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quinta-feira, dezembro 29, 2011

Brenfa Songs

Antes de mais nada, não custa fazer um pequeno disclaimer: não fumo maconha. Ponto. É óbvio que já fumei, sou pró e defendo a legalização (gente, um sujeito bêbado pode ser muito mais nocivo à sociedade e álcool é liberado!), mas a cannabis não faz a minha cabeça. Em compensação, esses jazzinhos dos anos 30 e 40 inspirados pela brenfa foram a grande descoberta do ano, sem dúvida. Credito a descoberta ao Cid, que pesquisando sei lá o que (poderia ser 'reefer song'?) pela Lil Green, uma dessas incríveis vozes femininas de jazz e blues da antiguidade, deu de cara com um álbum inteiro no Grooveshark só com o fino (sem trocadilho) do jazz.

O disco (duplo, aliás) chama-se 'Dope & Glory' e, ao contrário do que se imagina ('músicas para viajaaaaaar'? NAH!), é altamente dançante, altos swings, dá pra fazer um bailão inteiro com ele e ninguém vai ficar parado um momento: Ella Fitzgerald cantando 'When I get low, I get high'? TEM. Cab Calloway e seu clássico 'Reefer Man'? TEM. A DEUSA (sorry, Ella, mas Julia Lee bate um bolão!) Julia Lee & Her Boyfriends com a ótima 'Spinach Song (I Didn't like it The First Time)'? TEEEEM. SLIM & SLAM? TEEEEEEEEEM! Louis Armstrong, Nat King Cole Trio, Big Bill Broonzy, Tommy Dorsey, Lil Green, Benny Goodman e Fats Waller? TEM.

Se é liberdade poética ou se todo mundo era mesmo chegado num tchose, não sei - o fato é que isso é disco pra ninguém ficar parado, só a diretoria do jazz, os reis do swing e, CARA, Slim Gaillard & Slam Stewart! Algumas das músicas mais dançantes e divertidas do universo foram feitas por esses caras.

Não, você não vai achar esse disco pra comprar no Brasil. Adoraria tê-lo obtido pelas vias legais, mas foi impossível. De qualquer forma, está disponível no Grooveshark, no Soulseek ou no torrent/blog de pérolas musicais de sua preferência. O Google ajuda, o nome do disco é "Dope & Glory" e são 2, hein? Disco 1 e Disco 2. Começa a corrida por ele, 1, 2, 3 e já. Vai por mim que vale a pena. Seguem umas palhinhas para vosso deleite:

Ella Fitzgerald - 'When I get low, I get high'
http://www.youtube.com/watch?v=cjsPHDJPGto

Cab Calloway - Reefer Man

http://www.youtube.com/watch?v=D44pyeEvhcQ 


Slim & Slam - Dopey Joe

http://www.youtube.com/watch?v=BAkACz9qgac

Last but not least, talvez você reconheça essa aqui de algum lugar: Harlem Hamfats - Weed Smokers Dream

http://www.youtube.com/watch?v=uyjW8FTGxbI

Qualquer semelhança com 'Why don't you do right' (Jessica Rabbit, lembra?) não é mera coincidência: 'Weed Smokers Dream (why don't you do now)' é MESMO a original que, proibidona, precisou ter sua letra completamente alterada.

Porque Lounge é, acima de tudo, cultura.

quinta-feira, dezembro 22, 2011

'Dance the night away' deathmatch

'Dance the night away' e 'Dance the night away' são duas músicas muito diferentes. Muito. A do Mavericks está MUITO longe de ser cover ou versão da do Van Halen, embora tenham esse sugestivo nome em comum.

A do Mavericks me inspira realmente a dançar a noite toda, a festejar, a tomar uma piña colada e rodopiar pelo salão conduzida pelo meu cavalheiro. Mas a do Van Halen... a do Van Halen é incrível. O refrão é TÃO singalong, a energia dos caras tocando é TÃO mais contagiante (pelo menos na época em que a música foi lançada)... é uma dança diferente, né? Mas também me inspira - de um salão para uma pista de dança ou um palco é um pulo.


Acho que voto na do Van Halen, mas deixo a decisão para vocês, leitores: qual é a melhor 'Dance the night away'? Qual das duas te inspira mais a dançar noite adentro?

Mavericks - 'Dance the night away'


http://www.youtube.com/watch?v=M81ph3BslqQ&ob=av2n

X

Van Halen - 'Dance the night away'


http://www.youtube.com/watch?v=MEvpreZcAfI




quarta-feira, dezembro 21, 2011

É tipo um gelo, só que quente

É isso aí mesmo: umas pedrinhas termodinâmicas pra deixar o café (e o chá, e outras bebidas quentes) na temperatura adequada. Ah, se eu tivesse descoberto as Joulies enquanto ainda eram um projeto no kickstarter!



Acho digníssimo. Curti. E cobicei.

Achei aqui, no Springwise. Site oficial do produto/sonho de consumo: http://www.joulies.com/



quinta-feira, dezembro 08, 2011

O filme novo dos Muppets

Sim. Choramos, rimos, cantarolamos juntos, ficamos meio putos com a dublagem (KERMIT? o nome dele é CACO!), nos identificamos com os personagens, choramos mais um pouco, cantamos Mahna-mahna. O filme dos Muppets, esse novo escrito pelo Jason Segel, que está nos cinemas agora, é pra gente como a gente. Nós crescemos com os Muppets. Aprendi a ser mulherzinha, histriônica, passional e determinada com Miss Piggy. Cid sorria toda vez que Animal aparecia na tela. Fomos educados, ele com o programa de TV e eu com os filmes, à base dos bonecos de feltro de Jim Henson. E ouvir 'Rainbow Connection' me traz lágrimas até hoje.

Isto posto, não dava pra não amar o filme dos Muppets, esta nova aventura em que Mary, Gary e o irmão muppet de Gary, Walter, descobrem que o antigo estúdio dos Muppets será demolido e se empenham em juntar a trupe, 30 anos depois, para angariar fundos para comprar o estúdio de volta. As cameo appearances, os números musicais, a metalinguagem o tempo todo (eles sempre estão cientes de que estão em um filme), tudo isso nos divertiu um bocado. E eu, particularmente, me apaixonei perdidamente pelo figurino da Amy Adams. Mas entendo. Eu entendo o que se passa no mercado brasileiro, em que o filme abriu mal e, em plena quarta-feira de noite, menos de 1/3 da sala estava ocupada.




Em primeiro lugar, 'Os Muppets' não é um filme para crianças. Jason Segel, adoro você, amei o filme, mas seu conceito de "filme para a família" funciona apenas localmente. Quando Caco/Kermit pega sua antiga agenda telefônica para procurar uma celebridade e chama "Alô? Presidente Carter?" - isso não é para crianças. A Electric Mayhem não é para crianças. Os números musicais (especialmente "Man or Muppet") não são para crianças. São, sim, para a criança de 8 anos que existe em um homem de 40, mas um filme para a família precisa também envolver as crianças de 8 anos reais, e não é somente a presença dos bonecos que vai garantir isso. As muito novinhas não vão entender. As mais velhas acho que prefeririam assistir a um episódio de 'Punch the Teacher'. Nos EUA, talvez - uma vez que os Muppets nunca deixaram de ter produtos licenciados, o que garante a presença no imaginário coletivo de crianças de todas as idades, mas aqui? Ou você via o Muppet Show, ou seu pai era um nerd e te levou ao cinema em 81 e 83, ou você não conhece os Muppets. Porque, vamos combinar, Muppet Babies não são Muppets (pra começar, eram desenho e não bonecos)

Então, Disney Brasil, por que a falta de opção de cópias legendadas? Aos fins de semana, pais vão levar seus filhos (que vão morrer de tédio durante quase todo o filme, porque nenhuma criança merece Amy Adams com dor de cotovelo dançando sozinha no restaurante), mas durante a semana o público será de adultos nostálgicos, geeks, nerds, pessoas que frequentam cinema desde os anos 70, 80 - ou seja, já desenvolveram uma cultura cinematográfica razoável... e preferem ver legendado. E vão deixar de ir ao cinema porque, pra ver dublado, é melhor baixar (é, Disney, estamos em 2011).

Abriu mal? Vai cair pela metade o número de salas no próximo fim de semana? O filme já é um filme de difícil posicionamento, e ainda por cima os executivos de marketing da Disney Brasil não souberam trabalhar o filme para o público que realmente vai curtir e comprar produtos licenciados (adultos ganham salários e compram brinquedos carésimos, hein, Disney? Ainda dá tempo de uns bonecos maneiros. Fica a dica).

Não tá indo bem. Uma pena. Porque a menina de 5 anos que nunca saiu de mim amou e recomenda a todos os adultos nostálgicos, mesmo que em cópias dubladas, mas eles provavelmente não terão muitas opções de salas para ver na semana que vem. Disney, da próxima vez, contrata minha consultoria. O potencial é grande, o filme é lindo, vocês não precisam amargar preju nessa vida.

quarta-feira, dezembro 07, 2011

SINGLE NOVO DOS REZILLOS NA ÁREA

Gente, isso se chama FELIZ NATAL:






Três faixas pra você ouvir e cantarolar junto, aqui. É mole ou quer mais?
Fato: os Rezillos estão adultos, bem produzidos e, apesar disso, continuam os Rezillos - o que, sinceramente, me soa mesmo esquisito (saca véio tocando punk rock? Dá um certo desconforto). Mas como posso apostar que não verei Rezillos ao vivo tão cedo porque o Queremos só traz bandinha hype, esse single é uma delícia de se ouvir: "Out of this world", na versão original e na remix, é uma canção e tanto. "Rosalyn" é pura porradaria - um pouco menos enérgica do que há 30 anos atrás, verdade, mas fico feliz que eles tenham envelhecido comigo e façam música pra gente da minha idade. Para os fãs de Rezillos da minha idade. Clica lá, ouve aí.



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