Canal Fox ameaça processar Os Simpsons
O presidente da FOX, o multimilionário Rupert Murdoch, ameaça processar os realizadores do desenho Os Simpsons por incluir parodias da cobertura política da FOX News em seus episódios.
Como se não bastasse processar uma série de animação por fazer seus espectadores rirem, a situação fica ainda mais hilariante quando você descobre que é a própria FOX quem paga pela realização de Os Simpsons.
Tudo começou por conta da exibição de um episódio onde a TV da família mais politicamente incorreta do mundo trouxe a seguinte manchete: "Os democratas causam câncer?". Convenhamos, a série já exibiu coisa muito mais pesada, isso até soa ingênuo. E como qualquer espectador que tenha sintonizado por apenas 5 minutos o canal FOX News pode perceber, este é o tipo de notícia que você espera encontrar por lá.
Matt Groening, criador e produtor da série, acredita que tudo não passa de um blefe da FOX e vai pagar para ver. "Não consigo imaginar Rupert Murdoch pagando para processar a si mesmo", diz o cartunista.
Este site está em novo endereço: visite www.liaamancio.com.br para novidades e updates!
quinta-feira, outubro 30, 2003
quarta-feira, outubro 29, 2003
Faça seu próprio palhaço maligno. Porque você sabe, palhaços são realmente assustadores.
* * *
Como dizem os cartazes espalhados pela cidade, Halloween é o cacete, viva a cultura nacional!
Ou não.
* * *
Aprenda como sobreviver a um ataque de zumbis.
* * *
Como dizem os cartazes espalhados pela cidade, Halloween é o cacete, viva a cultura nacional!
Ou não.
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Aprenda como sobreviver a um ataque de zumbis.
terça-feira, outubro 28, 2003
Ando afastada disso aqui, né?
Mas é que estou presa num beco sem saída.
Na verdade, há saída sim, e tudo aponta para um caminho.. que eu não consigo. Não consigo sair do lugar, e fico andando em círculos e dando com a cara na parede..e quando faço o que devo e acho certo.. me ferro de novo.
Eu sei que vou sair dessa fase, desse buraco em que me meti.. mas por enquanto preciso de ajuda, alguém aí tem as manhas do Oddworld? Estou com um problema num 'run + jump' logo no comecinho, que tá foda..
* * *
Alô Meu Povo do Rio de Janeiro!
O Cine Odeon presta uma homenagem a Wilson Grey, com a exibição dos filmes:
WILSON GREY de Jessel Buss e a comédia MATAR OU CORRER, de Carlos Manga, com Oscarito, Grande Otelo, José Lewgoy, Wilson Grey, John Herbert.
Amanhã (quarta, 29/10) às 18h.
* * *
Não fui eu!
Foi o Bruno Privatti que me mandou esse site de um sujeito que coleciona girafas.
Mas é que estou presa num beco sem saída.
Na verdade, há saída sim, e tudo aponta para um caminho.. que eu não consigo. Não consigo sair do lugar, e fico andando em círculos e dando com a cara na parede..e quando faço o que devo e acho certo.. me ferro de novo.
Eu sei que vou sair dessa fase, desse buraco em que me meti.. mas por enquanto preciso de ajuda, alguém aí tem as manhas do Oddworld? Estou com um problema num 'run + jump' logo no comecinho, que tá foda..
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Alô Meu Povo do Rio de Janeiro!
O Cine Odeon presta uma homenagem a Wilson Grey, com a exibição dos filmes:
WILSON GREY de Jessel Buss e a comédia MATAR OU CORRER, de Carlos Manga, com Oscarito, Grande Otelo, José Lewgoy, Wilson Grey, John Herbert.
Amanhã (quarta, 29/10) às 18h.
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Não fui eu!
Foi o Bruno Privatti que me mandou esse site de um sujeito que coleciona girafas.
sábado, outubro 25, 2003
Seguinte..
Provavelmente não poderei ir, o domingo já está comprometido. Mas não poderia deixar de avisar que VAI TER SHOW DO I BELIEVE IN SANTA CLAUS NESSE DOMINGO.
I Believe In Santa Claus marcou toda uma geração de niteroienses - então, recomendo a quem estiver por lá, para passar no Convés amanhã, domingo dia 26, a partir das 19h - lembrando que é uma oportunidade ÚNICA de ouvir de novo os clássicos daquela época.
* * *
Ah, não resisti..
Debbie Harry
Which rockin female musical artist are you?
brought to you by Quizilla
Provavelmente não poderei ir, o domingo já está comprometido. Mas não poderia deixar de avisar que VAI TER SHOW DO I BELIEVE IN SANTA CLAUS NESSE DOMINGO.
I Believe In Santa Claus marcou toda uma geração de niteroienses - então, recomendo a quem estiver por lá, para passar no Convés amanhã, domingo dia 26, a partir das 19h - lembrando que é uma oportunidade ÚNICA de ouvir de novo os clássicos daquela época.
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Ah, não resisti..
Debbie Harry
Which rockin female musical artist are you?
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sexta-feira, outubro 24, 2003
Queer Eye For The Straight Guy
Seguinte, o programa já faz sucesso lá fora, e ouvi dizer que a Sony vai fazer a gentileza de passar Queer Eye For The Straight Guy por aqui.
Partindo da premissa de que o estereótipo de gay como *O* cara culto, elegante, cheiroso, com senso de humor refinado, uma casa impecável e que sabe melhor do que os reles mortais heterossexuais como agradar uma mulher é a mais pura verdade, e todo o resto são trogloditas que não sabem escolher um corte de cabelo adequado, só têm dois pares de sapato (um pra ir a todos os lugares e um mais 'social') e só sabem fritar hambúrguer, a produção coloca cinco gays especialistas em coisas que todo homem deveria saber (um cabeleireiro, um connaisseur de vinhos e comidas, um consultor de moda, um de artes e cultura e um designer de interiores - ok, nem todo mundo precisa ser especialista, mas uma noção é sempre legal, né?) para 'dar um jeito' em heteros realmente trogloditas.
Lógico que as casas dos freaks vão voltar a ser os chiqueiros que eram. Lógico que seus mullets crescerão de novo e que o terno ficará encostado no fundo do armário durante anos. Ninguém destrói hábitos assim, de uma hora pra outra.. mas acompanhar essas transformações radicais sempre é divertido.. e ler paródias é melhor ainda.
Seguinte, o programa já faz sucesso lá fora, e ouvi dizer que a Sony vai fazer a gentileza de passar Queer Eye For The Straight Guy por aqui.
Partindo da premissa de que o estereótipo de gay como *O* cara culto, elegante, cheiroso, com senso de humor refinado, uma casa impecável e que sabe melhor do que os reles mortais heterossexuais como agradar uma mulher é a mais pura verdade, e todo o resto são trogloditas que não sabem escolher um corte de cabelo adequado, só têm dois pares de sapato (um pra ir a todos os lugares e um mais 'social') e só sabem fritar hambúrguer, a produção coloca cinco gays especialistas em coisas que todo homem deveria saber (um cabeleireiro, um connaisseur de vinhos e comidas, um consultor de moda, um de artes e cultura e um designer de interiores - ok, nem todo mundo precisa ser especialista, mas uma noção é sempre legal, né?) para 'dar um jeito' em heteros realmente trogloditas.
Lógico que as casas dos freaks vão voltar a ser os chiqueiros que eram. Lógico que seus mullets crescerão de novo e que o terno ficará encostado no fundo do armário durante anos. Ninguém destrói hábitos assim, de uma hora pra outra.. mas acompanhar essas transformações radicais sempre é divertido.. e ler paródias é melhor ainda.
quinta-feira, outubro 23, 2003
Ver qualquer coisa do Escher é garantia de nó no cérebro, especialmente se, como eu, seu forte não é a visão espacial.
Então, meu amigo, pode se impressionar aí com essa reprodução em Lego.. e mais essa. E essa. E ainda essa. E, pra fechar com chave de ouro, essa. Esses caras não são normais.. ainda bem.
Então, meu amigo, pode se impressionar aí com essa reprodução em Lego.. e mais essa. E essa. E ainda essa. E, pra fechar com chave de ouro, essa. Esses caras não são normais.. ainda bem.
quarta-feira, outubro 22, 2003
terça-feira, outubro 21, 2003
História Verídica
.. tem de cânfora, de sândalo, de jasmim, e dessa marca aqui tem de lírios também. Jorge Lucas! Não mexe aí! Um e vinte cada envelope com dez incensos, a senhora vai querer quantos? Jorge Lucas! Ai, meu deus, Jorge Lucas, larga isso. É Jorge do pai, e Lucas que é o nome que eu queria, né? Mas não é nem Jorge nem Lucas, é Jorge Lucas.. opa, desculpe, três e sessenta.. Jorge Lucas, cadê esse menino?
Olhei pro Jorge Lucas ali entre as prateleiras, brincando de barquinho com um porta-incensos e uns cristais, amarradão, ignorando a mãe, a senhora que comprava uns vinte pacotes de incenso, e eu, que achava o moleque muito bonitinho. Não deve ter nem dois anos, o guri. Seja como for, que a Força esteja com ele. Ele vai precisar.
.. tem de cânfora, de sândalo, de jasmim, e dessa marca aqui tem de lírios também. Jorge Lucas! Não mexe aí! Um e vinte cada envelope com dez incensos, a senhora vai querer quantos? Jorge Lucas! Ai, meu deus, Jorge Lucas, larga isso. É Jorge do pai, e Lucas que é o nome que eu queria, né? Mas não é nem Jorge nem Lucas, é Jorge Lucas.. opa, desculpe, três e sessenta.. Jorge Lucas, cadê esse menino?
Olhei pro Jorge Lucas ali entre as prateleiras, brincando de barquinho com um porta-incensos e uns cristais, amarradão, ignorando a mãe, a senhora que comprava uns vinte pacotes de incenso, e eu, que achava o moleque muito bonitinho. Não deve ter nem dois anos, o guri. Seja como for, que a Força esteja com ele. Ele vai precisar.
Letras Traduzidas
A Gizele já fez o serviço de cantar as músicas da Madonna traduzidas ao pé da letra, e mostrar pra nós, fãs, que a diva está longe - muuuuito longe - de ser a melhor letrista do mundo.
A letra traduzida de hoje é de uma bandinha independente chamada Fã-Clube Adolescente.
O sujeito ainda não aprendeu a cantar muito bem, ainda não é um Frank Sinatra, mas transmite simpatia. As melodias são simples mas eficazes, o Fã-Clube Adolescente tem futuro.. pena que não gostem muito de escrever, a letra inteira é isso aqui, ó:
O que você faz comigo?
Eu sei, eu não consigo acreditar
Tem algo em você que me deixa de joelhos.
Pequeno, mas eficaz. É isso aí, rapazes do Fã-Clube Adolescente! Vocês vão longe!
* * *
Em nossa próxima edição, uma letra fabulosa de uma bandinha punk com vocal feminino, que está prestes a estourar, o Lourinha! Puxa, esse pessoal é tão criativo com nomes, não é mesmo?
A Gizele já fez o serviço de cantar as músicas da Madonna traduzidas ao pé da letra, e mostrar pra nós, fãs, que a diva está longe - muuuuito longe - de ser a melhor letrista do mundo.
A letra traduzida de hoje é de uma bandinha independente chamada Fã-Clube Adolescente.
O sujeito ainda não aprendeu a cantar muito bem, ainda não é um Frank Sinatra, mas transmite simpatia. As melodias são simples mas eficazes, o Fã-Clube Adolescente tem futuro.. pena que não gostem muito de escrever, a letra inteira é isso aqui, ó:
O que você faz comigo?
Eu sei, eu não consigo acreditar
Tem algo em você que me deixa de joelhos.
Pequeno, mas eficaz. É isso aí, rapazes do Fã-Clube Adolescente! Vocês vão longe!
* * *
Em nossa próxima edição, uma letra fabulosa de uma bandinha punk com vocal feminino, que está prestes a estourar, o Lourinha! Puxa, esse pessoal é tão criativo com nomes, não é mesmo?
segunda-feira, outubro 20, 2003
Eu sabia..
Não, não consegui terminar de ver "Assassinato em Gosford Park". Dormi, como já é de costume (passou das dez, televisão, deitada, não tem erro). No entanto, foi o suficiente pra reconhecer na criada escocesa a Kelly MacDonald, a Diane de "Trainspotting", e esperar o Virtua colaborar para conferir no Imdb.
* * *
Não li nenhum livro da trilogia de "O Senhor Dos Anéis". Aliás, nem nada de Tolkien.. minto, li as oito primeiras páginas de "O Hobbit" em quadrinhos. Não que eu me orgulhe disso, mas também não acho que deva ser tratada como uma marginal por ter preferido ler Nelson Rodrigues aos 14 anos (certas coisas em certas idades são decisivas para a formação de caráter, ha ha). De qualquer forma, me baseio nos comentários de amigos e resenhas de revistas quando digo que Diane, a namoradinha de Mark Renton em "Trainspotting", é uma coisa meio Arwen - a personagem que só aparecia no livro pra ser a namoradinha-pouco-importante-do-galã, mas que resolveram aumentar a participação no filme - guardadas as devidas proporções, é claro, parece que a Arwen não serve só pra lamber a barba-por-fazer do Aragorn - e Diane, no livro de Irvine Welsh, aparece muito brevemente. Não lembro do número de páginas, mas era apenas uma one-night-fuck do cara, e olhe lá. Não merecia estar no poster do filme, nos postais de divulgação.. não merecia.
* * *
E por falar..
Que filme mais mimosinho esse tal "Down With Love"!
Quantas músicas anos 60! Quantos cenários e figurinos anos 60 (eu já gosto, né?)! Uns diálogos bem ácidos, caricaturas e estereótipos muito bem feitos. E, além da questão atualíssima sobre "essas feministas de hoje, na verdade, só querem mesmo se apaixonar e ter um maridinho", ainda tem o quesito.. quanto Ewan McGregor!!
Aliás, parece que ele e a Renée Zelwhiehgierebhfejhrirtheineken gostaram mesmo da brincadeira de soltar a voz (ele em "Moulin Rouge" e ela em "Chicago", caso alguém não se lembre). Não deixam nada a dever aos cantores da época na música fofa dos créditos.. vale a conferida.
Não, não consegui terminar de ver "Assassinato em Gosford Park". Dormi, como já é de costume (passou das dez, televisão, deitada, não tem erro). No entanto, foi o suficiente pra reconhecer na criada escocesa a Kelly MacDonald, a Diane de "Trainspotting", e esperar o Virtua colaborar para conferir no Imdb.
* * *
Não li nenhum livro da trilogia de "O Senhor Dos Anéis". Aliás, nem nada de Tolkien.. minto, li as oito primeiras páginas de "O Hobbit" em quadrinhos. Não que eu me orgulhe disso, mas também não acho que deva ser tratada como uma marginal por ter preferido ler Nelson Rodrigues aos 14 anos (certas coisas em certas idades são decisivas para a formação de caráter, ha ha). De qualquer forma, me baseio nos comentários de amigos e resenhas de revistas quando digo que Diane, a namoradinha de Mark Renton em "Trainspotting", é uma coisa meio Arwen - a personagem que só aparecia no livro pra ser a namoradinha-pouco-importante-do-galã, mas que resolveram aumentar a participação no filme - guardadas as devidas proporções, é claro, parece que a Arwen não serve só pra lamber a barba-por-fazer do Aragorn - e Diane, no livro de Irvine Welsh, aparece muito brevemente. Não lembro do número de páginas, mas era apenas uma one-night-fuck do cara, e olhe lá. Não merecia estar no poster do filme, nos postais de divulgação.. não merecia.
* * *
E por falar..
Que filme mais mimosinho esse tal "Down With Love"!
Quantas músicas anos 60! Quantos cenários e figurinos anos 60 (eu já gosto, né?)! Uns diálogos bem ácidos, caricaturas e estereótipos muito bem feitos. E, além da questão atualíssima sobre "essas feministas de hoje, na verdade, só querem mesmo se apaixonar e ter um maridinho", ainda tem o quesito.. quanto Ewan McGregor!!
Aliás, parece que ele e a Renée Zelwhiehgierebhfejhrirtheineken gostaram mesmo da brincadeira de soltar a voz (ele em "Moulin Rouge" e ela em "Chicago", caso alguém não se lembre). Não deixam nada a dever aos cantores da época na música fofa dos créditos.. vale a conferida.
sábado, outubro 18, 2003
Na cola da Primavera dos Livros..
Pega o Bukowski e contextualiza a literatura dele naquela época, naquele lugar, quebrando padrões literários e trazendo o submundo de sexo, drogas e bebop em linguagem coloquial a um país que vivia o 'sonho americano' e precisava daquilo, naquele momento. Agora me diz, qual a validade de copiar sua linguagem hoje, sem quebrar padrão nenhum, e falar pra um monte de gente já fudida, coisas que elas já sabem?
Eu, hein..
Sensação de déjà-lu..
* * *
Seguinte..
Um executivo nigeriano milionário escreveu este artigo, reclamando que não é levado a sério e realmente tem problemas para transferir altas quantias de dinheiro (é óbvio que este artigo deve ser lido, mas não levado a sério, heh).
Pega o Bukowski e contextualiza a literatura dele naquela época, naquele lugar, quebrando padrões literários e trazendo o submundo de sexo, drogas e bebop em linguagem coloquial a um país que vivia o 'sonho americano' e precisava daquilo, naquele momento. Agora me diz, qual a validade de copiar sua linguagem hoje, sem quebrar padrão nenhum, e falar pra um monte de gente já fudida, coisas que elas já sabem?
Eu, hein..
Sensação de déjà-lu..
* * *
Seguinte..
Um executivo nigeriano milionário escreveu este artigo, reclamando que não é levado a sério e realmente tem problemas para transferir altas quantias de dinheiro (é óbvio que este artigo deve ser lido, mas não levado a sério, heh).
Há um tempinho atrás, vi um quadro do Saturday Night Live com a Winona Ryder imitando/ sacaneando/ homenageando a Björk: ela dava gritinhos histéricos e só sabia repetir "Everyssing is mussic!". Pior que era igualzinha à original..
Embora o quadro tivesse a nítida função de fazer troça com a islandesa-maluquete, seu disco mais bonito é mesmo o "Selma Songs" (já o mais divertido/ dançante, na minha opinião, é o "Debut"), a trilha sonora do filme "Dançando no Escuro", de Lars Von Trier, onde cada barulho de passos ou máquinas é transformado em música.
A gente poderia realmente dizer que tudo é música, se levarmos em conta barulhos constantes e compassados, ou a harmonia caótica dos sons urbanos (sim, há música no caos, uma vez que, segundo a Teoria dos Fractais, mesmo o caos segue padrões de repetição) - no entanto, música não é apenas ritmo, é também harmonia e melodia - e, convenhamos, os barulhos da cidade sugerem mais ruído do que música.
É que ontem eu caminhava ali pelas proximidades do Largo do Machado e ouvia barulhos, ruídos e 'músicas em potencial' - e mesmo com "estes roncos de motores dariam uma música", havia os momentos "essa britadeira me incomoda profundamente", onde eu passava de ouvidos tampados, como sempre faço quando ouço ruídos que me incomodam e nos quais não sinto possibilidades musicais - e, curiosamente, não vejo nunca ninguém fazendo o mesmo.
É, eu sempre reparo se as pessoas se incomodam ou não com os barulhos da rua. E elas não dão a mínima para a barulheira urbana, já incorporaram sirenes, gritaria, buzinas e obras à paisagem urbana - eu é que devo ser uma hippie mesmo!
Na verdade, as pessoas não apenas gostam de ruídos como se sentem desconfortáveis no silêncio absoluto. A falta de respostas no icq incomoda e as pessoas logo perguntam "tá tudo bem, tem algum problema?" - problema nenhum, ué, só não tenho o que responder! O silêncio que cria ruído numa discussão incomoda e cria mais discussão, pois sempre é interpretado como cinismo, burrice, falta de argumento ou, pior, consentimento (ou falso consentimento) com o que está sendo dito - embora o silêncio, muitas vezes, seja sinônimo de paz e falta de disposição para discussões infrutíferas - esses sim, verdadeiros ruídos. Do mesmo modo que as ruas desertas e silenciosas dão medo, e as movimentadas transmitem segurança..
Não é questão de se incomodar com todo e qualquer barulho e viver uma vida em silêncio absoluto - mas sim, se incomodar com os ruídos, limpar o som, tirar os chiados e mesmo que só sobre o caos, ouvir a música que existe ali.
Embora o quadro tivesse a nítida função de fazer troça com a islandesa-maluquete, seu disco mais bonito é mesmo o "Selma Songs" (já o mais divertido/ dançante, na minha opinião, é o "Debut"), a trilha sonora do filme "Dançando no Escuro", de Lars Von Trier, onde cada barulho de passos ou máquinas é transformado em música.
A gente poderia realmente dizer que tudo é música, se levarmos em conta barulhos constantes e compassados, ou a harmonia caótica dos sons urbanos (sim, há música no caos, uma vez que, segundo a Teoria dos Fractais, mesmo o caos segue padrões de repetição) - no entanto, música não é apenas ritmo, é também harmonia e melodia - e, convenhamos, os barulhos da cidade sugerem mais ruído do que música.
É que ontem eu caminhava ali pelas proximidades do Largo do Machado e ouvia barulhos, ruídos e 'músicas em potencial' - e mesmo com "estes roncos de motores dariam uma música", havia os momentos "essa britadeira me incomoda profundamente", onde eu passava de ouvidos tampados, como sempre faço quando ouço ruídos que me incomodam e nos quais não sinto possibilidades musicais - e, curiosamente, não vejo nunca ninguém fazendo o mesmo.
É, eu sempre reparo se as pessoas se incomodam ou não com os barulhos da rua. E elas não dão a mínima para a barulheira urbana, já incorporaram sirenes, gritaria, buzinas e obras à paisagem urbana - eu é que devo ser uma hippie mesmo!
Na verdade, as pessoas não apenas gostam de ruídos como se sentem desconfortáveis no silêncio absoluto. A falta de respostas no icq incomoda e as pessoas logo perguntam "tá tudo bem, tem algum problema?" - problema nenhum, ué, só não tenho o que responder! O silêncio que cria ruído numa discussão incomoda e cria mais discussão, pois sempre é interpretado como cinismo, burrice, falta de argumento ou, pior, consentimento (ou falso consentimento) com o que está sendo dito - embora o silêncio, muitas vezes, seja sinônimo de paz e falta de disposição para discussões infrutíferas - esses sim, verdadeiros ruídos. Do mesmo modo que as ruas desertas e silenciosas dão medo, e as movimentadas transmitem segurança..
Não é questão de se incomodar com todo e qualquer barulho e viver uma vida em silêncio absoluto - mas sim, se incomodar com os ruídos, limpar o som, tirar os chiados e mesmo que só sobre o caos, ouvir a música que existe ali.
sexta-feira, outubro 17, 2003
Seguinte..
Tive um sonho estranhíssimo essa noite, que me fez parar pra reavaliar minha relação com computadores. Acho que ando usando essas máquinas demais.
Como assim?
Bem, sonhei que um daqueles sujeitos que escrevem dizendo que "eu sou um procurador africano e quero te dar a sua herança de oito milhões de dólares a que você tem direito" havia batido à minha porta. Mas, lógico, não havia herança nenhuma à minha espera e o cara era um biltre enganador, que quando soube que o delatamos, mandou matar meu pai na frente da telefonista que faria a ligação para a polícia (estávamos numa cidade meio cinematográfica anos 40, inclusive as seqüencias eram bem dignas da literatura de Dashiell Hammet).
Depois dessa, acho que 1) preciso parar de ler e-mails por um tempo; 2) preciso parar de me importar com spammers por um tempo; 3) preciso parar de ler livros e ver séries policiais por um tempo e 4) preciso ligar pro meu pai rapidinho pra conferir um lance..
Tive um sonho estranhíssimo essa noite, que me fez parar pra reavaliar minha relação com computadores. Acho que ando usando essas máquinas demais.
Como assim?
Bem, sonhei que um daqueles sujeitos que escrevem dizendo que "eu sou um procurador africano e quero te dar a sua herança de oito milhões de dólares a que você tem direito" havia batido à minha porta. Mas, lógico, não havia herança nenhuma à minha espera e o cara era um biltre enganador, que quando soube que o delatamos, mandou matar meu pai na frente da telefonista que faria a ligação para a polícia (estávamos numa cidade meio cinematográfica anos 40, inclusive as seqüencias eram bem dignas da literatura de Dashiell Hammet).
Depois dessa, acho que 1) preciso parar de ler e-mails por um tempo; 2) preciso parar de me importar com spammers por um tempo; 3) preciso parar de ler livros e ver séries policiais por um tempo e 4) preciso ligar pro meu pai rapidinho pra conferir um lance..
quinta-feira, outubro 16, 2003
quarta-feira, outubro 15, 2003
Má Propaganda
Um cara de terno descendo um escorrega; meninos mordiscando hamburguers e roubando batata frita dos amigos; pessoas virando cambalhotas no meio da rua; e o slogan "Amo Muito Tudo Isso"???
Pessoas conformadas com seus complexos de Peter Pan e com uma alimentação nem um pouco saudável, "bate-entope", eco de um estilo de vida estressado e que prima pelo descartável, num comercial que nem foi produzido no Brasil - e a gente ENGOLE, como engole aqueles sanduíches que dão azia, não apenas sem reclamar, mas "amando muito tudo isso"?
Pelamordedeus..
..eu preferia o primeiro slogan, "Porque você merece sempre mais!" (que, inclusive, tem quase vinte anos e a gente ainda se lembra - pra você ver..).
* * *
E, sinceramente, prefiro meus espinafres, minhas lentilhas e minhas sojas, viu?
Um cara de terno descendo um escorrega; meninos mordiscando hamburguers e roubando batata frita dos amigos; pessoas virando cambalhotas no meio da rua; e o slogan "Amo Muito Tudo Isso"???
Pessoas conformadas com seus complexos de Peter Pan e com uma alimentação nem um pouco saudável, "bate-entope", eco de um estilo de vida estressado e que prima pelo descartável, num comercial que nem foi produzido no Brasil - e a gente ENGOLE, como engole aqueles sanduíches que dão azia, não apenas sem reclamar, mas "amando muito tudo isso"?
Pelamordedeus..
..eu preferia o primeiro slogan, "Porque você merece sempre mais!" (que, inclusive, tem quase vinte anos e a gente ainda se lembra - pra você ver..).
* * *
E, sinceramente, prefiro meus espinafres, minhas lentilhas e minhas sojas, viu?
Spams que eu recebo
Eu mereço. Lógico. Esse papo de "ninguém merece" é a maior balela - tudo o que acontece comigo eu mereço sim, inclusive/ principalmente isso.. pra quem se interessar, vai aí o contato da moça:
From: "Rebeca" | This is spam | Add to Address Book
Subject: Consulta de cartas esotéricas pelo telefone - Cigana Rebeca
Date: Mon, 13 Oct 2003 15:30:31 -0300
Cigana Rebeca
- Atende ao publico deste 1960, foi sempre destaque em todas as feiras esotericas que fez.
- Leituras de carts pelo telefone, R$40,00 reais a consulta de 30 minutos.
- Atende das 2:00pm as 2:00 am
Telefone: 015-13-3507-4524
O pagamento deve ser efetuado na: Caixa Economica Federal - 0104
agencia: 2158
conta corrente:30432-5
em nome de: Aparecida Ines Gomes
Eu disse, eu mereço.
Eu mereço. Lógico. Esse papo de "ninguém merece" é a maior balela - tudo o que acontece comigo eu mereço sim, inclusive/ principalmente isso.. pra quem se interessar, vai aí o contato da moça:
From: "Rebeca"
Subject: Consulta de cartas esotéricas pelo telefone - Cigana Rebeca
Date: Mon, 13 Oct 2003 15:30:31 -0300
Cigana Rebeca
- Atende ao publico deste 1960, foi sempre destaque em todas as feiras esotericas que fez.
- Leituras de carts pelo telefone, R$40,00 reais a consulta de 30 minutos.
- Atende das 2:00pm as 2:00 am
Telefone: 015-13-3507-4524
O pagamento deve ser efetuado na: Caixa Economica Federal - 0104
agencia: 2158
conta corrente:30432-5
em nome de: Aparecida Ines Gomes
Eu disse, eu mereço.
Você já disse pras pessoas que você ama o quanto elas são importantes pra você? Já perdoou putarias que fizeram contigo? Já pediu desculpas a alguém que você magoou? Já abraçou alguém hoje? É alguém diferente de quem você abraçoou ontem e anteontem? Mas era sincero? Você fez diferença na vida de alguém?
A vida é MUITO curta pra gente perder tempo com desafetos e picuinhas, com trabalhos estressantes, com doenças que a gente mesmo inventa.
Vai lá ter paz, vai. Ou pelo menos tenta.
Faz logo tudo o que você está adiando.
Vai lá que eu espero. Mas não vou esperar muito não, porque a vida é curta demais.
* * *
Como assim?
Vem cá, sobre o recall das eleições na Califórnia e a vitória de Schwarza, ninguém fez piada com "Total Recall" ainda? Giovanna? Bueller? Ninguém?
* * *
Desnecessário é..
ESTÁ PROOOONTO E SERÁ LANÇADO DIA 17 NOS EUA!
PQP!
O Massacre da Serra Elétrica é um clássico que deveria ficar intocado e sem remakes!
* * *
Nosso povo, nossa língua
Peraí.. menas miligramas não existe..
A vida é MUITO curta pra gente perder tempo com desafetos e picuinhas, com trabalhos estressantes, com doenças que a gente mesmo inventa.
Vai lá ter paz, vai. Ou pelo menos tenta.
Faz logo tudo o que você está adiando.
Vai lá que eu espero. Mas não vou esperar muito não, porque a vida é curta demais.
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Como assim?
Vem cá, sobre o recall das eleições na Califórnia e a vitória de Schwarza, ninguém fez piada com "Total Recall" ainda? Giovanna? Bueller? Ninguém?
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Desnecessário é..
ESTÁ PROOOONTO E SERÁ LANÇADO DIA 17 NOS EUA!
PQP!
O Massacre da Serra Elétrica é um clássico que deveria ficar intocado e sem remakes!
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Nosso povo, nossa língua
Peraí.. menas miligramas não existe..
segunda-feira, outubro 13, 2003
Sinal dos Tempos
Meninas pagando peitinho em webcam? Vídeos amadores de loiraças siliconadas masturbando umas às outras com suas fabulosas unhas postiças de plástico vagabundo (aquelas que, vendo aquelas chamadas de ótimo gosto na tevê de madrugada, eu nunca entendi como é que não se soltam dentro da sujeita)?
Nada disso!
Voyeurismo digital de qualidade isso aqui, ó - coisa que você certamente nunca viu antes! E ainda purifica essa sua mente-poluída!
Meninas pagando peitinho em webcam? Vídeos amadores de loiraças siliconadas masturbando umas às outras com suas fabulosas unhas postiças de plástico vagabundo (aquelas que, vendo aquelas chamadas de ótimo gosto na tevê de madrugada, eu nunca entendi como é que não se soltam dentro da sujeita)?
Nada disso!
Voyeurismo digital de qualidade isso aqui, ó - coisa que você certamente nunca viu antes! E ainda purifica essa sua mente-poluída!
sábado, outubro 11, 2003
Como arranjar um marido
"Quando uma mulher sentir em seu coração o desabrochar de um terno sentimento por um homem e compreender que o mesmo acontece com ele, espere. Não se precipite. Mesmo que o seu desejo de casar seja grande, não se comprometa, fale-lhe francamente e com serenidade, pois todo o homem fica feliz, quando finalmente encontra uma mulher que lhe fala sinceramente de seus sentimentos sem se agarrar a ele com unhas e dentes, aflita por arrastá-lo ao casamento."
Não é meu. Nem é piada. O artigo, tão profundo quanto um pires, foi publicado na Folha de São Paulo em 1965.
E o nível aqui do blog vai subindo.. (pra não dizer o contrário).
* * *
Tá. Ok. Bora subir o nível dessa bodega aqui que tá foda. Movida pela exibição de "Tommy" no Festival do Rio, por ter esbarrado com o Juliano no icq e pelo fato de a coleção de discos do Manhães estar à venda e o 'Quadrophenia' duplo, importado, valer bem mais do que eu posso pagar no momento, resolvi baixar o disco do The Who - só pra descobrir mais um disco para minha extensa lista de 'favoritos'.
* * *
Então tá, essa chuvinha bunda desanima qualquer um mesmo, vamos baixar o nível de novo: apesar de estar com o "Quadrophenia" no hd, confesso que alterno "I Want Action" com "Talk Diry To Me", do Poison, pra ver se volto à vida.
* * *
Então vamos oscilar mais um pouco, hora de subir o nível novamente: você gosta de Kraftwerk? Man.. or Astroman? O pai de todos os blink-blóinks se chama Bruce Haack, vá ouvir.
Nomes estranhos
Acho que todo mundo aí já recebeu aquelas listinhas de nomes muito estranhos registrados em cartório, aquela mesma com as pérolas Arquiteclínio Petrocoquínio de Andrade, Brígida de Samora Mora Belderagas Piruégas, Deus É Infinitamente Misericordioso, Pália Pélia Pólia Púlia dos Guimarães Peixoto, entre muitos outros nomes tão estranhos quanto. Hoje esbarrei com essa lista de prenomes em inglês. Os comentários do dono do site são a melhor parte. Ou não.
* * *
Poesia
Para ganhar na mega-sena
eu precisaria, antes de tudo,
jogar na mega-sena.
Lia Amancio, 11/10/2003
"Quando uma mulher sentir em seu coração o desabrochar de um terno sentimento por um homem e compreender que o mesmo acontece com ele, espere. Não se precipite. Mesmo que o seu desejo de casar seja grande, não se comprometa, fale-lhe francamente e com serenidade, pois todo o homem fica feliz, quando finalmente encontra uma mulher que lhe fala sinceramente de seus sentimentos sem se agarrar a ele com unhas e dentes, aflita por arrastá-lo ao casamento."
Não é meu. Nem é piada. O artigo, tão profundo quanto um pires, foi publicado na Folha de São Paulo em 1965.
E o nível aqui do blog vai subindo.. (pra não dizer o contrário).
* * *
Tá. Ok. Bora subir o nível dessa bodega aqui que tá foda. Movida pela exibição de "Tommy" no Festival do Rio, por ter esbarrado com o Juliano no icq e pelo fato de a coleção de discos do Manhães estar à venda e o 'Quadrophenia' duplo, importado, valer bem mais do que eu posso pagar no momento, resolvi baixar o disco do The Who - só pra descobrir mais um disco para minha extensa lista de 'favoritos'.
* * *
Então tá, essa chuvinha bunda desanima qualquer um mesmo, vamos baixar o nível de novo: apesar de estar com o "Quadrophenia" no hd, confesso que alterno "I Want Action" com "Talk Diry To Me", do Poison, pra ver se volto à vida.
* * *
Então vamos oscilar mais um pouco, hora de subir o nível novamente: você gosta de Kraftwerk? Man.. or Astroman? O pai de todos os blink-blóinks se chama Bruce Haack, vá ouvir.
Nomes estranhos
Acho que todo mundo aí já recebeu aquelas listinhas de nomes muito estranhos registrados em cartório, aquela mesma com as pérolas Arquiteclínio Petrocoquínio de Andrade, Brígida de Samora Mora Belderagas Piruégas, Deus É Infinitamente Misericordioso, Pália Pélia Pólia Púlia dos Guimarães Peixoto, entre muitos outros nomes tão estranhos quanto. Hoje esbarrei com essa lista de prenomes em inglês. Os comentários do dono do site são a melhor parte. Ou não.
* * *
Poesia
eu precisaria, antes de tudo,
jogar na mega-sena.
Lia Amancio, 11/10/2003
Programinha legal para o dia das crianças
Use seu irmãozinho mais novo como pretexto para realizar o sonho de ver um esqueleto de orca de quatro metros e meio na exposição "Baleia à Vista", em cartaz a partir deste domingo na Fundação Oswaldo Cruz.
Porque Conga Conga Conga também é utilidade pública.
* * *
Você é uma mulher capaz?
- V. é capaz de comportar-se como uma verdadeira "lady", pela sua conversa erudita e agradável, quando recebe para o jantar os amigos de seu marido ou as pessoas de suas relações sociais?
- V. é capaz de não decepcionar o seu noivo, quando êle a interroga sôbre os seus gostos na arte, na literatura, na indústria, na música, no teatro?
E não é nada agradável para a mulher ser condenada a um silêncio humilhante, desde o momento em que a conversa se torna superior à banalidade habitual da tagarelice.
Mas, não se desespere! Dentro de meses, se V. quiser, o Moderno Método Prático de Desenvolvimento Cultural fará de V. uma mulher agradável, culta e cativante.
Breve V. terá aumentado o seu círculo de relações, será admirada como a espôsa que sabe colocar-se à altura intelectual de seu marido.
V. não tardará em constatar a formidável mudança operada em sua vida e a aquisição de nova personalidade.
Sério.
Isso não é piada, é um anúncio da Divulgação Cultural Brasileira, numa edição das Seleções do Reader's Digest de maio de 1957.
Inacreditável. PARECE piada.
Não reclamem comigo. Reclamem com a instituição.
Use seu irmãozinho mais novo como pretexto para realizar o sonho de ver um esqueleto de orca de quatro metros e meio na exposição "Baleia à Vista", em cartaz a partir deste domingo na Fundação Oswaldo Cruz.
Porque Conga Conga Conga também é utilidade pública.
* * *
Você é uma mulher capaz?
- V. é capaz de comportar-se como uma verdadeira "lady", pela sua conversa erudita e agradável, quando recebe para o jantar os amigos de seu marido ou as pessoas de suas relações sociais?
- V. é capaz de não decepcionar o seu noivo, quando êle a interroga sôbre os seus gostos na arte, na literatura, na indústria, na música, no teatro?
E não é nada agradável para a mulher ser condenada a um silêncio humilhante, desde o momento em que a conversa se torna superior à banalidade habitual da tagarelice.
Mas, não se desespere! Dentro de meses, se V. quiser, o Moderno Método Prático de Desenvolvimento Cultural fará de V. uma mulher agradável, culta e cativante.
Breve V. terá aumentado o seu círculo de relações, será admirada como a espôsa que sabe colocar-se à altura intelectual de seu marido.
V. não tardará em constatar a formidável mudança operada em sua vida e a aquisição de nova personalidade.
Sério.
Isso não é piada, é um anúncio da Divulgação Cultural Brasileira, numa edição das Seleções do Reader's Digest de maio de 1957.
Inacreditável. PARECE piada.
Não reclamem comigo. Reclamem com a instituição.
Baleia à Vista!
O dia da criança é um bom pretexto para nerds e curiosos de plantão visitarem a nova exposição do museu interativo da Fiocruz, o Museu da Vida: neste dia 12 de outubro, leve os filhos, sobrinhos e irmãos mais novos à exposição sobre cetáceos (baleias, golfinhos, botos e outros mamíferos marinhos), e vire criança ao ver o esqueleto completo de orca de quatro metros e meio na entrada. Trinta painéis, fotos em tamanho natural, ambientação com sons do mar e de baleias e curiosidades (como a de que a forma dos cetáceos facilita a movimentação na água, e torpedos e submarinos tiveram suas formas criadas a partir destes animais); na abertura, origamis, bolas enfeitadas, desenhos para colorir e contadores de história (às 11h da manhã) para entreter a petizada.
Quem perder a exposição por algum motivo (como não se animar a encarar Av. Brasil numa manhã de domingo) não se desespere: a exposição fica até março de 2004.
O Museu da Vida fica no campus da Fiocruz (Avenida Brasil 4.365, em Manguinhos). A entrada é franca e a visitação estará aberta a partir das 10h. Outras informações podem ser obtidas pelos e-mails museudavida@coc.fiocruz.br e dcriss@coc.fiocruz.br ou pelo telefone 3865-2153.
O dia da criança é um bom pretexto para nerds e curiosos de plantão visitarem a nova exposição do museu interativo da Fiocruz, o Museu da Vida: neste dia 12 de outubro, leve os filhos, sobrinhos e irmãos mais novos à exposição sobre cetáceos (baleias, golfinhos, botos e outros mamíferos marinhos), e vire criança ao ver o esqueleto completo de orca de quatro metros e meio na entrada. Trinta painéis, fotos em tamanho natural, ambientação com sons do mar e de baleias e curiosidades (como a de que a forma dos cetáceos facilita a movimentação na água, e torpedos e submarinos tiveram suas formas criadas a partir destes animais); na abertura, origamis, bolas enfeitadas, desenhos para colorir e contadores de história (às 11h da manhã) para entreter a petizada.
Quem perder a exposição por algum motivo (como não se animar a encarar Av. Brasil numa manhã de domingo) não se desespere: a exposição fica até março de 2004.
O Museu da Vida fica no campus da Fiocruz (Avenida Brasil 4.365, em Manguinhos). A entrada é franca e a visitação estará aberta a partir das 10h. Outras informações podem ser obtidas pelos e-mails museudavida@coc.fiocruz.br e dcriss@coc.fiocruz.br ou pelo telefone 3865-2153.
sexta-feira, outubro 10, 2003
Site foda do fim de semana:
Bicicletas Antigas
"Este site é voltado à preservação e ao desenvolvimento da cultura das bicicletas antigas, sua restauração, comércio de peças e de exemplares deste gênero.
Apresentamos uma galeria de bicicletas em perfeita condição de uso e que podem servir de guia para restauração aos seus visitantes.
Entendemos que sem comunicação, a ciência e o conhecimento não avançam, razão pela qual procuramos incentivar a troca de informações através deste."
Vale muito a pena dar uma navegada e ver como eram as bicicletas do tempo da vó da minha vó.
Bicicletas Antigas
"Este site é voltado à preservação e ao desenvolvimento da cultura das bicicletas antigas, sua restauração, comércio de peças e de exemplares deste gênero.
Apresentamos uma galeria de bicicletas em perfeita condição de uso e que podem servir de guia para restauração aos seus visitantes.
Entendemos que sem comunicação, a ciência e o conhecimento não avançam, razão pela qual procuramos incentivar a troca de informações através deste."
Vale muito a pena dar uma navegada e ver como eram as bicicletas do tempo da vó da minha vó.
quinta-feira, outubro 09, 2003
Parem o mundo que eu quero descer!
Por deus.. quando tudo parecia perdido.. vejo que REALMENTE tudo ESTÁ perdido: leia a biografia online de Al Bundy (não tá lembrando quem é Al Bundy?)
* * *
Arre égua!
Um cartão de banco clonado + uma correntista relapsa, desatenta e bastante tapada (não apenas com banco mas com tudo no mundo que não esteja a um raio de um metro de distância) = uma manhã agradabilíssima, uma suuuper viagem a Niterói e horas sentada em companhia das funcionárias do BB + esporros (merecidos) oriundos de vários lados + a promessa (sempre há a promessa, a ação são outros quinhentos) de que tudo vá mudar. Ê, lelê. Que dia!
* * *
Filme de ontem
"Swimming Pool" é legalzinho. Não mais do que isso - mais um desses filmes hypes de festival, que todo mundo fala bem e cria a maior expectativa - até assistir. A parte realmente legal é quando a inglesa começa a ajudar a francesinha a.. shiu! Quieta! E a correr atrás de.. ops! E tem o lance curioso, né? Que além da presença da mimosinha da Ludivine Sagnier, o filme ainda se passa em torno de uma escritora de livros de mistério - e a própria Ludivine Sagnier, em "8 Mulheres", tinha uma fixação por livros de mistério e um papel, digamos, de destaque. Mas tirando isso.. não sei. Achei apenas legalzinho. Assistam e tirem suas próprias conclusões.
* * *
Patchanka!
Começa a esquentar e a fazer sol forte e eu fico assim, incontrolavelmente ouvindo Mano Negra, achando que "Guayaquil City" é o reggaezinho mais gostoso do mundo, que "Malavida" é um musicão e que "Santa Maradona" é o melhor hino de torcida já ouvido no mundo. Até o tecladinho de "King of the Bongo" vira uma coisa, digamos, mágica. Talvez seja mágico mesmo, pra me transformar, mesmo que apenas momentaneamente, em uma pessoa 'do sol'. Quem sabe.
* * *
Rapidinha
- Mãe, posso brincar com o vovô?
- Pode, mas depois guarda ele de volta no freezer!
Por deus.. quando tudo parecia perdido.. vejo que REALMENTE tudo ESTÁ perdido: leia a biografia online de Al Bundy (não tá lembrando quem é Al Bundy?)
* * *
Arre égua!
Um cartão de banco clonado + uma correntista relapsa, desatenta e bastante tapada (não apenas com banco mas com tudo no mundo que não esteja a um raio de um metro de distância) = uma manhã agradabilíssima, uma suuuper viagem a Niterói e horas sentada em companhia das funcionárias do BB + esporros (merecidos) oriundos de vários lados + a promessa (sempre há a promessa, a ação são outros quinhentos) de que tudo vá mudar. Ê, lelê. Que dia!
* * *
Filme de ontem
"Swimming Pool" é legalzinho. Não mais do que isso - mais um desses filmes hypes de festival, que todo mundo fala bem e cria a maior expectativa - até assistir. A parte realmente legal é quando a inglesa começa a ajudar a francesinha a.. shiu! Quieta! E a correr atrás de.. ops! E tem o lance curioso, né? Que além da presença da mimosinha da Ludivine Sagnier, o filme ainda se passa em torno de uma escritora de livros de mistério - e a própria Ludivine Sagnier, em "8 Mulheres", tinha uma fixação por livros de mistério e um papel, digamos, de destaque. Mas tirando isso.. não sei. Achei apenas legalzinho. Assistam e tirem suas próprias conclusões.
* * *
Patchanka!
Começa a esquentar e a fazer sol forte e eu fico assim, incontrolavelmente ouvindo Mano Negra, achando que "Guayaquil City" é o reggaezinho mais gostoso do mundo, que "Malavida" é um musicão e que "Santa Maradona" é o melhor hino de torcida já ouvido no mundo. Até o tecladinho de "King of the Bongo" vira uma coisa, digamos, mágica. Talvez seja mágico mesmo, pra me transformar, mesmo que apenas momentaneamente, em uma pessoa 'do sol'. Quem sabe.
* * *
Rapidinha
- Mãe, posso brincar com o vovô?
- Pode, mas depois guarda ele de volta no freezer!
quarta-feira, outubro 08, 2003
Meu aniversário..
..é em fevereiro. Até lá, vou aprendendo a fazer este inusitado bolo em forma de patinho de borracha.
* * *
Política virou showbiz de vez..
Digam "Hasta la Vista" para o novo governador da Califórnia.
* * *
Filmes do Festival
Ontem vi "Elephant", filme simpático que mostra como provavelmente seriam as vidas dos alunos que morreram na Watts School, em Columbine, e como devem ter sido as horas que precederam a tragédia. Acaba sendo um filme de adolescentes, ficção quase documental, uma vez que não há uma história retardada no meio para classificar "Elephant" como "teen movie" - são adolescentes normais que podiam ter sido seus colegas de escola, em qualquer lugar do mundo. Você se apega a eles já sabendo como o filme termina, é triste, bem triste. Ponto para os encontros e desencontros nos corredores.
Pontos fracos? Consigo lembrar de dois: 1) embora tenha retratado os assassinos como garotos normais, rejeitados pelos colegas e professores (essa teria sido a motivação para o massacre? putz!), os dois jogando games de guerra e assistindo a um documentário sobre Hitler antes de saírem de casa ficou forçado demais; 2) filme de massacre por filme de massacre, "Carandiru" é muito melhor..
* * *
Todo mundo que um dia já tirou onda de moderna/ retrô/ gótica/ cool com chanel preto e franjinha deveria ser obrigada a ir ao OdeonBR hoje. Menos eu, heh heh. Vou ali ver "Swimming Pool", de François Ozon, o mesmo cara que cometeu a insanidade (no bom sentido) que é "8 Mulheres". Ueba.
..é em fevereiro. Até lá, vou aprendendo a fazer este inusitado bolo em forma de patinho de borracha.
* * *
Política virou showbiz de vez..
Digam "Hasta la Vista" para o novo governador da Califórnia.
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Filmes do Festival
Ontem vi "Elephant", filme simpático que mostra como provavelmente seriam as vidas dos alunos que morreram na Watts School, em Columbine, e como devem ter sido as horas que precederam a tragédia. Acaba sendo um filme de adolescentes, ficção quase documental, uma vez que não há uma história retardada no meio para classificar "Elephant" como "teen movie" - são adolescentes normais que podiam ter sido seus colegas de escola, em qualquer lugar do mundo. Você se apega a eles já sabendo como o filme termina, é triste, bem triste. Ponto para os encontros e desencontros nos corredores.
Pontos fracos? Consigo lembrar de dois: 1) embora tenha retratado os assassinos como garotos normais, rejeitados pelos colegas e professores (essa teria sido a motivação para o massacre? putz!), os dois jogando games de guerra e assistindo a um documentário sobre Hitler antes de saírem de casa ficou forçado demais; 2) filme de massacre por filme de massacre, "Carandiru" é muito melhor..
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Todo mundo que um dia já tirou onda de moderna/ retrô/ gótica/ cool com chanel preto e franjinha deveria ser obrigada a ir ao OdeonBR hoje. Menos eu, heh heh. Vou ali ver "Swimming Pool", de François Ozon, o mesmo cara que cometeu a insanidade (no bom sentido) que é "8 Mulheres". Ueba.
terça-feira, outubro 07, 2003
Lição de vida da Tia Lia
847 imprevistos são o resultado de meses largando coisas para fazer de última hora.
Ah, sim, 847 imprevistos, mudanças bruscas de planos e uma amidalite porque ninguém é de ferro, principalmente quando é obrigado a correr atrás de tudo em uma semana.
* * *
Ontem vi "Interstella 5555" e "Aluguel". Hoje é dia de "Elefante". Sábado teve "Cidadão Kane" e domingo teve outra sessão de "Rocky Horror", dessa vez com participações espontâneas da platéia, campanha antidrogas (heh heh) e sujeito mostrando a bunda no palco. ISSO SIM é o espírito do filme! :)
* * *
Lembra daquele papo de buraco na camada de ozônio, CFC e mudanças de embalagem de produtos que rolava na época da ECO 92? Ninguém nunca mais ouviu falar disso. Bem, o buraco continua grande, crescendo, mas o ritmo de crescimento diminuiu. Menos mal, mas ainda assim está um perigo. Tem uma ilustração do monstro aqui.
Tava na hora de lançar uma campanha para a preservação dos recursos hídricos da Terra, não? Só vejo a hora em que o estoque de águas 'utilizáveis' do planeta vai acabar.
847 imprevistos são o resultado de meses largando coisas para fazer de última hora.
Ah, sim, 847 imprevistos, mudanças bruscas de planos e uma amidalite porque ninguém é de ferro, principalmente quando é obrigado a correr atrás de tudo em uma semana.
* * *
Ontem vi "Interstella 5555" e "Aluguel". Hoje é dia de "Elefante". Sábado teve "Cidadão Kane" e domingo teve outra sessão de "Rocky Horror", dessa vez com participações espontâneas da platéia, campanha antidrogas (heh heh) e sujeito mostrando a bunda no palco. ISSO SIM é o espírito do filme! :)
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Lembra daquele papo de buraco na camada de ozônio, CFC e mudanças de embalagem de produtos que rolava na época da ECO 92? Ninguém nunca mais ouviu falar disso. Bem, o buraco continua grande, crescendo, mas o ritmo de crescimento diminuiu. Menos mal, mas ainda assim está um perigo. Tem uma ilustração do monstro aqui.
Tava na hora de lançar uma campanha para a preservação dos recursos hídricos da Terra, não? Só vejo a hora em que o estoque de águas 'utilizáveis' do planeta vai acabar.
sábado, outubro 04, 2003
Opaaaaa!Na onda do teste sobre os musicais..
Deixa eu falar de "Tommy".
O disco do The Who sobre a história do garoto que, traumatizado na infância, ficava cego, surdo e mudo e, alheio a tudo à sua volta, acabava virando um gênio do pinball é uma das coisas mais lindas da história do rock. Embora eu conheça pouquíssima coisa da banda além de "Tommy", este disco é suficiente para generalizar e dizer que "The Who é bom pra caralho".
Já o filme, é esquisitão mas não fica atrás; a gente não está mesmo acostumado à estética anos 70. Os arranjos das músicas são praticamente os mesmos, as vozes completamente diferentes, e as participações especiais de Eric Clapton, Tina Turner, Elton John e Ann-Margret (par romântico de Elvis Presley em 'Viva Las Vegas', excelente como a mãe de Tommy, um Roger Daltrey perfeitamente hippie-deslumbrado quando Tommy volta a enxergar - ei, isso não é spoiler, ok? O disco narra esse momento com a belíssima "I'm free", onde Tommy declara sua liberdade e vira um messias - as pessoas querem se libertar como ele, sacou?), então, as participações - emprestando suas vozes - não ofuscam a beleza das músicas - pelo contrário, emprestam seus rostos e corpos aos personagens que parecem feitos sob medida.
Perfeito? Ahn, nem tanto. Citando meu amigo Melvin, "o problema desses caras eram as drogas, eles não tinham critério e concordavam com tudo. 'Bora fazer a mulher nadar no meio de um monte de feijão?' 'Yeah!' 'Bora fazer o maluco se jogar de dentro de um espelho?' 'Yeah!'". As seqüências mais alucinógenas (e a mensagem final do filme é 'você não precisa de drogas para achar a paz', que coisa..), como a de "Gipsy, the Acid Queen" (fenomenal na pele da bisonha Tina Turner, tão freak quanto a personagem), são bastante cansativas, especialmente se você é um quase-straight-edge dos anos 2k e ainda tem uma boa noção de tempo. Algumas cenas parecem forçadas para caberem dentro da música, trechinhos que não existiam, inseridos no filme para fazer o gancho entre as cenas e tornar o filme mais linear (uma vez que o roteiro, sem diálogos falados, apenas música, segue exatamente a ordem do disco).
Mas mesmo as riponguices são esteticamente bem feitas, algumas cenas impressionantes - e ouvir "Pinball Wizard" (interpretada por sir Elton John) e "Sally Simpson" no super Dolby do cine Odeon é de arrepiar os pentelhos.
Quem viu, viu.
Deixa eu falar de "Tommy".
O disco do The Who sobre a história do garoto que, traumatizado na infância, ficava cego, surdo e mudo e, alheio a tudo à sua volta, acabava virando um gênio do pinball é uma das coisas mais lindas da história do rock. Embora eu conheça pouquíssima coisa da banda além de "Tommy", este disco é suficiente para generalizar e dizer que "The Who é bom pra caralho".
Já o filme, é esquisitão mas não fica atrás; a gente não está mesmo acostumado à estética anos 70. Os arranjos das músicas são praticamente os mesmos, as vozes completamente diferentes, e as participações especiais de Eric Clapton, Tina Turner, Elton John e Ann-Margret (par romântico de Elvis Presley em 'Viva Las Vegas', excelente como a mãe de Tommy, um Roger Daltrey perfeitamente hippie-deslumbrado quando Tommy volta a enxergar - ei, isso não é spoiler, ok? O disco narra esse momento com a belíssima "I'm free", onde Tommy declara sua liberdade e vira um messias - as pessoas querem se libertar como ele, sacou?), então, as participações - emprestando suas vozes - não ofuscam a beleza das músicas - pelo contrário, emprestam seus rostos e corpos aos personagens que parecem feitos sob medida.
Perfeito? Ahn, nem tanto. Citando meu amigo Melvin, "o problema desses caras eram as drogas, eles não tinham critério e concordavam com tudo. 'Bora fazer a mulher nadar no meio de um monte de feijão?' 'Yeah!' 'Bora fazer o maluco se jogar de dentro de um espelho?' 'Yeah!'". As seqüências mais alucinógenas (e a mensagem final do filme é 'você não precisa de drogas para achar a paz', que coisa..), como a de "Gipsy, the Acid Queen" (fenomenal na pele da bisonha Tina Turner, tão freak quanto a personagem), são bastante cansativas, especialmente se você é um quase-straight-edge dos anos 2k e ainda tem uma boa noção de tempo. Algumas cenas parecem forçadas para caberem dentro da música, trechinhos que não existiam, inseridos no filme para fazer o gancho entre as cenas e tornar o filme mais linear (uma vez que o roteiro, sem diálogos falados, apenas música, segue exatamente a ordem do disco).
Mas mesmo as riponguices são esteticamente bem feitas, algumas cenas impressionantes - e ouvir "Pinball Wizard" (interpretada por sir Elton John) e "Sally Simpson" no super Dolby do cine Odeon é de arrepiar os pentelhos.
Quem viu, viu.
Quatro Queijos
Os chefs sugerem de mussarela, provolone, gorgonzola e parmesão. Ou trocar a mussarela e o parmesão por emental e suíço. Ou manter a mussarela e acrescentar montesanina, emental e gruyère. Ou tirar a montesanina e colocar brie ou camembert (bem parecidos - o que o camembert tem de mais cremoso, tem de mais forte.
Que seja.
Um bom MIOJO AOS QUATRO QUEIJOS sempre será comporto de parmesão ralado, queijo minas, prato e polenguinho.
E mais parmesão ralado em cima, depois de pronto, para arrematar.
* * *
Hoje é dia de "Cidadão Kane".
Porque, na minha modesta opinião, Lars Von Trier é muito bom, mas não merece isso tudo (o que uma Nicole Kidman não faz..).
* * *
Na onda do Festival do Rio..
Já que está rolando essa mostra sobre musicais, teste seus conhecimentos sobre o gênero! (se você viu os filmes da mostra de musicais E da praia de Copacabana, vai garantir pelo menos umas quatro!)
Meu resultado?
You are Velma Kelly (n. da r.: que péssimo! não podia dar só o score? Esse não é um teste de personalidade, gente!)
You scored 15/20
You've got talent, but regardless of your singing abilities you're always going to be one of life's runners up. You'd kill to get to the top so get on your dancing shoes and razzle dazzle 'em!
* * *
Então tá.
Falo de "Tommy" mais tarde.
Sabia que a mãe de Tommy, no filme, é interpretada pela Ann-Margret, par romântico de Elvis Presley em "Viva Las Vegas?". Pois é. Essas e outras você só encontra aqui.
Os chefs sugerem de mussarela, provolone, gorgonzola e parmesão. Ou trocar a mussarela e o parmesão por emental e suíço. Ou manter a mussarela e acrescentar montesanina, emental e gruyère. Ou tirar a montesanina e colocar brie ou camembert (bem parecidos - o que o camembert tem de mais cremoso, tem de mais forte.
Que seja.
Um bom MIOJO AOS QUATRO QUEIJOS sempre será comporto de parmesão ralado, queijo minas, prato e polenguinho.
E mais parmesão ralado em cima, depois de pronto, para arrematar.
* * *
Hoje é dia de "Cidadão Kane".
Porque, na minha modesta opinião, Lars Von Trier é muito bom, mas não merece isso tudo (o que uma Nicole Kidman não faz..).
* * *
Na onda do Festival do Rio..
Já que está rolando essa mostra sobre musicais, teste seus conhecimentos sobre o gênero! (se você viu os filmes da mostra de musicais E da praia de Copacabana, vai garantir pelo menos umas quatro!)
Meu resultado?
You are Velma Kelly (n. da r.: que péssimo! não podia dar só o score? Esse não é um teste de personalidade, gente!)
You scored 15/20
You've got talent, but regardless of your singing abilities you're always going to be one of life's runners up. You'd kill to get to the top so get on your dancing shoes and razzle dazzle 'em!
* * *
Então tá.
Falo de "Tommy" mais tarde.
Sabia que a mãe de Tommy, no filme, é interpretada pela Ann-Margret, par romântico de Elvis Presley em "Viva Las Vegas?". Pois é. Essas e outras você só encontra aqui.
Sumida?
Sí sí.
Mas é que é época de festival de cinema, né? E este ano não tem nem a desculpa do trabalho - o trabalho é o festival, só paro em casa pra dormir (e como!). Então, só pra adiantar e usar o blog como bloco de notas:
[mais filmes]
- Tommy - Discurso hippie, fotografia foda e trilha sonora perrrrfeita. Já já desenvolvo.
- Cartas da mãe - curta-quase-média sobre as cartas de Henfil para dona Maria. Mais uma grata supresa: achei que fosse ser uma bomba e foi FODA. Aliás, sonhei com o Angeli (que dá depoimento no filme). Meu deus.
- Rio de Jano - conhece o trabalho do Jano? Então que ele veio ao Rio para trabalhar em seu livro de ilustrações, e o documentário mostra seu processo criativo e também um pouco de sua estadia aqui - com direito a show dos Autoramas, ida ao Jongo da Serrinha, jogo do Flamengo no Maracanã, Vila Mimosa e trilha sonora de um amigo que não vejo há eras. Mais detalhes, mais tarde.
Tenham paciência.
Sí sí.
Mas é que é época de festival de cinema, né? E este ano não tem nem a desculpa do trabalho - o trabalho é o festival, só paro em casa pra dormir (e como!). Então, só pra adiantar e usar o blog como bloco de notas:
[mais filmes]
- Tommy - Discurso hippie, fotografia foda e trilha sonora perrrrfeita. Já já desenvolvo.
- Cartas da mãe - curta-quase-média sobre as cartas de Henfil para dona Maria. Mais uma grata supresa: achei que fosse ser uma bomba e foi FODA. Aliás, sonhei com o Angeli (que dá depoimento no filme). Meu deus.
- Rio de Jano - conhece o trabalho do Jano? Então que ele veio ao Rio para trabalhar em seu livro de ilustrações, e o documentário mostra seu processo criativo e também um pouco de sua estadia aqui - com direito a show dos Autoramas, ida ao Jongo da Serrinha, jogo do Flamengo no Maracanã, Vila Mimosa e trilha sonora de um amigo que não vejo há eras. Mais detalhes, mais tarde.
Tenham paciência.
quarta-feira, outubro 01, 2003
Hoje se fala muito em nerd. É nerd pra cá, nerd pra lá, se o cara é expert em tecnologias, é nerd; se é expert em seriado de tevê, é nerd; se joga RPG, é nerd. O que a gente esquece é que boa parte dos nerds de hoje, antes da popularização do termo, eram denominados CDF's.
CDF era o sujeito que tirava as notas altas, o estudioso da turma. Mais: tinha esse nome porque vinha da abreviação de cu-de-ferro, mais especificamente "o sujeito que passa o dia sentado, estudando".
Pois, nesse sentido, o termo CDF também pode ser aplicado a pessoas que encaram três filmes do Orson Welles seguidos (sendo dois deles adaptações de William Shakespeare), e só não encaram cinco de uma vez porque têm mais o que fazer da vida. Embora poltronas de cinema sejam, em geral, acolchoadas, foram não apenas seis horas seguidas (com dois pequenos intervalos de mais ou menos quinze minutos) de filmes como seis horas seguidas de Orson Welles. Entenda a gravidade da coisa: Welles era considerado um 'visionário' - e 'visionário', na minha terra, tem outro nome (com um significado bem perto de lunático, ainda mais se levarmos em conta que o sujeito tinha planos muito maiores do que seus orçamentos, que lá pelas tantas começaram a estourar antes do fim dos filmes). Definitivamente, assistir a três Orson Welles seguidos não se compara (em termos de CDFzice, que fique claro) a maratonas de cinema com eventos paralelos, filmes variados ou trilogias hypadas, uma vez que eventos sociais e filmes de ação e edição frenética tornam as horas com a bunda na cadeira muito mais agradáveis.
Então, embora eu goste de Orson Welles com tudo de bom e de ruim que seus filmes têm (embora tenha visto poucos), sinto que minha alma agora está purificada (certamente deve estar valendo mais do que as míseras 24.290 libras da primeira cotação - e a SUA alma, quanto vale?) e que paguei meus pecados até os 45 anos de idade - quando talvez uma mostra completa de Federico Fellini me salve do inferno quando for chegada a hora do Juízo Final.
* * *
Mais Festival de Cinema - o que os documentos não dizem
Johnny Vang, filme norueguês, tem uma sinopse que diz "triângulo amoroso formado por amigos de infância" - isso seria o suficiente para afastar qualquer pessoa decente do cinema - mas como uma fada me apareceu outro dia e disse "poderás ver o que quiser; não te preocupes com a falta de carteirinha de estudante nem com a falta de grana - em troca, trabalharás sob sol e chuva durante os catorze dias das festividades cinematográficas de teu povo", saí entrando sem me preocupar com o fator "carajo, paguei dez reais por essa merda" - e não me arrependi não. Aliás, até achei bem legal. A sinopse não conta que o protagonista é um fudido, cada vez mais fudido que, não bastasse a crise de comer a mulher do melhor amigo, ainda tem como ocupação um viveiro de minhocas e uma mãe dependente do marido - e ver o sujeito se ferrando cada vez mais chega a ser divertido - e também não conta a solução absurda do roteirista para amenizar o tormento de Jonny. Se a sinopse mal fala do filme, imagina o descaso com a trilha sonora, recheada de rockabillyzinhos e surfs instrumentais.
Filminho independente, talvez fique uma semana no cinema 'alternativo' da sua cidade. Se passar, corra. Vale a pena.
* * *
Mais festival de cinema - grata surpresa
"Confidence", de James Foley, é uma espécie de filme noir de golpistas e gângsteres dos dias de hoje. A sessão não estava programada, passou bem de surpresa, e como eu já estava lá e veria o filme outro dia de qualquer jeito (ah, tem pessoas legais no elenco, horário decente e cinema perto) resolvi pegar essa sessão logo de uma vez. Bem, eu AMO histórias de policiais, golpistas e climas noir - e Dustin Hoffman e Andy Garcia estão excelentes em seus personagens filhos-da-puta: tão bons que você esquece dos atores enquanto vê o filme. Bela fórmula para o espectador se envolver com a história: dois atores tão bons que você não pensa neles, e sim nos personagens, e alguns canastrões desconhecidos, de quem você não tem referências prévias (a única referência que eu tinha da Rachel Weisz era sobre sua região glútea, e sobre o Edward Burns, sua participação em "O Resgate do Soldado Ryan", filme com tanto garotão pintoso que até fica difícil lembrar do rosto do cara).
Surpresas? A Rachel Weisz é os córnios da Ana Paula Arósio (e sua região glútea não aparece), o filme é muito foda, o diretor tem um passado nigérrimo no currículo (nem eu, fã da Madonna, consigo considerar "Quem é essa garota" um filme bom) e tem o Robert Forster, mais conhecido como "o-cara-que-eu-sempre-acho-que-é-o-William-Shatner-mas-não-é".
* * *
Sabe essa história de "mundo pequeno, todo mundo se conhece"?
Tou achando que o responsável pelo departamento de coincidências, acasos e nonsense exagerou dessa vez..
CDF era o sujeito que tirava as notas altas, o estudioso da turma. Mais: tinha esse nome porque vinha da abreviação de cu-de-ferro, mais especificamente "o sujeito que passa o dia sentado, estudando".
Pois, nesse sentido, o termo CDF também pode ser aplicado a pessoas que encaram três filmes do Orson Welles seguidos (sendo dois deles adaptações de William Shakespeare), e só não encaram cinco de uma vez porque têm mais o que fazer da vida. Embora poltronas de cinema sejam, em geral, acolchoadas, foram não apenas seis horas seguidas (com dois pequenos intervalos de mais ou menos quinze minutos) de filmes como seis horas seguidas de Orson Welles. Entenda a gravidade da coisa: Welles era considerado um 'visionário' - e 'visionário', na minha terra, tem outro nome (com um significado bem perto de lunático, ainda mais se levarmos em conta que o sujeito tinha planos muito maiores do que seus orçamentos, que lá pelas tantas começaram a estourar antes do fim dos filmes). Definitivamente, assistir a três Orson Welles seguidos não se compara (em termos de CDFzice, que fique claro) a maratonas de cinema com eventos paralelos, filmes variados ou trilogias hypadas, uma vez que eventos sociais e filmes de ação e edição frenética tornam as horas com a bunda na cadeira muito mais agradáveis.
Então, embora eu goste de Orson Welles com tudo de bom e de ruim que seus filmes têm (embora tenha visto poucos), sinto que minha alma agora está purificada (certamente deve estar valendo mais do que as míseras 24.290 libras da primeira cotação - e a SUA alma, quanto vale?) e que paguei meus pecados até os 45 anos de idade - quando talvez uma mostra completa de Federico Fellini me salve do inferno quando for chegada a hora do Juízo Final.
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Mais Festival de Cinema - o que os documentos não dizem
Johnny Vang, filme norueguês, tem uma sinopse que diz "triângulo amoroso formado por amigos de infância" - isso seria o suficiente para afastar qualquer pessoa decente do cinema - mas como uma fada me apareceu outro dia e disse "poderás ver o que quiser; não te preocupes com a falta de carteirinha de estudante nem com a falta de grana - em troca, trabalharás sob sol e chuva durante os catorze dias das festividades cinematográficas de teu povo", saí entrando sem me preocupar com o fator "carajo, paguei dez reais por essa merda" - e não me arrependi não. Aliás, até achei bem legal. A sinopse não conta que o protagonista é um fudido, cada vez mais fudido que, não bastasse a crise de comer a mulher do melhor amigo, ainda tem como ocupação um viveiro de minhocas e uma mãe dependente do marido - e ver o sujeito se ferrando cada vez mais chega a ser divertido - e também não conta a solução absurda do roteirista para amenizar o tormento de Jonny. Se a sinopse mal fala do filme, imagina o descaso com a trilha sonora, recheada de rockabillyzinhos e surfs instrumentais.
Filminho independente, talvez fique uma semana no cinema 'alternativo' da sua cidade. Se passar, corra. Vale a pena.
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Mais festival de cinema - grata surpresa
"Confidence", de James Foley, é uma espécie de filme noir de golpistas e gângsteres dos dias de hoje. A sessão não estava programada, passou bem de surpresa, e como eu já estava lá e veria o filme outro dia de qualquer jeito (ah, tem pessoas legais no elenco, horário decente e cinema perto) resolvi pegar essa sessão logo de uma vez. Bem, eu AMO histórias de policiais, golpistas e climas noir - e Dustin Hoffman e Andy Garcia estão excelentes em seus personagens filhos-da-puta: tão bons que você esquece dos atores enquanto vê o filme. Bela fórmula para o espectador se envolver com a história: dois atores tão bons que você não pensa neles, e sim nos personagens, e alguns canastrões desconhecidos, de quem você não tem referências prévias (a única referência que eu tinha da Rachel Weisz era sobre sua região glútea, e sobre o Edward Burns, sua participação em "O Resgate do Soldado Ryan", filme com tanto garotão pintoso que até fica difícil lembrar do rosto do cara).
Surpresas? A Rachel Weisz é os córnios da Ana Paula Arósio (e sua região glútea não aparece), o filme é muito foda, o diretor tem um passado nigérrimo no currículo (nem eu, fã da Madonna, consigo considerar "Quem é essa garota" um filme bom) e tem o Robert Forster, mais conhecido como "o-cara-que-eu-sempre-acho-que-é-o-William-Shatner-mas-não-é".
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Sabe essa história de "mundo pequeno, todo mundo se conhece"?
Tou achando que o responsável pelo departamento de coincidências, acasos e nonsense exagerou dessa vez..
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