Nem tem muito o que dizer. Quem acompanha este blog desde os tempos de Boneca, Intriga Internacional, Conga Conga Conga News e Lounge em suas diversas encarnações, sabe que o respeito pela obra de Neusinha Brizola é legítimo. Meu susto também foi. Bateu uma certa tristezinha aqui, viu? De verdade.
- Morre Neusinha Brizola, filha do ex-governador Leonel Brizola, aos 56
Porque tem aquela galera que curte porque "é trash"... mas vai ouvir com atenção e descobrir que não tem nada de trash ali: sonzeira, provocações, new wave, rock'n'roll, teclados, Joe Euthanazia, tá tudo lá naquele disco que eu adoro e nunca tive a menor vergonha de admitir. E Neusinha Brizola ainda marcou uma época bem bacana na minha vida, por incrível que pareça. Ah, cara, tou quase chorando aqui. Blé.
Bom, só tem 'Mintchura' no Youtube, vai 'Mintchura' mesmo:
http://youtu.be/vsUwrClxFZU
Obrigada por tudo, Neusinha, e desculpe qualquer coisa.
Este site está em novo endereço: visite www.liaamancio.com.br para novidades e updates!
quarta-feira, abril 27, 2011
quinta-feira, abril 21, 2011
Cabou o deslumbramento com as mídias sociais online, né?
Você, amigo ciberativista. Você que assina petições online, recruta para causas sérias no facebook e organiza twittaços. Você que acredita no poder das multidões, que acredita que somos uma multidão online e se, juntos, levarmos nossas causas ao twitter, vamos conseguir mudar o mundo.
Tá pronto para o choque de realidade?
Senta.
Respira. Agora ouve o que eu tenho a dizer.
SEM LOBBY, VOCÊ NÃO EMPLACA PROJETO DE LEI.
Social media, especialmente a online, tem um grande poder, sim. É possível fazer ações incríveis, é possível atingir gente que você nem imaginava que atingiria. Sim. Claro. Mas acabou o deslumbramento com as mídias sociais online, né? Já tá na hora de lembrar que tem muito caso de ação frustrada em mídias sociais, e não apenas porque são 'mal estruturadas', mas ações em mídias sociais online, sozinhas, não necessariamente dão em alguma coisa. Talvez casadas com mídias mais tradicionais ou ações face-a-face, adiantem. Lembre-se de que pra cada projeto de Azeredo que 'a gente' barra, um monte de mudanças não dão em nada só porque alguém compartilhou uma foto no Facebook.
#ficaadica
PS: Lembra da última vez que a gente depôs um presidente? Nem tinha internet. Mexer nossos traseiros gordos, isso sim, é o que realmente muda o mundo.
Tá pronto para o choque de realidade?
Senta.
Respira. Agora ouve o que eu tenho a dizer.
SEM LOBBY, VOCÊ NÃO EMPLACA PROJETO DE LEI.
Social media, especialmente a online, tem um grande poder, sim. É possível fazer ações incríveis, é possível atingir gente que você nem imaginava que atingiria. Sim. Claro. Mas acabou o deslumbramento com as mídias sociais online, né? Já tá na hora de lembrar que tem muito caso de ação frustrada em mídias sociais, e não apenas porque são 'mal estruturadas', mas ações em mídias sociais online, sozinhas, não necessariamente dão em alguma coisa. Talvez casadas com mídias mais tradicionais ou ações face-a-face, adiantem. Lembre-se de que pra cada projeto de Azeredo que 'a gente' barra, um monte de mudanças não dão em nada só porque alguém compartilhou uma foto no Facebook.
#ficaadica
PS: Lembra da última vez que a gente depôs um presidente? Nem tinha internet. Mexer nossos traseiros gordos, isso sim, é o que realmente muda o mundo.
terça-feira, abril 19, 2011
Omelete não entende nada de Rio
Adoro o Omelete, é leitura obrigatória aqui em casa, mas qual foi a desse especial 'Rio', hein? Peidaram na farofa FEIO. Tá, levar o Omelete a sério também é muito feio, mas é que mexeu com assuntos que me são caros (minha cidade, meu trabalho, minha família), mexeu comigo. Agora aguenta!
A crítica a 'Rio' já começa equivocada porque o Brasil *não* foi retratado como um país de 'samba, praia, favela e futebol' porque o filme não fala do Brasil, fala de uma cidade específica. Quer ver diversidade cultural brasileira, vai ver o filme da Mariana Caltabiano, oras. Em 'Rio' você vai ver Rio de Janeiro. E, foi mal, o Rio é lindo desse jeito mesmo que o Carlos Saldanha mostrou.
Como falar de uma cidade como o Rio de Janeiro sem mostrar os tais clichês que vocês tanto criticam? Se não tivesse praia, carnaval e trombadinhas assaltando turistas no Cristo, não seria um filme sobre o Rio - seria uma história que poderia acontecer em qualquer lugar e poderia se chamar 'Araras'. Mas se chama 'Rio' e, até onde sei, os cariocas se sentem muito bem representados. O clichê, amigos Omeleteiros, não necessariamente é algo ruim. Ele contextualiza o espectador na ação, ele ambienta: é o famoso 'postcard shot' que faz com que você identifique que tal cena se passa em Paris depois de ver a Tour Eiffel. Ah, o clichê é de roteiro? Gente, é uma animação voltada também para um público infantil - quer complexidade, leva o guri pra ver David Lynch, pô. Ah, o problema são os flamingos? Como bem lembrou meu marido, ninguém reclama do multituberculado Scratch em 'A Era do Gelo', e muito menos do Dino morando com Fred Flintstone. Achamos, aqui em casa, que o problema pode ser recalque. Afinal, imagina uma animação chamada 'São Paulo', que alegria?
Dizer 'não gostei' é mais simples e evita o constrangimento de falar besteira. Por exemplo, só não achei o filme irrepreensível por causa dos números musicais - nenhuma canção memorável, músicas mais ou menos fora de contexto e pelo menos duas cenas chupinhadas de outros clássicos infantojuvenis (ou vocês não lembraram da rave dos lêmures de 'Madagascar' e da cena do 'beije a moça' em 'A pequena sereia'?).
http://www.youtube.com/watch?v=FbMMKxvXs6g
Em vez de ver o videocast sobre O Brasil dos Gringos do Omelete...
Por fim, recomendo enfaticamente a leitura do livro 'O Brasil dos Gringos' e o documentário 'Olhar Estrangeiro', que realmente foram 'atrás da verdade' nesse assunto (por acaso, o roteirista do filme e autor do livro é meu pai e autoridade em estereótipos brasileiros na cinematografia estrangeira). Porque, das duas uma: ou o pessoal do site não leu (e devia, pois é o melhor material de pesquisa que poderiam ter) ou leu e não deu os créditos. Nas duas opções, crítica do Omelete #Fail. Dia 28 a gente vai ver 'Thor' pra saber se, pelo menos nessa, vocês dão uma dentro...
A crítica a 'Rio' já começa equivocada porque o Brasil *não* foi retratado como um país de 'samba, praia, favela e futebol' porque o filme não fala do Brasil, fala de uma cidade específica. Quer ver diversidade cultural brasileira, vai ver o filme da Mariana Caltabiano, oras. Em 'Rio' você vai ver Rio de Janeiro. E, foi mal, o Rio é lindo desse jeito mesmo que o Carlos Saldanha mostrou.
Pérolas do Maridão: "Queria o que, uma arara perdida no meio do minhocão?"
Como falar de uma cidade como o Rio de Janeiro sem mostrar os tais clichês que vocês tanto criticam? Se não tivesse praia, carnaval e trombadinhas assaltando turistas no Cristo, não seria um filme sobre o Rio - seria uma história que poderia acontecer em qualquer lugar e poderia se chamar 'Araras'. Mas se chama 'Rio' e, até onde sei, os cariocas se sentem muito bem representados. O clichê, amigos Omeleteiros, não necessariamente é algo ruim. Ele contextualiza o espectador na ação, ele ambienta: é o famoso 'postcard shot' que faz com que você identifique que tal cena se passa em Paris depois de ver a Tour Eiffel. Ah, o clichê é de roteiro? Gente, é uma animação voltada também para um público infantil - quer complexidade, leva o guri pra ver David Lynch, pô. Ah, o problema são os flamingos? Como bem lembrou meu marido, ninguém reclama do multituberculado Scratch em 'A Era do Gelo', e muito menos do Dino morando com Fred Flintstone. Achamos, aqui em casa, que o problema pode ser recalque. Afinal, imagina uma animação chamada 'São Paulo', que alegria?
(brinks, hein? A gente gosta de São Paulo! Estamos, inclusive, devendo uma visita pra Bia e pro Caverna!)
Dizer 'não gostei' é mais simples e evita o constrangimento de falar besteira. Por exemplo, só não achei o filme irrepreensível por causa dos números musicais - nenhuma canção memorável, músicas mais ou menos fora de contexto e pelo menos duas cenas chupinhadas de outros clássicos infantojuvenis (ou vocês não lembraram da rave dos lêmures de 'Madagascar' e da cena do 'beije a moça' em 'A pequena sereia'?).
http://www.youtube.com/watch?v=FbMMKxvXs6g
Em vez de ver o videocast sobre O Brasil dos Gringos do Omelete...
Por fim, recomendo enfaticamente a leitura do livro 'O Brasil dos Gringos' e o documentário 'Olhar Estrangeiro', que realmente foram 'atrás da verdade' nesse assunto (por acaso, o roteirista do filme e autor do livro é meu pai e autoridade em estereótipos brasileiros na cinematografia estrangeira). Porque, das duas uma: ou o pessoal do site não leu (e devia, pois é o melhor material de pesquisa que poderiam ter) ou leu e não deu os créditos. Nas duas opções, crítica do Omelete #Fail. Dia 28 a gente vai ver 'Thor' pra saber se, pelo menos nessa, vocês dão uma dentro...
domingo, abril 17, 2011
Sobre planejamento viário, transporte público e GENTE
Em entrevista ao Globo online, o ex-prefeito de Bogotá fala, do alto de sua bicicletinha, sobre a priorização do transporte público, sobre planejamento viário, sobre a máxima 'ruas para pedestres e ciclistas'.
Leia na íntegra aqui.
Queria isso no Rio. Sério. A BRS já é um avanço, espero mesmo que um dia exista educação suficiente para o compartilhamento da via com ciclistas... mas aí acho que é querer demais.
"PEÑALOSA: Uma cidade nunca resolve o problema de engarrafamentos dando mais espaço para automóveis, construindo mais vias ou duplicando as já existentes. (...) Mais espaço para os carros tende a deteriorar a qualidade humana da cidade. Portanto, precisamos de mais espaço para ruas de pedestres e para bicicletas, para os idosos e para as crianças. Os carros são maravilhosos para passear, inclusive sair à noite, mas é ingênuo pensar que todos os cidadãos poderiam se movimentar em carros. Nas cidades mais bem-sucedidas do mundo, que atraem investidores, pessoas mais criativas e turistas, a maioria da população transita em transporte público: Nova York, Londres, Paris. Devemos compreender que a cidade desejada não é aquela em que os mais pobres transitam em carros, mas as que os mais ricos andam em transporte público."
Leia na íntegra aqui.
Queria isso no Rio. Sério. A BRS já é um avanço, espero mesmo que um dia exista educação suficiente para o compartilhamento da via com ciclistas... mas aí acho que é querer demais.
quarta-feira, abril 13, 2011
Um aulão de marketing, branding, inovação e riscos bons de se correr
TED, eu sei que você sabe, é um evento sobre ideias: pessoas com histórias inspiradoras sobre seres humanos, sobre vida, sobre assuntos de interesse comum. De grandes cientistas e nomes conhecidos da mídia até completos anônimos, são pessoas interessantes, dividindo experiências interessantes, em um formato BEM interessante: as falas devem ser rápidas, para que o espectador mantenha o interesse. O evento é filmado e cada uma dessas histórias, muitas bastante tocantes, fica disponível na internet para quem quiser se inspirar.
Pois Morgan Spurlock, aquele mesmo que passou um mês se alimentando (?) de junk food para documentar os efeitos de quilos de fritura em suas artérias, deu uma AULA de marketing. Uma AULA de branded content. Uma AULA de inovação, branding, da vantagem de se abraçar riscos, e até mesmo uma aula sobre movie business. Além de, é claro, um certo tapa na cara das agências e marcas que foram procuradas e não quiseram investir em seu projeto inovador, que nem estreou ainda e já tem mídia - favorável, é bom que se diga - pra caramba em cima.
Então vamos lá:
http://www.ted.com/talks/morgan_spurlock_the_greatest_ted_talk_ever_sold.html?awesm=on.ted.com_Spurlock
Aos publicitários, fica a lição sobre posicionamento de marca e sobre branded content: Spurlock quer fazer um filme SOBRE marketing de marcas... totalmente patrocinado. Isso aí: nada que disser ou mostrar será gratuito. Sua TED Talk é praticamente um minidocumentário sobre o processo de busca por financiadores do projeto, o que é também uma lição valiosa para cineastas e produtores que não sabem vender seu produto ou têm medo de bater na porta de empresas - Spurlock alega ter procurado mais de 500. Sua TED Talk é, também, sobre correr riscos: as marcas que se arriscaram a bancar o filme têm em sua mão um produto inovador, divertido, informativo e, porque não dizer, com altíssimo potencial de retorno de branding.
Pois Morgan Spurlock, aquele mesmo que passou um mês se alimentando (?) de junk food para documentar os efeitos de quilos de fritura em suas artérias, deu uma AULA de marketing. Uma AULA de branded content. Uma AULA de inovação, branding, da vantagem de se abraçar riscos, e até mesmo uma aula sobre movie business. Além de, é claro, um certo tapa na cara das agências e marcas que foram procuradas e não quiseram investir em seu projeto inovador, que nem estreou ainda e já tem mídia - favorável, é bom que se diga - pra caramba em cima.
Então vamos lá:
http://www.ted.com/talks/morgan_spurlock_the_greatest_ted_talk_ever_sold.html?awesm=on.ted.com_Spurlock
Aos publicitários, fica a lição sobre posicionamento de marca e sobre branded content: Spurlock quer fazer um filme SOBRE marketing de marcas... totalmente patrocinado. Isso aí: nada que disser ou mostrar será gratuito. Sua TED Talk é praticamente um minidocumentário sobre o processo de busca por financiadores do projeto, o que é também uma lição valiosa para cineastas e produtores que não sabem vender seu produto ou têm medo de bater na porta de empresas - Spurlock alega ter procurado mais de 500. Sua TED Talk é, também, sobre correr riscos: as marcas que se arriscaram a bancar o filme têm em sua mão um produto inovador, divertido, informativo e, porque não dizer, com altíssimo potencial de retorno de branding.
sexta-feira, abril 08, 2011
Hit do dia: Send me on my way
Em tempo: ao desavisado que chegou aqui procurando por "david byrne" + "trilha sonora" + "a era do gelo", em 'Send me on my way' o vocalista do Rusted Root soa MESMO como David Byrne, mas não é o próprio. Você jamais acharia essa música se continuasse procurando por David Byrne, amigão - mas a gente é legal e te manda aí o que você queria:
http://www.youtube.com/watch?v=IGMabBGydC0
* * *
E por falar em 'A Era do Gelo', Lounge já viu 'Rio' há umas duas semanas. ASSISTAM. A história da ararinha azul criada em Minnesota sem nunca ter aprendido a voar e precisa procriar com a única fêmea da espécie, que vive no Rio de Janeiro, é ENCANTADORA.
É, não há palavra melhor pra definir 'Rio', o filme: encantador. Estreia hoje no Brasil, uma semana antes dos EUA. ASSISTAM. Pelamor. Assistam.
http://www.youtube.com/watch?v=IGMabBGydC0
* * *
E por falar em 'A Era do Gelo', Lounge já viu 'Rio' há umas duas semanas. ASSISTAM. A história da ararinha azul criada em Minnesota sem nunca ter aprendido a voar e precisa procriar com a única fêmea da espécie, que vive no Rio de Janeiro, é ENCANTADORA.
É, não há palavra melhor pra definir 'Rio', o filme: encantador. Estreia hoje no Brasil, uma semana antes dos EUA. ASSISTAM. Pelamor. Assistam.
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música,
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terça-feira, abril 05, 2011
Smutley, o gatinho promíscuo
Conheça Smutley, o gatinho que trepa com geral:
http://www.youtube.com/watch?v=h-CobellfLs
A mensagem no final é fofa: gatos têm 9 vidas, você só tem uma. Bela maneira da Aides.org, organização francesa dedicada à conscientização sobre a AIDS, de dizer o que a gente já sabe (mas muita gente não está nem aí, né?). Ótima campanha. Quero mais desenhos do Smutley. :)
Via The Inspiration Room.
http://www.youtube.com/watch?v=h-CobellfLs
A mensagem no final é fofa: gatos têm 9 vidas, você só tem uma. Bela maneira da Aides.org, organização francesa dedicada à conscientização sobre a AIDS, de dizer o que a gente já sabe (mas muita gente não está nem aí, né?). Ótima campanha. Quero mais desenhos do Smutley. :)
Via The Inspiration Room.
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sábado, abril 02, 2011
Onde raios Silvio Tendler se escondeu em 2010?
Silvio Tendler na capa da 'Caros Amigos': "O cinema brasileiro não tem espaço de exibição".
Me pergunto onde esse senhor passou o ano de 2010...
Espaço, tem. O ano de 2010 provou que basta ser um filme bem feito sobre um tema interessante a uma grande parcela de público, para ter mais espaço até do que filmes internacionais. Vai ver, Tendler anda fazendo filmes que não interessam a um grande público, por isso seu espaço tem sido restrito: distribuidores (acostumados a analisar centenas de projetos, aliás) não se interessam, o filme sem distribuidor fica sem material para vender aos exibidores e aí dá nisso. Filme de nicho é assim mesmo, Silvio: brasileiro, francês, indiano... não importa. Vai ficar uma semana em sala de arte e olhe lá.
A sorte, Silvio, é que já descobriram que todo nicho tem público. A indústria fonográfica já descobriu isso faz tempo, aliás: lembra do Lobão brigando com gravadoras e lançando seu disco em banca de jornal? Lembra dos moleques novos que descobriram que seu público estava na internet, botaram suas músicas no Myspace (já que não tinham gravadora) e estão aí, sendo ouvidos, cantados e lotando shows?
Coloque seu filme no Mubi. Lance pelo Netmovies. Silvio, você é um contador de histórias! Se não tiver verba pra fazer seu filme ou espaço em grandes redes exibidoras, faça (e lance) seu filme assim mesmo: baixe o orçamento para fazer sem depender de ninguém. Faça em digital. Descubra onde estão seus 50 mil fãs (um bom número para os investidores terem algum retorno) e vá atrás deles: é em faculdades? É na internet? É em uma ou outra cidade específica? Proponha uma estratégia de lançamento específica para seu produto.
A menos que você não saiba onde seu público está. Esse, aliás, é um erro comum: pessoas elaboram seus projetos sem ter muita certeza de quem é seu público. Aí chutam "classes A, B, C e D, sexo feminino e masculino, habitantes de qualquer cidade" e acham que os executivos que vão analisar o projeto caem nessa. Não sei se é seu caso, seu Silvio. Nunca analisei projeto seu. Mas acontece aos montes e é um erro. Sejamos realistas: quem é seu público e onde ele está?
Se tem público, tem espaço, acredite. Vide os filmes que fizeram de 2010 um excelente ano para o cinema brasileiro. Mimimi de falta de espaço não cola mais.
Me pergunto onde esse senhor passou o ano de 2010...
Espaço, tem. O ano de 2010 provou que basta ser um filme bem feito sobre um tema interessante a uma grande parcela de público, para ter mais espaço até do que filmes internacionais. Vai ver, Tendler anda fazendo filmes que não interessam a um grande público, por isso seu espaço tem sido restrito: distribuidores (acostumados a analisar centenas de projetos, aliás) não se interessam, o filme sem distribuidor fica sem material para vender aos exibidores e aí dá nisso. Filme de nicho é assim mesmo, Silvio: brasileiro, francês, indiano... não importa. Vai ficar uma semana em sala de arte e olhe lá.
A sorte, Silvio, é que já descobriram que todo nicho tem público. A indústria fonográfica já descobriu isso faz tempo, aliás: lembra do Lobão brigando com gravadoras e lançando seu disco em banca de jornal? Lembra dos moleques novos que descobriram que seu público estava na internet, botaram suas músicas no Myspace (já que não tinham gravadora) e estão aí, sendo ouvidos, cantados e lotando shows?
Coloque seu filme no Mubi. Lance pelo Netmovies. Silvio, você é um contador de histórias! Se não tiver verba pra fazer seu filme ou espaço em grandes redes exibidoras, faça (e lance) seu filme assim mesmo: baixe o orçamento para fazer sem depender de ninguém. Faça em digital. Descubra onde estão seus 50 mil fãs (um bom número para os investidores terem algum retorno) e vá atrás deles: é em faculdades? É na internet? É em uma ou outra cidade específica? Proponha uma estratégia de lançamento específica para seu produto.
A menos que você não saiba onde seu público está. Esse, aliás, é um erro comum: pessoas elaboram seus projetos sem ter muita certeza de quem é seu público. Aí chutam "classes A, B, C e D, sexo feminino e masculino, habitantes de qualquer cidade" e acham que os executivos que vão analisar o projeto caem nessa. Não sei se é seu caso, seu Silvio. Nunca analisei projeto seu. Mas acontece aos montes e é um erro. Sejamos realistas: quem é seu público e onde ele está?
Se tem público, tem espaço, acredite. Vide os filmes que fizeram de 2010 um excelente ano para o cinema brasileiro. Mimimi de falta de espaço não cola mais.
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