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sexta-feira, dezembro 10, 2010

Vida imbecil

Olha, eu acho mesmo que é possível viver uma vidinha mais ou menos, bem classe média mesmo, se você GOSTA dela, se ela não te frustra, se ela te diverte.

A partir do momento em que você precisa constantemente de válvulas de escape, quer dizer claramente que as coisas não estão como você queria. Só que a válvula de escape é isso, é um escape, é momentâneo, o dia seguinte vai ser a mesma coisa de sempre, mesmo trabalho, mesmo tudo.

Então você precisa mudar. Ainda que a mudança demore, porque não depende somente de você (depende de alguém te contratar, depende do volume de trabalho, depende das condições econômicas do país, depende do seu marido ou mulher ter ou não a mesma aspiração que você), você precisa dar o passo. Precisa escolher o que você quer, precisa começar a correr atrás, precisa mudar de atitude diante da vida.

ema ema ema
ema, ema, ema! cada um com seus pobrema!

“Life is 10% what happens to you and 90% how you react to it.” ~ Charles R. Swindoll 

Li isso no http://thinksimplenow.com/ (um dos meus prazeres secretos - ADORO uma autoajuda inspiradora) e não podia concordar mais: sim, coisas acontecem. Coisas que fogem do nosso controle acontecem aos montes. Mas culpar essas coisas eternamente, como se a responsabilidade da nossa felicidade (ou não) fosse delas, isso é um equívoco! Doenças têm tratamento, empregos chatos e mal pagos são escolha nossa, falta de disciplina pode ser resolvida com estabelecimento de rotinas e força de vontade, e acima de tudo (essa eu aprendi há mais de 5 anos, quando fazia análise): coisas que nossos pais fizeram ou a maneira como fomos criados explica algumas coisas, mas não justifica nada. A culpa não é deles: você é que não sabe lidar com isso até hoje. Meu conselho? APRENDA. As válvulas de escape só ajudam a varrer os problemas momentaneamente pra debaixo do tapete - a resolução efetiva dos problemas, essa sim depende de atitudes concretas a serem tomadas no seu dia-a-dia.

Não é pra virar empresário bem-sucedido, bilionário e dirigindo um Aston Martin: é pra se sentir mais feliz do que um empresário bem-sucedido, bilionário e dirigindo um Aston Martin. Sacou agora? 


E, sim, é possível ser feliz com o que você tem - é só parar de usar o outro como parâmetro para a sua felicidade. Mas isso é assunto para outro post...

2 comentários:

Renato Portugal disse...

Perfeito! Disse tudo o que eu acredito, o que eu penso e o que eu não canso de repetir quando alguém, ocasionalmente, vem molhar meu ombro.

90 disse...

"coisas que nossos pais fizeram ou a maneira como fomos criados explica algumas coisas, mas não justifica nada"

a frase da semana, eu diria. Conheço gente que merecia isso marcado no corpo a ferro em brasa pra não esquecer...

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