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domingo, setembro 29, 2013

Não me canso dessa música, dessa cena e dessa coreô

Com vocês, "Jan Pehchan Ho", de Mohamed Rafi, do filme 'Gumnaam', mas mais conhecido aqui em casa por ser a sequência de abertura de 'Ghost World', aquele filme baseado na HQ homônima, com as então ninfetas Scarlett Johansson e Thora Birch: http://youtu.be/XnBbjc5hmho

domingo, setembro 22, 2013

De bike é bom

Em algum momento, hoje, voltando da casa da minha mãe, tive uma visão alentadora por uma das ruas principais do bairro onde moro: quatro bicicletas (contando com a minha e a do marido) e nenhum carro. Durou pouco, verdade. Apareceu um por trás da gente. Mas bem que podia ser sempre nessa proporção, né?

Sonhar nao custa...

sexta-feira, setembro 20, 2013

Aprendendo a organizar - achado: cabidinhos baratex

Você leu aqui minha história com organização, certo? Pois, pensando no fato de que não teremos armários nem a parte de baixo da cama (pois não teremos cama) num primeiro momento, fiz umas comprinhas de caixas organizadoras e conteiners. Tudo muito caro, Sanremo, Plasútil... socorro. Mas achei numa lojinha em Copacabana umas caixas da Giplás nuns tamanhos ótimos e por menos de 10 pilas.

\o/

Nessa mesma lojinha, achei um negócio que se eu soubesse antes que existia... isso aqui, ó: um cabide organizador de gravatas.


E foi assim que resolvi o problema dos cintos, lenços, pashminas e écharpes que ficavam caindo por cima de tudo, pois não cabiam mais no ganchinho do armário.

Ah, sim: R$ 2 cada um desses. Não, nem o fabricante nem a loja estão me pagando. Mas eu tou dando a dica aqui, porque pode ser muito bacana pra você, que não sabe mais onde enfiar tanto pano. 

E você?

Me conta, qual foi seu achado que ajudou a organizar a vida?

Beijos!

quarta-feira, setembro 04, 2013

Comida ilustrada

A dona-de-casa malandra faz comida gostosa e saudável em 40 minutos - no resto do tempo, a comida cozinha sozinha (rolou uma alface também, claro). Rende 6 porções - duas consumidas na janta (marido adorou as batatas gratinadas e a carne com molho de gengibre) e 4 congeladas tipo marmitinha, pra ajudar a poupar tempo e/ou grana ao longo da semana. Organização WIN!
E ainda rendeu uma ilustraçãozinha de leve ;)
(sim, cozinhar bem, barato, saudável, usando o mínimo de louça possível e ainda poupar tempo e grana com a marmitinha é organização, sim)
E você? O que andou fazendo esses dias pra ajudar a otimizar seu tempo?

segunda-feira, setembro 02, 2013

Aprendendo a organizar - o começo está sendo promissor

Agora que estamos montando nossa casa meio que do zero (digo 'meio que', porque a cozinha está 100%, e objetos nós temos. Não temos ainda é muitos móveis), estamos fazendo um certo esforço para que tudo tenha seu lugar. Somos bastante desorganizados e teremos que mudar algumas coisas na nossa rotina - acordar mais cedo e chegar em casa mais tarde, por exemplo. Passar boa parte do pouco tempo que temos pra curtir a casa arrumando e procurando coisas vai ser f***. A ideia é realmente ter lugar para TUDO, pra não precisar esquecer nada em lugar nenhum.
[pausa para propaganda: curta www.facebook.com/LoungeBlog, pra se manter informado sobre os próximos passos do meu site novo]
Parece bobagem, mas nossa coleção de bonecos toma um tempo danado da gente. Ganhamos mais uns bons minutos na semana - nossos e da faxineira - com essa solução prática e charmosa (e meio cara, mas é meia hora de estudo a mais, gente).
E vocês? Têm alguma dica de orgnização pra me dar?

sábado, agosto 31, 2013

sexta-feira, agosto 30, 2013

Diários de mudança - Detalhes

Ainda não dá pra sair fotografando a casa, a menos que vocês queiram ver caixas e mais caixas empilhadas e espalhadas onde os móveis supostamente estarão. Mas uns detalhezinhos já dá pra ir liberando. \o/

As santas.

Nosso aparelho de som com toca-discos.

A arte Airumã na parede (ainda teremos uns Tantão e um Andrey. E uns posters bacanas. Weeeeeee!).

Hoje foram embora mais sete caixas. Confesso que trapaceei - coloquei umas coisas dentro de outras, pra liberar as caixas logo. Saldo: algum lixo e uns 50 cds para doação/venda. Achamos as ferramentas, finalmente. Suspeito que a próxima mudança será mais fácil, já que estamos trabalhando arduamente para que todas as coisas tenham seus lugares nessa casa.

E você? O que está fazendo pra desentulhar a SUA casa?


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terça-feira, agosto 27, 2013

Hotclub of Cowtown - Time changes everything

https://www.youtube.com/watch?v=zOzWnl5H21k&feature=youtube_gdata_player

Quote fofa do dia





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Diários de mudança - semana 1

Como vocês já devem saber, nos mudamos para Niterói. É mais longe do trabalho, sabemos, mas alguns fatores pesaram na nossa decisão - e cá estamos.

Um dos fatores é o tamanho do apartamento - bem maior do que o anterior -, combinado com o fato de que agora estamos montando a casa juntos, e isso faz uma diferença enorme na relação - na nossa e na relação com a casa. O anterior tinha tralha minha - muita tralha! - e de Cid. O atual tem espaço - e a real é que estamos aproveitando a oportunidade também para jogar lixo fora, doar coisas, nos desfazer de (alguns) excessos. 

Alguns, apenas, né? Pelamor. Estamos adotando novos hábitos, mas não vamos nos transformar em novas 
pessoas da noite pro dia. Um passo de cada vez. :)

A primeira coisa que eu diria para vocês é 'pesquisem sobre a companhia de mudança no Reclame Aqui'. Não queríamos nossos ukeleles destroçados, toy arts perdidas, peças de figurino detonadas. Foi difícil porque lá em casa nunca teve exatamente um 'lugar para os discos', 'lugar para os livros', era tudo meio empilhado onde dava - o que nos obrigou a empacotar algumas coisas nós mesmos e deixar o resto na mão da Guarda Móveis Copacabana. Não foi barato, pela quantidade de coisas e pela distância entre uma casa e outra (mudou município, né?), mas os caras têm um cuidado absurdo com absolutamente tudo. ATÉ COM NOSSOS LIXOS, que vieram todos. ¬¬

(recomendo a empresa. recomendo mesmo. deu tudo muito certo)

O primeiro ambiente 100% pronto para uso foi a cozinha (banheiro. o banheiro também). Primeiro porque ela já está devidamente equipada, segundo porque precisamos comer todo dia, certo? Foi uma boa estratégia. De barriga cheia, ficamos mais animados para fazer todas as outras tarefas da casa.

Cid, especialmente:

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Tudo tem gaveta, armário, lugar próprio para armazenamento, tomadas, tudo está lindo. Na cozinha, né? O resto da casa... tá indo.

Ainda não fizemos uma semana na casa e até que a operação desempacotamento está indo razoavelmente bem. É que ainda não temos móveis nem estantes, então não faz sentido abrir e desempacotar coisas que não podem ser guardadas em lugar nenhum. Temos um quartinho da bagunça / escritório ainda cheio de caixas empilhadas, mas já com algumas estantes e escrivaninha montada (e um sofá-cama para as visitas). O quarto tem um armário provisório que as tias deixaram, e caixas e mais caixas de roupas (e as sapateiras velhas aqui), mas quando chegar o guarda-roupa TRU, ninguém segura.

E a sala...
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Hoje chega a cristaleira para os toys, no fim de semana chegam algumas estantes para livros, discos e CDs. 
Sofá, só no final de setembro. Mas Cid já realizou o sonho da poltrona reclinável própria, e está se sentindo bem mais dono da casa (e isso é ótimo!).

Sim, mudar gasta muito dinheiro - especialmente se você não tem móveis (sofá, cama, guarda-roupa) e se a mudança é intermunicipal. Mas pelo menos os equipamentos da casa a gente já tinha. Acabou com a viagem de férias, mas... bem, acho que tá tudo bem. Os quartos e diferentes ambientes podem nos proporcionar não apenas mais liberdade criativa como a possibilidade de montar nossos ateliês e focar em produtos (vídeos, bambolês, costuras, sites). Acho que nas férias do ano que vem teremos mais $$ em caixa do que este ano.

Conforme formos ajeitando a casinha, vou postando aqui as novidades :)

segunda-feira, agosto 26, 2013

Porquêra do dia

Isso é errado em MUITOS níveis. Poesia pura (ou não?). Com vocês, a sensacional COMPANHIA DA LAPADA com o hit "Mainha painho". O refrão? Tem que ouvir:

http://youtu.be/H8xEtMSeK90

domingo, agosto 18, 2013

quinta-feira, agosto 15, 2013

Aprendendo a organizar

É sem UMA ponta de orgulho que admito: não sou a mais organizada das criaturas. Não é que eu me sinta bem na bagunça: não! Odeio! Sou do tipo que não consegue dormir se a porta do armário estiver aberta ou tiver louça suja na pia da cozinha! Mas minha casa, mesmo antes de eu casar com o Embaixador do Caos, sempre foi uma zon, infelizmente.
Consigo entender as origens disso muito claramente. Basicamente, são dois os motivos que me levam a viver num ambiente entulhado:

1 - NÃO sou desapegada. Hoje fui fazer uma faxina pré-mudança e detonei MEIA TONELADA de papel, incluindo anotações das aulas de química, física, biologia e história do terceiro ano do segundo grau, na época em que NÃO se falava ‘ensino médio’ ainda - 1995, pra ser mais exata. Estamos em 2013, faça você as contas pra saber há quanto tempo eu tou guardando um monte de papel que não tem uso nenhum na minha vida. Não é que eu seja uma hoarder dessas de série de TV a cabo, até consigo receber visitas em casa sem muito constrangimento. Mas esse meu apego a coisas que não necessariamente pode ser subdividido em dois motivos bem claros:

1.1 - a mentalidade do ‘posso precisar disso um dia’, que acomete muito artistas, pessoas criativas que fazem trabalhos manuais, pessoas que não eram muito ricas e tinham irmãos (meu irmão herdou livros meus da escola, por exemplo - daí a achar que alguém precisaria das minhas anotações de química...)... outro dia achei uma PILHA de DEZENAS de cartelas de adesivos para rótulo de VIDEOCASSETE num armário do meu pai. O argumento dele pra guardar aqueles adesivos todos? POSSO PRECISAR UM DIA. Eu não sabia se ria ou se chorava, mas hoje vejo que minha coleção de SACOLAS BONITAS DE LOJAS (vai que preciso entregar algo para alguém, não vou botar numa sacola de supermercado, né?) vai pelo mesmo caminho. Hora de acabar com esse padrão.

1.2 - Um apego emocional mesmo a discos, livros, bonecos, bibelôs e todas essas coisas que a) representam minha identidade, são uma espécie de ‘statement’ “você está na casa da Lia” e b) me lembram que eu não estou sozinha (passei oito anos sozinha nessa casa. meus bonequinhos são uma espécie de fonte de segurança).

O outro motivo é financeiro. Me mudei pra cá aos 23 anos. Tinha um empreguinho que me permitia pagar as contas, mas nunca me liguei que eu precisaria, eventualmente, pagar um curso de pós graduação, me sustentar caso não tivesse esse emprego, etc etc etc. E minha casa tinha PERSONALIDADE (os bonequinhos lá em cima, certo?), então nunca me preocupei muito também em mandar fazer estantes sob medida, armários, organizadores... sempre fui botando as coisas conforme precisava ou tinha uma verbinha extra. E essa verbinha extra só apareceu há cerca de um ano atrás.

Agora organizar virou uma necessidade: não sou só eu, mas meu marido também é BEM desorganizado, e no que depender dele, não sei o que será da nossa sanidade mental. Com a mudança de casa, estou detonando MUITAS coisas, livros, revistas, CDs, celulares tijolão, aparelhos de som quebrados dos quais eu posso precisar um dia (???)... e agora até tenho um caixa pra isso. Não muito. Ainda não é dessa vez que vou mandar fazer armários e estantes otimizando cada cantinho da casa - mas ando descobrindo objetos, sites e dicas muito legais. Acompanhe aqui a minha saga e, se você tem esse problema de desorganização que eu tenho, aprenda alguma coisa comigo. :)

sábado, agosto 10, 2013

Já que está todo mundo falando do ForadoEixo, também vou falar...

...mas não o que vocês esperam. Não tem denúncia nenhuma aqui. Nunca vi um show promovido por eles - ok, tudo bem, eu não conto, sou do eixo né? - mas acompanho avidamente, desde a época de faculdade (e isso faz muito tempo) as mudanças nos modelos de negócios promovidas pelas tecnologias de produção e difusão de produtos culturais - minha monografia de conclusão da graduação em Produção Cultural, há mais de dez anos, falava de música. Mas fui trabalhar com cinema, com internet, com inovação, e agora não tem mais volta: é paixão. E confesso que estou curtindo demais esse momento de discussões sobre o modelo 'anticapitalista' promovido por coletivos produtores/difusores de cultura - notavelmente, essas discussões sobre o Fora do Eixo.

Participei do grande fórum CulturaDigitalBr em 2009, fiz curso de extensão em Capitalismo Cognitivo na UFRJ coordenado pela Ivana Bentes, frequento palestras, cursos e eventos ligados ao assunto; tenho um pezinho no jornalismo e outro na música, frilei muito com músicos, tanto na produção de shows como na produção de conteúdo para redes; casei com músico e assumi meu lado artista, ora bolas. Então não é de hoje que esse assunto me interessa. Não consigo ver essa discussão toda em cima do Fora do Eixo e não vibrar com cada texto kilométrico atacando ou defendendo os caras.

Entendo e prego a necessidade de mudança de modelos de negócios, a cultura dos coletivos, conhecimento, informação e reputação como geradores de valor, em muitos casos maior do que dinheiro. Entendo que não faz sentido chamar os caras de seita, porque tá na casa trabalhando 24h/7 quem quer, e quem não gostou que saia dali e procure um emprego de verdade, ué. Há coisas muito legais nessa história toda. Por outro lado, esses caras precisam de um novo modelo de negócios urgente. Se um dia eles acabarem, tudo bem: muita gente boa vai continuar produzindo arte e cultura fora do eixo Rio-SP, sem o apoio deles. Mas, por todo o discurso moderno baseado em redes e tecnologia, e até pela importância histórica dos caras na cena de cultura digital no Brasil, seria legal da minha parte tentar ajudar a manter a organização pulsando. Vamos lá:

1 - A decisão sobre remuneração cabe ao autor

Em primeiro lugar, porque esse negócio de pagar com troca de serviços de parceiros pode funcionar bem pra uns, mas não para outros - e aqueles que preferem receber seus cachês em espécie não precisam ceder seus produtos para o Fora do Eixo, simples assim - mas o Fora do Eixo não pode, simplesmente não pode ameaçar músicos, como há relatos de que tenha feito; não pode se apropriar de produções alheias para divulgar sua marca - lembrando que estamos falando de um universo não regido por dinheiro, mas regido por reputação. É só lembrar das licenças creative commons: pode compartilhar, mas não pode ganhar em cima, se eu não quiser. E se você não ganha dinheiro, mas ganha reputação, poder, contatos, capital social, mailing ou seguidores às minhas custas, sem me remunerar da maneira que eu decidi quando escolhi atribuir uma licença ao meu produto - que pode ser em dinheiro, em atribuição, em potes de Nutella, em cursos de dança grátis - , você é um pilantra. E pilantragem pode trazer problemas jurídicos graves.

2 - Modelo de trabalho antiquado

Em segundo lugar, sem questionar se o esquema de trabalho nas Casas Fora do Eixo pode dar merda com o Ministério do Trabalho e considerando que todo mundo que está lá está porque quer, ninguém obriga a seguir essa lógica de trabalho 24/7, de ultrapassagem de limites entre pessoal e profissional, eu diria que essa onda de 'a tecnologia já mesclou a vida pessoal com a vida profissional, somos todos conectados 24h por dia e nosso trabalho É quem a gente é'  já está defasada. Amigo, leia Tim Ferris. Você pode ser EXTREMAMENTE produtivo, focado e operar com metas factíveis por pouco tempo do seu dia, pode delegar tarefas, você pode trabalhar à distância, você pode fazer o que quiser. Esse esquema de ter que estar no seu local de trabalho em horários predefinidos é extremamente fordista - e, consequentemente, capitalista pra caramba. Então não venha tirar onda de 'caixa coletivo', comunistazinho de boutique, porque não há nada mais capitalista do que pessoas que vivem para o trabalho. Não tem dinheiro envolvido, mas alguém está lucrando algo com essa história toda - e não é você, o babaca explorado que escolhe viver para trabalhar pra alguém. Tudo bem, é para um bem maior, para uma coletividade... mas vocês hão de convir que muita gente tem se sentindo lesada pelos esquemas deles. Então não é exatamente um BEM maior, certo? De qualquer forma: cadê a liberdade? Como assim, horizontalidade e comunidade, e você tem que pedir permissão pra ir pra casa?

Leiam 'A semana de quatro horas' e aprendam o que é modelo de negócios, trabalho e remuneração baseado em redes e em tecnologia. Isso aí que eles fazem não tem NADA de revolucionário. Me lembra aquelas agências de publicidade onde todo mundo veste a camisa da empresa, mas não tem fim de semana pra ficar com a família. "Ah, eles são minha família". Sei. A-ham, senta lá, Claudia.

3 - Modelo de negócios cada vez mais longe de ser autossustentável

E terceiro, como Cid bem lembrou, o Fora do Eixo virou um intermediário de patrocínios. E desde aquela época em que eu era apenas uma formanda em Produção Cultural, já tinha uma certa bronca com a cultura do edital.

Depois que fui trabalhar com isso, só piorou.

A indústria cultural hoje, no Brasil, é excessivamente dependente de fomento alheio, mais especificamente dinheiro público. Isso tem diminuído graças a entidades e órgãos que têm preferido incentivar o desenvolvimento de projetos a simplesmente fomentar uma produção que, a partir do momento que já sai do papel, já está paga por alguém; a entidades, órgãos e empresas que têm <em>investido</em> em produtos culturais, e não simplesmente apoiado - o próprio termo investimento já pressupõe alguma espécie de retorno, o que dá ao produtor da obra o compromisso com levá-la para um grande público. A gente, que PRODUZ cultura, precisa aceitar que verbas públicas são limitadas, e é impossível incentivar tantos projetos quanto existem produtores, a não ser que o dinheiro concedido seja ínfimo e não pague nem a água do catering do primeiro dia de produção. O órgão público gastava dinheiro à toa, porque essa verba, de tão pouca, fazia pouca diferença no orçamento, e o produtor reclamava da pouca verba. Mas tava sempre lá pra pedir, né? Verba é verba.

Nos últimos tempos, as gestões de cultura que tenho observado à minha volta, em esferas municipais, estaduais e federais, têm trabalhado pra mudar esse cenário - por isso, o desenvolvimento de projetos (ensinar a pescar é muito mais lucrativo para todas as partes do que dar o peixe), os prêmios de estímulo à qualidade, que dão retorno a projetos com compromisso com público, e o foco nas áreas reembolsáveis - que vão garantir o retorno financeiro pra sustentar toda a operação da empresa, possibilitando, consequentemente, também o investimento a fundo perdido. O termo da moda agora é economia criativa, ou economia da cultura, porque gestores públicos já sabem que cultura e criatividade movimentam capital - seja ele dinheiro, reputação ou mailing -, e não é pouco.

Você, analista de tendências, já percebeu onde isso vai parar, certo?

Não?

A Lei Rouanet já está sendo discutida. Finalmente, a gestão pública de cultura começa a notar a dependência do mercado do dinheiro público, e começa a incentivá-lo para que o setor, seja ele qual for, ande com as próprias pernas, cada vez menos dependente dessa grana do governo, ou até mesmo da grana dada por empresas privadas, que deveriam estar sendo alocadas em impostos. Em alguns anos, muito provavelmente, as únicas áreas que receberão incentivo MESMO serão as de preservação de acervos, porque a partir de um certo momento esses acervos já passaram por todas as explorações comerciais imagináveis, e sua preservação e manutenção custa caro - e tudo o que tiver um potencial de público pagante vai poder andar sozinho, com as próprias pernas. Esforços consideráveis têm sido feitos no sentido de tornar o setor criativo autossustentável.

Então posso apostar que, dentro de alguns anos, esse modelo baseado em editais vai perder muito a força. Se você sustenta seu esquema com dinheiro de patrocínio, de editais, de dinheiro público, você está com os dias contados - seja porque cada vez menos apoio será dado neste sentido, seja porque quem está no poder pode ser outra pessoa nas próximas eleições - e essa pessoa pode não gostar de você.

Então, FdE, que tal aprender com coletivos que independem de verba pública? Com coletivos de produtores que FAZEM suas artes e VENDEM suas artes a preços de mercado? Que se unem para divulgar as produções uns dos outros, que se complementam?

Fica a dica.

Como eu não dou ponto sem nó...

Esse foi só um primeiro diagnóstico. A consultoria completa sobre como adaptar o modelo de negócios para uma gestão mais autossustentável, eu também faço, mas só sendo remunerada de alguma forma, porque meu tempo também vale um bocado. Pode até ser em troca de serviços, mas normalmente é em dinheiro, porque preciso comprar a coca-cola das crianças.

E aí, vai?

Entre em contato: lia.amancio@gmail.com

terça-feira, agosto 06, 2013

Da preservação da memória analógica



No finalzinho dos anos 70, muito antes de ter ideia sobre qualquer coisa, fui amplamente registrada em Super 8 e fotografia, aquela, sim, que precisava revelar. Tenho memórias muito claras dos meus primeiros dois ou três anos de vida, das quais não me lembro, mas são vivas por causa dos registros em foto e vídeo dos meus primeiros anos. Por força do trabalho do meu pai, e porque quando se trabalha com cinema, se trabalha também nos fins de semana (e dá pra envolver as crianças), tive contato muito cedo com latinhas de filme, com acervos de audiovisual, com aquele mesmíssimo poster de ‘A idade da terra’ que adorna uma das salas do CTAv.
Já na adolescência, frequentava cineminhas independentes com minhas próprias pernas. Cogitava fazer cinema, mas como meu pai disse que eu podia trabalhar com cinema até se fizesse engenharia, fui fazer... produção cultural. Mas sempre estive ali perto. Meu primeiro estágio foi no arquivo da Cinemateca do MAM. Passei por produtora, televisão, agência de comunicação, departamento de marketing, educação à distância, produção, eventos, tecnologia, cultura, departamento de comunicação de órgão público ligado ao audiovisual... e aqui fiquei, sempre com comunicação, cultura, audiovisual, educação, tecnologia e algumas políticas públicas rondando por perto, lembrando que é isso que sei fazer desde pequena.

A gestalt se fecha quando, no trabalho, sou recrutada pra cobrir a inauguração de um projeto que envolve paixões e esforços de pessoas com quem trabalhei em fases tão diferentes da vida, e que tanto respeito. Voltar lá não mais como a mocinha curiosa querendo saber como funcionava tudo (e voltando cheia de flipbooks pra casa), mas adulta e já sabendo até o que não devia (ah, o fabuloso mundo da política!). Rever salas e pessoas que eu via em contra-plongé, agora do alto de 1m65 de altura. Ver ali, pronto pra funcionar, o que conversei com Ines, com Hernani, com Leopoldo. Ver a homenagem a Gustavo Dahl. Ver que finalmente se dá a devida importância à preservação de acervos nesse meio. Por acervos, falo de fitas mesmo. Em película, magnéticas, que seja: aquelas que você pega na mão, vê onde está o defeito e DESAMASSA. E LIMPA. E olha que lindo: junto com o prédio, vêm também cursos de preservação, de operação de projetores 35mm. E isso é lindo.

Uma coisa que, se você acompanha o que escrevo, talvez você já saiba, é que sou uma espécie de elo perdido entre a tecnologia digital e a analógica. Que apesar de ser a nerd da casa, ou de onde quer que esteja, ainda duvido da capacidade de preservação de materiais digitais - porque vejo com meus próprios olhos disquetes que não podem ser mais lidos com apenas quinze anos de existência, em contraponto a livros, discos e filmes em mídias físicas que, com apenas uma limpezinha, estão prontos para uso. Acho a digitalização uma mão na roda, mas preciso constantemente trabalhar o desapego, sabendo que um dia todas essas fotos, textos e filmes não vão servir de legado para ninguém. É complicado, porque cresci filmada em super 8 e fotografada em 35mm. E do mesmo jeito que fitas e filmes construíram minha memória, fitas, filmes, discos e livros constroem memórias de sociedades inteiras.

Com tudo digital, e com tecnologias de difusão mudando tão rápido, quanto tempo pra um filme lançado em 2009 não estar mais disponível de maneira alguma? Quanto tempo para um HD externo com gigas e mais gigas de backup - de informação, de memórias de família, de registros de pessoas em lugares e em épocas - não serem mais reconhecidos pelos computadores de daqui a alguns anos, que provavelmente não terão mais uma porta USB, mas outra coisa?


Já tem músicas salvas em CD que não consigo mais ouvir, porque o padrão ISO era outro, incompatível com versões novas do sistema operacional - mas tenho discos de vinil aqui de pelo menos algumas décadas antes de eu nascer. Já tem livros escritos e salvos em disquetes que só podem ser lidos porque foram impressos e encadernados. Sabe aqueles vídeos em REAL VIDEO? Pois é. Cadê? Mas os filminhos em película ainda estão aqui - até digitalizados, até na internet, mas com sua matrizinha ali, se der algum problema ela é restaurável por quem sabe.

Hoje foi dado mais um passo para a preservação da memória audiovisual da gente. Eu estava lá. E aí cês sabem o que aconteceu, né? É claro que me emocionei.

http://ancine.gov.br/sala-imprensa/noticias/ministra-da-cultura-inaugura-novo-arquivo-de-filmes-do-rio-de-janeiro

sexta-feira, julho 19, 2013

Grandes pérolas da internet - Batalha de Divas

E em algum ponto dos anos 60, as Andrews Sisters, já tiazinhas, 'duelaram' com as Supremes, mediadas por Sammy Davis Jr. Parece difícil de acreditar, porque é muito BRILHO, muito GLAMOUR, muita DIVA junta pra um palco só (incluindo Sammy). Mas aconteceu, e como estamos em 2013, aquela época da história conhecida por só não ter na internet o que não existe, você pode assistir AQUI:

http://youtu.be/HgTsBsSngrc

sábado, julho 13, 2013

Antídoto para gripe

Pra vocês que assistem a "The Big Bang Theory", que tal unir "Soft kitty" ao agradável? Um bom banjo bluegrass pode aumentar o poder de cura da canção. Solta o som, DJ!

https://www.youtube.com/watch?v=_sCaaBWXZxs&feature=youtube_gdata_player

https://www.youtube.com/watch?v=_sCaaBWXZxs

quinta-feira, julho 04, 2013

Vintage Tag

Menina Maçã passou pra Sabrina Ferreira que passou a bola pra gente: o que você mais gosta de 'vintage'? Que referências você tem, o que você usa? Compra pronto ou manda fazer? São 16 perguntinhas. Como eu já curto fazer um videozinho no youtube, não resisti e fiz isso aqui pra vocês:



https://www.youtube.com/watch?v=L_dJOpDKY64

terça-feira, junho 25, 2013

A cura pra todo mal vem dos anos 1930

A cura para todo mal, amigo, é um bom jazz: ouvir Cab Calloway só pode fazer bem. Sempre. Uma rodada de Cab Calloway pra vocês, leitores, em homenagem às mudanças que estão por vir. Repararam no endereço ali em cima, assim que você entra neste blog? Pois é. Vem coisa boa por aí.


Cab Calloway - Twee-twee-tweet

http://youtu.be/VvjRCSMqjjc

Tá numa onda mais calminha hoje?

Cab Calloway - Zaz zuh zaz

http://www.youtube.com/watch?v=7-qEZ9zeIJw

Quer dançar um lindy hop sagaz num andamento perfeito?

Cab Calloway - We the cats shall hep ya

http://youtu.be/nBB9mi-CTXs

segunda-feira, junho 24, 2013

Ando pensando...

...pensando e fazendo. Pensando nesse momento curioso pelo qual o país tem passado. Pensando no meu presente, no meu futuro, no que nasci para fazer. Pensando em como contribuir para um mundo melhor e pensando em como dar um upgrade na vida. Tocando projetos, fabricando mudanças, dando sentido a tudo.

Aprendendo.

A ficar quieta.

E desenhando (esse desenho aí fui eu que fiz)

A vida tem sido um ragtime do Scott Joplin.

quinta-feira, junho 06, 2013

"Taylor-made"

Amigos jornalistas: "conteúdo taylor-made" NÃO. Não é o TAYLOR que está fazendo, ok? TAILOR-made, gente. Sob medida. Alô, galera da redação. E vocês aí falando de GAFE.



segunda-feira, junho 03, 2013

Da falsidade do botão 'curtir'


O grande problema das redes sociais é que tá cheio de gente que curte tudo porque acha que massagear seu ego vai te deixar feliz, gente que curte pra se enturmar. Não, gente. Bora usar da sinceridade. Amigo(a) de verdade não é aquele(a) que curte tudo o que você faz: amigo(a) de verdade diz "tá bom não, amiga", porque quer que você faça bonito, que você saia bonita na rua. Pense nisso quando todo mundo curtir *aquela* foto em que você sabe que tá baranga, *aquele* post duvidoso, *aquele* vídeo seu no Youtube que sua autocrítica quase não deixou passar. Se UM disser "ih, alá, tá torto aqui", esse um te quer bem, acredite.

(a menos que realmente esteja lindo, que seja família, aí o povo elogia mesmo - mas você sabe quando está lindo, não sabe?)

sábado, junho 01, 2013

Lia, cadê você?

Tenho trabalhado, e não é pouco. Surpreendentemente, tenho arrumado tempo para projetos paralelos e diversão. Não muito, mas o suficiente pra levar uma vida que eu gosto. :)

A banda vai bem, obrigada. Vamos fazer um show dia 08/06 no Caipihostel, aquele hostel simpático na Lapa (Rio de Janeiro, pra quem não sabe que eu tou no Rio). Apareçam lá, apareçam!

O projeto AutoAjuda vai bem, obrigada. Andei tendo novos insights - meu foco agora é... é FOCO. Acompanhe minha saga!

No mais, é isso. Algumas mudanças significativas na vida (que a internet toda não precisa acompanhar AGORA, apenas quando se concretizarem), mudanças que requerem que eu abra espaço e me desfaça de coisas (dá um bizú na minha lojinha, dá!) e mudanças de postura diante de... negócios. Sim. Depois de duas pós-graduações em NEGÓCIOS (uma com foco em comunicação e outra com foco em consultoria), começo a dar os primeiros passos para um negócio DE VERDADE.

Stay tuned.

Ah, sim: a família de ukes aumentou.



http://youtu.be/XcnXsKbEh10


sábado, maio 25, 2013

25 de maio - dia da toalha


"A towel, it says, is about the most massively useful thing an interstellar hitchhiker can have. Partly it has great practical value. You can wrap it around you for warmth as you bound across the cold moons of Jaglan Beta; you can lie on it on the brilliant marble-sanded beaches of Santraginus V, inhaling the heady sea vapours; you can sleep under it beneath the stars which shine so redly on the desert world of Kakrafoon; use it to sail a miniraft down the slow heavy River Moth; wet it for use in hand-to-hand-combat; wrap it round your head to ward off noxious fumes or avoid the gaze of the Ravenous Bugblatter Beast of Traal (such a mind-bogglingly stupid animal, it assumes that if you can't see it, it can't see you); you can wave your towel in emergencies as a distress signal, and of course dry yourself off with it if it still seems to be clean enough.
More importantly, a towel has immense psychological value. For some reason, if a strag (strag: non-hitch hiker) discovers that a hitchhiker has his towel with him, he will automatically assume that he is also in possession of a toothbrush, face flannel, soap, tin of biscuits, flask, compass, map, ball of string, gnat spray, wet weather gear, space suit etc., etc. Furthermore, the strag will then happily lend the hitch hiker any of these or a dozen other items that the hitch hiker might accidentally have "lost." What the strag will think is that any man who can hitch the length and breadth of the galaxy, rough it, slum it, struggle against terrible odds, win through, and still knows where his towel is, is clearly a man to be reckoned with.
Hence a phrase that has passed into hitchhiking slang, as in "Hey, you sass that hoopy Ford Prefect? There's a frood who really knows where his towel is." (Sass: know, be aware of, meet, have sex with; hoopy: really together guy; frood: really amazingly together guy.)"   
-- Douglas Adams, The Hitchhiker's Guide to the Galaxy

quinta-feira, maio 16, 2013

Pequenas irritações do dia-a-dia: com ou sem gelo?

Quando somos crianças, uma das primeiras coisas que aprendemos são as sensações. Saímos do quentinho do útero da mamãe: frio. Mamãe de volta: quente. Comida quente, bebida fria.

Então crescemos. Crescemos e aprendemos que gelado irrita garganta, que muito quente queima a língua. Aprendemos leis da física, aprendemos química, aprendemos relações de causa e efeito - botar no fogo esquenta, botar gelo esfria. Nossa, já faz décadas que sei disso!!

Aí chego na lanchonete ou no restaurante e peço minha bebida sem gelo. E toda vez acho que o/a atendente acha que tenho cara de imbecil, porque sempre ouço a mesma pergunta:

- Tem certeza? Vai vir quente.

Maluco... se eu quisesse gelado, pedia pra botar gelo. Eu sei que sem gelo, não vem gelado... não é por isso que peço pra vir sem gelo? Caaaaara...

- Mas nem duas pedrinhas de gelo?

O copo com gelo virou padrão: a bebida sai do freezer fresquinha (não geladona, grazadeus), e alguém presume que eu quero acrescentar gelo. Não, obrigada. Não gosto. O dente dói, a garganta dói. E eu SEI que sem gelo vai vir na temperatura que eu quero...

E vocês? O que irrita vocês no dia-a-dia?

segunda-feira, maio 06, 2013

Dorgas pesadíssimas do tempo da vovó

Imagine que você é um cabeleireiro que tomou um chá de cogumelos que não bateu muito bem. Sabe como? Nem eu, nunca tomei e não sou cabeleireiro, mas depois de apreciar esses 8 minutos e 11 segundos, sei exatamente como é a sensação - e o sentimento de 'para que eu quero descer' só aumenta.

Apague a luz, coloque em tela cheia e sofra comigo:


https://www.youtube.com/watch?v=_Nq_lxZbHxI

Sei reconhecer um Burby Berkeley autêntico quando vejo, e sei apreciar sua arte (oh, se sei!), mas essa cena ultrapassa TODOS os meus limites de tolerância estética. A cena final de 'Entre a loura e a morena', grande clássico estrelado por Carmen Miranda e Alice Faye é, definitivamente, cafona. E assustadora. Assustadoramente cafona, mas toca meu coração, sério; eu gosto. Não sei explicar.

Só tenho medo de saber o que Busby Berkeley tomou quando concebeu isso.


sábado, abril 27, 2013

Sabedoria TomWaitsiana

"If you record the sound of bacon in a frying pan and play it back it sounds like the pops and cracks on an old 33 1/3 recording. Almost exactly like that. You could substitute it for that sound." -- Tom Waits, sábio, dando a dica.

quinta-feira, abril 25, 2013

Quando você sorri...

...o mundo todo sorri pra você!

Agora todo mundo cantando com a gente!



http://www.youtube.com/watch?v=unWvU5LT4gM

Lia Amancio e Cid Mesquita DETONANDO 'When you're smiling'. Porque a gente quer deixar seu dia mais feliz, de verdade.

terça-feira, abril 23, 2013

Todo mundo tem...

...aquele conhecido que quer desesperadamente se enturmar, e depois que consegue meio que caga pra turma a ponto de deixar os outros na mão.
...aquele colega que tem o poder de estragar o trabalho legal que você está desenvolvendo.
...aquele que entrou pela janela e que em vez de se esforçar pra crescer por seus próprios méritos, se acomoda - fatalmente nivelando a equipe por baixo.

Só constatando. Ainda bem que não trabalho com esses tipos. Mas cedo ou tarde, todo mundo convive com alguém assim. A sorte é que cedo ou tarde essas pessoas se auto-expulsam do ecossistema e vão procurar outra turma pra fazer cagada. Se você ainda não conhece alguém com essas características, cuidado: ele vai chegar.

terça-feira, abril 16, 2013

Cinemão na Penha (RJ)

Imagine um carro aparelhado para exibição de filmes nacionais, equipado com super projetor de imagem, telão, sistema de som, mega-fone, cadeiras e pipoqueira: esse é o Cinemão - Vículo de Ocupação Tática da Cultura.

A próxima sessão será no dia 21 de abril, domingo, às 19h, na Arena Carioca  Dicró. O projeto, que é apoiado pela ONU no Brasil, exibirá o longa-metragem "Onde a coruja dorme", dirigido por Marcia Derraik e Simplício Neto.

Na sequência, o projeto mediará um debate com a participação da equipe dos filmes e membros do Observatório de Favelas. Antes da sessão principal serão exibidos os premiados curtas documentais - "Angeli 24h"( dir. Elizabeth Formagini ) / "Silêncio" (dir. Alberto Bellezia e Cid César Augusto ) \ "Mãos de Outubro" (Vitor Souza Lima ).

Quem estiver por perto, dê um pulo lá. Programão imperdível.




segunda-feira, abril 15, 2013

Pug versus Spider

Com o advento do Youtube, a gente tende a achar que todo mundo vai gostar de qualquer coisa que a gente grava em vídeo e posta na internet. Eles estão certos: a gente realmente se amarra nuns vídeos muito tosqueira de gente fazendo nada, bicho fofo apenas sendo fofo e tals. Mas a gente se amarra muito mais quando tem edição e montagem bem feitas:


http://www.youtube.com/watch?v=vs_lALohIxo

domingo, abril 14, 2013

Pra vocês ficarem atentos: Rio Custom Festival foi a maior roubada

Cês sabem que nas poucas horas vagas, tenho uma banda, o Uisqueletos Extravaganza. E a gente toca POR AMOR (sério, todos temos outros empregos, por isso as poucas horas vagas. Tocamos música porque somos apaixonados pelo que fazemos). A gente ia pedir desculpas a quem foi ao Rio Custom Festival só para nos assistir, mas preferimos deixar que a (des)organização do evento fizesse isso. Cobrem deles, o nome da empresa está no rodapé do site do evento. Ah, quer saber? Pedimos desculpas, sim. Vocês são incríveis. Eles é se meteram a fazer um evento GIGA sem planejamento. Eles que se dizem empresa de comunicação e não sabem COMUNICAR ao público, aos expositores, à mídia, aos participantes do evento. A ideia do RioCustomFestival é realmente impressionante. O Rio de Janeiro estava mesmo precisando de um evento desses, sabe? Mas a maneira como foi feita...

Quando soubemos do evento, entramos em contato, achamos que seria legal tocar. Afinal, um evento de custom culture, tatuagens, pin-ups e dança burlesca é exatamente o que nós fazemos. Seria garantia de diversão para o público do evento. Mas os produtores só retornaram contato depois que viram a mobilização dos fãs e amigos no facebook querendo que a gente tocasse. Claro, cresceram o olho porque viram que a gente tinha mobilização. O que eles não entendem é que só chamar porque 120 pessoas confirmaram presença no evento não adianta: você PRECISA atender a essas 120 pessoas também. Porque você NÃO SABE quem são essas 120 pessoas. E se tiver alguém influente? E se tiver alguém que pode queimar o filme de vocês? E se...? Na dúvida, trate todos igualmente.

O produtor do Rio Custom Festival ligou e disse que gostaria que tocássemos. "Não podemos oferecer nada, mas oferecemos divulgação". Topamos, porque achamos legal que um evento com essas características acontecesse na cidade. A gente normalmente recebe alguma coisa pra tocar, que seja uma ajuda de custo de transporte. Mas a gente também toca DE PRESENTE pras pessoas que a gente ama, quando a gente quer, no meio da rua, porque achamos LINDO dar nossa arte pra quem precisa, porque ninguém sustenta nossa arte mesmo, então a gente faz quando quer. E, a bem da verdade, temos músicos experientes na banda, mas ESSA formação tem pouco tempo, tamos precisando de mídia mesmo. Nosso ÚNICO pedido era tocar à tarde, por volta das 17h. Somos oito e alguns de nós tinham outros compromissos. Como nos foi garantido que o horário seria esse, estava ok. "Errrr, André, só por curiosidade: vai ter um lanchinho pros músicos?" "Não se preocupe, o camarim estará forrado". Ahn-han.

O que aconteceu aí foi uma sequência de amadorismo. O resultado final foi bonito, bonito MESMO: para o público, que não sabe dos bastidores, tudo estava lindo. Pra uma agência que tem experiência em evento corporativo em saguão de hotel, tá até bom. Mas até dois dias antes do Rio Custom Festival, não se sabia nem se teria passagem de som. A que horas as bandas realmente tocariam. Pelamordedeus, você envolve mais de 10 grupos e não consegue montar UM cronograma? E, no dia, uma GRANDE falta de respeito da parte dos organizadores com os músicos que se dispuseram a tocar porque ACREDITAVAM na parada.

Pra começar, o cheiro de roubada estava no ar quando começaram a pipocar as mensagens de bandas e atrações do Rio Custom Festival CANCELANDO a participação, porque não apenas a (des)organização do evento não havia providenciado as condições mínimas para que os grupos de fora do Rio de Janeiro viessem, como NEM SE DIGNARAM A DAR SATISFAÇÃO. Dead Rocks e meninas do Burlesque Revaudeville, sentimos muito. Vamos armar algo juntos em breve! 

Chegamos lá com pelo menos uma hora de antecedência do nosso show - seríamos a quinta banda a tocar. Já estava TUDO atrasado e nosso show na hora em que poderíamos tocar foi pro cacete. Mas beleza, dá pra esperar, não dá? Dá, claro. Sem água (o tal 'camarim forrado' tinha água só até as 17h). Sem alguém que dissesse pra gente que o cronograma já tinha ido totalmente pro caralho, sem nenhuma comunicação ou informações objetivas a respeito. A gente ENTENDE que um evento deste porte tenha atrasos, especialmente se você é AMADOR e não consegue organizar um cronograma (o básico de produção) para que as coisas fluam decentemente.

Como resultado, às 21h30 nosso show não tinha acontecido ainda (CINCO HORAS DEPOIS). Tudo bem, gente. Ainda dá pra esperar. O que não dá é para FAVORECER AMIGUINHO e começar a passar outras bandas na frente, sem a menor explicação. Cara, ok, Jefferson Gonçalves e banda tinham que viajar. Beleza. Vão lá, os caras são chapas. Ok, o cara do Nikity Skynyrd sofreu um acidente e a banda TINHA que passar na nossa frente. HÃ? Tá, mas a gente toca DEPOIS deles, né? "Não, olha, vocês não me deixaram falar, mas a Black Dog Brasil está aqui desde as 14h, deixando um monte de gente passar na frente e..."

Aqui o line up do evento, ó, procês verem que esses caras são MENTIROSOS:




A partir daí já estávamos falando com outro produtor, que eu até ACHO que tem nome, mas não se dignou a se apresentar pra gente (sério. levamos um bom tempo pra DESCOBRIR quem era da produção) e soltou um "eu não vi o nome de vocês no jornal". Ah, vá pentear macacos, amigo. Primeiro porque o combinado (de boca, mas combinado - e não cumprido, aliás) é que vocês botassem o nome da gente no jornal. Aquela mídia lá em cima, sabe? QUE NÃO TEVE. Segundo que a real é que estamos em 2013 e um cara que PRIORIZA QUEM TEM NOME NO JORNAL só pode ser um cara que NÃO SABE EM QUE ANO ESTÁ. Sério. 

Agora virou bagunça, falta de respeito e amadorismo. Falta de respeito, sim, porque estamos lá nos dispondo a dar uma força pro evento tanto quando a Black Dog - com menos histórico, menos público, mas estamos (e suspeito que eles ainda estivessem ganhando pra isso, não estivessem lá *apenas* por amor à arte. Se alguém da Black Dog puder nos dizer, agradecemos. Nada pessoal com vocês, rapazes. Foi falha DA PRODUÇÃO deixar pra nos avisar da mudança cinco horas DEPOIS, e isso apenas porque fomos cobrar satisfações. vocês são gente boa e profissionais). Merecemos respeito, merecemos ser bem tratados, e não pedimos NADA além de um mínimo de rigor no horário. Tudo bem, atrasou pra todo mundo. Entendemos. Sentimos mesmo pelo acidente. Não é que a gente não esteja sensível a isso (embora a gente tenha certeza que, fosse um de nós, teríamos pedido desculpas e tocado meia noite, mas teríamos visitado o amigo na hora). O problema é que virou bagunça. Começar a passar gente na frente e a gente que se foda está errado. Muito errado. Na hora em que entubaram MAIS uma atração (e essa sem nenhuma justificativa plausível), vimos que não tinha, da parte deles, a menor vontade de respeitar alguém que não fosse da panela.

Consigo entender que tenha dado AQUELA vontade de botar a banda cover de Led Zeppelin logo depois da banda cover de Lynyrd Skynyrd assim, EM CIMA DA HORA, porque o público do local era majoritariamente o público de eventos de motocicleta. Eu também conheço esse público, não caí lá de pára-quedas, amigão. "Deu merda, gente, vamos correr com isso agora". Entendo. Não é porque eu tava com uma vitória régia na cabeça que vocês têm o direito me tomar por idiota. O que não entendo é vocês realmente FAZEREM ISSO. Eu também sou produtora, seus paspalhos. FORMADA. GRADUADA. PÓS GRADUADA EM COMUNICAÇÃO. EXPERIENTE NA ÁREA. E se tem UMA coisa que vocês não podem fazer é DESRESPEITAR O PÚBLICO. Tinha gente esperando MAIS DE CINCO HORAS, que PAGOU PELO EVENTO, e vocês realmente BOTARAM OS AMIGOS NA FRENTE. Vocês não podem desrespeitar as pessoas que vão lá participar NO AMOR, porque ACREDITAM em vocês. Vocês vetaram cobertura de IMPRENSA ESPECIALIZADA NO SEGMENTO QUE VOCÊS QUEREM ATINGIR porque 'teria a Globo lá' (nem pra fazer uma pesquisa rápida e ver que eles são parceiros do maior evento de custom culture de São Paulo? Sério que até EU conheço os caras e vocês não? Ou vetaram justamente por isso, porque não querem FAZER PARCERIAS?). Definitivamente, a tal empresa de comunicação não entende de COMUNICAÇÃO - nem souberam COMUNICAR a alguns dos expositores que o evento aconteceria em outro local, vejam vocês.

E nem para oferecer um cafezinho. O mínimo, quando você trabalha com produção e precisa realmente deixar pessoas esperando (e não falamos de nós, falamos de pessoas que PAGARAM pra nos assistir e saíram de suas casas em Niterói, em Jardim Sulacap), é oferecer um cafezinho. Até nisso a empresa de "comunicação" falhou. Espero, do fundo do coração, que fiquem sem cliente. Enquanto cantora mais ou menos, posso evitar, posso dizer pros amigos evitarem. Mas enquanto profissional de comunicação, agora na posição de alguém que CONTRATA agências, gostaria realmente de expressar meu desagravo a esses picaretas.

Um beijo no coração de vocês e BOM DOMINGO.


sábado, março 09, 2013

O mágico de Oz e a mágica do espetáculo


"Oz - Mágico e Poderoso" vale o ingresso. E o ingresso na sala 3D, ainda por cima.

Pra quem não sabe, o filme de Sam Raimi é uma prequel de 'O Mágico de Oz', que conta a história de como o ilusionista de circo Oscar Diggs vai parar na terra mágica de Oz, é tomado como o Mágico e ajuda o povo de Oz a restaurar a paz no reino, apesar de não passar de um escroque. Um visual estonteante; um 3D que prima pela profundidade de cena *e* pelo relevo, deixando algumas passagens muito mais interessantes; um roteiro decente, que deixa tudo amarrado para o que vimos no filme de 1939; (mais) uma homenagem ao cinema - o início em p&b, tal qual o filme original, não é APENAS uma distinção de cor para definir o que é Kansas e o que é Oz: é a resolução de tela, é o tom de interpretação dos atores, é uma homenagem ao cinema. E não é um musical - a única tentativa de número musical é imediatamente cortada, para nos fazer lembrar que esse é um filme de Sam Raimi, apesar de ser um filme para toda a família - e toda a família MESMO, pois homens, mulheres e crianças bem novas se divertiram na sala, sim, que eu vi.

* * *

Deixa tudo amarrado para o início de 'O Mágico de Oz', mas faltam, por exemplo, os sapatinhos de rubi. Ah, tá. Claro. Estúdios diferentes, direitos não liberados. Para um filme que deveria se prender ao livro de Frank L. Baum porque não pode usar referências ao bom e velho filme da MGM (hoje da Warner), até que vi muitos elos entre as duas produções. E os sapatinhos estão lá, na cor original do livro - sim, eles são prateados. E aparecem em close. Vê lá.

* * *

Decerto que a Disney já está pensando num segundo filme, porque tem umas pontinhas soltas: como Evanora vai parar na terra dos Munchkins (ela é morta logo no início do filme de 39, você sabe)? Como os sapatos passam da bruxa boa para a bruxa má? Como o macaco alado de roupinha de mensageiro passa para o lado das bruxas más? Vimos um leão com medo, vimos espantalhos, mas não tinha homem de lata algum. E se a menina de louça não está no filme de Victor Fleming, como ela morre entre um filme e outro? Se não estiver pensando numa continuação, espero que não se incomodem com as toneladas de fanfiction que vão surgir para explicar isso tudo.

* * *

Oscar Diggs queria ser Thomas Edison - não é spoiler algum dizer que sua magia advém de aparatos tecnológicos, jogos de luzes e projeções (se você nunca viu 'O Mágico de Oz', nasça de novo, sério). Mas a nerdalhada na sala sentiu falta do reconhecimento ao homem que fez todo o trabalho de Thomas Edison e não teve crédito: Nikola Tesla. Intencionalmente ou não, Tesla está lá (veja o trailer):



http://www.youtube.com/watch?v=DylgNj4YQVc

* * *

Não entendi muito bem o figurino da personagem da Mila Kunis de salto e calças justas de couro, mas todo o resto é incrível.

* * *

No final das contas, fica o recado, amigos cineastas, produtores de eventos, artistas: ESPETÁCULO É MÁGICA. Basta acreditar. E organizar muito bem a produção, claro.

* * *
Deu vontade de rever não o filme com a Judy Garland, que - confesso - já tive minha cota, mas algo que vi na infância (sim, meu pai me levava pra ver uns filmes bem obscuros) e nunca mais revi: "O Mundo Fantástico de Oz", uma espécie de continuação da história distribuída pela Disney, com uma jovem Fairuza Balk no papel da Dorothy, que volta à terra mágica após ser resgatada de um hospital psiquátrico - e, mesmo em Oz, a garota - que passa o filme inteiro carregando uma galinha no colo - tem sua sanidade questionada. Lembra não? Pois eu lembro bem, fiquei ligeiramente traumatizada (a cena das cabeças da Mombi é punk pacas):


http://youtu.be/ipivUGVydMY

* * *

"O Mágico Inesquecível", dirigido por Sidney Lumet, produzido pela Motown (!!!!!), com Diana Ross, Michael Jackson, Lena Horne e Richard Pryor também é digno de ser revisto. Será que tem nas internets?


Arthur Murray, marketing e aulas de dança

Não se enganem com a aparente calma de Betty Hutton. Ela fica FRENÉTICA, especialmente quando enumera os passos que aprendeu na famosa escola de dança de método duvidoso:



http://www.youtube.com/watch?v=6IWv53ZFXFo

Arthur Murray ensinava dança por correspondência nos anos 20. Louco, né? Hoje em dia não parece tão insano assim, visto que DVDs instrucionais proliferam por aí, e até videogames com sensor de movimento podem te ensinar a dançar (com a vantagem de apresentarem feedback imediato, graças à análise do movimento que você mesmo observa se está certo ou não durante todo o processo). Se presta? Ajuda, especialmente a quem JÁ dança e domina as técnicas básicas, mas existem conceitos como transferência de peso e conexão (nas danças a dois) que precisam ser observados e corrigidos. Mas passos simples e solos, por exemplo, podem tranquilamente ser ensinados em vídeo por um bom instrutor, para alguém que já entenda do assunto. Vide o portal idance, que tem video aulas BEM didáticas.




Um branquelo totalmente sem swing, mas que soube inovar e VENDER suas aulas: na falta de espaço pra uma orquestra *e* 150 alunos, botou a banda transmitindo por rádio para os alunos, que estavam no terraço do prédio, curtindo um bailão. Parece besteira, mas em 1920 isso devia ser realmente revolucionário. Murray ainda chegou a ensinar dança VIA RÁDIO. Olha que cousa:



Muito antes dos videocassetes, Murray já havia entrado no negócio dos vídeos instrucionais: olha que linda essa aula de collegiate shag - e que até hoje é copiada por aí e chamada de 'Arthur Murray Shag'!!!




(amgs do lindy hop: que tal incluir um módulo de collegiate shag nas aulas? é divertido, e é ótimo pra dançar com ritmos mais rápidos!)

O próprio Arthur Murray viu seu sistema de ensino por correspondência miar (não era fácil gravar vídeos na época, né? e aula de dança por rádio é um método MUITO duvidoso) e acabou abrindo uma academia. PRESENCIAL. Ainda está curioso sobre Arthur Murray? Adivinha quem pegou a Big Apple coreografadinha pelo semideus da dança Frankie Manning e criou uma moda enlouquecida de Big Apple, ensinando a coreô pra branquelada toda frequentadora de academia? Adivinha:




Aparentemente, Murray era um bom dançarino, ótimo professor, tinha uma super didática e, apesar de ZERO swing, tinha algo que, pra mim, profissional de comunicação, conta DEMAIS: sabia se vender, sabia anunciar seu produto, sabia se divulgar, sabia inovar no seu negócio. Ainda melhor que professor de dança, o cara era um super marketeiro:


Zero swing, gente, tou dizendo.

Claro, inovação nenhuma garante o sucesso permanente se o que você oferece é realmente ruim. Aparentemente, o método de Murray funcionou bem - tanto que a academia continua, com mais de 260 unidades espalhadas pelo mundo. Mas desde 1920, o cara transformou aulas de dança em EVENTOS. Com o slogan "Se você sabe andar, nós podemos te ensinar a dançar", LOTOU sua academia e criou demanda para seus cursos. E, fale mal, mas falem de mim, aparentemente não se incomodou com todas as referências, boas ou ruins, ao seu método. Um "aluno" famoso foi o personagem de Fred Astaire no filme "O céu é o limite", de 1943. Ao ser inquirido pela gatinha onde havia aprendido a dançar, responde NA LATA: "Arthur Murray". Mentira. Mas melhor propaganda não há. Teve a música 'Arthur Murray Taught me Dancing in a Hurry', cantada por Betty Hutton, que abre este post, que não exatamente tece loas ao método - no final das contas, a personagem dança de tudo, mas tudo meio mal - e que foi um sucesso, praticamente uma peça de branded content para a academia de Murray, se a encomenda tivesse sido feita por ele. 

Branded Content MESMO era o programa de TV The Arthur Murray Dance Party, que levava grandes nomes da música popular da época para cantar enquanto um corpo de baile dançava ao fundo:


Sam Cooke


Poor old Johnny Ray!


Buddy Holly, gente! Buddy Holly pra juventude branca, rica e frequentadora da alta sociedade

Como nada é marketing completo sem o oferecimento de samples, Arthur e sua parceira Kathryn dançavam ao começo do programa. O espectador que adivinhasse que dança era aquela ganhava uma aula grátis! Ó!!!!!!

Então vamos lá:
1 - um produto/serviço razoável. Não necessariamente o melhor, mas BOM.
2 - inovação. inserção de novas tecnologias. novos modelos de negócios
3 - o novo modelo de negócio não deu certo? tudo bem. volta pro básico! não ter medo de empreender é ótimo
4 - faça propaganda do seu negócio
5 - onde der pra fazer propaganda do seu negócio, faça
6 - ofereça experimentação. se não der pra fazer um milhão de samples, o concurso pra um ganhar já tá valendo
7 - deixe fazerem propaganda do seu negócio. A menos que seja REALMENTE negativa, toda e qualquer maneira de fazer com que te conheçam vale a pena. Deixe te cantarem em versos, como fez Ricky Ricardo, personagem de Desi Arnaz na série "I Love Lucy": Cuban Pete não te ensina a dançar com pressa, señorita!










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