quarta-feira, abril 29, 2009
Ops!
Mas não tem rolado muito tempo para desenvolver textos mais elaborados. Você tem me acompanhado no Twitter? Sempre tem algo legal pra ver.
Mas se você quiser conteúdo exclusivo (he, he; he he), tem aqui - tu certamente não viu esse comercial tosco no twitter de ninguém:
quarta-feira, abril 22, 2009
Deus não dá asa a cobra, mas dá pra pombo
Isso é kawaii.
domingo, abril 19, 2009
Sobre o não-fim da imprensa
O que acontece é que, de um lado, é muito mais sensato cortar gastos; e, embora a receita de uma publicação online não seja comparável à receita de publicações impressas, o prejuízo por uma ação fail é bem menor. Lucro, ultimamente, é algo tão incerto que tem-se optado por perder menos. Ponto pro online.
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O Bluebus deu a nota do jornal de Ann Arbor, cidadezinha que, assim como outras três, ficará sem um jornal diário: o jornal local será impresso apenas duas vezes na semana. O assustador é que a editora é a mesma das revistas Wired e Vogue. É uma editora grande, afinal. Você não se sente alarmado pela possibilidade de um dia não poder mais folhear sua revista preferida? Eu me sinto - mas acredito que vou sempre poder folhear alguma coisa.
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O New York Times, por exemplo, está mal das pernas - mas é incansável na busca por um formato ideal, ou na integração entre dois formatos, ou em modelos de sustentabilidade que garantam sua sobrevivência. Hoje ele existe na versão impressa e na online e, como vocês mesmos podem notar clicando na matéria original mencionada pelo Bluebus, restringe boa parte do conteúdo da online para assinantes, o que pode gerar um probleminha: parte das receitas do jornal online não vem de assinantes, mas de anúncios (entre eles, os conhecidos anúncios do Google). O que o NYT fez para continuar atraindo visitantes? Virou um grande portal de notícias, não necessariamente produzidas pela empresa. Na verdade, o nosso JB impresso já faz isso: você nunca reparou que a revista Programa tem conteúdo das revistas da Editora Peixes?
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Mas peraí, a revista SET foi descontinuada. E agora?
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Nós, leitores, lamentamos profundamente o fim da revista, mas é verdade que não comprávamos mais a edição impressa: quem quer saber de todas as novidades do mundo cinematográfico vai no Ain't it Cool News, FilmJunk, Omelete e tantos outros sites que informam sobre as produções que estamos esperando no exato momento em que os contratos são assinados. Para as biografias completas, tracklisting das trilhas sonoras e tudo o mais, temos o IMDB em nossos favoritos. A verdade é que "They didn't see the internet coming", máxima que vale, aliás, pra outras indústrias (TODO MUNDO aqui acompanhou o processo do PirateBay, não?). O site da SET poderia ser uma fonte sensacional de notícias em primeiríssima mão, compiladas de trocentos outros sites confiáveis (e outros nem tanto, mas tenho certeza de que eles saberiam filtrar notícias de boatos), com um espaço para as matérias editoriais sensacionais - que poderiam ser, por que não, abertas apenas para assinantes ou mediante código da revista impressa. Um meio complementaria o outro, e a versão online também poderia gerar receita (olha o modelo que o NYT está tentando aí, gente). Mas não deu. Alguém já viu o site da SET? Como gerar receita com aquilo ali?
(agora quem falou foi a planner de uma das maiores agências digitais do país)
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E voltamos para o papo com Fernando. Várias revistas e jornais estão morrendo, verdade. E muitas migrando para o online, que ainda é bem incerto e ninguém sabe muito bem como fazer (o que abre espaço para um campo de experimentação razoavelmente barata, o que pode ser assunto para outro post); Mas eu bato na mesma tecla, sempre: existe um gap tecnológico monstruoso no mundo inteiro que impede que se decrete o fim do papel (ou do disco, ou de qualquer outra mídia física, até mesmo do cinema como o conhecemos, exibido em telas enormes), e que torna o '100% online' meio tiro no pé, a menos que 100% da audiência esteja lá. Todo mundo tem acesso à internet, se quiser - mas muitas vezes, não do seu próprio computador; todo mundo tem celular: pré-pago. Quantas pessoas você conhece que têm um leitor móvel de feeds ou de pdf? Quantas dessas pessoas fazem parte da multidão que passa horas diárias dentro de um ônibus ou trem, indo e voltando para o trabalho, e estão a anos-luz de distância da paranóia de imediatismo de informação que só atinge quem ganha mais de R$ 2000,00 por mês e, aliás, nem todo mundo - vide meu pai, que nem celular tem, pra não cair na armadilha de ser mais workaholic do que já é. Se você não é editor de meio de comunicação nem operador de bolsa de valores, não tem a MENOR necessidade de acompanhar nada em tempo real. Você provavelmente tem um site ou blog, mas olha em volta, quanta gente não tem. Essas pessoas não fazem a menor questão de informação em primeira mão, nem têm condições de ter um celular com pacote de transmissão de dados pela internet, mas precisam ler o jornal de R$0,60 de todo dia, ou o livro de R$10 comprado na banca. Sem alarmismo, galera. A imprensa não vai acabar.
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Então vamos fechar esse post: eu, com a promessa de escrever algo parecido relacionado às indústrias da música e dos filmes (que eu acompanho de bem perto há uns dez anos, desde o imbroglio Napster - adiantou alguma coisa processar 'a internet', aliás? Alguém aí não aprendeu nada?), e vocês com o compromisso de repassar essa tirinha do Malvados pra qualquer um que decrete a morte da imprensa - no sentido de impresso, tal qual a conhecemos.
quinta-feira, abril 16, 2009
Vida Fodona (Amélie-Pollyanna Style)
Almoçar na outra extremidade do bairro enorme e descobrir um restaurante de comida mineira (reparar que você está vestida como as toalhas de mesa, com essa camisa quadriculada, reparar no olhar do estranho na sua diagonal e rir da situação conta pontos);
E a mente viaja em pessoas e situações;
Achar um pacotaço de bala juquinha de tutti frutti no mercadinho ali perto, pronto pra fazer um agrado pros seus colegas de trabalho - aqueles de quem você lembra matinalmente, antes de sair de casa, quando agradece pelo seu emprego ótimo e pela chefe fodona que você tem;
E a mente continua viajando sem fronteiras em pessoas e situações gostosas;
Uma sorveteria Itália cruza seu caminho, e você volta tomando uma bola de sorvete de torta alemã com doce de leite, que vale cada um dos quatro reais e oitenta centavos. Cada um MESMO;
Você pensa em quem não deve por causa do sorvete, e ainda assim é uma sensação boa;
Pegar um solzinho na volta, aquele sol que só não é insuportável pelo bloco de nuvens que faz uma espécie de filtro na frente - e por causa das nuvens, ele chega suave e dando uma aparência saudável às suas bochechas;
Quem sabe você não encontra o amigo querido que trabalha ali perto? Então você dá a volta pela parte antiga do bairro, aquelas ruazinhas estreitas cheias de bares e restaurantes em construções tombadas, de tão antigas, e descobre prédios arruinados e um sebo de livros e discos com café e restaurante, que você não veria se não desviasse tanto do seu caminho;
Tudo isso sem uma câmera pra registrar, porque câmeras registram imagens, e não sensações. Se pudesse, vocês estariam sorrindo lendo isso. Podem apostar.
Porque a vida é boa quando a gente se sente cheio dela, sabe?
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O que me lembra do mote da comunidade Vida Fodona, criada pelo queridíssimo Alexandre Matias, na época em que você tinha no máximo dois graus de separação com qualquer um que estivesse no Orkut: Se você curte reclamar da vida, saia já daqui.
Ou volte mais vezes, pra aprender como é que se faz gostoso.
sábado, abril 11, 2009
A malandra mulher moderna... (pt001)
Ha!!
sexta-feira, abril 10, 2009
A haiku about Zack and Miri make a porno
I'm sorry I don't understand very well how to count syllables in english (I speak portuguese).
If I was Miri
I wouldn't have waited that long
Seth Rogen's so hot.
Rio de Janeiro Rock City
(obrigada, Tadeu!!)
Ver não apenas um showzaço de uma banda que não precisa de banda de abertura pra esquentar a platéia, mas sim um ESPETÁCULO - Paul Stanley DOMINANDO a platéia, pirotecnia avançada, luzes de cegar a audiência, um temporal que não foi suficiente para tirar um quinto da animação do público... não teve preço. Encontrar F. depois do show, tremendo de tão emocionado e ver aqueles olhinhos de quem quem acabou de ver o show pelo qual esperou a vida inteira não teve preço. Ver pessoas tão díspares como Claudinha e Erik, centenas de pais e mães com seus filhos moleques, curtindo o show em duas, três gerações... não tem preço um troço desses. Valeu cada um dos muitos centavos, cada um dos litros de chuva, cada músculo dolorido (po, não tenho mais saúde pra isso não, essa pode ser minha despedida dos shows de arena FÁCIL, até porque não tem necessidade de MAIS shows depois desse. JURO).
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Tá, guardar o ingresso e o cartãozinho patrocinado pela empresa de camisetas é legal, mas OLHA, esse aqui é o melhor souvenir EVER. Clicando na imagem, tu lê AMPLIADO. Melhor souvenir de show EVER:
Gosto de ver o ser humano sempre se superando.
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Lá de 'down under', EGS lembrou de mim:
Que amigo. QUE AMIGO. E Paul Stanley... que SENSUAL (he he).
I'm in the brazilian nerds Hall of Fame for having written the truth about them
My personal philosophy courtesy of Shirley Manson of Garbage
6 years ago, I wrote a text about nerds and how they were cool and kinky and the best lovers in the world. The text was published in a couple of websites, inspiring lots of people to write their own 'ode to nerds' - also inspiring nerds to 'assume their condition'. Pretty weird.
I STILL receive tons of e-mails written by nerds who thank me a lot for understanding them. It's a little bit scary sometimes, they're way too passionate about their nerd-way-of-life. But that's how I became a 'celebrity'. Ha ha.
segunda-feira, abril 06, 2009
Max Moritz brings me back to my early years
'Max and Moritz' is a classic, thanks god my parents taught me to read with good literature.
I was a little kid, learning to read, and someone gave me this book. I WROTE and COLOURED the other half of it.
domingo, abril 05, 2009
O kit-gata e a piada ponta, quer dizer, pronta
Além do bom e velho (e indispensável!) pacote de preservativos, o kit-gata ideal tem sempre um frasco de demaquilante para os olhos. Acho que ninguém nunca pensou nisso. Nunca passei pela experiência (sou moça decente!), mas acho que pode ser digno. De preferência, com uma boa explicação pra garota não entrar na nóia de que "ow, será que ele tem namorada. Senão, o que ISSO está fazendo nesse banheiro?".
Fica a dica. Vai que.
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Sabe o James Franco?
Bom, você certamente já viu o James Franco - o filho do duende verde. Sabe o duende verde? Então. Eu sei que você sabe quem é o James Franco - qualquer dúvida, o Imdb explica.
Só fui reparar mesmo no James Franco depois de ver a primeira e única temporada de Freaks and Geeks, aquela série que, de tão sensacional, não passou da primeira temporada. Foi um mês e meio intensivo com James Franco de Daniel Desario me acompanhando todo fim de semana aqui em casa. E quem era Daniel Desario? Ah, um dos maconheiros, roqueiros, stoners e alternativos da escola.
Daí, anos depois, numa espécie de 'Freaks and Geeks 10 anos depois', o sujeito me aparece (do lado de Seth Rogen e dirigido por Judd Apatow, aliás) fazendo praticamente o mesmo papel - mas dez anos depois - no surreal 'Pineapple Express', aqui toscamente traduzido como 'Segurando as Pontas', uma espécie de cruza de Grande Lebowski com Pulp Fiction, que resulta num filme que não faz muito sentido - e que necessita um senso de humor muito deturpado do espectador, pra ser considerado bom.
Eu adorei, aliás.
Daí agora, com a notícia da produção de 'Your Highness' (como tá teu inglês pra entender a piada do título, hein?) o cara me aparece com essa piada p(r)onta:
- James Franco está se especializando em fazer filme de maconheiro:
- vai ficar marcado
- agora só vão chamar o James Franco pra fazer filmes BASEADOS nesse assunto. Ele vai ficar QUEIMADO.
- só vai conseguir PONTAS
Entendeu o que eu chamo de senso de humor?
Ok. Tava só checando. Agora um minuto de silêncio pelo fim da Revista SET, ok? Ela me ensinou muitas coisas. Uma pena que não conseguiu competir com feeds e sites de cinema. Vamos lá. Um minuto de silêncio.
quarta-feira, abril 01, 2009
Fashion? FASHIONSOLHOS.
* * *
Tá todo mundo usando esse modelo vintage do RayBan, né? O tal do Wayfarer. O oficial sai um pouco do escopo previamente acordado, digamos, mas os de camelô são sempre uma boa alternativa (até porque preciso trocar as lentes por lentes com grau, então dane-se se a lente é de plástico).
Ali na Sete de Setembro, em frente ao Vertical, já era o segundo dia consecutivo que eu via o Wayfarer vermelho no camelô. Como de praxe, não cedi ao impulso consumista de primeira. Mas se os óculos estivessem lá no dia seguinte, aí eu levava.
E estavam.
Parei, olhei, e antes que eu pudesse perguntar o preço, o camelô me informou:
"É o óculos da moda, igual o do Dado DONA BELA".
Hein?
"O Dado DONA BELA".
Oi, não entendi?
"O Dado DONA BELA deu uma entrevista usando um igual. É o óculos da moda."
Estilo pra segurar um óculos de plástico vermelho-bombeiro com cara de diretamente saído de 1984, eu tenho. Mas sair usando os óculos do DADO DONA BELA (!!!!), não tenho coragem. Mal aê. Broxei. Não sem antes fazer o sujeito repetir "Dado Dona Bela" umas três vezes...
(o desenho é meu mesmo, tá?)