Poesia pura
"Ele foi bem escondido só que todo mundo viu
ele entrando na farmácia pra tomar Benzetacil
Putaquepariu
Foi tomar Benzetacil"
* * *
Amigos, não tentem fazer isso em casa
Imbuída do genuíno espírito olímpico pregado por Pierre de Coubertin, lá fui, com a graça de uma deusa grega, praticar exercícios aproveitando a bela academia ao ar livre que é a orla da Zona Sul do Rio de Janeiro. E tome pedalada, pedalada, tal qual uma música do Marcos Valle, e um dia era Roberto Carlos na fase soul, no outro era o Nirvana com Kurt Cobain agonizando com seu "In Utero", discaço, várias lembranças de adolescência, eu e Bel e as camisas com a letra de "Dumb", e mais pedaladas, mais pedaladas, e o ventinho no rosto, e os rostos conhecidos domingo à tarde, desvia do pessoal do cooper, e o ventinho, ah, o ventinho de segunda à tardinha, ao sol poente, e a lua das 18:35 do final de inverno como uma bola laranja gigante subindo pela pedra do Leme, e o banho quase frio pra refrescar em casa depois de tantos kilômetros pedalados..
..resultado: uma baita dor nas costas que já dura quase 24 horas, e não parece diminuir.
É, definitivamente, esse papo de que esporte faz bem é balela.
* * *
No trabalho não tem jeito, mas em casa sou obrigada a sair da frente do computador e ficar na horizontal, espalhada pelos cinco travesseiros. Aproveitei os momentos forçados de repouso para colocar algumas leituras em dia - e, cacete, que livro FRACO tá sendo esse tal "Neuromancer", do William Gibson, hein?
Vamos ver se melhora.
É, porque a coluna da velha decrépita aqui não tem mais jeito.
* * *
Kevin Smith novo
Nossa, "Clerks" já vai fazer dez anos. Estou me sentindo velha MESMO.
A boa notícia é que Kevin Smith está trabalhando na seqüência de "Clerks". Espero ansiosa. A mesma nota da Reuters diz que Smith está escrevendo uma adaptação da série "Besouro Verde" para as telonas. Fantástico. Aguardarei ansiosa também.
* * *
Por ora, fiquem com a descrição dos brownies feita por Jorge Luis Borges:
"São homenzinhos serviçais de cor parda, da qual tiraram seu nome. Costumam visitar as granjas da Escócia e, durante o sono da família, copaboram nas tarefas domésticas. Um dos contos de Grimm relata um fato análogo.
O ilustre escritor Robret Louis Stevenson aformou que havia adestrado seus brownies no ofício literário. Quando sonhava, estes lhe sugeriam temas fantásticos; por exemplo, a estranha transformação do Dr. Jekyll no diabólico Sr. Hyde, e aquele episódio de Olalla no qual um jovem, de uma antiga casa espanhola, morde a mão de sua irmã."
(retirado de "O Livro dos Seres Imaginários", obrigatório para fãs de fantasia, escritores e curiosos)
Este site está em novo endereço: visite www.liaamancio.com.br para novidades e updates!
terça-feira, agosto 31, 2004
segunda-feira, agosto 30, 2004
Elektronik Supersonik
I is more stronger than Darth Vader, oh baby, I is your dictator
Vídeo tosco, música ruim, visual freak. Ah, como eu adoro essas coisas!
I is more stronger than Darth Vader, oh baby, I is your dictator
Vídeo tosco, música ruim, visual freak. Ah, como eu adoro essas coisas!
sábado, agosto 28, 2004
Graaaaande Mateus Reis!
Pois é, a Superinteressante resolveu lançar mais uma revista-satélite, desta vez sobre ciência! Legal, já que a própria super não fala disso há muito tempo.
Não li, mas o Mateus leu e avisa que rola um conto do Douglas Adams inédito por aqui, contando o que acontece ANTES da destruição da Terra, que como todos sabem, rola logo no começo do primeiro livro da série do Mochileiro das Galáxias.
Pra quem já está careca de ouvir falar de Douglas Adams e do 'Guia do Mochileiro das Galáxias' mas nunca teve a oportunidade de ler, esta pode ser um boa introdução antes de comprar os livros - que estão sendo relançados pela Ed. Sextante.
O nome da revista é Sapiens. Tá nas bancas.
* * *
Já que vocês não vão ver mesmo..
"A Mulher Vespa" é sensacional.
O filme, de 1960, começa com o sr. Zinthrop, um estudioso de abelhas e vespas, mostrando sua mais nova descoberta - a partir da geléia real de vespas, é possível retardar o envelhecimento. Corta para uma reunião de negócios em uma empresa de cosméticos cuja presidente, Janice Starlin, tem a idéia fixa de fazer um tratamento rejuvenescedor para continuar sendo a garota-propaganda dos produtos da companhia.
Janice Starlin, então, faz o tratamento com extrato de vespa, fica satisfeitíssima com os resultados e acaba tomando doses bem altas do medicamento sem a orientação do pesquisador responsável.
Roger Corman conduz o filme com boas doses de suspense e investigações, até que escracha logo de uma vez - um dia a moça começa a ouvir zumbidos e - ta-raaaaaam! - vira uma vespa peludona assassina e sai matando geral, mordendo jugulares, vejam vocês!
Vale mencionar que a cópia (provavelmente a única existente por essas bandas) é dublada, que o curta do Ivan Cardoso não passou e que eu não estava sozinha na sala: havia mais seis pessoas. Entre elas, o Ruy. Claro.
Pois é, a Superinteressante resolveu lançar mais uma revista-satélite, desta vez sobre ciência! Legal, já que a própria super não fala disso há muito tempo.
Não li, mas o Mateus leu e avisa que rola um conto do Douglas Adams inédito por aqui, contando o que acontece ANTES da destruição da Terra, que como todos sabem, rola logo no começo do primeiro livro da série do Mochileiro das Galáxias.
Pra quem já está careca de ouvir falar de Douglas Adams e do 'Guia do Mochileiro das Galáxias' mas nunca teve a oportunidade de ler, esta pode ser um boa introdução antes de comprar os livros - que estão sendo relançados pela Ed. Sextante.
O nome da revista é Sapiens. Tá nas bancas.
* * *
Já que vocês não vão ver mesmo..
"A Mulher Vespa" é sensacional.
O filme, de 1960, começa com o sr. Zinthrop, um estudioso de abelhas e vespas, mostrando sua mais nova descoberta - a partir da geléia real de vespas, é possível retardar o envelhecimento. Corta para uma reunião de negócios em uma empresa de cosméticos cuja presidente, Janice Starlin, tem a idéia fixa de fazer um tratamento rejuvenescedor para continuar sendo a garota-propaganda dos produtos da companhia.
Janice Starlin, então, faz o tratamento com extrato de vespa, fica satisfeitíssima com os resultados e acaba tomando doses bem altas do medicamento sem a orientação do pesquisador responsável.
Roger Corman conduz o filme com boas doses de suspense e investigações, até que escracha logo de uma vez - um dia a moça começa a ouvir zumbidos e - ta-raaaaaam! - vira uma vespa peludona assassina e sai matando geral, mordendo jugulares, vejam vocês!
Vale mencionar que a cópia (provavelmente a única existente por essas bandas) é dublada, que o curta do Ivan Cardoso não passou e que eu não estava sozinha na sala: havia mais seis pessoas. Entre elas, o Ruy. Claro.
sexta-feira, agosto 27, 2004
Tinha escrito um texto enorme sobre o fim de "Sex & the City" para publicar aqui, mas desisti. Muito pessoal. Muito lugar-comum. Mau-humorado, deprimente e desnecessário, não gostei. Está guardado, como tantos outros escritos, esperando o veículo certo para publicação ou a faxina geral no hd. Mas vocês podem ver as homenagens que Patrão 01 e Patrão 02 fizeram, melhor do que qualquer texto. Vão lá.
* * *
Não tirei os comentários, foi problema no Falou & Disse mesmo. Quem tiver uma necessidade insana de comentar algo, pode fazê-lo por e-mail ou icq. Não, não darei meu número de icq. Quem não tiver, use e-mail, ora pipocas. Que idéia.
* * *
Algumas partes da bicicleta se soltaram depois do tombo, a saber: correia, lanterninha traseira e um pedaço do pedal esquerdo. Preciso levá-la para consertar, mas agora nem dá: às 18:30 tem "A Mulher Vespa", do Roger Corman, na Cinemateca do MAM. Quatro reais, dois com carteirinha, curta do Ivan Cardoso antes, e eu sei que ninguém vai, primeiro pela propaganda em cima da hora, segundo porque não creio que muita gente goste dessas coisas. Sempre foi assim. Em uma das agendas velhas, a de 1991 (eu tinha treze anos), achei um pôster do Bela Lugosi. Certas coisas não mudam nunca.
Acho, inclusive, que a Cinemateca do MAM deveria ser mais freqüentada - mas se eu mesma, que já trabalhei lá, sou uma freqüentadora vergonhosamente bissexta, imagino o resto do mundo.
* * *
Sobre o tombo, ninguém perguntou mas os hematomas estão começando a clarear. E dá-lhe pomada de arnica.
Sabe aquele tremor de terra na Zona Sul do Rio quinta-feira passada à tarde? Fui eu, caindo; a verdade é que eu deveria ter caído mais vezes durante minha fase de crescimento vertical. Não dói, do chão não passa, e agora penso em quanta coisa perdi por medo de me machucar.
Criança intelectual é foda.
* * *
Momento querido diário: hoje experimentei tirar fotos com 'máquinas' pinhole, aquelas feitas com uma lata, um furinho e papel fotográfico, lá no trabalho. Desde pequenininha sou familiarizada com este processo, mas só na teoria. Na prática, um problema com o revelador (foi minha primeira incursão num laboratório fotográfico também) fez com que nenhuma foto saísse - mas a experiência de cronometrar tempo de exposição e montar o laboratório satisfez em parte minha curiosidade. Curti.
* * *
Links do dia:
- Urban Collective.com, cortesia do Gabrig.
- Receitas para microondas, conseguidas com o auxílio do Google e que certamente me deixarão com uma sensação de bem alimentada enquanto o gás não volta.
- Museu de aspiradores de pó - será que já não coloquei isso aqui?
- The Meteors, essa banda é boa demais.
* * *
Não tirei os comentários, foi problema no Falou & Disse mesmo. Quem tiver uma necessidade insana de comentar algo, pode fazê-lo por e-mail ou icq. Não, não darei meu número de icq. Quem não tiver, use e-mail, ora pipocas. Que idéia.
* * *
Algumas partes da bicicleta se soltaram depois do tombo, a saber: correia, lanterninha traseira e um pedaço do pedal esquerdo. Preciso levá-la para consertar, mas agora nem dá: às 18:30 tem "A Mulher Vespa", do Roger Corman, na Cinemateca do MAM. Quatro reais, dois com carteirinha, curta do Ivan Cardoso antes, e eu sei que ninguém vai, primeiro pela propaganda em cima da hora, segundo porque não creio que muita gente goste dessas coisas. Sempre foi assim. Em uma das agendas velhas, a de 1991 (eu tinha treze anos), achei um pôster do Bela Lugosi. Certas coisas não mudam nunca.
Acho, inclusive, que a Cinemateca do MAM deveria ser mais freqüentada - mas se eu mesma, que já trabalhei lá, sou uma freqüentadora vergonhosamente bissexta, imagino o resto do mundo.
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Sobre o tombo, ninguém perguntou mas os hematomas estão começando a clarear. E dá-lhe pomada de arnica.
Sabe aquele tremor de terra na Zona Sul do Rio quinta-feira passada à tarde? Fui eu, caindo; a verdade é que eu deveria ter caído mais vezes durante minha fase de crescimento vertical. Não dói, do chão não passa, e agora penso em quanta coisa perdi por medo de me machucar.
Criança intelectual é foda.
* * *
Momento querido diário: hoje experimentei tirar fotos com 'máquinas' pinhole, aquelas feitas com uma lata, um furinho e papel fotográfico, lá no trabalho. Desde pequenininha sou familiarizada com este processo, mas só na teoria. Na prática, um problema com o revelador (foi minha primeira incursão num laboratório fotográfico também) fez com que nenhuma foto saísse - mas a experiência de cronometrar tempo de exposição e montar o laboratório satisfez em parte minha curiosidade. Curti.
* * *
Links do dia:
- Urban Collective.com, cortesia do Gabrig.
- Receitas para microondas, conseguidas com o auxílio do Google e que certamente me deixarão com uma sensação de bem alimentada enquanto o gás não volta.
- Museu de aspiradores de pó - será que já não coloquei isso aqui?
- The Meteors, essa banda é boa demais.
quarta-feira, agosto 25, 2004
segunda-feira, agosto 23, 2004
Finalmente corrigindo falha de caráter: lendo Borges, "O Livro dos Seres Imaginários".
* * *
Nota mental - temas para desenvolver:
- Dançar sobre a cova de "Sex & the city", série bacaninha mas que já vai tarde;
- Woody Allen novo, o de sempre;
- Exumação: 'agendas' dos 10 aos 16 anos. Céus. Por que a Maria Mariana ficou rica e eu não?
* * *
Nota mental - temas para desenvolver:
- Dançar sobre a cova de "Sex & the city", série bacaninha mas que já vai tarde;
- Woody Allen novo, o de sempre;
- Exumação: 'agendas' dos 10 aos 16 anos. Céus. Por que a Maria Mariana ficou rica e eu não?
sábado, agosto 21, 2004
Processo Criativo no Roque Atual
Conjunto Musical 1 - Nova York, final dos anos 90
- Oi, cara!
- Oi, cara!
- Você tem um visual legal, cara, vamos montar uma banda?
- Vamos!
- Ok, vou chamar uns amigos e nessa terça-feira a gente ensaia.
- Eu não tenho músicas próprias.
- Nem eu, mas a gente começa levando umas covers e tá tudo certo.
(...)
- Bora levar uma cover aí. O que vocês sabem tocar?
- Iggy Pop, "Lust For Life".
- Todo mundo de acordo?
- Yeaaaaahhh!!
- Então é 1, 2, 3, 4 e..
(...)
- Pô, cara.
- Que foi?
- Você disse que sabia tocar "Lust For Life".
- Tá um pouco diferente, né?
- Pode crer.
- A gente pode transformar esse arranjo novo de "Lust For Life" numa música própria, ué.
- Boa!
- Como vai ser o refrão?
- "Last niiiiiite sheeeee saiiiid".
- Que porra é essa?
- É que ontem eu tava conversando com minha garota..
- Deixa assim.
- Mas será que não vai ficar muito parecido com a do Iggy Pop?
- Vai nada!
- Belê. Agora que já temos uma música própria, vamos tentar de novo.
- Pô, cara.
- Que foi?
- Enquanto Iggy Pop, isso tá uma merda.
- Ah, qualé, tá parecido.
- Mas dá pra fazer outra música em cima disso aí.
- Tem letra?
- Tem uma frase que escrevi outro dia no metrô, "New York City Goes".
- Cool, man.
- É. Curti. Profundo.
- Já temos outra música própria e nenhuma cover.
- Belê.
- Bora tentar tocar "Lust For Life" de novo..
Conjunto Musical 2 - algum lugar da Inglaterra
- Pô, cara.
- Que foi?
- Você disse que sabia tocar "Girls And Boys".
- Tá um pouco diferente, né?
- Pode crer.
- A gente pode transformar esse arranjo novo de "Girls and Boys" numa música própria, ué.
- Boa!
- Como vai ser a letra?
- Tem uma frase bonita que eu escrevi quando estava no metrô, "I know I won't be leaving here with you".
- Boa!
- Ricochete.
- Hein?
- Sei lá, tava vendo o desenho do coelho e fiquei com isso na cabeça.
- Belê. Anota e encaixa aí.
- Mas será que não vai ficar muito parecido com a do Blur?
- Vai nada! A gente tentou tocar ela e não conseguiu, lembra?
- Como vai ser o título dessa?
- Sei lá.. "Take me out"?
- Belê. Agora que já temos uma música própria, vamos tentar de novo.
..e a história se repete..
Conjunto Musical 1 - Nova York, final dos anos 90
- Oi, cara!
- Oi, cara!
- Você tem um visual legal, cara, vamos montar uma banda?
- Vamos!
- Ok, vou chamar uns amigos e nessa terça-feira a gente ensaia.
- Eu não tenho músicas próprias.
- Nem eu, mas a gente começa levando umas covers e tá tudo certo.
(...)
- Bora levar uma cover aí. O que vocês sabem tocar?
- Iggy Pop, "Lust For Life".
- Todo mundo de acordo?
- Yeaaaaahhh!!
- Então é 1, 2, 3, 4 e..
(...)
- Pô, cara.
- Que foi?
- Você disse que sabia tocar "Lust For Life".
- Tá um pouco diferente, né?
- Pode crer.
- A gente pode transformar esse arranjo novo de "Lust For Life" numa música própria, ué.
- Boa!
- Como vai ser o refrão?
- "Last niiiiiite sheeeee saiiiid".
- Que porra é essa?
- É que ontem eu tava conversando com minha garota..
- Deixa assim.
- Mas será que não vai ficar muito parecido com a do Iggy Pop?
- Vai nada!
- Belê. Agora que já temos uma música própria, vamos tentar de novo.
- Pô, cara.
- Que foi?
- Enquanto Iggy Pop, isso tá uma merda.
- Ah, qualé, tá parecido.
- Mas dá pra fazer outra música em cima disso aí.
- Tem letra?
- Tem uma frase que escrevi outro dia no metrô, "New York City Goes".
- Cool, man.
- É. Curti. Profundo.
- Já temos outra música própria e nenhuma cover.
- Belê.
- Bora tentar tocar "Lust For Life" de novo..
Conjunto Musical 2 - algum lugar da Inglaterra
- Pô, cara.
- Que foi?
- Você disse que sabia tocar "Girls And Boys".
- Tá um pouco diferente, né?
- Pode crer.
- A gente pode transformar esse arranjo novo de "Girls and Boys" numa música própria, ué.
- Boa!
- Como vai ser a letra?
- Tem uma frase bonita que eu escrevi quando estava no metrô, "I know I won't be leaving here with you".
- Boa!
- Ricochete.
- Hein?
- Sei lá, tava vendo o desenho do coelho e fiquei com isso na cabeça.
- Belê. Anota e encaixa aí.
- Mas será que não vai ficar muito parecido com a do Blur?
- Vai nada! A gente tentou tocar ela e não conseguiu, lembra?
- Como vai ser o título dessa?
- Sei lá.. "Take me out"?
- Belê. Agora que já temos uma música própria, vamos tentar de novo.
..e a história se repete..
quinta-feira, agosto 19, 2004
Henri de Toulouse-Lautrec. Gênio.
* * *
Tá rolando logo ali, no British Museum, uma exposição sobre a história dos buttons, pins, broches e seus significados, tanto o dos broches em geral, como símbolo de identidade, quanto os dos selecionados para a exposição, de várias épocas, movimentos sociais e musicais - cada um deles conta um pedacinho da história da Inglaterra - e, graças à internet, você pode ler vários dos textos sem precisar ir lá. É só clicar ali em Compass tour e passear pela exposição.
Aliás, o tour da exposição deles sobre as múmias é bem recheado de história também - e eu, como ex-aluna aplicada do departamento de artes da UFF, recomendo a visita.
* * *
Tá rolando logo ali, no British Museum, uma exposição sobre a história dos buttons, pins, broches e seus significados, tanto o dos broches em geral, como símbolo de identidade, quanto os dos selecionados para a exposição, de várias épocas, movimentos sociais e musicais - cada um deles conta um pedacinho da história da Inglaterra - e, graças à internet, você pode ler vários dos textos sem precisar ir lá. É só clicar ali em Compass tour e passear pela exposição.
Aliás, o tour da exposição deles sobre as múmias é bem recheado de história também - e eu, como ex-aluna aplicada do departamento de artes da UFF, recomendo a visita.
Jabá do dia
Pedro Paulley
Nunca tive paciência para ver um dia de qualquer edição de Casa dos Artistas, assim, por conta própria - embora, como não tenho mais onde me esconder do mundo na casa da minha mãe, tenha acabado por ver um ou outro capítulo onde artistas e celebridades davam provas da estupidez humana em frente às câmeras.
Continuo sem paciência para ver esta edição, embora acredite que como são artistas iniciantes, o programa tenha um clima menos de freak show e mais desses programas de descobertas de talentos - o que não necessariamente torna Casa dos Artistas um programa bom.
Aliás, nem sabia que tinha começado, e nem sabia que rolava isso de artistas iniciantes - até, é claro, um amigo mandar o link pro site, e a pergunta:
'Você conhece este cara?'
Bem, conheço. Meu amigo conhece também, acompanhamos por meses, quase diariamente, o empenho de um dos caras mais queridos daquela sala de internet em Copacabana para emplacar projetos e arrumar trabalhos em sua área de atuação, enviando currículos, composites e até fazendo a inscrição para a Casa dos Artistas.
Estou convicta: não me dobrarei a Casa dos Artistas, mas estou na torcida para o Pedro Paulley. Então peço a quem não tem mais o que fazer da vida e gosta de ver esse tipo de programa (e votar, claro) dar uma forcinha para o cara, ele merece.
* * *
Link do dia
Sherbet
Sherbet é uma produtora de animação em Londres; no site tem imagens e filminhos em quicktime com as animações dos caras - os stills das produções são fodas, e dão uma amostra das várias técnicas e designs diferentes utilizados nos filmes. Curti. Pra quem gosta de animação é obrigatório.
* * *
Dica culinária do dia
Chá de anis
Você dificilmente irá achar infusão de anis à venda em supermercados ou lojas de produtos naturais - se bater aquela vontade de tomar chá de anis, anis estrelado é bem fácil de achar (em lojas de temperos e ervas), barato (é só ir nessas lojas que vendem temperos a granel, sai muito mais em conta do que na Mundo Verde, por exemplo), e fácil de fazer, mesmo sem a praticidade do saquinho - o anis estrelado são umas flores, não precisa coar nem improvisar infusão, as flores ficam no fundo da caneca.
* * *
Jabá do dia parte II
Cocadaboa
Você já se esborrachou de rir durante a semana com as transmissões paralelas do Cocadaboa, em especial a do resgate da baleia em Niterói e a da abertura das olimpíadas (se você não acompanhou, não perca tempo, cate nos arquivos do site e rache o bico!!).
Agora você pode, como eu, ficar puto com aquelas velhinhas que andam lado a lado na rua, em ritmo de procissão, e não deixam você passar por nada neste mundo - a entidade urbana do Exu Tranca-Rua, claro.
(aproveite e leia o site de cabo a rabo, está cada vez melhor)
Pedro Paulley
Nunca tive paciência para ver um dia de qualquer edição de Casa dos Artistas, assim, por conta própria - embora, como não tenho mais onde me esconder do mundo na casa da minha mãe, tenha acabado por ver um ou outro capítulo onde artistas e celebridades davam provas da estupidez humana em frente às câmeras.
Continuo sem paciência para ver esta edição, embora acredite que como são artistas iniciantes, o programa tenha um clima menos de freak show e mais desses programas de descobertas de talentos - o que não necessariamente torna Casa dos Artistas um programa bom.
Aliás, nem sabia que tinha começado, e nem sabia que rolava isso de artistas iniciantes - até, é claro, um amigo mandar o link pro site, e a pergunta:
'Você conhece este cara?'
Bem, conheço. Meu amigo conhece também, acompanhamos por meses, quase diariamente, o empenho de um dos caras mais queridos daquela sala de internet em Copacabana para emplacar projetos e arrumar trabalhos em sua área de atuação, enviando currículos, composites e até fazendo a inscrição para a Casa dos Artistas.
Estou convicta: não me dobrarei a Casa dos Artistas, mas estou na torcida para o Pedro Paulley. Então peço a quem não tem mais o que fazer da vida e gosta de ver esse tipo de programa (e votar, claro) dar uma forcinha para o cara, ele merece.
* * *
Link do dia
Sherbet
Sherbet é uma produtora de animação em Londres; no site tem imagens e filminhos em quicktime com as animações dos caras - os stills das produções são fodas, e dão uma amostra das várias técnicas e designs diferentes utilizados nos filmes. Curti. Pra quem gosta de animação é obrigatório.
* * *
Dica culinária do dia
Chá de anis
Você dificilmente irá achar infusão de anis à venda em supermercados ou lojas de produtos naturais - se bater aquela vontade de tomar chá de anis, anis estrelado é bem fácil de achar (em lojas de temperos e ervas), barato (é só ir nessas lojas que vendem temperos a granel, sai muito mais em conta do que na Mundo Verde, por exemplo), e fácil de fazer, mesmo sem a praticidade do saquinho - o anis estrelado são umas flores, não precisa coar nem improvisar infusão, as flores ficam no fundo da caneca.
* * *
Jabá do dia parte II
Cocadaboa
Você já se esborrachou de rir durante a semana com as transmissões paralelas do Cocadaboa, em especial a do resgate da baleia em Niterói e a da abertura das olimpíadas (se você não acompanhou, não perca tempo, cate nos arquivos do site e rache o bico!!).
Agora você pode, como eu, ficar puto com aquelas velhinhas que andam lado a lado na rua, em ritmo de procissão, e não deixam você passar por nada neste mundo - a entidade urbana do Exu Tranca-Rua, claro.
(aproveite e leia o site de cabo a rabo, está cada vez melhor)
domingo, agosto 15, 2004
Há anos não visitava aquele bairro boêmio (só tinha parado ali há alguns meses para traçar um cachorro quente antes de um filme ali perto), mas dois shows e um filme me rebocaram para aquele lugar outrora familiar, mas que atualmente me soava muito esquisito.
E foi descer do ônibus, virar a esquina, esperar o sinal vermelho e os carros pararem para eu atravessar seguramente a rua.. e ver uma motoca voar em minha direção, ignorando solenemente o sinal vermelho e freando bruscamente já no meio da faixa, a uns dois metros de distância da garota que se viu voando por cima do aqueduto e estampando algumas manchetes de jornal sinistras.
Foi tudo muito rápido, a moto vinha em alta velocidade costurando pelo meio do trânsito, não lembro se continuei andando ou parei (que diferença fazia? ela teria chegado antes do meu próximo passo para a frente!), sei que o sujeito parou quase me cima de mim, murmurei um "maluco, irresponsável" enquanto continuei atravessando, e ao chegar do outro lado da rua deu uma puta vontade de chorar de nervoso. Se o tal evento valeu a pena? Bicho, o filme do Matias é bizarro - no bom sentido -, valeu a pena ter visto algumas pessoas queridas que não via há tempos, fazer uns contatos legais, ver Romero e ouvir Cramps, embora eu não tenha durado até uma e meia da manhã. Valeu a pena descobrir que estou viva, foi meio que uma segunda chance, "entendeu, né, cretina? você ainda tem algumas coisas úteis para fazer por aqui, e é só por isso que o louco da motoca parou. se você continuar procrastinando e preferindo ver o mundo debaixo das cobertas em vez de fazer algo que preste e viver uma vida de verdade, não vai ter freio que segure - o mundo já está cheio de pessoas inúteis, não precisa de mais uma".
Veremos, então, quanto tempo me resta antes que a seleção natural se encarregue de dizimar os indivíduos que não contribuem em nada para a evolução da espécie, e aí sobre pra mim.
* * *
OlimPiadas do Casseta
Minha memória (cada vez mais lixo, tanto no sentido de não guardar nada importante como no de só guardar o que não presta) me trai ou existiu mesmo uma série de figurinhas das OlimPiadas do Pateta há uns, vejamos, vinte anos atrás?
E foi descer do ônibus, virar a esquina, esperar o sinal vermelho e os carros pararem para eu atravessar seguramente a rua.. e ver uma motoca voar em minha direção, ignorando solenemente o sinal vermelho e freando bruscamente já no meio da faixa, a uns dois metros de distância da garota que se viu voando por cima do aqueduto e estampando algumas manchetes de jornal sinistras.
Foi tudo muito rápido, a moto vinha em alta velocidade costurando pelo meio do trânsito, não lembro se continuei andando ou parei (que diferença fazia? ela teria chegado antes do meu próximo passo para a frente!), sei que o sujeito parou quase me cima de mim, murmurei um "maluco, irresponsável" enquanto continuei atravessando, e ao chegar do outro lado da rua deu uma puta vontade de chorar de nervoso. Se o tal evento valeu a pena? Bicho, o filme do Matias é bizarro - no bom sentido -, valeu a pena ter visto algumas pessoas queridas que não via há tempos, fazer uns contatos legais, ver Romero e ouvir Cramps, embora eu não tenha durado até uma e meia da manhã. Valeu a pena descobrir que estou viva, foi meio que uma segunda chance, "entendeu, né, cretina? você ainda tem algumas coisas úteis para fazer por aqui, e é só por isso que o louco da motoca parou. se você continuar procrastinando e preferindo ver o mundo debaixo das cobertas em vez de fazer algo que preste e viver uma vida de verdade, não vai ter freio que segure - o mundo já está cheio de pessoas inúteis, não precisa de mais uma".
Veremos, então, quanto tempo me resta antes que a seleção natural se encarregue de dizimar os indivíduos que não contribuem em nada para a evolução da espécie, e aí sobre pra mim.
* * *
OlimPiadas do Casseta
Minha memória (cada vez mais lixo, tanto no sentido de não guardar nada importante como no de só guardar o que não presta) me trai ou existiu mesmo uma série de figurinhas das OlimPiadas do Pateta há uns, vejamos, vinte anos atrás?
sexta-feira, agosto 13, 2004
Curioso
Procurando no Google por imagens de bambus para um layout de inspiração tiki, me deparei com essa capa de cd:
O cd ensina "la forma correcta como construír una casa y un puente en guadua, además incluye un video de 5 minutos sobre la realización del puente en guadua que se encuentra en la Facultad de Ciencias Ambientales de la Universidad Tecnológica de Pereira."
A organização responsável por este e outros projetos em conjunto com a Faculdade de Ciências Ambientais da Universidade Tecnológica de Pereira, na Colômbia, é a GTZ, Cooperação Técnica Alemã (Deutsche Gesellschaft für Technische Zusammenarbeit GmbH), "empresa pública de direito privado, criada em 1974, com o objetivo de gerenciar os projetos de cooperação técnica, é responsável pela implementação da contribuição alemã, por delegação do Ministério Federal de Cooperação Econômica e Desenvolvimento (BMZ).
Estão a cargo da GTZ as seguintes contribuições:
• Envio de profissionais de longo e/ou curto prazo, conforme as necessidades do projeto;
• Treinamento de profissionais brasileiros, no Brasil ou no exterior;
• Fornecimento de equipamentos e materiais necessários para a execução do projeto;
• Em casos excepcionais, contribuições financeiras a fundo perdido para experiências piloto pra a criação de novos instrumentos financeiros."
(informação retirada do site da GTZ no Brasil, parece que eles estão presentes em vários países)
A logo oficial deles é, na verdade, em outra cor:
No entanto, a que aparece na capa do cd me lembra demais a de um canal de tv por assinatura já conhecido:
Reparem na semelhança:
Parece que até que chamaram o mesmo designer.
Vai saber..
* * *
Novo sonho de consumo inútil
Kit Shag da Hot Wheels com carrinho, caneca e pôster desenhados pelo Shag. Se tem alguém que ainda não conhece a arte do sujeito, dê uma olhada aqui urgente.
Procurando no Google por imagens de bambus para um layout de inspiração tiki, me deparei com essa capa de cd:
O cd ensina "la forma correcta como construír una casa y un puente en guadua, además incluye un video de 5 minutos sobre la realización del puente en guadua que se encuentra en la Facultad de Ciencias Ambientales de la Universidad Tecnológica de Pereira."
A organização responsável por este e outros projetos em conjunto com a Faculdade de Ciências Ambientais da Universidade Tecnológica de Pereira, na Colômbia, é a GTZ, Cooperação Técnica Alemã (Deutsche Gesellschaft für Technische Zusammenarbeit GmbH), "empresa pública de direito privado, criada em 1974, com o objetivo de gerenciar os projetos de cooperação técnica, é responsável pela implementação da contribuição alemã, por delegação do Ministério Federal de Cooperação Econômica e Desenvolvimento (BMZ).
Estão a cargo da GTZ as seguintes contribuições:
• Envio de profissionais de longo e/ou curto prazo, conforme as necessidades do projeto;
• Treinamento de profissionais brasileiros, no Brasil ou no exterior;
• Fornecimento de equipamentos e materiais necessários para a execução do projeto;
• Em casos excepcionais, contribuições financeiras a fundo perdido para experiências piloto pra a criação de novos instrumentos financeiros."
(informação retirada do site da GTZ no Brasil, parece que eles estão presentes em vários países)
A logo oficial deles é, na verdade, em outra cor:
No entanto, a que aparece na capa do cd me lembra demais a de um canal de tv por assinatura já conhecido:
Reparem na semelhança:
Parece que até que chamaram o mesmo designer.
Vai saber..
* * *
Novo sonho de consumo inútil
Kit Shag da Hot Wheels com carrinho, caneca e pôster desenhados pelo Shag. Se tem alguém que ainda não conhece a arte do sujeito, dê uma olhada aqui urgente.
quinta-feira, agosto 12, 2004
segunda-feira, agosto 09, 2004
Coincidência número 1, passei a viagem de volta toda pensando em pintar os cabelos de laranja. Em casa, no meio de mais de 5.000 mp3, o dj Winamp, em modo randômico, inicia os trabalhos com 'She Don't Use Jelly', do Flaming Lips.
* * *
"I know a girl who reminds me of Cher
She's always changing the color of her hair
She don' use nothing that you buy at a a store
She likes her hair to be real orange
She uses taaaaangerines"
* * *
Coincidência número 2, depois de meses, tomei vergonha na cara e trouxe minhas revistas para casa. Meu pai tem (tinha, é tudo meu, MEU, rá rá!) uma coleção respeitável de Animal (Feio, Forte e Formal), e depois de muito tempo, resolvi encarar de trazer o pacotaço pra casa. Chego lá na portaria exatamente na hora em que a carteira Adriana me traz o pacote de papel pardo, recheado de isopor para não quebrar o compacto de vinil que acabei de ganhar de presente. O que a Animal tem a ver com isso? O sujeito que me mandou o disquinho é um querido que colaborava com a revista (na época eu achava todo aquele papo de psychobilly e putarias anais com serra elétrica meio estranho, mas relendo depois de burra velha, pelo menos a parte de psychobilly eu já aceito numa boa).
* * *
O compacto? "Lancelot Link & The Evolution Revolution", mas ainda não estive com nenhum chimpanzé para apontar uma coincidência número 3 - no entanto, estive com alguns seres humanos - uma humana, em particular, que anda com a vida tão surreal que mais parece um filme do Altman, de tantos personagens que se cruzam por aí.
* * *
Não curto esse papo de 'não existem coincidências, é tudo obra do destino'. Principalmente porque o destino jamais se preocuparia com algo tão irrelevante quanto a cor dos meus cabelos.
* * *
Ouve essa, que foda: segundo este site, The Evolution Revolution eram ninguém menos que os músicos do The Grass Roots (mais conhecidos aqui por "Midnight Confession", musicão que já andou aparecendo em alguma trilha sonora do Tarantino), com outros vocais.
Não, nunca acreditei que eram realmente macacos tocando. Só pra constar.
* * *
Esse tal de "Noite do Oráculo", livro novo do Paul Auster, é bom demais da conta. Já já termino e falo com calma sobre ele aqui.
* * *
"I know a girl who reminds me of Cher
She's always changing the color of her hair
She don' use nothing that you buy at a a store
She likes her hair to be real orange
She uses taaaaangerines"
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Coincidência número 2, depois de meses, tomei vergonha na cara e trouxe minhas revistas para casa. Meu pai tem (tinha, é tudo meu, MEU, rá rá!) uma coleção respeitável de Animal (Feio, Forte e Formal), e depois de muito tempo, resolvi encarar de trazer o pacotaço pra casa. Chego lá na portaria exatamente na hora em que a carteira Adriana me traz o pacote de papel pardo, recheado de isopor para não quebrar o compacto de vinil que acabei de ganhar de presente. O que a Animal tem a ver com isso? O sujeito que me mandou o disquinho é um querido que colaborava com a revista (na época eu achava todo aquele papo de psychobilly e putarias anais com serra elétrica meio estranho, mas relendo depois de burra velha, pelo menos a parte de psychobilly eu já aceito numa boa).
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O compacto? "Lancelot Link & The Evolution Revolution", mas ainda não estive com nenhum chimpanzé para apontar uma coincidência número 3 - no entanto, estive com alguns seres humanos - uma humana, em particular, que anda com a vida tão surreal que mais parece um filme do Altman, de tantos personagens que se cruzam por aí.
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Não curto esse papo de 'não existem coincidências, é tudo obra do destino'. Principalmente porque o destino jamais se preocuparia com algo tão irrelevante quanto a cor dos meus cabelos.
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Ouve essa, que foda: segundo este site, The Evolution Revolution eram ninguém menos que os músicos do The Grass Roots (mais conhecidos aqui por "Midnight Confession", musicão que já andou aparecendo em alguma trilha sonora do Tarantino), com outros vocais.
Não, nunca acreditei que eram realmente macacos tocando. Só pra constar.
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Esse tal de "Noite do Oráculo", livro novo do Paul Auster, é bom demais da conta. Já já termino e falo com calma sobre ele aqui.
sexta-feira, agosto 06, 2004
Recebi hoje, como todo dia, o informativo do Telecine, com os filmes do dia e os destaques do mês, e um filme me chamou a atenção: "O Resgate de Jessica Lynch". O filme conta a história de uma soldado americana regatada no Iraque, e o título, óbvio, remete a "O Resgate do Soldado Ryan", inclusive o título original, "Saving Jessica Lynch", também faz menção ao filme de Steven Spielberg, de 1998.
Mas é claro que esta mente errada que vos escreve prefere lembrar de "O Resgate de Jessica", a história da menina que caiu no poço, passada e repassada um milhão de vezes pelo SBT.
Aliás, pra quem estiver curioso (duvido muito, mas enfim..), esta é Jessica hoje em dia. Diz ela que não lembra de nada do incidente. Pois seu Silvio Santos me fez lembrar muito bem..
Mas é claro que esta mente errada que vos escreve prefere lembrar de "O Resgate de Jessica", a história da menina que caiu no poço, passada e repassada um milhão de vezes pelo SBT.
Aliás, pra quem estiver curioso (duvido muito, mas enfim..), esta é Jessica hoje em dia. Diz ela que não lembra de nada do incidente. Pois seu Silvio Santos me fez lembrar muito bem..
quinta-feira, agosto 05, 2004
quarta-feira, agosto 04, 2004
Da série: "Querido Diário"
Amidalite, pra variar
O domingo tedioso terminou cedo, e a segunda-feira tinha tudo para começar tarde, mas não deu: oito horas da manhã e acordei com um bafo horrível vindo no meu nariz. Olhei em volta, apenas meus travesseiros. Veio o paladar, então, de um puta gosto de rato morto - estranho, não fumo, não bebi. Naquele estado de semi-consciência, dei aquela engolidinha em seco, já sabendo o que me esperaria: a garganta doía demais. Conheço isso, já sei o que vem por aí, corri para o espelho e vi minhas amídalas transformadas em duas grandes bolas de pus podre. Nojento, porém humano. Passaram-se poucas horas entre a enrolação em casa e a visita ao otorrino, que ficou impressionado com o fato da inflamação estar em estágio avançado e não ter dado nem uma dorzinha de garganta de aviso - poucas horas, sim, mas suficientes para dar vômitos, dor no corpo, dor de cabeça, febre e todas aquelas mazelas que fazem a gente quase querer voltar para a casa dos pais, ou, pior, querer casar para ter quem cuide.
Doutor olha meu histórico, uma otite agudíssima em outubro passado e algumas amidalites antes disso, examina, fala em edema, em estado grave, estresse, má alimentação e baixa imunidade, e faz aquela enquete ("tem alergia a medicamento? tem problema com injeção?") ao que prontamente respondo, "ah, doutor, quem tem quatro tatuagens não tem o direito de ter problema com injeção", "ótimo, porque vou te passar uma injeção de antiinflamatório".
Amarelei, implorei pela via oral e assim será por quatro dias, combinado com uma semana de antibiótico. Ganhei também um atestado médico com a recomendação de não fazer esforço e não trabalhar. Ah, segunda-feira!!
* * *
Isso me faz lembrar daquele livro, "Diário de um adolescente hipocondríaco". Disfarça que, durante muito tempo, mesmo eu já tendo passado da adolescência, foi meu livro de cabeceira.
* * *
Minha primeira amidalite grave foi aos oito anos. Lembro-me muito bem, gordinha, de casaquinho de náilon branco, tomando um remédio muito ruim com gosto de côco. Nunca me recomendaram tirar as amídalas, mas naquela época o otorrino quase me operou as adenóides. "Vai sumir quando ela crescer, pode deixar". Sumiu nada, e por causa desta praga, até hoje respiro pela boca, o que faz com que tudo passe pela garganta, ferrando as amídalas e causando esse estrago - como o de segunda-feira, que, claro, ainda não passou 100% - tou com uns gânglios inchados até agora, altas urucubacas.
* * *
Depois do cochilo reparador, que me fez acordar não muito disposta, mas bem mais do que pela manhã, descobri que passaria "As Virgens Suicidas" no AXN. Como que por milagre, foi um dos raros filmes que consegui sentar para ver em casa e não dormir até o final - não que o filme seja isso tudo de bom, a capacidade extraordinária foi minha mesmo. Mas até que "As Virgens Suicidas" também não é ruim - só achei meio novela das oito, saca? Desde o começo você sabe que todas as irmãs Lisbon se matam, então quando chega no último bloco e você percebe que só uma cometeu suicídio até agora, você lembra daquela novela que todo mundo se casa no último capítulo, quando o assassino é descoberto e ainda rola aquela homenagem do diretor; e o AXN não faz por menos, mostrando justamente a cena em que os meninos descobrem os suicídios, como teaser nos intervalos. Sem falar na previsibilidade do título, que parece aquelas traduções portuguesas tipo "O culpado era a mãe" para o filme "Psycho", aqui traduzido como "Psicose", tradução que entrega bem menos - mas como o título original de "As Virgens Suicidas" é "The Virgin Suicides", você fica pensando que toda a criatividade que faltou em Sofia Coppola para criar um título decente sobrou nos tradutores brasileiros para seu segundo filme, "Lost in Translation", aqui perdido na tradução para "Encontros e Desencontros" - filmaço, aliás, que vi há algum tempo, chorei baldes e acho que cheguei a mencionar aqui por causa de "Just Like Honey", clássico do The Jesus & Mary Chain que, no filme, é a torcidinha da faca (aprendi essa com ele).
Mas "As Virgens Suicidas" não é ruim não, só não é isso tudo, merecedor de prêmios e o cacete. Valeu mesmo pra ouvir "Come Sail Away", cantarolar junto numas de "eu conheço isso mas não lembro de onde", reconhecer que na verdade eu conhecia com o Eric Cartman cantando no Chef Aid, e descobrir que a música é do Styx, grupo que eu só conhecia por "Mr. Roboto", uma espécie de freak show em forma de música. Valeu também pra não reconhecer a Kathleen Turner, embarangadíssima como mamãe Lisbon, e pela fotografia, muito foda.
* * *
Por falar em "Psycho", no site do Saul Bass (graaaaaande designer!) tem um lancezinho foda: edite sua própria cena do chuveiro. Diversão garantida para seus momentos de tédio.
Amidalite, pra variar
O domingo tedioso terminou cedo, e a segunda-feira tinha tudo para começar tarde, mas não deu: oito horas da manhã e acordei com um bafo horrível vindo no meu nariz. Olhei em volta, apenas meus travesseiros. Veio o paladar, então, de um puta gosto de rato morto - estranho, não fumo, não bebi. Naquele estado de semi-consciência, dei aquela engolidinha em seco, já sabendo o que me esperaria: a garganta doía demais. Conheço isso, já sei o que vem por aí, corri para o espelho e vi minhas amídalas transformadas em duas grandes bolas de pus podre. Nojento, porém humano. Passaram-se poucas horas entre a enrolação em casa e a visita ao otorrino, que ficou impressionado com o fato da inflamação estar em estágio avançado e não ter dado nem uma dorzinha de garganta de aviso - poucas horas, sim, mas suficientes para dar vômitos, dor no corpo, dor de cabeça, febre e todas aquelas mazelas que fazem a gente quase querer voltar para a casa dos pais, ou, pior, querer casar para ter quem cuide.
Doutor olha meu histórico, uma otite agudíssima em outubro passado e algumas amidalites antes disso, examina, fala em edema, em estado grave, estresse, má alimentação e baixa imunidade, e faz aquela enquete ("tem alergia a medicamento? tem problema com injeção?") ao que prontamente respondo, "ah, doutor, quem tem quatro tatuagens não tem o direito de ter problema com injeção", "ótimo, porque vou te passar uma injeção de antiinflamatório".
Amarelei, implorei pela via oral e assim será por quatro dias, combinado com uma semana de antibiótico. Ganhei também um atestado médico com a recomendação de não fazer esforço e não trabalhar. Ah, segunda-feira!!
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Isso me faz lembrar daquele livro, "Diário de um adolescente hipocondríaco". Disfarça que, durante muito tempo, mesmo eu já tendo passado da adolescência, foi meu livro de cabeceira.
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Minha primeira amidalite grave foi aos oito anos. Lembro-me muito bem, gordinha, de casaquinho de náilon branco, tomando um remédio muito ruim com gosto de côco. Nunca me recomendaram tirar as amídalas, mas naquela época o otorrino quase me operou as adenóides. "Vai sumir quando ela crescer, pode deixar". Sumiu nada, e por causa desta praga, até hoje respiro pela boca, o que faz com que tudo passe pela garganta, ferrando as amídalas e causando esse estrago - como o de segunda-feira, que, claro, ainda não passou 100% - tou com uns gânglios inchados até agora, altas urucubacas.
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Depois do cochilo reparador, que me fez acordar não muito disposta, mas bem mais do que pela manhã, descobri que passaria "As Virgens Suicidas" no AXN. Como que por milagre, foi um dos raros filmes que consegui sentar para ver em casa e não dormir até o final - não que o filme seja isso tudo de bom, a capacidade extraordinária foi minha mesmo. Mas até que "As Virgens Suicidas" também não é ruim - só achei meio novela das oito, saca? Desde o começo você sabe que todas as irmãs Lisbon se matam, então quando chega no último bloco e você percebe que só uma cometeu suicídio até agora, você lembra daquela novela que todo mundo se casa no último capítulo, quando o assassino é descoberto e ainda rola aquela homenagem do diretor; e o AXN não faz por menos, mostrando justamente a cena em que os meninos descobrem os suicídios, como teaser nos intervalos. Sem falar na previsibilidade do título, que parece aquelas traduções portuguesas tipo "O culpado era a mãe" para o filme "Psycho", aqui traduzido como "Psicose", tradução que entrega bem menos - mas como o título original de "As Virgens Suicidas" é "The Virgin Suicides", você fica pensando que toda a criatividade que faltou em Sofia Coppola para criar um título decente sobrou nos tradutores brasileiros para seu segundo filme, "Lost in Translation", aqui perdido na tradução para "Encontros e Desencontros" - filmaço, aliás, que vi há algum tempo, chorei baldes e acho que cheguei a mencionar aqui por causa de "Just Like Honey", clássico do The Jesus & Mary Chain que, no filme, é a torcidinha da faca (aprendi essa com ele).
Mas "As Virgens Suicidas" não é ruim não, só não é isso tudo, merecedor de prêmios e o cacete. Valeu mesmo pra ouvir "Come Sail Away", cantarolar junto numas de "eu conheço isso mas não lembro de onde", reconhecer que na verdade eu conhecia com o Eric Cartman cantando no Chef Aid, e descobrir que a música é do Styx, grupo que eu só conhecia por "Mr. Roboto", uma espécie de freak show em forma de música. Valeu também pra não reconhecer a Kathleen Turner, embarangadíssima como mamãe Lisbon, e pela fotografia, muito foda.
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Por falar em "Psycho", no site do Saul Bass (graaaaaande designer!) tem um lancezinho foda: edite sua própria cena do chuveiro. Diversão garantida para seus momentos de tédio.
segunda-feira, agosto 02, 2004
Sábado à noite
Programa mais surreal da tv a cabo atualmente: BANZAI!!!
No desse sábado, eles chamaram o Shaun Ryder de novo, desta vez para pesar o sujeito em latinhas de Coca-Cola, sentado numa gangorra. Pois o homem do Happy Mondays pesa exatamente 157 latinhas! Mr. Handshake apertou a mão de um moleque durante apenas 8 segundos, e se redimiu passando quase dois minutos apertando a mão de um dos integrantes do Boyzone! E o artilheiro sem uma perna batendo pênalti pro goleiro sem braço? E o cara que comeu 9 gurjões de peixe em um minuto? Cara, esse programa é foda, mas o Shaun Ryder todo sério se sujeitando a essas situações ridículas é o melhor.
* * *
A bola 8 é não apenas a bola de maior valor num jogo de bilhar, como um desses ícones cotadíssimos por amantes da temática rockabilly/psycho - com flames, com pin-ups sentadas em cima, com dadinhos, em forma de câmbio de carro, a bola 8 é puro glamour. Mas o mais legal é que a dita cuja também é um oráculo poderosíssimo (a-ham! cof cof!), agora também em versão online.
Programa mais surreal da tv a cabo atualmente: BANZAI!!!
No desse sábado, eles chamaram o Shaun Ryder de novo, desta vez para pesar o sujeito em latinhas de Coca-Cola, sentado numa gangorra. Pois o homem do Happy Mondays pesa exatamente 157 latinhas! Mr. Handshake apertou a mão de um moleque durante apenas 8 segundos, e se redimiu passando quase dois minutos apertando a mão de um dos integrantes do Boyzone! E o artilheiro sem uma perna batendo pênalti pro goleiro sem braço? E o cara que comeu 9 gurjões de peixe em um minuto? Cara, esse programa é foda, mas o Shaun Ryder todo sério se sujeitando a essas situações ridículas é o melhor.
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A bola 8 é não apenas a bola de maior valor num jogo de bilhar, como um desses ícones cotadíssimos por amantes da temática rockabilly/psycho - com flames, com pin-ups sentadas em cima, com dadinhos, em forma de câmbio de carro, a bola 8 é puro glamour. Mas o mais legal é que a dita cuja também é um oráculo poderosíssimo (a-ham! cof cof!), agora também em versão online.
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