamente 157 latinhas! Mr. Handshake apertou a mão de um moleque durante apenas 8 segundos, e se redimiu passando quase dois minutos apertando a mão de um dos integrantes do Boyzone! E o artilheiro sem uma perna batendo pênalti pro goleiro sem braço? E o cara que comeu 9 gurjões de peixe em um minuto? Cara, esse programa é foda, mas o Shaun Ryder todo sério se sujeitando a essas situações ridículas é o melhor.
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A bola 8 é não apenas a bola de maior valor num jogo de bilhar, como um desses ícones cotadíssimos por amantes da temática rockabilly/psycho - com flames, com pin-ups sentadas em cima, com dadinhos, em forma de câmbio de carro, a bola 8 é puro glamour. Mas o mais legal é que a dita cuja também é um oráculo poderosíssimo (a-ham! cof cof!), agora também em versão online.
sexta-feira, julho 30, 2004
Esfera misteriosa com apito cai do céu - ufólogos ficam em polvorosa
Está no Globo Online, talvez tenha que se cadastrar para ler (aqui abriu direto, podem ser os cookies), mas não paga nada nem recebe spam, vai na fé.
Está no Globo Online, talvez tenha que se cadastrar para ler (aqui abriu direto, podem ser os cookies), mas não paga nada nem recebe spam, vai na fé.
quinta-feira, julho 29, 2004
Proteção online
Quer pedir algo para a Pomba-Gira Cigana e não tem vela em casa? Tem medo de brincar com fogo? Este altar virtual foi feito para você! (cortesia do Daniel)
* * *
Devolution is real
E eu invejo muito a coleção de buttons desse sujeito.
Quer pedir algo para a Pomba-Gira Cigana e não tem vela em casa? Tem medo de brincar com fogo? Este altar virtual foi feito para você! (cortesia do Daniel)
* * *
Devolution is real
E eu invejo muito a coleção de buttons desse sujeito.
sexta-feira, julho 23, 2004
O Velvet Underground é uma banda estranha. Uma banda punk muito antes de se ouvir falar em punk, tanto nos temas (coisas undergrounds até para os loucos anos 60, como sadomasoquismo e drogas pesadas não exatamente lisérgicas, que as pessoas praticavam/usavam mas não cantavam como se fosse a coisa mais comum do mundo) como na estrutura 'DOIS' acordes e total falta de técnica dos integrantes na época, o que provava que qualquer um podia fazer rock - cabe a Brian Eno a máxima de que todo mundo que comprou o primeiro disco do Velvet acabou montando sua própria banda - e, de fato, muitas das coisas que você gosta, incluindo David Bowie, foram influenciadas pelos novaiorquinos - ah, sim, Sterling Morrison era texano. Whatever.
Muito longe de ser uma dessas bandas que tocam sempre o mesmo tipo de música, num mesmo disco do Velvet Underground você encontra de rocks vigorosos a sons que dão vontade de cortar os pulsos, passando por faixas esquisitonas - todas consideradas geniais por muita gente de respeito por aí, afinal, Velvet Underground era o ego gigante de Lou Reed, amparado por John Cale/ Doug Yule, Sterling Morrison e Maureen Tucker e, em apenas um porém significativo disco, a classe alemã e a voz grave da modelosa Nico - que, dizem, foi pivô de algumas brigas na banda. Afinal, ela foi
colocada lá não por seu talento como cantora (inexistente, apesar da voz bonita), mas por ser a bonitona querida do momento do padrinho Andy Warhol.
E, com uma história um tanto conturbada, ninguém nunca presta atenção na última faixa do disco 'The Velvet Underground', de 1968. "After Hours" (1MB) leva a voz doce da baterista fofa Moe Tucker por cima de uma guitarrinha e um baixo pureza. Essa é a música do dia, algo completamente diferente de tudo o que se convencionou chamar de 'Velvet Underground', em loop no aparelho de som (e grudada na cabeça daquele jeitinho que só sai se entrar outra tão catchy quanto).
After Hours
(Reed)
(one, two, three)
If you close the door the night could last forever
Leave the sunshine out and say hello to never
All the people are dancing and they're having such fun
I wish it could happen to me
But if you close the door I'd never have to see the day again
If you close the door the night could last forever
Leave the wine-glass out and drink a toast to never
Oh, someday I know someone will look into my eyes
And say hello... you're my very special one
But if you close the door I'd never have to see the day again
Dark party bars, shiny Cadillac cars and the people on subways and trains
Looking gray in the rain, as they stand disarrayed oh, but people look well in the dark
And if you close the door the night could last forever
Leave the sunshine out and say hello to never
All the people are dancing and they're having such fun
I wish it could happen to me
Cause if you close the door I'd never have to see the day again
I'd never have to see the day again, once more
I'd never have to see the day again
Muito longe de ser uma dessas bandas que tocam sempre o mesmo tipo de música, num mesmo disco do Velvet Underground você encontra de rocks vigorosos a sons que dão vontade de cortar os pulsos, passando por faixas esquisitonas - todas consideradas geniais por muita gente de respeito por aí, afinal, Velvet Underground era o ego gigante de Lou Reed, amparado por John Cale/ Doug Yule, Sterling Morrison e Maureen Tucker e, em apenas um porém significativo disco, a classe alemã e a voz grave da modelosa Nico - que, dizem, foi pivô de algumas brigas na banda. Afinal, ela foi
colocada lá não por seu talento como cantora (inexistente, apesar da voz bonita), mas por ser a bonitona querida do momento do padrinho Andy Warhol.
E, com uma história um tanto conturbada, ninguém nunca presta atenção na última faixa do disco 'The Velvet Underground', de 1968. "After Hours" (1MB) leva a voz doce da baterista fofa Moe Tucker por cima de uma guitarrinha e um baixo pureza. Essa é a música do dia, algo completamente diferente de tudo o que se convencionou chamar de 'Velvet Underground', em loop no aparelho de som (e grudada na cabeça daquele jeitinho que só sai se entrar outra tão catchy quanto).
After Hours
(Reed)
(one, two, three)
If you close the door the night could last forever
Leave the sunshine out and say hello to never
All the people are dancing and they're having such fun
I wish it could happen to me
But if you close the door I'd never have to see the day again
If you close the door the night could last forever
Leave the wine-glass out and drink a toast to never
Oh, someday I know someone will look into my eyes
And say hello... you're my very special one
But if you close the door I'd never have to see the day again
Dark party bars, shiny Cadillac cars and the people on subways and trains
Looking gray in the rain, as they stand disarrayed oh, but people look well in the dark
And if you close the door the night could last forever
Leave the sunshine out and say hello to never
All the people are dancing and they're having such fun
I wish it could happen to me
Cause if you close the door I'd never have to see the day again
I'd never have to see the day again, once more
I'd never have to see the day again
terça-feira, julho 20, 2004
Spam do dia
Saudações,
Não importa qual o seu problema, Mãe Preta resolve.
www.maepreta.com
Muito Axé
Mãe Preta Iyalorixá
contato@maepreta.com
* * *
É um spam que vale por todos - afinal, se Mãe Preta resolve tudo, ela aumenta seu pênis, faz você perder 10 libras em uma semana, coloca seu site em todos os mecanismos de busca e muito mais..
Saudações,
Não importa qual o seu problema, Mãe Preta resolve.
www.maepreta.com
Muito Axé
Mãe Preta Iyalorixá
contato@maepreta.com
* * *
É um spam que vale por todos - afinal, se Mãe Preta resolve tudo, ela aumenta seu pênis, faz você perder 10 libras em uma semana, coloca seu site em todos os mecanismos de busca e muito mais..
domingo, julho 18, 2004
Conversão
Graças à CEG (a companhia de gás do estado, para quem não conhece), que não apenas interrompeu o fornecimento de gás do meu prédio há uns bons dois meses, como também fez caquinha na hora de consertar, aumentando o vazamento, hoje sou uma pessoa mais completa e menos fresca, apta a viver em acampamentos, comunidades hippies e até - vejam vocês - abrigos antinucleares!
Obrigada, CEG, por me dar a oportunidade maravilhosa de aproveitar os benefícios da água fria, que tonifica a pele, melhora a circulação e ainda fecha as escamas dos cabelos, deixando-os mais brilhosos! Para não falar do choque térmico causado quando saímos do banho quente para o ambiente frio - graças a vocês, da CEG, estou livre deste mal!
(Lia verte uma lágrima de emoção)
Muito obrigada, CEG, por tornar meus dias de inverno mais saudáveis!
* * *
O set de filmagem assassino
Das 220 pessoas presentes no set de filmagem de 'The Conqueror', em 1955, 91 desenvolveram câncer e 46 morreram em decorrência - incluindo aí John Wayne, Susan Hayward, Agnes Moorehead e o diretor Dick Powell.
O número é assombrosamente alto para não haver alguma relação com o fato de Nevada (logo ali) ter sido, dois anos antes, local de testes atômicos - e sim, a equipe sabia da existência de radiação no local, mas provavelmente não imaginava os possíveis efeitos. Metade dos residentes do local desenvolveu algum tipo câncer trinta anos depois.
Não, não descobri isso sozinha (claro!). A história está toda aqui.
* * *
Duvidar de tudo. Sempre.
"A objetividade na informação da televisão é um mito falacioso. É impossível. Não existe uma janela aberta para o mundo. Não há transparência. Não pode haver. Toda informação é discurso, opinião. Por mais objetiva que possa parecer, ela envolve ideologia e produz ideologia." -- In: Joan Ferrés, "Televisão e Educação".
Graças à CEG (a companhia de gás do estado, para quem não conhece), que não apenas interrompeu o fornecimento de gás do meu prédio há uns bons dois meses, como também fez caquinha na hora de consertar, aumentando o vazamento, hoje sou uma pessoa mais completa e menos fresca, apta a viver em acampamentos, comunidades hippies e até - vejam vocês - abrigos antinucleares!
Obrigada, CEG, por me dar a oportunidade maravilhosa de aproveitar os benefícios da água fria, que tonifica a pele, melhora a circulação e ainda fecha as escamas dos cabelos, deixando-os mais brilhosos! Para não falar do choque térmico causado quando saímos do banho quente para o ambiente frio - graças a vocês, da CEG, estou livre deste mal!
(Lia verte uma lágrima de emoção)
Muito obrigada, CEG, por tornar meus dias de inverno mais saudáveis!
* * *
O set de filmagem assassino
Das 220 pessoas presentes no set de filmagem de 'The Conqueror', em 1955, 91 desenvolveram câncer e 46 morreram em decorrência - incluindo aí John Wayne, Susan Hayward, Agnes Moorehead e o diretor Dick Powell.
O número é assombrosamente alto para não haver alguma relação com o fato de Nevada (logo ali) ter sido, dois anos antes, local de testes atômicos - e sim, a equipe sabia da existência de radiação no local, mas provavelmente não imaginava os possíveis efeitos. Metade dos residentes do local desenvolveu algum tipo câncer trinta anos depois.
Não, não descobri isso sozinha (claro!). A história está toda aqui.
* * *
Duvidar de tudo. Sempre.
"A objetividade na informação da televisão é um mito falacioso. É impossível. Não existe uma janela aberta para o mundo. Não há transparência. Não pode haver. Toda informação é discurso, opinião. Por mais objetiva que possa parecer, ela envolve ideologia e produz ideologia." -- In: Joan Ferrés, "Televisão e Educação".
quinta-feira, julho 15, 2004
Pra não dizer que não tenho nada interessante a dizer hoje, se você trabalha com marketing ou publicidade, ou apenas se interessa pelo assunto, esbarrei com um textinho supimpa no Bluebus.com.br e resolvi colocar o link aqui.
Falta de Assunto?
Libertem as lagostas!!
* * *
Ah, vocês querem ler algo relevante? Leiam a resenha do Manhães sobre os primeiros dias do Anima Mundi, está excelente. Aliás, leiam o blog do cara de cabo a rabo - sabe aquelas pessoas que só escrevem quando têm algo a dizer, e em geral é algo que vale a pena ser dito? Pois.
Depois, quando tiverem feito o dever de casa, cliquem no link do AnimaMundi aí em cima e vejam os links do site, que fodas - produtoras, sites sobre animação, uma beleza.
* * *
É.. não ando mesmo muito falante esses dias.
Libertem as lagostas!!
* * *
Ah, vocês querem ler algo relevante? Leiam a resenha do Manhães sobre os primeiros dias do Anima Mundi, está excelente. Aliás, leiam o blog do cara de cabo a rabo - sabe aquelas pessoas que só escrevem quando têm algo a dizer, e em geral é algo que vale a pena ser dito? Pois.
Depois, quando tiverem feito o dever de casa, cliquem no link do AnimaMundi aí em cima e vejam os links do site, que fodas - produtoras, sites sobre animação, uma beleza.
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É.. não ando mesmo muito falante esses dias.
sábado, julho 10, 2004
Pedacinho da trilha sonora do dia:
- "Storm the Embassy" - Stray Cats
- "Uncertain Smile" - Poésie Noire
- "Be my head" - Flaming Lips
- "Could you be the one" - Husker Dü
- "Teenage Kicks" - The Undertones
- "See no evil" - Television
- "The Crusher" - The Cramps
- "Who the hell is mrs. Valdez" - Deadbolt
- "Wreckin' Crew" - The Meteors
Todas fáceis de achar no Soulseek.
- "Storm the Embassy" - Stray Cats
- "Uncertain Smile" - Poésie Noire
- "Be my head" - Flaming Lips
- "Could you be the one" - Husker Dü
- "Teenage Kicks" - The Undertones
- "See no evil" - Television
- "The Crusher" - The Cramps
- "Who the hell is mrs. Valdez" - Deadbolt
- "Wreckin' Crew" - The Meteors
Todas fáceis de achar no Soulseek.
sexta-feira, julho 09, 2004
Mais metrossexuais famosos antes da expressão virar moda
Aliás, o Príncipe Adam precisava de um crossover "He-Man vs. Patrulha da Moda", não? Esse chanelzinho com franja, a sunguinha roxa fazendo um ton-sûr-ton com a legging lilás e o coletinho rosa choque, no melho estilo casa-da-Barbie.. Rei Randor e Rainha Lenora, na posição de 'o casal mais elegante de Etérnia', deveriam ter explicado para o filhote como não exagerar!
* * *
"Chove pra caramba aqui no Rio
Penso no Sul.. aquele frio!" -- "Bebendo Vinho", Wander Wildner
Falando sério agora, eu sei que o inverno nesta cidade nunca foi muito radical mesmo, mas depois de encarar uns dias quentes pra burro seguidos dessas chuvas de verão nesta madrugada e agora à tarde, só posso deduzir, otimistamente, que finalmente o efeito estufa e essas inversões climáticas no mundo inteiro levaram o planeta Terra para o beleléu e que falta pouco para isso aqui explodir.
Aliás, o Príncipe Adam precisava de um crossover "He-Man vs. Patrulha da Moda", não? Esse chanelzinho com franja, a sunguinha roxa fazendo um ton-sûr-ton com a legging lilás e o coletinho rosa choque, no melho estilo casa-da-Barbie.. Rei Randor e Rainha Lenora, na posição de 'o casal mais elegante de Etérnia', deveriam ter explicado para o filhote como não exagerar!
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"Chove pra caramba aqui no Rio
Penso no Sul.. aquele frio!" -- "Bebendo Vinho", Wander Wildner
Falando sério agora, eu sei que o inverno nesta cidade nunca foi muito radical mesmo, mas depois de encarar uns dias quentes pra burro seguidos dessas chuvas de verão nesta madrugada e agora à tarde, só posso deduzir, otimistamente, que finalmente o efeito estufa e essas inversões climáticas no mundo inteiro levaram o planeta Terra para o beleléu e que falta pouco para isso aqui explodir.
quinta-feira, julho 08, 2004
"Spamalot", o musical da Broadway baseado em "Monty Python & The Holy Grail", já tem elenco!
O bravo Sir Robin será interpretado por David Hyde Pierce, de "Frasier", Arthur (Rei dos Bretões) será Tim "Sweet Transvestite" Curry e sir Lancelot será interpretado por Hank Azaria, cuja voz é mais conhecida do que seu rosto - Azaria faz a voz do Moe e de vários personagens secundários (Apu, Comic Book Guy e outros) em "Os Simpsons".
O musical será dirigido por Mike Nichols, conhecido por ter dirigido o filme "A Primeira Noite de Um Homem" e, depois desse, só ter feito filmes-segunda-linha.
(a notícia é da Reuters, creio ser confiável)
* * *
Nunca bate, só apanha
Já o filme do Homearanha tem lá seus momentos de pieguice, exagera nas piadinhas, mas ver Sam Raimi voltando às origens e transformando todas as moças do filme em scream queens (a quantidade de gritos saídos de filmes de horror - daqueles que não metem medo, claro - é impressionante!) não tem preço. Homearanha acaba perdido na confusão de gêneros - engraçado demais para um filme de super-herói da Marvel, filme-catástrofe demais para ser uma comédia - mas diverte que é uma beleza. Curti.
O bravo Sir Robin será interpretado por David Hyde Pierce, de "Frasier", Arthur (Rei dos Bretões) será Tim "Sweet Transvestite" Curry e sir Lancelot será interpretado por Hank Azaria, cuja voz é mais conhecida do que seu rosto - Azaria faz a voz do Moe e de vários personagens secundários (Apu, Comic Book Guy e outros) em "Os Simpsons".
O musical será dirigido por Mike Nichols, conhecido por ter dirigido o filme "A Primeira Noite de Um Homem" e, depois desse, só ter feito filmes-segunda-linha.
(a notícia é da Reuters, creio ser confiável)
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Nunca bate, só apanha
Já o filme do Homearanha tem lá seus momentos de pieguice, exagera nas piadinhas, mas ver Sam Raimi voltando às origens e transformando todas as moças do filme em scream queens (a quantidade de gritos saídos de filmes de horror - daqueles que não metem medo, claro - é impressionante!) não tem preço. Homearanha acaba perdido na confusão de gêneros - engraçado demais para um filme de super-herói da Marvel, filme-catástrofe demais para ser uma comédia - mas diverte que é uma beleza. Curti.
terça-feira, julho 06, 2004
sexta-feira, julho 02, 2004
Grande perda (se bem que ele já estava mesmo mais pra lá do que pra cá, não?)
* * *
Já o cara do LS Jack, só não digo que CAGUEI porque eu tou é fazendo figa pra ir logo e livrar o mundo de mais uma praga.
quinta-feira, julho 01, 2004
Disclaimer sem noção
Procurando letras de música do Cramps neste site, me deparei com uma frase padrão para todas as letras, mas que neste caso soa meio estranho:
NOTE: Cramps Let's Get Fucked Up lyrics displayed are property and copyright of their owners. Cramps Let's Get Fucked Up song words provided for educational purposes only.
* * *
"Educational purposes". Então tá :p
Procurando letras de música do Cramps neste site, me deparei com uma frase padrão para todas as letras, mas que neste caso soa meio estranho:
NOTE: Cramps Let's Get Fucked Up lyrics displayed are property and copyright of their owners. Cramps Let's Get Fucked Up song words provided for educational purposes only.
* * *
"Educational purposes". Então tá :p
quarta-feira, junho 30, 2004
Parabéns, caminhoneiro!
Hoje, dia 30 de junho, é o Dia do Caminhoneiro.
Quem lembra esta data tão especial é o site Cowboys do Asfalto, o site para quem tem "diesel nas veias, cavalo na cabeça e deus no coração".
Hoje, dia 30 de junho, é o Dia do Caminhoneiro.
Quem lembra esta data tão especial é o site Cowboys do Asfalto, o site para quem tem "diesel nas veias, cavalo na cabeça e deus no coração".
segunda-feira, junho 28, 2004
A nova modinha da internet
Num curto espaço de tempo, recebi este link numa lista de discussão sobre tudo, num fórum sobre um gênero musical bem específico e de várias pessoas no icq. É um joguinho que consiste em levar o bêbado andando pra casa. Demorei pra entender que você tem que equilibrar o sujeito pela mão livre (a mão sem a garrafa), usando o mouse para cima, para baixo e para os lados - o joguinho é quase viciante - eu disse QUASE: tivesse eu viciado nisso, meu recorde seria algo além dos pífios 50 metros.
E aí, encara? :)
Num curto espaço de tempo, recebi este link numa lista de discussão sobre tudo, num fórum sobre um gênero musical bem específico e de várias pessoas no icq. É um joguinho que consiste em levar o bêbado andando pra casa. Demorei pra entender que você tem que equilibrar o sujeito pela mão livre (a mão sem a garrafa), usando o mouse para cima, para baixo e para os lados - o joguinho é quase viciante - eu disse QUASE: tivesse eu viciado nisso, meu recorde seria algo além dos pífios 50 metros.
E aí, encara? :)
sexta-feira, junho 25, 2004
Taí, agora que 'Celebridade' acabou, vou sentir saudades de uma das minhas diversões mais divertidas (1- Tá, eu sei a merda que eu falei, 'diversões divertidas'; 2- Se essa é das mais divertidas, apenas imaginem as medianas, ho ho..): pois então, há tanto tempo atrás que nem me lembro quando foi, fui numa espécie de circo, Holiday On Ice ou coisa que o valha em um estádio coberto, acho. Nossa, a lembrança é mesmo muito remota. A única coisa clara na minha memória era um show onde uma espécie de dj controlava luzes e fontes de água sincronizadas com a música, como num balé de águas coloridas.. peraí, eu vi isso ao vivo mesmo ou vi na televisão? Que seja. O fato é que toda noite, aqui no meu bairro de prédios colados uns nos outros, acontece um espetáculo curiosíssimo: enquanto rola a música de abertura de 'Celebridade', várias janelas coloridas piscam sincronizadamente - mais especificamente as janelas do prédio da Elke Maravilha, de frente para o meu quarto - e como a acústica por aqui é boa, consigo ouvir a música com uma qualidade razoável, como num rádio AM, o que não é de todo ruim. Então, embora não tenha visto um capítulo inteiro sequer dessa novela, o balé das janelas do prédio da Elke toda noite vai deixar uma certa saudade sim.
* * *
Moço, pare o mundo aí que eu vou descer no próximo ponto!
Acredite: a série de filmes 'Evil Dead' foi transformada em um musical. E no fundo, no fundo, eu queria ser o doente que adaptou isso para os palcos.
* * *
Moço, pare o mundo aí que eu vou descer no próximo ponto!
Acredite: a série de filmes 'Evil Dead' foi transformada em um musical. E no fundo, no fundo, eu queria ser o doente que adaptou isso para os palcos.
O PBS Kids é um portal infantil com atividades educativas para crianças, teletubbies, barney (o dinossauro roxo) e muitas outras criaturinhas fofas criadas com a falsa pretensão de educar a petizada, mas que na verdade só ajudam a transformar crianças em retardados mentais. No entanto, uma boa pesquisa em suas páginas internas ajudará a encontrar atividades interessantes para que professores possam, por exemplo, ensinar as crianças que o mundo não começou quando elas nasceram, e incentivar a pesquisa da história da sociedade em que vivem, olha que beleza! Eu já conhecia esse portal de uma época em que trabalhei num site infantil, mas não conhecia essa seção que o Daniel me passou ontem, e minhas esperanças na humanidade até cresceram:
DON'T BUY IT
Não é um site anti-consumismo, até porque vivemos numa época onde é impossível não consumir nada - e, sinceramente, voltar à economia de subsistência seria dar um passo para trás. Mas com testes, brincadeiras e uma interface bem agradável para o público-alvo do site (crianças e pré-adolescentes), o site ensina a não cair em armadilhas de propaganda, ajudando a formar um consumidor consciente justamente na idade em que este tipo de consciência se torna importante, já que faz parte da vida da maioria dos pré-adolescentes classe média/alta com acesso à internet aquela auto-afirmação que só pode ser conseguida com a aceitação em grupo pelo que você tem ou usa, e não pelo que você é ou pensa (até porque, em geral, a maioria nessa idade pensa bem parecido).
[auto-ironia mode on] Aí depois nego cresce e vai ler Naomi Klein, virar fã e entrar em crise porque contribuiu demais para o trabalho semi-escravo mundo afora [auto-ironia mode off].
* * *
Ontem eu saí do trabalho como de costume, passei pela Nossa Senhora de Copacabana como de costume e parei na padaria de sempre para o almoço às seis da tarde, o que não é lá muito comum, como não era comum a aglomeração na frente da tevê ligada no jogo. Umas vinte pessoas paradas assistindo umas pessoas correndo atrás de uma bola, e rolou um gol e todo mundo parado olhando, como se não fosse com eles.
Como assim um gol não produziu emoção alguma naqueles aficcionados por futebol?
Terminei meu lanche e continuei andando pela Nossa Senhora de Copacabana, onde encontrei mais uma aglomeração vendo o tal jogo, dessa vez numa banca de jornal. Nesse grupo havia um conhecido, um chileno caído de pára-quedas no Rio de Janeiro (cacete!! o cara não morre tão cedo!! acabou de aparecer aqui) que me explicou que aquele era um jogo da Eurocopa.
- Nossa, mas tá todo mundo vendo, é final?
- Ainda não.
- É algum time que vai jogar com o Brasil?
- Errr, não, é Eurocopa.
- Ah, é, foi mal. (ô, gente, não entendo MESMO de futebol). Pô, bom jogo aí, cara! - e segui meu caminho, pensando.
Não era uma final. Não era de nenhum time que jogaria com o Brasil. Ninguém estava torcendo para nenhum dos dois times. Era MESMO um jogo tão interessante assim pra Copacabana inteira acompanhar e eu é que sou uma alien que não dá a mínima pra futebol? Dois tempos de 45 minutos sem receber nem produzir nenhuma informação, e nem pra se emocionar com seu time do coração jogando, eu sei que é comum, mas é normal? Será que nego estava apenas fazendo o aquecimento do tubo de imagem para se preparar para o grande evento televisivo da semana (último capítulo de Celebridade, HOJE, que eu não vou ver porque já não vi nenhum capítulo mesmo, mas que já sei que metade do país vai parar, minha mãe não vai atender o telefone, todo mundo quer saber quem matou Lineu e daqui a uma semana o assunto só será comentado na coluna do Artur Xexéo porque todo mundo já vai ter esquecido)?
Bah. Quero minhas cobertas de volta.
* * *
[update] Ah tá. Entendi. Felipão. Ok. Não está mais aqui quem falou. Mas isso justifica toda essa comoção brasileira em torno da Eurocopa? Pra mim não justificava nem nos jogos daqui..
* * *
Deu na Folha: "Saudade é 7a palavra mais difícil de traduzir". Confira no artigo as outras seis.
DON'T BUY IT
Não é um site anti-consumismo, até porque vivemos numa época onde é impossível não consumir nada - e, sinceramente, voltar à economia de subsistência seria dar um passo para trás. Mas com testes, brincadeiras e uma interface bem agradável para o público-alvo do site (crianças e pré-adolescentes), o site ensina a não cair em armadilhas de propaganda, ajudando a formar um consumidor consciente justamente na idade em que este tipo de consciência se torna importante, já que faz parte da vida da maioria dos pré-adolescentes classe média/alta com acesso à internet aquela auto-afirmação que só pode ser conseguida com a aceitação em grupo pelo que você tem ou usa, e não pelo que você é ou pensa (até porque, em geral, a maioria nessa idade pensa bem parecido).
[auto-ironia mode on] Aí depois nego cresce e vai ler Naomi Klein, virar fã e entrar em crise porque contribuiu demais para o trabalho semi-escravo mundo afora [auto-ironia mode off].
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Ontem eu saí do trabalho como de costume, passei pela Nossa Senhora de Copacabana como de costume e parei na padaria de sempre para o almoço às seis da tarde, o que não é lá muito comum, como não era comum a aglomeração na frente da tevê ligada no jogo. Umas vinte pessoas paradas assistindo umas pessoas correndo atrás de uma bola, e rolou um gol e todo mundo parado olhando, como se não fosse com eles.
Como assim um gol não produziu emoção alguma naqueles aficcionados por futebol?
Terminei meu lanche e continuei andando pela Nossa Senhora de Copacabana, onde encontrei mais uma aglomeração vendo o tal jogo, dessa vez numa banca de jornal. Nesse grupo havia um conhecido, um chileno caído de pára-quedas no Rio de Janeiro (cacete!! o cara não morre tão cedo!! acabou de aparecer aqui) que me explicou que aquele era um jogo da Eurocopa.
- Nossa, mas tá todo mundo vendo, é final?
- Ainda não.
- É algum time que vai jogar com o Brasil?
- Errr, não, é Eurocopa.
- Ah, é, foi mal. (ô, gente, não entendo MESMO de futebol). Pô, bom jogo aí, cara! - e segui meu caminho, pensando.
Não era uma final. Não era de nenhum time que jogaria com o Brasil. Ninguém estava torcendo para nenhum dos dois times. Era MESMO um jogo tão interessante assim pra Copacabana inteira acompanhar e eu é que sou uma alien que não dá a mínima pra futebol? Dois tempos de 45 minutos sem receber nem produzir nenhuma informação, e nem pra se emocionar com seu time do coração jogando, eu sei que é comum, mas é normal? Será que nego estava apenas fazendo o aquecimento do tubo de imagem para se preparar para o grande evento televisivo da semana (último capítulo de Celebridade, HOJE, que eu não vou ver porque já não vi nenhum capítulo mesmo, mas que já sei que metade do país vai parar, minha mãe não vai atender o telefone, todo mundo quer saber quem matou Lineu e daqui a uma semana o assunto só será comentado na coluna do Artur Xexéo porque todo mundo já vai ter esquecido)?
Bah. Quero minhas cobertas de volta.
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[update] Ah tá. Entendi. Felipão. Ok. Não está mais aqui quem falou. Mas isso justifica toda essa comoção brasileira em torno da Eurocopa? Pra mim não justificava nem nos jogos daqui..
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Deu na Folha: "Saudade é 7a palavra mais difícil de traduzir". Confira no artigo as outras seis.
domingo, junho 20, 2004
Então foi isso, já tinham me mandado o link mas eu não tinha uma foto de frente em que eu não estivesse totalmente torta (oquei, a possibilidade de eu ser torta mesmo é GRANDE). Aí a Livia falou de novo desse negócio aí que diz com qual celebridade você se parece e eu só posso dizer que os computadores deles BEBERAM. Jamie Lee Curtis. Claro.
terça-feira, junho 15, 2004
Livre-concorrência
A essa altura, com matéria no caderno de informática d'O Globo sobre o tal do Gmail e matéria na Superinteressante sobre o Google, todo mundo (tá bom, tá bom 'todo mundo num universo restrito a nego que acessa a internet com alguma freqüência e lê sobre o assunto', melhor assim?) já deve saber do hype em torno da conta-de-e-mail-que-oferece-1GB-de-espaço. Aqui mesmo no meu icq já pipocaram mensagens de nego que queria um Gmail pedindo convite pra entrar. Na tal matéria do Globo eles mencionam comunidades de brasileiros que querem desesperadamente uma conta no Gmail e estão topando (quase) tudo para ter uma conta.
Ô porra, ninguém leu que eles não apenas rastreiam o conteúdo (gravíssimo!) como rastreiam para mandar PROPAGANDA? Isso mesmo, e-mail não-solicitados?
Bem, eu fiz uma conta no Gmail para fins inúteis. Não, não estou preocupada com rastreamento de conteúdo, uma vez que essa conta será apenas para me cadastrar em sites que precisam de um 'e-mail alternativo', receber spam de bandas e festivais e nego que manda informativo de festas que eu nunca fui, em outra cidade.
O que me preocupa é que eu não dei meu endereço do Gmail pra ninguém ainda. Devo ter feito a conta há umas três semanas e eu mesma mal lembrava qual login eu tinha usado para me cadastrar - mas depois da cabeça quase doer de tanto esforço para lembrar, entrei e vi lá meu segundo e-mail recebido.
O primeiro era um e-mail de boas-vindas.
O segundo, antes de eu dar o endereço para qualquer pessoa, antes de eu escrever qualquer mensagem que possa ser rastreada, já era um spam. Então vai aqui um aviso de amiga: o Yahoo aparentemente não rastreia conteúdo, tem um bom filtro antispam, e hoje (é por isso que estou escrevendo isso hoje, duh) quando fui abrir minha caixa postal, descobri que ele agora está dando 100MB de espaço! E acesso pop! Ê!
- Ah, o Gmail dá 1GB!
Bom, 100MB só pra e-mail é coisa pra cacete, acreditem - e o serviço é bem estável. O Google tem um mecanismo de buscas foda, mas já provou com o tal do Orkut que ainda não está preparado para grandes demandas de acesso. Eu tou com o Yahoo e não abro (não, ninguém está me pagando pela propaganda). Agora, com 100MB e acesso pop (ainda não tentei em casa, mas farei em breve), não troco por outro mesmo :p
A essa altura, com matéria no caderno de informática d'O Globo sobre o tal do Gmail e matéria na Superinteressante sobre o Google, todo mundo (tá bom, tá bom 'todo mundo num universo restrito a nego que acessa a internet com alguma freqüência e lê sobre o assunto', melhor assim?) já deve saber do hype em torno da conta-de-e-mail-que-oferece-1GB-de-espaço. Aqui mesmo no meu icq já pipocaram mensagens de nego que queria um Gmail pedindo convite pra entrar. Na tal matéria do Globo eles mencionam comunidades de brasileiros que querem desesperadamente uma conta no Gmail e estão topando (quase) tudo para ter uma conta.
Ô porra, ninguém leu que eles não apenas rastreiam o conteúdo (gravíssimo!) como rastreiam para mandar PROPAGANDA? Isso mesmo, e-mail não-solicitados?
Bem, eu fiz uma conta no Gmail para fins inúteis. Não, não estou preocupada com rastreamento de conteúdo, uma vez que essa conta será apenas para me cadastrar em sites que precisam de um 'e-mail alternativo', receber spam de bandas e festivais e nego que manda informativo de festas que eu nunca fui, em outra cidade.
O que me preocupa é que eu não dei meu endereço do Gmail pra ninguém ainda. Devo ter feito a conta há umas três semanas e eu mesma mal lembrava qual login eu tinha usado para me cadastrar - mas depois da cabeça quase doer de tanto esforço para lembrar, entrei e vi lá meu segundo e-mail recebido.
O primeiro era um e-mail de boas-vindas.
O segundo, antes de eu dar o endereço para qualquer pessoa, antes de eu escrever qualquer mensagem que possa ser rastreada, já era um spam. Então vai aqui um aviso de amiga: o Yahoo aparentemente não rastreia conteúdo, tem um bom filtro antispam, e hoje (é por isso que estou escrevendo isso hoje, duh) quando fui abrir minha caixa postal, descobri que ele agora está dando 100MB de espaço! E acesso pop! Ê!
- Ah, o Gmail dá 1GB!
Bom, 100MB só pra e-mail é coisa pra cacete, acreditem - e o serviço é bem estável. O Google tem um mecanismo de buscas foda, mas já provou com o tal do Orkut que ainda não está preparado para grandes demandas de acesso. Eu tou com o Yahoo e não abro (não, ninguém está me pagando pela propaganda). Agora, com 100MB e acesso pop (ainda não tentei em casa, mas farei em breve), não troco por outro mesmo :p
terça-feira, junho 08, 2004
sábado, junho 05, 2004
Quem disse que o tempo não pára?
O problema não é o filme do Cazuza, já que eu sou dotada de livre-arbítrio e escolho não entrar no cinema que estiver passando. O problema é entrar em qualquer estabelecimento comercial ou ônibus (daqueles que tocam música), e ser obrigada a ouvir 'Rock Estrela', incessantemente.. e o que é pior, em pleno ano de 2004 - assim não dá, viu?
O problema não é o filme do Cazuza, já que eu sou dotada de livre-arbítrio e escolho não entrar no cinema que estiver passando. O problema é entrar em qualquer estabelecimento comercial ou ônibus (daqueles que tocam música), e ser obrigada a ouvir 'Rock Estrela', incessantemente.. e o que é pior, em pleno ano de 2004 - assim não dá, viu?
quarta-feira, junho 02, 2004
Teoria da Conspiração da Pinta da Madonna
Deu também no blog da Rachel. Estamos desenvolvendo. Perca seu tempo, pergunte-me como: ajude-nos:
Rach: MENINA, vai ver ela deu pro Charlie Sheen de lembrança, que nem a mulher de Top Gang.
Lia: VocÊ também notou que SUMIU?
Rach: sumiu, fato!
Lia: E, se teve cirurgia, ninguém noticiou
Rach: verdade.
aí, num sei! mas podemos elaborar teorias. a do Charlie Sheen é uma...
Lia: e é convincente..
você consegue perceber quando a pinta sumiu? No Bedtime Stories ela ainda existia.
Lia: SErá que em Evita tinha?
Rach: sim, existia. acho que em evita.
Rach: evita não tinha, com certeza.
Lia: será que SUMIU na gravidez? Ela fez Evita grávida.
Lia: Mas, po, pinta é concentração de melanina, não de hormônio..
Rach: taí, a segunda teoria é essa. Seria uma ateração hormonal que interferiu na concentração de melanina que constituia a pinta, durante a gravidez??
Lia: Cara, se ela fizesse uma cirurgia de remoção, isso teria sido noticiado!
Rach: eu me lembro de boatos a respeito disso no Ray of Light. mas eram boatos.
Lia: Escuta, no encarte do Ray Of Light ela só aparece DE UM LADO.
Rach: que é o lado oposto da pinta...
Lia: Ou seja, ela pdoe ter tirado e estava disfarçando.. pra nao DAR NA PINTA.
Rach: Eu acho que com todas essas possibilidades, este assunto merece um post-teoria-da-conspiração. com direito ao trocadilho e tudo!
Lia: Só mais uma coisa.. porque ela tiraria a pinta pra esconder que tirou?
Rach: vai ver que ainda tava cicatrizando...
Lia: mas ela poderia esconder a cicatriz no photoshop, mole.
agora, se ela aparece de lado, as pessoas podem pensar que ela ainda tem a pinta.
Rach: siiiiiiim...
Rach: criar polêmica?
Lia: mas QUE polêmica? Ninguém soube!
Tem algo mal explicado.
Deu também no blog da Rachel. Estamos desenvolvendo. Perca seu tempo, pergunte-me como: ajude-nos:
Rach: MENINA, vai ver ela deu pro Charlie Sheen de lembrança, que nem a mulher de Top Gang.
Lia: VocÊ também notou que SUMIU?
Rach: sumiu, fato!
Lia: E, se teve cirurgia, ninguém noticiou
Rach: verdade.
aí, num sei! mas podemos elaborar teorias. a do Charlie Sheen é uma...
Lia: e é convincente..
você consegue perceber quando a pinta sumiu? No Bedtime Stories ela ainda existia.
Lia: SErá que em Evita tinha?
Rach: sim, existia. acho que em evita.
Rach: evita não tinha, com certeza.
Lia: será que SUMIU na gravidez? Ela fez Evita grávida.
Lia: Mas, po, pinta é concentração de melanina, não de hormônio..
Rach: taí, a segunda teoria é essa. Seria uma ateração hormonal que interferiu na concentração de melanina que constituia a pinta, durante a gravidez??
Lia: Cara, se ela fizesse uma cirurgia de remoção, isso teria sido noticiado!
Rach: eu me lembro de boatos a respeito disso no Ray of Light. mas eram boatos.
Lia: Escuta, no encarte do Ray Of Light ela só aparece DE UM LADO.
Rach: que é o lado oposto da pinta...
Lia: Ou seja, ela pdoe ter tirado e estava disfarçando.. pra nao DAR NA PINTA.
Rach: Eu acho que com todas essas possibilidades, este assunto merece um post-teoria-da-conspiração. com direito ao trocadilho e tudo!
Lia: Só mais uma coisa.. porque ela tiraria a pinta pra esconder que tirou?
Rach: vai ver que ainda tava cicatrizando...
Lia: mas ela poderia esconder a cicatriz no photoshop, mole.
agora, se ela aparece de lado, as pessoas podem pensar que ela ainda tem a pinta.
Rach: siiiiiiim...
Rach: criar polêmica?
Lia: mas QUE polêmica? Ninguém soube!
Tem algo mal explicado.
segunda-feira, maio 31, 2004
Legal, ontem eu tinha escrito um post enorme, mas o micro travou. Essas coisas modernas têm desses problemas, certo? Pelo menos não era nada importante - como TUDO o que está publicado neste blog até hoje, nada importante, só abobrinha.
É que as coisas realmente importantes e relevantes eu não vou publicar assim, num blog. Vou escrever em papel, não vou escrever mas vou lembrar pra sempre, tudo menos colocar num blog.. dá pra levar a sério um lance que tem nome de onomatopéia de cocô caindo na privada?
Não mesmo.
Mas então, no post que eu perdi, eu falava da minha vontade de aprender a tocar um baixo acústico, vulgo baixão de pau, depois da experiência única de dedilhar um desses no fim de semana - todo mundo que curte rockabilly e afins e tem alguma familiaridade com instrumentos de corda (piano não conta) deveria passar por essa experiência, sério - além do fato de que existe um fetiche estranhíssimo com garotas-que-empunham-baixos-de-pau - seria por causa do nome sugestivo do instrumento? Que seja. Só sei que o som do bicho é gostosíssimo de se ouvir, e o fato de não ser um instrumento-default, tipo guitarra, baixo elétrico ou bateria, faz com que seja mais legal aprender.
* * *
Falava também da CEG, das minhas amigas fofoletes, lindas e talentosas que não apenas me emprestaram seus chuveiros neste fim de semana (a CEG, gente, a CEG) como me transformaram em várias mulheres diferentes, e me proporcionaram uma tarde divertidíssima entre meninas (e abílios assistentes de arte, claro).
* * *
Mas o que me trouxe aqui foi a constatação de que a pinta da Madonna sumiu há muito tempo e ninguém comentou até agora! Cadê a pinta, que não tem aparecido há alguns anos? Ela tirou? Resolveu esconder sob maquiagem? Se ela operou e tirou a pinta, por que isso não foi noticiado? Rach, cê sabe de algo? Alguém..?
É que as coisas realmente importantes e relevantes eu não vou publicar assim, num blog. Vou escrever em papel, não vou escrever mas vou lembrar pra sempre, tudo menos colocar num blog.. dá pra levar a sério um lance que tem nome de onomatopéia de cocô caindo na privada?
Não mesmo.
Mas então, no post que eu perdi, eu falava da minha vontade de aprender a tocar um baixo acústico, vulgo baixão de pau, depois da experiência única de dedilhar um desses no fim de semana - todo mundo que curte rockabilly e afins e tem alguma familiaridade com instrumentos de corda (piano não conta) deveria passar por essa experiência, sério - além do fato de que existe um fetiche estranhíssimo com garotas-que-empunham-baixos-de-pau - seria por causa do nome sugestivo do instrumento? Que seja. Só sei que o som do bicho é gostosíssimo de se ouvir, e o fato de não ser um instrumento-default, tipo guitarra, baixo elétrico ou bateria, faz com que seja mais legal aprender.
* * *
Falava também da CEG, das minhas amigas fofoletes, lindas e talentosas que não apenas me emprestaram seus chuveiros neste fim de semana (a CEG, gente, a CEG) como me transformaram em várias mulheres diferentes, e me proporcionaram uma tarde divertidíssima entre meninas (e abílios assistentes de arte, claro).
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Mas o que me trouxe aqui foi a constatação de que a pinta da Madonna sumiu há muito tempo e ninguém comentou até agora! Cadê a pinta, que não tem aparecido há alguns anos? Ela tirou? Resolveu esconder sob maquiagem? Se ela operou e tirou a pinta, por que isso não foi noticiado? Rach, cê sabe de algo? Alguém..?
terça-feira, maio 25, 2004
Feliz Dia da Toalha!!
Embora haja controvérsias sobre a data oficial, se é hoje, dia 25, ou se é na última sexta-feira do mês, foi numa sexta-feira, 25 de maio, que primeiro se comemorou o Dia da Toalha.
- Mas hein?
Esta foi a data escolhida para homenagear Douglas Adams, um cara supimpa, autor do clássico 'O Guia do Mochileiro das Galáxias' e suas continuações, e referência de milhares de nerds mundo afora - se você usa Trillian, se você já usou o Babelfish, se 'Paranoid Android' te diz muito mais do que aquela banda mixuruca, se 42 é um número cabalístico para você, foi Douglas Adams. Honre-o, homenageie-o, use sua toalha.
- Mas por que 25 de maio ou a última 6a feira do mesmo mês?
25 de maio, duas semanas após a morte de Adams, ou a última sexta-feira de maio (às vezes coincide com o dia 25) por ser a última sexta-feira antes do quadragésimo-segundo dia de fim de semana do ano (tá lá no everything2.com!).
Palhaçada? Pagação de mico? É, pode até ser. É fato que não carreguei minha toalha por aí, e só lembrei do evento agora à noite. Mas que é uma homenagem singular a um grande escritor, disso não há dúvidas.
Embora haja controvérsias sobre a data oficial, se é hoje, dia 25, ou se é na última sexta-feira do mês, foi numa sexta-feira, 25 de maio, que primeiro se comemorou o Dia da Toalha.
- Mas hein?
Esta foi a data escolhida para homenagear Douglas Adams, um cara supimpa, autor do clássico 'O Guia do Mochileiro das Galáxias' e suas continuações, e referência de milhares de nerds mundo afora - se você usa Trillian, se você já usou o Babelfish, se 'Paranoid Android' te diz muito mais do que aquela banda mixuruca, se 42 é um número cabalístico para você, foi Douglas Adams. Honre-o, homenageie-o, use sua toalha.
- Mas por que 25 de maio ou a última 6a feira do mesmo mês?
25 de maio, duas semanas após a morte de Adams, ou a última sexta-feira de maio (às vezes coincide com o dia 25) por ser a última sexta-feira antes do quadragésimo-segundo dia de fim de semana do ano (tá lá no everything2.com!).
Palhaçada? Pagação de mico? É, pode até ser. É fato que não carreguei minha toalha por aí, e só lembrei do evento agora à noite. Mas que é uma homenagem singular a um grande escritor, disso não há dúvidas.
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